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Resenha do Livro Primavera Silenciosa de Rachel Carson O livro Primavera Silenciosa, publicado em outubro de 1962 pela bióloga norte- americana Rachel Carson, aborda de forma clara e com uma linguagem direcionada ao público leigo, os perigos que os pesticidas sintéticos, principalmente o DDT (Dicloro- difenil-tricloroetano), oferecem tanto para a natureza como para os seres humanos e alerta sobre a confiança exagerada da sociedade no processo tecnológico. Essa obra despertou a consciência pública ambiental, assim como, a fúria das indústrias químicas. É considerada uma referência da ética ambiental, por incentivar todas as gerações a reavaliarem a sua relação com a natureza, pois, o bem estar do homem e do meio ambiente estão interligados e a produção e utilização desenfreada de produtos químicos prejudica a ambos. A escritora descreve de forma convincente como o DDT prejudica a saúde de toda a biota, destruindo diferentes espécies de insetos, sendo eles considerados maléficos ou não, e que a poluição do meio ambiente devido ao uso exagerado dos produtos químicos tóxicos era fruto da ignorância e cobiça do homem, principalmente das empresas químicas. Pois, a partir do momento em que o DDT foi disponibilizado para os civis, cuja propaganda das indústrias químicas garantia o fim das pragas de forma mais rápida e eficiente, a população acreditava que os pesticidas eram a melhor escolha, mas desconheciam os seus efeitos a longo prazo. Assim, a autora se viu na obrigação de alertar a população dos danos nocivos dos pesticidas, principalmente o DDT, afirmando que as substâncias tóxicas penetram nos tecidos dos seres vivos, sendo acumuladas e transferidas para cadeia alimentar, podendo afetar a reprodução e causar doenças mortais nos seres humanos e animais, além, de permanecer no meio ambiente por muitos anos, tornando-o inapropriado para a vida. É muito difícil e requer alto investimento financeiro para conseguir recuperar o solo, ou rio, lago e principalmente as águas subterrâneas quando estão contaminados. Não se pode tirar o mérito da autora, Rachel Carson, pela coragem de denunciar o que estava acontecendo com a natureza e a saúde dos seres humanos que eram afetados pelo uso desenfreado e contato com os produtos químicos tóxicos. Ela desafiou a indústria química multimilionária, que tentou desacreditar a sua pesquisa e difamar o seu caráter, para não perder a confiança pública dos seus produtos ou ter a sua integridade questionada. As evidências a seu favor, depoimentos de cientistas notáveis em sua defesa e o reconhecimento, pelo Presidente John Kennedy, que após resultados favoráveis sobre as investigações de suas alegações, passou a supervisionar o uso do DDT e posteriormente, declarou a sua proibição nos Estados Unidos. Assim, despertou- se a conscientização pública sobre o uso dos pesticidas e as indústrias químicas passaram a ter que comprovar que seus produtos além de serem eficientes ao combate das pragas, causavam os menores danos possíveis no meio ambiente.
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