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Aula 1,2 e 3 - Parasitologia Geral Enf

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2015-02-20
1
Introdução a Parasitologia
“É o estudo dos organismos que vivem
em íntimo e estreita dependência de
outros seres e que, quando tenham o
homem como hospedeiro, podem
causar doenças”.
Luis Rey
Parasitologia
“Associações entre indivíduos de espécies
diferentes, onde existe unilateralidade de
benefícios, ou seja, o hospedeiro é espoliado
pelo parasita pois fornece alimento e abrigo
para este”.
David Pereira Neves
Parasitologia 
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DE 
PARASITOLOGIA 
Doenças freqüentes na população mundial
Segundo OMS:
• 980 milhões de pessoas estão parasitadas pelo Ascaris lumbricoides
• 200 milhões pelo Schistosoma mansoni
• 116 milhões pelo Trypanosoma cruz
Brasil (Rhodia) - Parasitoses intestinais:
Crianças parasitadas 55,3%
Crianças poliparasitadas 51%
 Pode levar à morte súbita ou incapacitar p/ o 
trabalho
 Ex: Doença de Chagas
 Parasitose + má nutrição
1. Deficiência no aprendizado
2. Deficiência no desenvolvimento físico 
3. Incapacidade para o trabalho
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DE 
PARASITOLOGIA
Seres vivos – para serem estudados têm que ser agrupados conforme 
sua:
• Morfologia , Fisiologia, Estrutura, Filogenia etc.
 Agrupamento
 Obedece a leis
 Possui um vocabulário próprio
Classificação dos Seres Vivos
2015-02-20
2
Sistema binominal (Linnaeus-1758)
A designação científica é regulada por regras de nomenclatura 
promulgadas em congressos e denominadas: 
Regras Internacionais de Nomenclatura Zoológica
Nomenclatura: Latina e binominal 
Espécie = 2 palavras
1ª gênero (letra maiúscula) 
2ª espécie (letra minúscula)
grifadas ou escritas em itálico
Unidade taxonômica ou categoria taxonômica (sete)
Reino, filo, classe, ordem, família, gênero, espécie
Subespécie palavra seguida à espécie sem 
pontuação
Ex.: Culex pipiens fatigans
Subgênero (interposto entre o gênero e a 
espécie, separado por parênteses)
Ex.: Anopheles (Kerteszia) cruzi
Tribo ini Cullicini
Subfamilia inae Culicinae
Familia idae Culicidae
Superfamilia oidea Oxyuroidea
Gênero-tipo + desinência própria
Ex: pernilongo da malária
REINO.......................... Animalia
FILO............................. Arthropoda
CLASSE....................... Insecta
ORDEM........................Diptera
FAMILIA.................... Culicidae
GÊNERO.................... Anopheles
ESPÉCIE.....................Anopheles darlingi
CONCEITOS GERAIS UTILIZADOS 
EM PARASITOLOGIA
Agente Etiológico. É o agente causador ou responsável pela origem da
doença. Pode ser um vírus, bactéria, fungo, protozoário, helminto.
Agente Infeccioso. Parasito, sobretudo, microparasitos (bactérias,
fungos, protozoários, vírus etc.), inclusive helmintos, capazes de produzir
infecção ou doença infecciosa (OMS, 1973).
Antroponose. Doença exclusivamente humana. Por exemplo, a filariose
bancrofiniana, a gripe, etc.
Antropozoonose. Doença primária de animais, que pode ser transmitida
aos humanos. Exemplo: brucelose, na qual o homem é um hospedeiro
acidental.
Contaminação. É a presença de um agente infeccioso na superfície do 
corpo, roupas, brinquedos, água, leite, alimentos etc.
2015-02-20
3
Enzoose. Doença exclusivamente de animais. Por exemplo, a peste suína,
o Dioctophyma renale, parasitando rim de cão e lobo etc.
Endemia. É a prevalência usual de determinada doença com relação a
área. Normalmente, considera-se como endêmica a doença cuja incidência
permanece constante por vários anos, dando uma idéia de equilíbrio entre
a doença e a população.
Epidemia ou Surto Epidêmico. É a ocorrência, numa coletividade ou
região, de casos que ultrapassam nitidamente a incidência normalmente
esperada de uma doença e derivada uma fonte comum de infecção ou
propagação.
Estádio. É a fase intermediaria ou intervalo entre duas mudas da larva de
um artropode ou helminto.
Estágio. É a forma de transição (imaturos) de um artrópode ou helminto
para completar o ciclo biológico.
Fase Aguda. É aquele período após a infecção em que os sintomas clínicos
são mais marcantes (febre alta etc.).
Fase Crônica. É a que se segue a fase aguda; caracteriza- se pela
diminuição da sintomatologia clínica e existe um equilíbrio relativo entre o
hospedeiro e o agente infeccioso.
Fômite. É representado por utensílios que podem veicular o parasito
entre hospedeiros. Por exemplo: roupas, seringas, espéculos etc.
Fonte de Infecção. É a pessoa, coisa ou substância da qual um agente
infeccioso passa diretamente a um hospedeiro.
Hábitat. É o ecossistema, local ou órgão onde determinada espécie ou
população vive. Ex.: o Ascaris lumbricoides tem por hábitat o intestino
delgado humano.
Hospedeiro. É um organismo que alberga o parasito. Exemplo: o hospedeiro do Ascaris
lumbricoides é o ser humano.
Hospedeiro Definitivo. É o que apresenta o parasito em fase de maturidade ou em fase
de atividade sexual.
Hospedeiro Intermediário. É aquele que apresenta o parasito em fase larvária ou
assexuada.
Incidência. É a freqüência com que uma doença ou fato ocorre num período de tempo
definido e com relação à população (casos novos, apenas).
Infecção. Penetração e desenvolvimento, ou multiplicação, de um agente infeccioso
dentro do organismo de humanos ou Animais
Infestação. É o alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópodes na superfície
do corpo ou vestes.
Letalidade. Expressa o número de óbitos com relação a determinada doença ou fato e
com relação a população.
Morbidade. Expressa o número de pessoas doentes com relação a população.
Mortalidade. Determina o número geral de óbitos em determinado período de tempo e
com relação a população.
Parasitismo. É a associação entre seres vivos, em que existe unilateralidade de
benefícios, sendo um dos associados prejudicados pela associação. ENDOPARASITISMO
X ECTOPARASITISMO
Patogenia ou Patogênese. É o mecanismo com que um agente infeccioso provoca
lesões no hospedeiro. Ex.: o S. mansoni provoca lesões no organismo através de ovos,
formando granulomas.
Patogenicidade. É a habilidade de um agente infeccioso provocar lesões. Ex.: Leishmania
braziliensi tem uma patogenicidade alta; Taenia saginata tem patogenicidade baixa.
Período de Incubação. É o período decorrente entre o tempo de infecção e o
aparecimento dos primeiros sintomas clínicos. Ex.: Esquistossomose o tempo de
penetração de cercária até o aparecimento da dermatite leva 24 horas.
Prevalência. Termo geral utilizado para caracterizar o número total de casos de uma
doença ou qualquer outra ocorrência numa população e tempo definidos (casos antigos
somados aos casos novos).
Profilaxia. É o conjunto de medidas que visam a prevenção, erradicação ou controle de
doenças ou fatos prejudiciais aos seres vivos.
Reservatório. São o homem, os animais, as plantas, o solo e qualquer matéria orgânica
inanimada onde vive e se multiplica um agente infeccioso
Vetor. É um artrópode, molusco ou outro veículo que transmite o parasito entre dois
hospedeiros
Virulência. É a severidade e rapidez com que um agente infeccioso provoca lesões no
hospedeiro.
Zooantroponose. Doença primária dos humanos, que pode ser transmitida aos animais.
Ex.: a Equistossomose no Brasil. O humano é o principal hospedeiro.
Zoonose. Doenças e infecções que são naturalmente transmitidas entre animais
vertebrados e os humanos.
Ciclo Biológico
Relações Parasita – Hospedeiro 
Ações dos Parasitas nos Hospedeiros
Modo de Transmissão
Os Parasitas, o Ambiente e o Homem
2015-02-20
4
Revisão
 Parasitismo. É a associação entre seres vivos, em que
existe unilateralidade de benefícios, sendo um dos
associados prejudicados pela associação.
 Hospedeiro: Organismo que constituio habitat normal
de um parasito. Pode ser Definitivo ou Intermediário. O
parasito necessita instalar-se nele para poder sobreviver
(crescer e multiplicar).
 Natural
 Acidental
Revisão
 Vetor: Transmissores mecânicos, geralmente um
artrópode, molusco ou outro veículo que transmite o
parasito entre dois hospedeiros.
 Biológico: É quando além de ser transmitido, o parasito
também se reproduz ou se desenvolve no vetor. Ex:
Plasmodium e Ancilóstoma.
 Mecânico: É quando só ocorre a transmissão do parasito (não se
reproduz nem se desenvolve no vetor) Ex:Trypanossoma cruzi
 Inanimado ou fômite: Quando o parasito é transportado por
objetos, tais como lenços, seringas, espéculos, talheres, etc. Ex:
Esporos de fungos
AnophelesCulex
Carrapato
Berne
piolhopulga
fitófagos
Ectoparasitas/ Vetores
INFECÇÃO  Penetração e desenvolvimento do agente 
infeccioso no corpo (Endoparasitos)
INFESTAÇÃOAlojamento e desenvolvimento de 
artrópodes na superfície do corpo (Ectoparasitos)
TIPOS DE ASSOCIAÇÃO 
ENTRE OS ANIMAIS
PODEM SER:
Harmônicas ou Positivas, quando há beneficio mútuo ou ausência de prejuízo
mútuo;
Desarmônica ou Negativa, quando há prejuízo para algum dos participantes.
CLASSIFICAÇÃO:
 COMPETIÇÃO: É uma associação desarmônica na qual exemplares da mesma
espécie (competição intra-especifica) ou de espécies diferentes (competição
interespecífica) lutam pelo mesmo abrigo ou alimento, e, em geral, as menos preparadas
perdem.
 CANIBALISMO: É o ato de um animal se alimentar de outro da mesma espécie ou
da mesma família. Esse relacionamento é do tipo desarmônico e que quase sempre
devido à superpopulação e deficiência alimentar no criadouro, as formas mais ativas ou
mais fortes devoram as menores ou mais fracas.
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5
 PREDATISMO: É quando uma espécie animal se alimenta de outra espécie.
Isto é, a sobrevivência de uma espécie depende da morte de outra espécie (cadeia
alimentar).
 PARASITISMO: É a associação entre seres vivos, na qual existe
unilateralidade de benefícios, ou seja, o hospedeiro é espoliado pelo parasito, pois
fornece alimento e abrigo para este.
MUTUALISMO: É quando duas,espécies se associam para viver, e ambas são
beneficiadas. E uma associação obrigatória, sendo, por muitos autores,
considerada como uma simbiose.
COMENSALISMO: É a associação harmônica entre duas espécies, na qual
uma obtém vantagens (o hóspede) sem prejuízos para o outro (o hospedeiro).
Exemplo: Entamoeba coli vivendo no intestino grosso humano. Essas vantagens
podem ser: proteção (habitação), transporte (meio de locomoção) e nutrição (o
hóspede se aproveitados restos alimentares).
Parasitismo
 Forma de relação desarmônica que caracteriza a espécie 
que se instala no corpo de outra, dela retirando matéria para 
a sua nutrição e causando-lhe, em consequência, danos cuja 
gravidade pode ser muito variável, desde pequenos distúrbios 
até a própria morte do indivíduo parasitado. 
 Hospedeiro: organismo que abriga o parasita. 
PARASITOS PODEM SER 
CLASSIFICADOS:
 Ectoparasitas: vivem externamente no corpo do 
hospedeiro. Ex: pulgas, piolhos, carrapatos
 Endoparasitas: vivem internamente no corpo do 
hospedeiro. Ex: bactérias, vírus, helmintos, protozoários
 Hemoparasita: vivem na corrente sanguínea. 
 Ex: gênero Plasmodium (malária)
 Enteroparasita: vivem no intestino
 Ex: Ascaris lumbricoides
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu Habitat
Ectoparasitas – principalmente artrópodes parasitas habituais ou ocasionais
Sarcoptes scabei 
(sarna)
Pediculus humanus
(piolho)
Phthirus pubis
(chato)
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu Habitat
Parasitas cavitários – parasitas de órgãos e vísceras ocas
Entamoeba histolytica
Giardia duodenale
Protozoários
(intestino)
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Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu Habitat
Parasitas cavitários – parasitas de órgãos e vísceras ocas
Protozoários
(vagina e uretra)
Trichomonas vaginalis 
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu Habitat
Parasitas cavitários – parasitas de órgãos e vísceras ocas
Platelmintos
(intestino)
Taenia saginata Taenia soliumHymenolepis nana
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu Habitat
Parasitas cavitários – parasitas de órgãos e vísceras ocas
Nematelmintos
(intestino)
Ancylostoma duodenalis
(amarelão)
Ascaris lumbricoides
(lombriga) 
Enterobius vermicularis (oxiúro)
Parasitas de órgãos e tecidos – vivem na intimidade de tecidos de vários 
órgãos (fora de suas células), ocupando espaço no tecido e comprimindo suas 
estruturas
• Platelmintos – larvas de T.solium (cisticerco) – cérebro e retina
larvas de Echinococcus granulosus - fígado
• Nematelmintos – larvas de Trichnella spirallis - músculos
larvas de Onchocerca volvulus – tecido subcutâneo
• Artrópodes – miíases (berne- larva da mosca varejeira), 
Tunga penetrans (bicho do pé – pulga fertilizada se aloja na pele 
– postura 150-200 ovos)
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu Habitat
Parasitas dos sistemas circulatório e linfático – muitos parasitas 
de órgãos e tecidos atinge sua sede definitiva através de migração via 
sistema circulatório, mas poucos parasitas têm seu habitat definitivo
Platelmintos – Schistosoma mansoni – veias do sistema porta
Nemaltemintos – Wuchereria bancrofti – filárias – vasos 
linfáticos e sangue
Protozoários – tripanossomas africanos - sangue
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu Habitat Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu Habitat
Parasitas intracelulares – somente protozoários
Trypanosoma cruzi
(células musculares lisas, nervosas 
ou reticulares e plasma)
Leishmania spp
(macrófagos
fígado e pele )
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Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu Habitat
Parasitas intracelulares – somente protozoários
Toxoplasma gondi 
(vários tecidos)
Plasmodium spp 
(glóbulos vermelhos) 
Cada espécie de parasito tem seu 
próprio hospedeiro
 Parasito Heteroxênico. É o que possui
hospedeiro definitivo e intermediário. Exemplos:
Trypanosoma cruzi, S. mansoni.
 Parasito Monoxênico. É o que possui apenas o
hospedeiro definitivo. Exemplos: Enterobius
vermicularis, A. lumbricoides.
 Parasito Acidental. É o que parasita outro hospedeiro que não o
seu normal.
 Dipylidium caninum comumente encontrado em cães parasitando uma criança.
 Parasito Errático - Se o parasita se encontra fora de seu habitat
normal.
 Adulto de Enterobius vermicularis em cavidade vaginal.
 Parasito Facultativo. É o que pode viver parasitando, ou não,
um hospedeiro (nesse último caso, isto é, quando não está
parasitando, é chamado vida livre). Exemplo: larvas de moscas
Sarcophagidae, que podem desenvolver-se em feridas necrosadas
ou em matéria orgânica (esterco) em decomposição.
 Parasito Obrigatório. É aquele incapaz de viver fora do
hospedeiro. Exemplo: etc.
 Toxoplasma gondii, Plasmodium sp., S. mansoni
Ecologia parasitária
Hábitat: local ou órgão onde determinada espécie ou 
população vive
Ascaris lumbricoides, Ancylostoma duodenale intestino delgado 
humano
Nicho ecológico: atividade da espécie ou população dentro do 
hábitat Intestino delgado:
• Ascaris lumbricoides – absorve fósforo, cálcio, carboidratos, açúcares, proteínas 
etc.
• Ancylostoma duodenale – consome sangue e ferro do hospedeiro
Ciclos Biológicos
Definição:
 Entende-se por ciclo de vida ou ciclo biológico
como sendo um conjunto de transformações pelo
qual podem passar os indivíduos de uma espécie
para assegurar a sua continuidade. O ciclo é
divido em algumas etapas ou fases do
desenvolvimento que podem receber nomesespecíficos de acordo com o organismo o qual se
esteja estudando.
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Ciclos Vitais
 O desenvolvimento de um parasito se dá pela instalação 
no hospedeiro
 A passagem de um hospedeiro para outro, durante o 
desenvolvimento do parasito obedece um programa
regular de acontecimentos = Ciclo Biológico
Fornece uma visão de pontos de prevenção, tratamento e 
controle das parasitoses.
Ciclos Biológicos
 A) Simples ou Monoxênico
 Homem (sarampo) -> Homem
Ciclos Biológicos
 B) Complexo ou Heteroxênico
 Homem (malaria) -> hospedeiro intermediário -> Homem
Ciclos Biológicos
 B) Complexo ou Heteroxênico
 Homem (esquistossomose) -> hospedeiro intermediário -> 
forma de vida livre -> Homem
Ciclos Biológicos
 Quando existem dois hospedeiros, é denominado ciclo 
dixeno (P.e. Gên. Taenia e Trypanosoma cruzi); entretanto, 
quando são necessários mais de dois hospedeiros, de ciclo 
polixeno (P.e. Gên. Diphyllobothrium). AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O
HOSPEDEIRO
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Doença parasitária: 
É um acidente que ocorre em conseqüência de um 
desequilíbrio entre hospedeiro e o parasito
 O grau de intensidade da doença parasitária depende de vários 
fatores:
 Nº de formas infectantes presentes
 Virulência da cepa
 Idade e o estado nutricional do hospedeiro
 Os órgãos atingidos
 Grau da resposta imune ou inflamatória desencadeada
 Intercorrência de outras doenças
Ação dos Parasitas nos Hospedeiros
AÇÁO ESPOLIATIVA: Quando o parasito absorve nutrientes ou
mesmo sangue do hospedeiro. É o caso dos Ancylostomatidae, que
ingerem sangue da mucosa intestinal (utilizam esse sangue para
obtenção de Fe e O, e não para se nutrirem dele diretamente) e deixam
pontoshemorrágicos na mucosa, quando abandonamo local da sucção.
AÇÁO TÓXICA: Algumas espécies produzem enzimas ou
metabólitos que podem lesar o hospedeiro. Exemplos: as reações
alérgicas provocadas pelos metabólitos do A. lumbricoides, as reações
teciduais (intestino, fígado, pulmões) produzidas pelas secreções no
miracídio dentro do ovo do S. mansoni etc.
AÇÁO MECÂNICA: Algumas espécies podem impedir o fluxo de
alimento, bile ou absorção alimentar. Assim, o enovelamento de A.
lumbricoides dentro de uma alça intestinal, obstruindo-a; a G.
lamblia,"atapetando" o duodeno etc.
AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O
HOSPEDEIRO
 Ação espoliativa: Quando o parasito absorve nutrientes ou 
mesmo sangue do hospedeiro.
 Ex: Ancylostoma
AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O
HOSPEDEIRO
 Ação tóxica: Algumas espécies produzem enzimas ou 
metabólitos que podem lesar o hospedeiro. 
 Ex: A. lumbricoides
AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O
HOSPEDEIRO
 Ação mecânica: Algumas espécies podem impedir o fluxo 
de alimento, bile ou absorção alimentar.
 Ex: A. lumbricoides
AÇÃO TRAUMÁTICA: É provocada, principalmente, por formas larvárias
de helmintos, embora vermes adultos e protozoários também sejam capazes de
fazê-lo. Assim, a migração cutânea e pulmonar pelas larvas de Ancylostomas as
lesões hepáticas pela migração da E. hepatica jovem; as úlceras intestinais
provocadas pelos Ancylostoma sp. e Trichuris trichiuria; o rompimento das
hemácias pelos Plasmodium etc.
AÇÃO IRRITATIVA: Deve-se a presença constante do parasito que, sem
produzir lesões traumáticas, irrita o local parasitado. Como exemplo, temos a
ação das ventosas dos Cestoda ou dos lábios dos A. lumbricoides na mucosa
intestinal.
AÇÃO ENZIMÁTICA: É o que ocorre na penetração da pele por cercárias
de S. mansoni; a ação da E. histolytica ou dos Ancylostomas para lesar o
epitélio intestinal e, assim, obter alimentos assimiláveis etc.
ANÓXIA: Qualquer parasito que consuma o oxigênio da hemoglobina, ou
produz anemia, é capaz de provocar uma anóxia generalizada. É o que acontece
com os protozoários do gênero Plasmodium ou em infecções maciças pelos
Ancylostomas
2015-02-20
10
AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O
HOSPEDEIRO
 Ação Traumática: Lesão de célula ou tecido (mecânica ou 
química). Ex: E.histolytica
AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O
HOSPEDEIRO
 Ação Irritativa:A presença constante do parasito que, sem 
produzir lesões traumáticas, irrita o local parasitado.
Ex: Cestodas 
AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O
HOSPEDEIRO
 Ação enzimática: Ação de enzimas
Ex: S. mansoni
Ex 2: Ancylostoma CLASSIFICAÇÃO DOS PARASITOS
SEGUNDO OS MODOS DE
TRANSMISSÃO
Mecanismos de Transmissão
 Para que seja definido tal mecanismo, deve ocorrer análise quanto 
à porta entrada no organismo do hospedeiro (via de infecção) e 
neste momento se ocorreu ou não gasto de energia pelo parasita 
(forma de infecção).
 Forma de Infecção (Forma de transmissão)
 * Passiva - Quando não existe gasto de energia para a invasão.
 * Ativa - Caso ocorra dispêndio energético para tal fim.
 Via de Infecção (Via de transmissão ou porta de entrada)
 *Oral (per os)
 *Cutânea (per cuten)
 *Mucosa (per mucus)
 *Genital (per genus)
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu Mecanismo de Transmissão
Diretos
 Indivíduo para indivíduo
 Contato (sarnas)
 Congênita (toxoplasmose)
 Sexual (tricomonose)
Indiretos
 Artrópodes vetores
 Vetor mecânico (moscas, mutucas)
 Vetor biológico (carrapato, 
mosquitos)
 Água, solo e alimentos 
contaminados
 Fômites (escovas, gaiolas)
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11
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu 
Mecanismo de Transmissão
Parasitoses veiculadas por água, alimentos, fômites e 
outros veículos (poeira, mãos sujas)
Protozoários
Entamoeba histolytica
Giardia duodenales
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu 
Mecanismo de Transmissão
Parasitoses veiculadas por água, alimentos, fômites e 
outros veículos (poeira, mãos sujas)
Platelmintos
Taenia saginata Taenia soliumHymenolepis nana
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu 
Mecanismo de Transmissão
Parasitoses veiculadas por água, alimentos, fômites e 
outros veículos (poeira, mãos sujas)
Ascaris lumbricoides
(lombriga) 
Enterobius vermicularis 
(oxiúro)
Nematelmitos
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu 
Mecanismo de Transmissão
Parasitoses veiculadas por solos contaminados com larvas
Necator americanus
Nematelmintos
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu 
Mecanismo de Transmissão
Parasitoses transmitidas com participação de vetores e 
hospedeiros intermediários
Protozoários
Leishmania spp Trypanosoma cruzi Plasmodium spp 
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu 
Mecanismo de Transmissão
Parasitoses transmitidas com participação de vetores e 
hospedeiros intermediários
Platelmintos
Schistosoma mansoni 
2015-02-20
12
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu 
Mecanismo de Transmissão
Parasitoses transmitidas com participação de vetores e 
hospedeiros intermediários
Nematelmintos
Wuchereria brancrofti 
Mansonella ozzardi
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu 
Mecanismo de Transmissão
Parasitoses transmitidas com participação de vetores e 
hospedeiros intermediários
Nematelmintos
Onchocerca volvulus Loa loa 
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu 
Mecanismo de Transmissão
Parasitoses veiculadas por animais domésticos
Protozoários
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu 
Mecanismo de Transmissão
Parasitoses veiculadas por animais domésticos
Platelmintos
Echinococcus granulosus 
Hymenolepis diminuta 
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu 
Mecanismo de Transmissão
Parasitoses veiculadas por animais domésticos
Nematelmintos
Parasitoses cuja transmissão decorre de contato entre pessoase 
seus objetos de uso pessoal
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu 
Mecanismo de Transmissão
Trichomonas vaginalis 
Protozoários
2015-02-20
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Parasitoses cuja transmissão decorre de promiscuidade, contato 
entre pessoas e seus objetos de uso pessoal
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu 
Mecanismo de Transmissão
Sarcoptes scabei 
(sarna)
Pediculus humanus
(piolho)
Phthirus pubis
(chato)
Classificação dos Parasitas do Homem 
segundo seu 
Mecanismo de Transmissão
Parasitoses ocasionais do homem, com mecanismos 
especiais de transmissão.
Artrópodes
Larvas de moscas
Tunga penetrans
(bicho-de-pé) Carrapatos
Tríade Epidemiológica de Doenças
Vetor
FORMAS DE DISSEMINAÇÃO
Veículo Comum
O agente etiológico pode ser transferido por fonte única, como a água, os alimentos, o ar. Pode ser
resultante de exposição simples ao agente ou exposições continuadas por um determinado período
de tempo. As infecções alimentares e a cólera (transmissão pela água) são exemplos de doenças
transmitidas por veículo comum.
Propagação de Pessoa a Pessoa
O agente é disseminado através de contato entre indivíduos infectados e suscetíveis, por via
respiratória (sarampo), oral, genital (HIV) ou por vetores (leishmaniose, malária, doença de
Chagas).
Porta de Entrada no Hospedeiro Humano
Trato respiratório (tuberculose), gastrintestinal (cólera), geniturinário (HIV), cutâneo
(leishmaniose, doença de Chagas).
Reservatórios dos Agentes
Quando o homem é o único reservatório dos agentes a doença é classificada como uma antroponose
(sarampo, elefantíase); quando o homem e outros vertebrados são reservatórios, a doença é
classificada como uma zoonose (leishmaniose, doença de Chagas).
Formas de disseminação
 Reservatórios dos Agentes: Antroponose e zoonose.
GRUPOS DE INTERESSE EM
PARASITOLOGIA
Os animais que parasitam os humanos estão incluídos em cinco grandes
filos:
Protozoários (animais unicelulares),
Helmintos (vermes achatados, vermes redondos),
Artrópodes (insetos e ácaros em geral).
2015-02-20
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Infecções Parasitárias no Homem Locais de Infecção por Parasitas
Epidemiologia
É o estudo da distribuição e dos fatores
determinantes da frequência de uma doença (ou
outro evento). Isto é, a epidemiologia trata de dois
aspectos fundamentais: a distribuição (idade, sexo,
raça, geografia etc.) e os fatores determinantes da
frequência (tipo de patógeno, meios de transmissão
etc.) de uma doença.
Determinantes → fatores de risco
Objetivo principal da epidemiologia:
 Promoção da saúde através da prevenção de doenças
MEDIDAS PREVENTIVAS
1- PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Medidas que procuram impedir que o indivíduo adoeça, controlando os
fatores de risco; agem, portanto, na fase pré-patogênica ou na fase em que o
indivíduo encontra-se sadio ou suscetível. Podem ser primordiais (moradia
adequada, saneamento ambiental, incluindo tratamento de água, esgoto e coleta de
lixo, educação, alimentação adequada, áreas de lazer) e específicas (imunização,
equipamento de segurança, uso de camisinha, proteção contra acidentes).
As ações de controle de vetores, por interromperem os ciclos biológicos
dos agentes infecciosos na natureza, são medidas de prevenção primária específica
(exemplo: uso de inseticida para controle de triatomíneos que são os vetores do
Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas).
2. PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
Medidas aplicáveis aos indivíduos que se encontram sob a ação do agente
patogênico (fase sub clínica ou clínica). Estas medidas procuram impedir que a doença se
desenvolva para estágios mais graves, que deixe seqüelas ou provoque morte. Entre estas
medidas, estão o diagnóstico da infecção ou da doença e o tratamento precoce.
3. PREVENÇÃOTERCIÁRIA
Consiste na prevenção da incapacidade através de medidas destinadas a
reabilitação, aplicadas na fase em que esteja ocorrendo ou que já tenha ocorrido a doença.
Entende-se como o processo de reeducação e readaptação de pessoas acometidas por
acidentes ou que estejam com seqüelas em decorrência de alguma doença. Inclui a
reabilitação (impedir a incapacidade total), a fisioterapia, a terapia ocupacional, as
cirurgias de reparo e a colocação de próteses. O implante de marca-passo em pacientes
com doença de Chagas é um exemplo de prevenção terciária. Muitas vezes a prevenção
secundária e a terciária são aplicadas em conjunto.
Conceito de saúde definido pela 
OMS 1948
“ O estado de completo bem-estar 
físico, mental e social”

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