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Teoria do Conhecimento

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
CÂMPUS TOLEDO
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA – 5º PERÍODO
Nadiégi Esteici Ziemer
TEORIA DO CONHECIMENTO
Toledo – Pr
Agosto 2014.
INTRODUÇÃO
A Teoria do Conhecimento é um dos ramos mais estudados da filosofia moderna. Apesar de existirem vários estudos sobre tal teoria, a mais conhecida é a Teoria Geral do Conhecimento que investiga a relação do pensamento com o objeto em geral. 
É visto que, mesmo que muitos filósofos tenham escrito sobre o assunto, o mais influente na Teoria do Conhecimento foi o alemão Immanuel Kant.
Dividida em três grandes tópicos, sendo eles: a possibilidade do conhecimento; a origem do conhecimento e a essência do conhecimento, a Teoria Geral apresenta soluções para os problemas que envolvem o conhecimento humano.
2. CRONOLOGIA DA TEORIA DO CONHECIMENTO 
 A Teoria do Conhecimento, basicamente conceituada como o estudo de assuntos que outras ciências não conseguem responder, não pode ser citada como disciplina filosófica independente, nem no período da Antiguidade nem na Idade Média. É só na Idade Moderna que a teoria do conhecimento aparece como disciplina independente. E, nesta época, o filósofo Inglês John Locke deve ser considerado o seu fundador.
Existiam na antiguidade, discussões sobre a possibilidade de conhecer a realidade, mas os gregos chamavam tais debates de Epistemologia. Porém, esta é concepção um pouco diferente da moderna Teoria do Conhecimento, a qual considera a observação da realidade, enquanto um ponto de intersecção entre verdade e senso comum, para tentar entender como o conhecimento é construído.
 Apesar de, como já visto, John Locke ser considerado por alguns o fundador da Teoria do conhecimento, na Filosofia Continental, Immanuel Kant aparece como seu verdadeiro fundador. HASSEN (1999) afirma:
“[...] em a “Crítica da razão pura” (1781), Kant tentou fornecer uma fundamentação crítica ao conhecimento das ciências naturais. O método que usou foi chamado por ele próprio de “método transcendental”. Esse método não investiga a gênese psicológica do conhecimento, mas sua validade lógica. A filosofia de Kant também é chamada abreviadamente de transcendentalismo ou, ainda, de criticismo”. (HASSEN, 1999. p. 15)
Seguindo a cronologia da história da Teoria do Conhecimento, podemos citar Johann Fichte que foi um filósofo alemão sucessor de Kant. Para ele, a Teoria do conhecimento aparece, de início, como sendo a “Teoria da Ciência”. Fichte traz à tona uma confusão existente entre a Metafísica e a Teoria do Conhecimento.
	Se opondo as visões metafísicas da Teoria do Conhecimento, em meados da segunda metade da década de 1860, surge o Neokantismo, que teve como objetivo deixar bem clara a separação entre a epistemologia e a metafísica. O exclusivismo provocado pelo Neokantismo foi tanto, que logo surgiram várias correntes epistemológicas contrárias.   Por isso, hoje, nos encontramos diante de um grande número de direções epistemológicas.
3. PRINCIPAIS FILÓSOFOS DA TEORIA
A maioria dos estudiosos cita três filósofos como sendo os principais influentes na Teoria do Conhecimento, sendo dois alemães e um inglês.
 Existem diferentes afirmações sobre quem foi, de fato, o fundador da Teoria do Conhecimento, porém, autores importantes como HASSEN (1999) e ZILLES (2006), afirmam que no início da Idade Moderna, John Locke foi considerado seu fundador, com a obra “Ensaio sobre o Entendimento Humano” (1690), a qual trata, segundo ZILLES (2006, p.12) “das questões da origem, da essência e da certeza do conhecimento”. No entanto, os dois autores também seguem dizendo que o fundador, de fato, da Teoria do Conhecimento é Immanuel Kant.
A partir de Kant, o problema do conhecimento não só começou a ser objeto da Teoria do Conhecimento, mas para muitos pensadores se tornou e é até hoje destaque como disciplina. (ZILLES, 2006).
Além desses dois, apresentados em momentos diferentes como fundadores da Teoria do Conhecimento, o alemão Johann Fichte aparece como sucessor de Kant e criador de uma discussão importante entre a Metafísica e a Teoria do conhecimento, fundamentais para o surgimento do Neokantismo.
4. ASPECTOS E CONCEITOS IMPORTANTES
	Não se pode falar sobre Teoria do Conhecimento sem voltarmos um pouco na história da filosofia para definirmos alguns conceitos importantes.
	Comecemos então pelos termos Empirismo e Racionalismo:
O Empirismo consiste em uma teoria epistemológica, ou seja, de conhecimento, e indica que todo conhecimento humano vem da experiência e é, por isso, uma consequência dos sentidos. Para os empiristas, a experiência estabelece o valor, a origem e os limites do conhecimento. Se opondo as ideias empiristas, o Racionalismo afirma que tudo o que acontece tem uma causa e que essa causa não depende dos nossos sentidos empíricos (visão, audição, etc.), mas que a razão pura é a maior fonte de conhecimento.
Depois de conhecer estes dois conceitos, podemos entender um pouco melhor a Teoria Kantiana do Conhecimento. Tal Teoria, também conhecida como Filosofia Transcendental, teve como objetivo, segundo SILVEIRA (2002), 
“[...] justificar a possibilidade do conhecimento científico do século XVIII. Ela partiu da constatação de que nem o empirismo britânico, nem o racionalismo continental explicavam satisfatoriamente a ciência. Kant mostrou que apesar de o conhecimento se fundamentar na experiência, esta nunca se dá de maneira neutra, pois a ela são impostas as formas a priori da sensibilidade e do entendimento, características da cognição humana.” (SILVEIRA, 2002, p. 01).
Com isso, o filósofo passa a investigar a razão e seus limites, ao invés de investigar como deve ser o mundo para que se possa conhecê-lo, como a filosofia havia feito até então.
O conhecimento, para Kant, só é possível porque existem faculdades humanas de cognição, ou seja, estruturas mentais que nos possibilitam organizar as percepções e os conhecimentos. Estas estruturas são transcendentais e a priori, comuns em todos os indivíduos. Para Kant, há duas fontes principais de conhecimento: a sensibilidade e o entendimento.
A sensibilidade consiste no modo receptivo por meio do qual os objetos no afetam. Já o entendimento é por meio do qual os objetos são pensados por nós.
 
	4.1 Teoria Geral do Conhecimento
A Teoria Geral do Conhecimento pode ser separa em três grandes tópicos: A possibilidade do conhecimento; A origem do conhecimento e a Essência do conhecimento, das quais falarei brevemente a seguir.
	4.1.1 A possibilidade do conhecimento
Podemos dividir as possibilidades do conhecimento em cinco subgrupos: o dogmatismo, o ceticismo, o subjetivismo e o relativismo, o pragmatismo e, por último, mas não menos importante, o criticismo. 
O dogmatismo pode ser definido como uma atitude natural que o indivíduo possui desde criança, a ingenuidade de aceitar tudo como lhe é apresentado. Segundo HASSEN (1999), para o dogmatismo, o conhecimento não chega a ser um problema, repousa sobre uma visão errônea da essência do conhecimento.
 O ceticismo, completamente oposto ao dogmatismo, defende que o sujeito não seria capaz de apreender um objeto. O conhecimento como apreensão efetiva do objeto seria, segundo a ideia cética, impossível. Porém, o ceticismo se apresenta como algo auto contraditório. Ao afirmar que o conhecimento é algo impossível, um cético está expressando um conhecimento, ou seja, um cético conhece as ideias de ceticismo e afirma que conhecer é algo impossível. Tá ai algo para se pensar.
Ao mesmo tempo em que o ceticismo ensina que não há verdade alguma, o subjetivismo e o relativismo afirmam que a verdade certamente existe, mas é limitada. Não há verdade alguma que seja uma verdade universal. O subjetivismo, como seu nome já indica, limita a validade da verdade ao sujeito que conhece e que julga. Quando eu digo, por exemplo, que 2x2 = 4, isto é, segundo o subjetivismo, verdadeiro apenas para mim. Para outra pessoa, pode ser uma afirmação falsa.O relativismo, como já citado, também defende que não há qualquer verdade com validade geral, nenhuma verdade absoluta. Toda verdade é relativa. 
HESSEN (1999), atenta para mais um problema de contradição existente nestas ideias:
“O subjetivismo e o relativismo padecem de contradições semelhantes às do ceticismo. Este afirma não haver verdade alguma e, com isso, se contradiz. O subjetivismo e o relativismo afirmam que não há nenhuma verdade universalmente válida. Mas há, também aqui, uma contradição, pois é contra senso falar de uma verdade que não seja universalmente válida”. (HESSEN, 1999, p.38)
O pragmatismo, assim como o ceticismo, descarta o conceito de verdade como concordância entre pensamento e ser. Entretanto, não diz simplesmente que nada é verdade, como faz o ceticismo. Verdadeiro, segundo a concepção pragmática, é algo que seja útil e valioso para a vida.
Por fim, o criticismo se apresenta como uma concepção intermediária entre o dogmatismo e as outras três que, mesmo não diretamente, são concepções céticas. O criticismo compartilha com o dogmatismo a confiança de que o conhecimento é possível e a verdade existe. Porém, junto com essa certeza de que existe uma verdade, vem uma desconfiança humana sobre qualquer conhecimento determinado. Nada, na concepção criticista, é verdade por ser, tudo tem uma explicação. Sobre o criticismo, HASSEN (1999) escreve:
“Ele põe à prova toda afirmação da razão humana enada aceita inconscientemente. Por toda parte pergunta sobre os fundamentos, e reclamada razão humana uma prestação de contas. Seu comportamento não é nem cético nemdogmático, mas criticamente inquisidor - um meio termo entre a temeridade dogmática eo desespero cético”. (HASSEN, 1999, p.43)
	Esta é a principal concepção presente na Teoria do Conhecimento de Kant, sendo ele o seu fundador.
	4.1.2 Origem do conhecimento
Como segundo tópico da Teoria do Conhecimento, a origem do conhecimento pode, assim como o primeiro, ser separada em subgrupos: o racionalismo, o empirismo, o intelectualismo e o apriorismo.
O racionalismo, como já citado anteriormente, é um ponto de vista epistemológico que considera o pensamento, a razão humana, como sendo a principal fonte de conhecimento. Em contrapartida, o empirismo afirma que a única fonte confiável do conhecimento humano é a experiência.
Onde existem dois pensamentos completamente opostos, normalmente existe um terceiro que tem como objetivo colocar os dois em um consenso. Neste caso, existem um terceiro e um quarto. Se para o racionalismo o pensamento é a fonte e o fundamento do conhecimento, e para o empirismo essa fonte e fundamento é a experiência, o intelectualismo e o apriorismo consideram que ambas participam na formação do conhecimento. 
4.1.3 A essência do conhecimento
Conhecimento, segundo HASSEN (1999), “quer dizer uma relação entre sujeito e objeto. O verdadeiro problema do conhecimento, portanto, coincide com a questão sobre a relação entre sujeito e objeto”.
A essência do conhecimento busca soluções para os problemas que o envolvem. Dentre estas solução, podemos citar as soluções pré-metafísicas, soluções metafísicas e as soluções teológicas. Não abordarei detalhadamente sobre cada uma delas. Basta saber que cada uma apresenta, dentro de sua linha de pensamento, soluções para os problemas encontrados a cerca do conhecimento humano.
5. CONCLUSÃO
Apesar de existir na prática desde a antiguidade, com a filosofia de Platão, a teoria do conhecimento só ficou assim conhecida na Idade Moderna. Tal teoria, no seu todo, realiza-se como reflexão do entendimento e baseia-se num pressuposto fundamental: o de que somos seres racionais conscientes.
Os diversos filósofos que estudaram sobre tal teoria, apresentaram algumas soluções para os problemas do conhecimento, porém, até hoje, a verdade é algo discutido em todos os lugares. Conclui-se, então, que mesmo após tantos estudos e tantos aprimoramentos sobre o tema, ainda não se chegou a um consenso sobre o que é verdade de fato e quais são os fatores mais importantes para que consigamos distinguir o verdadeiro do falso.
6. REFERÊNCIAS
HESSEN, Johannes. TEORIA DO CONHECIMENTO: Tradução João Vergílio Gallerani Cuter. São Paulo, Martins Fontes, 1999.
ZILLES, Urbano. TEORIA DO CONHECIMENTO. 5. Ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006. 262 p – Coleção Filosofia; 21.
SILVEIRA, Fernando Lang Da. A TEORIA DO CONHECIMENTO DE KANT: o idealismo transcendental. Instituto de Física – UFRGS. Porto Alegre, RS. 2002.

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