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RADIOLOGIA-FOA-UNESP-ARAÇATUBA 2013 
 
ASPECTO RADIOGRÁFICO DAS ALTERAÇÕES DA COROA DENTAL 
 
Analisando-se a imagem de um dente íntegro, todas as suas partes são facilmente 
identificáveis, pois já conhecemos sua escala de radiopacidade e posição no órgão dental. 
Estudamos os aspectos radiográficos das estruturas anatômicas da maxila e da mandíbula, suas 
variações e as superposições de imagens que podem ocorrer. Agora começamos a estudar as 
alterações do normal. 
Qualquer mudança na radiopacidade ou a existência de solução de continuidade das estruturas 
que estão na coroa modificam suas imagens radiográficas. Tanto a imagem do esmalte quanto a da 
dentina evidenciam áreas radiolúcidas (a cárie), que contrastam perfeitamente com suas imagens 
fortemente transparentes. Podemos dizer ainda que, qualquer mudança para mais ou para menos no 
teor de cálcio das estruturas dentais produzirão modificações nas suas densidades radiográficas e, 
consequentemente, em suas imagens. 
Iniciaremos o estudo das alterações da coroa pela cárie dental, que ataca os tecidos 
mineralizados dos dentes. Encarada como problema de importância em saúde pública, existe a 
necessidade de se encontrar métodos de diagnóstico precoce assim como meios adequados para seu 
controle. Diz-se que a mais importante lacuna que a radiologia preencheu, associada à prática da 
Odontologia, foi sem dúvida a da pesquisa da cárie e a determinação do grau de destruição de cada 
lesão; como a anormalidade dental mais comum, é a responsável pelo grande número de exames 
radiográficos. A cárie dental, atacando os tecidos duros dos dentes, desmineraliza-os ou mesmo 
elimina parte desses tecidos e, como consequência, esses tecidos tornam-se radiolúcidos, deixando 
atravessar raios X que vão atingir o filme produzindo imagens opacas (escuras com diferentes tons 
de cinza). Essas imagens podem ter bordos indefinidos e contornos irregulares porque a cárie não se 
propaga de forma uniforme e devemos lembrar que sempre há mais descalcificação do que nos 
mostra a imagem; no entanto, quanto mais escura a imagem maior o grau de descalcificação. A 
utilidade do exame radiográfico reside no fato de que revela uma alta percentagem de cáries que de 
outro modo permaneceriam sem serem descobertas. 
Os graus de extensão da cárie (FIGURAS NA PÁGINA SEGUINTE) são (progressivamente): ao 
esmalte, a dentina, a polpa, a bifurcação (ou trifurcação no caso de molares superiores). Embora 
qualquer parte da coroa possa ser afetada, as áreas de sulcos e próximo à junção cemento -esmalte 
apresentam maior incidência. Em seguida atinge a dentina, menos mineralizada do que o esmalte; 
pode se estender chegando, em primeiro lugar, ao corno pulpar. Nesse caso, já atingiu a câmara 
coronária e é chamada cárie com extensão a polpa; invade o canal radicular, causando necrose 
pulpar e poderá atingir a bi ou trifurcação, caso o dente não seja restaurado como tentativa de 
deter a destruição causada. Poderemos algumas vezes observar áreas escuras sob restaurações que 
são as recidivas de cárie (FIGURAS NA PÁGINA SEGUINTE), que podem atingir tecido dental íntegro 
em uma das faces ou por mais de uma face do dente. 
 
 
 
 
RADIOLOGIA-FOA-UNESP-ARAÇATUBA 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CÁRIE: ESMALTE CÁRIE: DENTINA 
CÁRIE: POLPA CÁRIE: BIFURCAÇÃO 
RECIDIVA DE CÁRIE OCLUSAL RECIDIVA DE CÁRIE MESIAL 
2 
 
 
 
RADIOLOGIA-FOA-UNESP-ARAÇATUBA 2013 
 
 
 
 
 
O exame radiográfico nunca deverá ser desvinculado do exame clínico e vice -versa, pois um 
complementa o outro. Algumas vezes, não é possível apenas pelo exame clínico avaliar o grau de 
extensão da cárie que se iniciou na superfície oclusal, podendo já ter destruído grande parte da 
dentina e só podemos constatar esse avanço através do exame radiográfico. Em contrapartida não 
se pode afirmar com segurança que existam cáries nos sulcos e fissuras sem recorrermos ao exame 
clínico. Essas são limitações do exame radiográfico, ao lado das restaurações de resina composta 
(radiolúcida), sem forramento, em dentes anteriores ou mesmo posteriores. Uma outra limitação diz 
respeito a cáries localizadas nas faces vestibular e lingual, cujas imagens se superpõem à imagem 
da câmara pulpar. Não poderemos afirmar se a polpa foi ou não atingida, porque a radiografia nos 
fornece apenas duas dimensões. 
Além da redução no tamanho da cavidade pulpar associada ao avanço da idade, existem certas 
condições que estimulam prematuramente a formação de dentina secundária (no 2 e Seta Azul 
na Figura de Recidiva de Cárie Mesial): cárie, abrasão, atrição e fraturas dentais. A imagem 
desta dentina reacional apresenta-se mais transparente ou detectamos sua ocorrência pela 
diminuição da imagem da câmara pulpar (no 3 e Seta Verde na Figura de Recidiva de Cárie com 
extensão para mais de uma face) . 
Os materiais restauradores (Figura abaixo) tem diferentes graus de radiopacidade. Em 
ordem crescente de radiopacidade temos: resina acrílica, resina composta, cimento de óxido de 
zinco e eugenol (OZE), cimento óxido fosfato de zinco, amálgama e coroas metálicas fundidas. 
Todas as restaurações utilizadas como recurso para tornar a dar ao dente condições funcionais e os 
materiais usados como forramento (menos radiopaco, seta azul na Figura de Recidiva de Cárie Oclusal e 
seta azul na Figura de Resina Composta, abaixo à Esquerda, no 25. Na mesma figura abaixo observar recidiva de 
cárie distal e uma camada radiopaca fina de dentina secundária [seta verde]), são detectados 
radiograficamente. Assim temos as restaurações radiopacas e as radiolúcidas que devem ter 
sido feitas respeitando o contorno da face proximal restabelecendo o ponto de contato (Seta 
 RECIDIVA DE CÁRIE DISTAL RECIDIVA DE CÁRIE + DE UMA FACE 
3 
 
 
 
RADIOLOGIA-FOA-UNESP-ARAÇATUBA 2013 
 
Vermelha pequena na Figura de Recidiva de Cárie com extensão para mais de uma face) entre 
dentes adjacentes; o excesso (seta azul abaixo, no 16 Figura da direita) marginal produz imagem 
facilmente observada em radiografias periapicais e interproximais. 
 
 
 
Recursos protéticos são usados para restaurar coroas bastante destruídas por cárie. Dentre 
esses temos as coroas metálicas totais (no 37 abaixo) que são utilizadas em casos de destruição 
muito extensa da coroa com ou sem vitalidade pulpar, que sendo feitas de ligas metálicas, 
apresentam-se bastante radiopacas. Essas coroas podem ser feitas com pino (no 14 e no 15 
abaixo) e colocadas no interior de um canal com tratamento endodôntico para obtenção de um bom 
suporte. As coroas de jaqueta são um recurso em que se faz um preparo sobre o próprio dente 
ou utiliza-se núcleo metálico (Figuras abaixo); sobre esse colocamos uma coroa estética que o 
recobre. Torna-se necessário dizer que muitas vezes não conseguimos diferenciar a coroa dos seus 
respectivos núcleos na imagem radiográfica, a não ser que o núcleo esteja sem a coroa. 
 
 
 
 
 
 RESINA COMPOSTA AMÁLGAMA EXCESSO DE MATERIAL RESTAURADOR 
 COROAS COM PINO COROAS METÁLICAS 
TOTAIS 
 
 
 
RADIOLOGIA-FOA-UNESP-ARAÇATUBA 2013 
 
 
 
 
 
A atrição (Figura abaixo) é um desgaste que atinge mais os dentes anteriores do que os 
posteriores, resultado da oclusão e do deslizamento anormal (forçado) dos dentes superiores contra 
os inferiores, levando a uma perda de esmalte. A face incisal ou, mais raramente, a face oclusal, é 
diminuída em altura, apresentando-se radiograficamente como se tivesse sido desgastadauniformemente de um lado a outro, fazendo com que o esmalte seja visualizado somente nas faces 
proximais. 
 
 
 
A abrasão é o desgaste que sofre o dente na sua região cervical causado por escovação 
defeituosa, grampos de prótese removível ou ingestão excessiva de alimentos ácidos. A abrasão é 
identificada radiograficamente por manchas escuras bem delimitadas, em torno do colo dental, 
podendo ser confundida com cárie que atingiu o cemento 
As fraturas coronárias são observadas no exame radiográfico periapical como uma linha 
radiolúcida (em caso de fratura parcial) na imagem da coroa ou mais comumente pela perda de 
PREPAROS PARA COROA DE JAQUETA 
 
PREPARO NOS TECIDOS DENTAIS NÚCLEO METÁLICO 
ATRIÇÃO 
 
 
 
RADIOLOGIA-FOA-UNESP-ARAÇATUBA 2013 
 
parte da coroa; podem apresentar-se, segundo sua direção, como fraturas transversais, oblíquas ou 
longitudinais, sempre em relação ao longo eixo do dente. As mesmas poderão comprometer ou não 
a polpa dentária, expondo-a aos meios bucais levando a sua necrose. Sua ocorrência é maior nos 
dentes anteriores superiores, em indivíduos jovens, causados principalmente por acidentes 
automobilísticos e pela prática de esportes. Na maior parte dos traumatismos observamos que o 
contorno da coroa está alterado em sua forma, pela perda do fragmento fraturado. 
 
 
 
 
 
Por fim, algo que também tem modificado o aspecto radiográfico da coroa dental é a presença 
de aparelhos ortodônticos. Os braquetes metálicos são colados aos dentes e fios metálicos unem 
diversos braquetes. 
 
 
 
 
 
 
FRATURAS DE COROA 
APARELHO ORTODÔNTICO (BRAQUETES METÁLICOS)

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