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Grupo Gestão 1 SEMESTRE

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INTRODUÇÃO
Num contexto em que o crescimento se sujeita a uma série de limitações, seria razoável inquirir como utilizar os elementos que constituem o meio ambiente sem lhe causar dano. A utilização é tão essencial a todas as formas de vida do planeta quanto à preservação. Deve-se, pois, buscar um modelo de desenvolvimento que se coadune com a preservação de todos os elementos da natureza. 
O processo permanente de transformação acelerou-se a partir de fatores que impulsionaram fenômenos de crescimento desordenado das cidades, a destruição de seu meio ambiente mais próximo e o aumento de todas as formas de poluição. É esse quadro hoje tão visível nas metrópoles brasileiras, tem também, se mostrado real nos pequenos municípios brasileiros, como São Félix do Xingu no Estado do Pará. 
Município sediado no sudeste desse estado, região rica na exploração mineral e pecuarista. Reflete tanto na sua formação histórica como município, como no seu atual estado de crescimento demográfico o antagonismo já peculiar e característico das cidades da região amazônica em crescimento, desenvolvimento socioeconômico ou preservação ecológica. 
O conceito de “necessidade”, sobretudo as necessidades fundamentais da população, que devem receber a máxima prioridade, junto com a noção das limitações que o estágio de crescimento e da organização social impõe ao meio ambiente, impedindo-o de atender às necessidades presentes e futuras. Devem estar sempre juntas no que tange a elaboração, implantação e coordenação de projetos administrativos públicos, haja vista que, qualquer processo de desenvolvimento só seria válido se for baseado nesse principio. A falta de sustentabilidade pode levar a sucessos imediatos, mas fatalmente comprometerá o futuro. Qualquer cidade que provoque a poluição e degradação, consequentemente, a devastação de seus recursos naturais em nome do desenvolvimento, a curto prazo, causará dano à sua população.
Esse breve texto acima vem apresentar um estudo sucinto da atual realidade do município de São Félix do Xingu, no Estado do Pará. Mas, especificamente, das ocupações irregulares da região ribeirinha desse município, apontando através deste, os impactos ambientais dessa projeção urbana irregular, sobre os rios Fresco e Xingu, que banham o município. A partir daí serão apontando soluções que minimizem o impacto negativo que este tipo de habitação irregular, por ventura venha causar a qualquer aspecto ambiental. 
O município de São Felix do Xingu tem se destacado nos últimos anos no cenário econômico paraense por ter o maior rebanho bovino do estado. Tal destaque tem revelado um município marcado pela devastação florestal. A produção bovina de São Félix do Xingu - PA trouxe profundas alterações no município proporcionando modificações sociais, econômicos e ambientais. Um dos maiores caso de desequilíbrio ecológico neste município é o desmatamento, desmatamento este que tem diminuído no decorrer dos anos, mas ainda acontece com muita frequência dentre outros desequilíbrios. 
O objetivo deste trabalho visa mostra que as questões ambientais fazem parte da história deste município, porém não é para enumerar todos os problemas ambientais do município e cidade, mas vale a pena observar alguns para ter uma ideia da realidade.
DESENVOLVIMENTO
São Felix do Xingu é um município brasileiro, situado na região sudeste do estado do Pará. Sua população segundo o IBGE (instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) no ultimo senso de 2010 era 91.340 habitantes a população já está aproximadamente em 111.633. Uma distância de 1.147 KM da capital de Belém. 
O curso d’água de maior expressão é o Rio Xingu, grande afluente da margem direita do Rio Amazonas, que nasce na serra do Roncador, em Mato Grosso, e percorre uma extensão de 1.980 Km, até alcançar o Amazonas. Sendo um rio de planalto, em geral, apresenta numerosos trechos de queda d’água dentro do município, possui vários afluentes, destacando-se, de montante par jusante: Ribeirões da Paz, Petita ou Porto Alegre, José Bispo, Rio Fresco e os igarapés Triunfo, Porto Seguro, Baú, São José e Portal. O rio confluência com o Xingu está situada a sede municipal.
	Marginalmente aos cursos d’água, eventualmente ocorre à mata galeria. Nas áreas inundáveis, está presente a floresta de várzea, abrigando espécies ombrófilas (que gostam de lugares úmidos) dicotiledôneas e palmáceas. Os animais mais visualizados nesses locais são capivara, ariranha, jacaré, cobra e tracajá. O município não tem um Plano Municipal de Gestão dos Recursos Hídricos, porém adota medidas da Política Nacional de Recursos Hídricos instituída pela Lei nº 9.433, de 8 de Janeiro de 1997, principalmente nos casos de licenciamento ambiental. 
Em São Felix do Xingu não existe uma estação de tratamento de esgoto. A casa que não tem uma fossa residencial lança diretamente o seu esgoto no bueiro que passa por toda cidade, onde o destino final principalmente o rio fresco o que causa muita poluição e doenças na população ribeirinha.
 O município também apresenta algumas áreas de ocupações irregulares sendo elas os leitos dos rios Xingu e Fresco no perímetro da área urbana, zona ocupada majoritariamente por habitações precárias, essa ocupação ocorre desde o inicio da criação do município devido o acesso mais rápido a água. O risco de desastre naturais recorrente todo ano que estes moradores estão sujeitos são enchentes e erosão devido o desgaste das encostas onde as habitações estão instaladas. 
Segundo o plano diretor instituído pela lei 320/2006 nos art. 63 e art. 64 com relação as áreas de ocupação irregular do município dizem: art. 63. Zona ocupada ao longo das margens dos rios Fresco e Xingu ocupada majoritariamente por habitações precárias estarão sujeitas a remanejamento para áreas de interesse social a serem identificadas no Plano Municipal de Política Habitacional. Art. 64 nesta área deverão ser estimuladas, após o projeto de revitalização urbanística, através de índices diferenciados, atividades de bares, lanchonetes e similares e entretenimentos em geral. 
Os Impactos Socioambientais que estas áreas de ocupação irregular estão sujeitas são condições sanitárias precárias onde o esgoto doméstico elencado diretamente nos rios. Contaminação da água por produtos tóxicos, destruição das APP’s (Áreas de Proteção Permanente) e com a chegada da chuva a situação se agrava com o aparecimento de doenças, sobretudo transmitidas via a água, como amebíase, cólera, febre amarela, hepatite, poliomielite, leptospirose, salmonelose, teníase, entre outras.
A escalada do progresso técnico humano pode ser medida pelo seu poder de controlar e transformar a natureza. Quanto mais rápido o desenvolvimento tecnológico, maior o ritmo de alterações provocadas no meio ambiente. Cada nova fonte de energia dominada pelo homem produz determinado tipo de desequilíbrio ambiental e de poluição. A invenção da máquina a vapor, por exemplo, aumenta a procura pelo carvão e acelera o ritmo de desmatamento. A destilação do petróleo multiplica a emissão de gás carbônico e outros gases na atmosfera. Com a petroquímica, surgem novas matérias-primas e substâncias não-biodegradáveis, como alguns plásticos.
O aumento da população mundial ao longo da história exige áreas cada vez maiores para a produção de alimentos e técnicas de cultivo que aumentem a produtividade da terra. 
Florestas cedem lugar a lavouras e criações, espécies animais e vegetais são domesticadas, muitas extintas e outras, ao perderem seus predadores naturais, multiplicam-se aceleradamente.
Produtos químicos não-biodegradáveis, usados para aumentar a produtividade e evitar predadores nas lavouras, matam microrganismos decompositores, insetos e aves, reduzem a fertilidade da terra, poluem os rios e águas subterrâneas e contaminam os alimentos.
A urbanização multiplica essesfatores de desequilíbrio. A grande cidade usa os recursos naturais em escala concentrada, quebra as cadeias naturais de reprodução desses recursos e reduz a capacidade da natureza de construir novas situações de equilíbrio.
A diferença de riqueza entre as nações contribui para o desequilíbrio ambiental. Nos países pobres, o ritmo de crescimento demográfico e de urbanização não é acompanhado pela expansão da infraestrutura, principalmente da rede de saneamento básico. Uma boa parcela dos dejetos humanos e do lixo urbano e industrial é lançada sem tratamento na atmosfera, nas águas ou no solo.
Hoje em São Felix do Xingu - PA temos alguns desses fatores que contribui para o desequilíbrio ambiental. Nos últimos anos tem sido crescente a discussão em torno de assuntos envolvendo o meio ambiente, e o estado do Pará insere-se nessa questão por configurar um território complexo do ponto de vista dos diferentes interesses e conflitos existentes nele.
 Interesses por abrigar regiões ricas em recursos naturais que servem de base para várias economias municipais, e conflitos por ter em muito destes municípios um processo econômico exaustivo, seja pelo uso da terra, com a extração de minerais, seja pelo uso da floresta, com a exploração de madeira. Os segmentos produtivos da extração mineral e madeireira têm desencadeado grandes transformações econômicas e sociais no estado. Outro segmento inserido na dinâmica econômica e que tem provocado grandes repercussões no aspecto ambiental é a pecuária, fortemente instalada na região Sul e Sudeste do Pará. O desempenho produtivo da atividade bovina nestas regiões tem resultado em vários conflitos ambientais. 
Esse fator tem feito do município um dos maiores causadores do desmatamento no estado nos últimos dez anos. Nesse sentido, o presente trabalho procura evidenciar os aspectos econômicos, sociais e ambientais de São Félix do Xingu entre os anos de 2000 e 2010, na tentativa de explicar a atual situação em que se encontra o município. Quase uma década atrás, a passagem dos caminhões com madeira retumbava na cidade e o fogo que devastava a floresta quase impedia a visão.
"São Félix do Xingu era o campeão do desmatamento. Em 2008, o governo criou uma lista dos municípios que mais desmatavam e fomos o número um, mas agora também é o que mais reduziu o desmatamento, que passou de 2.500 km2 no ano 2000 a 169 km2 no ano passado", explica o prefeito, João Cleber.
No entanto, não conseguiu sair da lista de grandes desmatadores devido ao grande tamanho de sua propriedade. Há cinco anos e com o compromisso internacional de deter a devastação da floresta, o governo retirou o acesso ao crédito aos municípios que mais desmatam e aplicou o cerco à indústria: quem comprasse produção de áreas desmatadas seria penalizado.
Ainda, podemos fazer algo para ajudar a mãe natureza e automaticamente nos ajudar, onde dependemos dela para sobreviver, mas isso ainda não entrou nas cabeças poluídas dos nossos governantes, do pode Estatal que precisamos trabalhar na temática de preservação da natureza, e usá-la para o bem social, cultural e econômico de forma correta para não agredi-la.
 Temos que trabalhar com a conscientização da população para chegarmos onde queremos, temos que trabalhar unidos em comissão para ocorrer a diversidade de pensamentos, temos que estar em constantes discussão no senado para obter uma coletividade com os pensamentos voltados para futuras soluções dos problemas socioambientais do nosso país, ou melhor do nosso planeta. 
No nosso município, tem poucos projetos da prefeitura municipal que são voltados para o meio ambiente, aqui só tem apenas um órgão competentes que trabalha com o ambientalismo, que é a Secretaria de Meio Ambiente, mas a mesma não tem mão-de-obra completa, não tem recursos financeiros total para serem atribuídos de forma correta no uso da recuperação de áreas degradadas e também trabalhar com a prevenção do desmatamento. O município ainda peca muito no requisito do Meio Ambiente, pois apesar de sermos banhados por dois rios e ter uma natureza belíssima, notamos que os nossos governantes não estão ligados na importância que está natureza tem para as nossas vidas.
Queríamos apenas que o Estado tivesse uma melhor atenção para, o Meio ambiente em que estamos inseridos e que realmente atuassem de forma digna, correta e com respeito não só a nós, mas como respeitar sempre a nossa natureza. 
CONCLUSÃO
Nós como futuros gestores ambientais sugerimos para um melhor desenvolvimento da cidade: Um levantamento de locais problemáticos em termos de enchentes, e criação de mecanismos técnicos mais eficientes para vazão da água quando esse for o caso; Estimular a educação ambiental nos órgãos públicos, entidades particulares e escolas; Implementar programa de limpeza intensiva de bueiros e galerias entupidas e a implantação de uma estação de tratamento de esgoto; Criação de novas áreas verdes para diminuir a impermeabilização da água, a vegetação contribui com a absorção; Avisar a defesa civil e a prefeitura sobre o perigo, no caso de casas construídas em áreas de risco e em áreas afetadas pela enchente.
Em suma, todas as ações propostas acima e, que já atualmente já constam no plano diretor deste município, precisa ser realmente postas em prática, por parte do poder publico, para que seus resultados atinjam metas concretas no que tange o desenvolvimento sustentável e o crescimento econômico condigno da população. 
A fauna, flora, os rios, os mares e as montanhas tem um papel fundamental em nossas vidas, pois é através deles que obtemos uma vegetação que está auxiliando a natureza em uma melhor preservação do meio ambiente e também da vida animal, cujo um depende do outro para sobreviver.
Diante do exposto acima verificamos que a cidade de São Felix do Xingu – PA, cidade onde nós residimos tem inúmeros desequilíbrio ambientais, quando falamos em meio ambiente está- diante de um objeto de estudo vinculado à sobrevivência humana, a conservação das espécies e dos ecossistemas que as abrigam está ligada diretamente à vida do homem no planeta.
REFERÊNCIAS
BELÉM. Governo do Estado do Pará – Secretaria de Estado de Planejamento, orçamento e Finanças. Instituto de Desenvolvimento Econômico Social e Ambiental. Belém.
BRASIL 1. Constituição da República Federativa do Brasil: Texto Constitucional de 05 de outubro de 1988. Brasília: 05 de Outubro de 1988. Disponível no site: Acesso em 20 de Março de 2012.
BRASIL 2. Lei no. 9.605, de 28 de fevereiro de 1998. Brasília, 01 de Março de 1998. Disponível no site: Acesso em 20 de Março de 2012
IBAMA. Cartilha - Leis de Crimes Ambientais. 2015. Disponível em: <http://www.ibama.gov.br/documentos/cartilha-leis-de-crimes-ambientais> Acesso em: 11 fev. 2015
LEITE, Roberto Glaydson Ferreira. Curso Crimes Ambientais. Módulo I. Brasília: SENASP/MJ, 2008.
O ECO. Entenda a Lei de Crimes Ambientais. 2015. Disponível em: <http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28289-entenda-a-lei-de-crimes- ambientais> Acesso em: 11 fev. 2015. 
PNUD. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Disponível em: <http://www.pnud.org.br/idh/>. Acesso em: 07 de maio de 2014.
SÃO FÉLIX DO XINGU. Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Saneamento – Departamento de Fiscalização Ambiental. Plano diretor instituído pela Lei 320/2006, Lei municipal 57/91 e Lei municipal 16/2007. São Félix do Xingu. 
SÃO FÉLIX DO XINGU. Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Saneamento – Departamento de Fiscalização Ambiental. Plano diretor instituído pela Lei 320/2006, Lei municipal 57/91 e Lei municipal 16/2007. São Félix do Xingu. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos.São Paulo: Pearson Education,2009
Sistema de Ensino Presencial Conectado
Superior de tecnologia em gestão ambiental
DAUVESLEY DA SILVA SANTOS
Desequilibrio AMBIENTAL
são félix do xingu-pa
São Félix do Xingu - PA
2015
DAUVESLEY DA SILVA SANTOS
Desequilibrio AMBIENTAL
são félix do xingu - pa
Trabalho de Tecnologia em Gestão Ambiental apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas: Ecologia, Biodiversidade e Áreas Protegidas; Legislação e Direito Ambiental; Ciências Ambientais; Metodologia Científica.
Orientador: Prof. Luciana Andréa Pires; Tiago Garbim; Jossan Batistute, Cristina Célia; Krawulski; Fábio Luiz Zanardi Coltro; Gabriel Marcos Domingues de Souza.
São Félix do Xingu - PA
2015

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