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INTRODUÇAO AO ESTUDO DO DIREITO

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1. Noções Gerais do Direito:
1.1. O que é direito: A princípio quando fala-se em direito, logo se pensa sobre o que é correto, reto. É a arte do bom e do equitativo (ars boni et aequi). 
1.2. Matéria que tem ligação com outras disciplinas: filosofia, economia, sociologia, história, etc.
1.3. O direito é dado cultural.
1.4. Direito Objetivo x Direito Subjetivo: O objetivo tem ligação com o positivo, o subjetivo é a faculdade de exercer o direito quando há a subsunção com o direito objetivo.
2. Direito positivo x Direito natural:
2.1. Permanente conflito: O direito natural prega que existe um direito além do que o estado impõe, ou seja, que o direito não surgiu apenas do homem, mas que existe um ideal do direito independentemente se isso está em lei ou não. O Positivismo prega que as leis surgiram no homem e que só se faz valer as leis existentes sem um ideal do direito, sendo essas correntes inversas.
3. Normatividade (regras, normas e lei e ordenamento Jurídico): 
3.1. Regra não tem conteúdo jurídico (sociais, morais e religiosas)
3.2. Norma jurídica é mais do que regra, tem uma consequência no âmbito jurídico. Não são necessariamente escritas (princípios)
3.3. A lei passa por um processo legislativo, essa é a diferença, sendo federais, estaduais e municipais e distritais.
Características da norma:
3.4 Imperatividade: uma norma jurídica é imperativa, a norma se impõe pela sua própria força. Ninguém pode deixar de cumprir, caso deixa haverá uma consequência. 
3.5 Hipoteticidade: é uma hipótese, é o que imaginamos que pode solucionar o problema. A maioria das normas jurídicas vão trazer hipóteses. 
3.6 Generalidade e Abstração: as normas jurídicas são para um numero indeterminado de pessoas, sendo normalmente para o todo, contudo pode existir para apenas um grupo restrito. 
3.7. Bilateralidade: a norma traz uma obrigação (normalmente) em sentido inverso. Art. 121
3.8. Coercibilidade e Sanção: a norma é coerciva, obriga as pessoas a cumpri-la e para coagir faz o uso da norma jurídica das sanções.
Características da lei:
7 – classificação da lei:
7.1 quanto à origem legislativa: onde foi legislado? Federal, estadual, municipal e distrital. 
7.2 quanto à duração: leis podem ser temporárias ou permanentes. 
7.3 quanto à amplitude (alcance): geral, atinge um numero indeterminado de pessoas e atinge uma gama de situações genéricas. Especiais são leis que tratam sobre assuntos específicos, excepcionais são as leis que tratam contrariamente ao mesmo assunto que é tratado na lei geral e singulares que é para um grupo especifico, funcionários públicos e afins. 
7.4 quanto à força obrigatória: é a força do estado, prevê sanções, penas e maneiras que fazem com que o sujeito seja coagido a segui-la. Cogentes: se impõe por si, e dispositivas: que se aplica supletivamente. Não prevê uma sanção. 
7.5 quanto à sanção: pode ser perfeita, mais que perfeitas, menos que perfeitas ou imperfeitas. Sendo as perfeitas as normas que preveem uma nulidade ou uma anulação. As leis mais que perfeitas além da nulidade e da anulação também carregam e levam ao infrator uma pena. A lei menos que perfeita existe uma sanção, contudo, incompleta e/ou inadequada, uma sanção que não atinge seu efeito. Imperfeitas são as normas que não tem previsão de sanção. 
7.6 quanto à plenitude de seu sentido: a lei pode ser autônoma ou não autônoma, sendo que quando é autônoma possui uma autonomia, são as leis completas, que bastam por si só. Já as leis não autônomas dependem de conteúdo de outras normas, precisa de remissão para outra norma.
7.7 normas rígidas e elásticas: o que definirá é o quanto o juiz poderá interpretar. As leis rígidas não dão muita margem de interpretação ao juiz, pois já diz como deverá ser tratado. 
4. Normatividade (Sanção e Tutela): Lembrar de sanção premial.
5. Normatividade (Existência, validade e eficácia)
Noções Gerais: pode existir, mas não ter validade, pode ter existência, validade e não ter eficácia. 
Existir: ter existência ou realidade, ter ou ser.
Validade: uma estima, que tem valor. 
Eficaz: que produz um efeito desejado
Existência e validade (formal e material): para a lei existir precisamos avaliar a competência (foi feita por quem é competente?) e a adequação do procedimento (uma lei pode ser criada em procedimentos diferentes, caso a lei não passou pelo procedimento adequado, então, não será existente).<- Formalidades. Para a norma ser valida é necessário que as formalidades sejam preenchidas, juntamente com a matéria, quando há conflito a lei não tem validade, ou seja, não é valida. Para a validade material tem que estar em sintonia com o ordenamento jurídico, as normas não podem se chocar, valendo a hierarquia.
Eficácia: que produz o efeito desejado é aquela que cumpre com a sua função
3.1 leis ineficazes: a lei de usura que é o decreto 22.626 de 1933, é uma lei que não tem uma adesão da população. 
3.2 definições de eficácia: a norma é eficaz quando desempenha satisfatoriamente sua função social, qual seja, manter a ordem e distribuir a justiça. O estado cria a lei, mas a sociedade vai mudando e fazendo com que perca a eficácia. 
Vacatio legis: é um período de adaptação social, o tempo que demora até entrar em vigor. 
6. Normatividade (Revogação e conflito de normas e retroatividade e irretroatividade):
Normatividade: Retroatividade, revogação e ignorância. 
Art. 5º, XXXVI da CFB -> a lei não prejudicará o direito adquirido (direito subjetivo, nem mesmo uma nova lei poderá atingir o beneficiado), o ato jurídico perfeito (todo ato que tem uma relevância jurídica (ato jurídico) é perfeito quando se concluiu através da livre manifestação das partes) só não é valida quando há uma nulidade, ou foi feito sob ameaça e a coisa julgada (decisão judicial que se tornou imutável). É isso que traz a segurança jurídica. 
A norma deve ser ampla. Generalidade e abstração para situações futuras se aplica para o que irá acontecer e não o que já aconteceu. A lei só tem efeito para o futuro, em casos excepcionais ela volta ao pretérito. 
1 - O que é retroatividade e irretroatividade?
A retroatividade é quando a nova lei vem a atingir casos já passados, sendo que ocorre para garantir os regimes democráticos e é rara. Irretroatividade é quando a nova lei prevê casos futuros e não os já passados.
2 – Que relação retroatividade e/ou irretroatividade da lei tem com o artigo quinto, XXXVI da C.F?
A irretroatividade tem relação com o artigo quinto por funcionar sem atingir a escrita do artigo da C.F, sendo que tende a nunca atingir a segurança jurídica para não fazer com que o direito caia no caos. 
No direito penal é possível que a lei retroaja, contudo deve ser para beneficiar o réu. Em regra a lei é irretroativa. 
7. Fontes do Direito:

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