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APLICAÇÕES DE DERIVADAS Profa. Dra. Andriana Susana Lopes de Oliveira Campanharo Universidade Estadual Paulista - UNESP Botucatu - SP Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Sumário 1 Introdução 2 Valores extremos de funções Valor funcional máximo e mínimo 3 Número crítico de uma função 4 Funções crescentes e decrescentes Funções crescentes e decrescentes e o teste da derivada primeira 5 Concavidade e pontos de inflexão Concavidade Pontos de inflexão 6 Teste da derivada segunda para extremos relativos 7 Esboço do gráfico de uma função 8 Aplicação envolvendo extremos relativos Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Introdução Introdução Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Introdução A interpretação da derivada como a inclinação da reta tangente ao gráfico de uma função em um ponto x possibilita aplicar o conceito de derivada como um recurso auxiliar no esboço de gráficos. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Valores extremos de funções Valores extremos de funções Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Valores extremos de funções Valor funcional máximo e mínimo Definição 1 Uma função f terá um valor máximo relativo em c se existir um intervalo aberto contendo c, no qual f (x) esteja definida, tal que, f (c) ≥ f (x) para todo x nesse intervalo. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Valores extremos de funções Valor funcional máximo e mínimo Definição 2 Uma função f terá um valor mínimo relativo em c se existir um intervalo aberto contendo c, no qual f (x) esteja definida, tal que, f (c) ≤ f (x) para todo x nesse intervalo. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Valores extremos de funções Valor funcional máximo e mínimo Se a função f tiver um mínimo relativo em c ou um máximo relativo em c, dizemos que f possui um extremo relativo em c. Teorema 1 Se f (x) for definida para todos os valores de x no intervalo aberto (a,b) e se f tiver um extremo relativo em c, onde a < c < b, então f ′(c) = 0, se f ′(c) existir. Observe que a anulação da derivada em um ponto c é uma condição necessária mas não suficiente para que c seja um extremo relativo. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Valores extremos de funções Valor funcional máximo e mínimo Se a função f tiver um mínimo relativo em c ou um máximo relativo em c, dizemos que f possui um extremo relativo em c. Teorema 1 Se f (x) for definida para todos os valores de x no intervalo aberto (a,b) e se f tiver um extremo relativo em c, onde a < c < b, então f ′(c) = 0, se f ′(c) existir. Observe que a anulação da derivada em um ponto c é uma condição necessária mas não suficiente para que c seja um extremo relativo. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Valores extremos de funções Valor funcional máximo e mínimo Se a função f tiver um mínimo relativo em c ou um máximo relativo em c, dizemos que f possui um extremo relativo em c. Teorema 1 Se f (x) for definida para todos os valores de x no intervalo aberto (a,b) e se f tiver um extremo relativo em c, onde a < c < b, então f ′(c) = 0, se f ′(c) existir. Observe que a anulação da derivada em um ponto c é uma condição necessária mas não suficiente para que c seja um extremo relativo. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Valores extremos de funções Valor funcional máximo e mínimo Exemplo Consideremos a função definida por f (x) = (x − 1)3, cujo gráfico é dado por: Observe que f ′(1) = 0, contudo f não possui um extremo relativo em 1 pois f (x) < 0 se x < 1 e f (x) > 0 se x > 1. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Número crítico de uma função Número crítico de uma função Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Número crítico de uma função Definição 3 Se c for um número no domínio da função f e se f ′(c) = 0 ou se f ′(c) não existir, então c será chamado de número crítico de f . Logo, uma condição necessária (mas não suficiente) à existência de um extremo relativo em c é que c seja um número crítico. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Número crítico de uma função Definição 3 Se c for um número no domínio da função f e se f ′(c) = 0 ou se f ′(c) não existir, então c será chamado de número crítico de f . Logo, uma condição necessária (mas não suficiente) à existência de um extremo relativo em c é que c seja um número crítico. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Número crítico de uma função Exemplo Encontre os números críticos da função f definida por: f (x) = x4/3 + 4x1/3 Solução: f ′(x) = 0⇔ x = −1 e f ′(x) não existe quando x = 0. Ambos os valores x = −1 e x = 0 estão no domínio de f , logo ambos são pontos críticos de f . Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Número crítico de uma função Exemplo Encontre os números críticos da função f definida por: f (x) = x4/3 + 4x1/3 Solução: f ′(x) = 0⇔ x = −1 e f ′(x) não existe quando x = 0. Ambos os valores x = −1 e x = 0 estão no domínio de f , logo ambos são pontos críticos de f . Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Número crítico de uma função Exemplo Encontre os números críticos da função f definida por: f (x) = x4/3 + 4x1/3 Solução: f ′(x) = 0⇔ x = −1 e f ′(x) não existe quando x = 0. Ambos os valores x = −1 e x = 0 estão no domínio de f , logo ambos são pontos críticos de f . Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Funções crescentes e decrescentes Funções crescentes e decrescentes Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Funções crescentes e decrescentes Definição 4 Uma função f definida num intervalo será crescente nesse intervalo, se e somente se, f (x1) < f (x2) sempre que x1 < x2 onde x1 e x2 são quaisquer números no intervalo. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Funções crescentes e decrescentes Definição 5 Uma função f definida num intervalo será decrescente nesse intervalo, se e somente se, f (x1) > f (x2) sempre que x1 < x2 onde x1 e x2 são quaisquer números no intervalo. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Funções crescentes e decrescentes Exemplo Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Funções crescentes e decrescentes Teorema 2 Seja f uma função contínua no intervalo [a,b] e derivável em (a,b). se f ′(x) > 0 para todo x em (a,b), então f será crescente em [a,b]; se f ′(x) < 0 para todo x em (a,b), então f será decrescente em [a,b]. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Funções crescentes e decrescentes Teorema 2 Seja f uma função contínua no intervalo [a,b] e derivável em (a,b). se f ′(x) > 0 para todo x em (a,b), então f será crescente em [a,b]; se f ′(x) < 0 para todo x em (a,b), então f será decrescente em [a,b]. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Funções crescentes e decrescentes Exemplo Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Funções crescentes e decrescentes Funções crescentes e decrescentes e o teste da derivada primeira Teorema 3 (Teste da derivada primeira para extremos relativos) Seja f uma função contínua no intervalo aberto (a,b) contendo o número c e suponha que f ′ exista em todos os pontos de (a,b), exceto possivelmente em c. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Funções crescentes e decrescentes Funções crescentes e decrescentes e o teste da derivada primeira se f ′(x) > 0 para todos os valores de x em algum intervalo aberto contendo c como extremo direito, e se f ′(x) < 0 para todos os valores de x em algum intervalo aberto tendo c como extremo esquerdo, então f terá um valor máximo relativo em c; Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Funções crescentes e decrescentes Funções crescentes e decrescentes e o teste da derivada primeira se f ′(x) < 0 para todos os valores de x em algum intervalo aberto contendoc como extremo direito, e se f ′(x) > 0 para todos os valores de x em algum intervalo aberto tendo c como extremo esquerdo, então f terá um valor mínimo relativo em c. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Funções crescentes e decrescentes Funções crescentes e decrescentes e o teste da derivada primeira Em suma, para determinar os extremos relativos de f devemos: Encontrar a função f ′(x); Encontrar os números críticos de f , ou seja, os valores de x para os quais f ′(x) = 0 ou para os quais f ′(x) não existe; Aplicar o teste da derivada primeira (Teorema 3). Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Funções crescentes e decrescentes Funções crescentes e decrescentes e o teste da derivada primeira Em suma, para determinar os extremos relativos de f devemos: Encontrar a função f ′(x); Encontrar os números críticos de f , ou seja, os valores de x para os quais f ′(x) = 0 ou para os quais f ′(x) não existe; Aplicar o teste da derivada primeira (Teorema 3). Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Funções crescentes e decrescentes Funções crescentes e decrescentes e o teste da derivada primeira Em suma, para determinar os extremos relativos de f devemos: Encontrar a função f ′(x); Encontrar os números críticos de f , ou seja, os valores de x para os quais f ′(x) = 0 ou para os quais f ′(x) não existe; Aplicar o teste da derivada primeira (Teorema 3). Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Funções crescentes e decrescentes Funções crescentes e decrescentes e o teste da derivada primeira Exemplo Dada a função f definida por: f (x) = x3 − 6x2 + 9x + 1 encontre os extremos relativos de f aplicando o teste da derivada primeira. Determine os valores de x nos quais ocorrem extremos relativos, bem como os intervalos nos quais f é crescente e aqueles onde f é decrescente. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Funções crescentes e decrescentes Funções crescentes e decrescentes e o teste da derivada primeira Exemplo Solução: f ′(x) = 3x2 − 12x + 9 Observe que f ′(x) existe para todos os valores de x . Equacionando f ′(x) = 0, temos: 3x2 − 12x + 9 = 0⇔ 3(x − 3)(x − 1) = 0 Logo, os números críticos de f são x = 1 e x = 3. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Funções crescentes e decrescentes Funções crescentes e decrescentes e o teste da derivada primeira Exemplo Solução: f ′(x) = 3x2 − 12x + 9 Observe que f ′(x) existe para todos os valores de x . Equacionando f ′(x) = 0, temos: 3x2 − 12x + 9 = 0⇔ 3(x − 3)(x − 1) = 0 Logo, os números críticos de f são x = 1 e x = 3. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Funções crescentes e decrescentes Funções crescentes e decrescentes e o teste da derivada primeira Exemplo Solução: f ′(x) = 3x2 − 12x + 9 Observe que f ′(x) existe para todos os valores de x . Equacionando f ′(x) = 0, temos: 3x2 − 12x + 9 = 0⇔ 3(x − 3)(x − 1) = 0 Logo, os números críticos de f são x = 1 e x = 3. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Funções crescentes e decrescentes Funções crescentes e decrescentes e o teste da derivada primeira Exemplo Para determinar se f possui um extremo relativo nesses números, aplicamos o teste da derivada primeira, conforme mostra a tabela abaixo: Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Funções crescentes e decrescentes Funções crescentes e decrescentes e o teste da derivada primeira Exemplo Para determinar se f possui um extremo relativo nesses números, aplicamos o teste da derivada primeira, conforme mostra a tabela abaixo: Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Concavidade e pontos de inflexão Concavidade e pontos de inflexão Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Concavidade e pontos de inflexão Concavidade Definição 6 O gráfico de uma função f será côncavo para cima no ponto (c, f (c)) se f ′(c) existir e se houver um intervalo aberto I contendo c, tal que, para todos os valores de x 6= c em I, o ponto (x , f (x)) do gráfico estará acima da reta tangente ao gráfico em (c, f (c)) Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Concavidade e pontos de inflexão Concavidade Definição 7 O gráfico de uma função f será côncavo para baixo no ponto (c, f (c)) se f ′(c) existir e se houver um intervalo aberto I contendo c, tal que, para todos os valores de x 6= c em I, o ponto (x , f (x)) do gráfico estará abaixo da reta tangente ao gráfico em (c, f (c)) Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Concavidade e pontos de inflexão Concavidade Exemplo A função f (x) = x2 é côncavo para cima em todos os seus pontos. Observe que, f ′(x) = 2x e f ′′(x) = 2 > 0 Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Concavidade e pontos de inflexão Concavidade Exemplo A função f (x) = −x2 é côncavo para baixo em todos os seus pontos. Observe que, f ′(x) = −2x e f ′′(x) = −2 < 0 Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Concavidade e pontos de inflexão Concavidade Teorema 4 Seja f uma função diferenciável em algum intervalo aberto contendo c. Então: se f ′′(c) > 0, então o gráfico de f é côncavo para cima em (c, f (c)); se f ′′(c) < 0, então o gráfico de f é côncavo para baixo em (c, f (c)). Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Concavidade e pontos de inflexão Concavidade Teorema 4 Seja f uma função diferenciável em algum intervalo aberto contendo c. Então: se f ′′(c) > 0, então o gráfico de f é côncavo para cima em (c, f (c)); se f ′′(c) < 0, então o gráfico de f é côncavo para baixo em (c, f (c)). Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Concavidade e pontos de inflexão Pontos de inflexão Definição 8 O ponto (c, f (c)) será um ponto de inflexão do gráfico da função f se o gráfico tiver nele uma reta tangente e se existir um intervalo aberto I contendo c, tal que, se x estiver em I, então: f ′′(x) > 0 se x < c e f ′′(x) < 0 se x > c, ou f ′′(x) < 0 se x < c e f ′′(x) > 0 se x > c Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Concavidade e pontos de inflexão Pontos de inflexão Definição 8 O ponto (c, f (c)) será um ponto de inflexão do gráfico da função f se o gráfico tiver nele uma reta tangente e se existir um intervalo aberto I contendo c, tal que, se x estiver em I, então: f ′′(x) > 0 se x < c e f ′′(x) < 0 se x > c, ou f ′′(x) < 0 se x < c e f ′′(x) > 0 se x > c Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Concavidade e pontos de inflexão Pontos de inflexão Exemplo Considere a função h definida por: h(x) = { 4− x2 se x < 1 2 + x2 se x ≥ 1 Um esboço do gráfico de h é dado por: Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Concavidade e pontos de inflexão Pontos de inflexão Exemplo Considere a função h definida por: h(x) = { 4− x2 se x < 1 2 + x2 se x ≥ 1 Um esboço do gráfico de h é dado por: Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Concavidade e pontos de inflexão Pontos de inflexão Exemplo Observe que h′′(x) = −2 se x < 1 e h′′(x) = 2 se x ≥ 1. Assim, no ponto (1,3) do gráfico, o sentido da concavidade muda de baixo para cima. Contudo, (1,3) não é um ponto de inflexão, pois o gráfico não tem uma reta tangente neste ponto. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Teste da derivada segunda para extremos relativos Teorema 5 Seja c um número crítico de uma função f , no qual, f ′(c) = 0 e suponhamos que f ′ exista para todos os valores de x em algum intervalo aberto contendo c. Se f ′′(c) existe e: se f ′′(c) < 0, então f tem um valor máximo relativo em c; se f ′′(c) > 0, então f tem um valor mínimo relativo em c. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Teste da derivada segunda para extremos relativos Exemplo Dada: f (x) = x4 + 4/3x3 − 4x2 encontre os máximos e mínimos relativos de f , aplicando o teste da derivada segunda. Solução: Calculemosas derivadas primeira e segunda de f : f ′(x) = 4x3 + 4x2 − 8x f ′′(x) = 12x2 + 8x − 8 Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Teste da derivada segunda para extremos relativos Exemplo Dada: f (x) = x4 + 4/3x3 − 4x2 encontre os máximos e mínimos relativos de f , aplicando o teste da derivada segunda. Solução: Calculemos as derivadas primeira e segunda de f : f ′(x) = 4x3 + 4x2 − 8x f ′′(x) = 12x2 + 8x − 8 Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Teste da derivada segunda para extremos relativos Exemplo Equacionando f ′(x) = 0, temos: 4x3 + 4x2 − 8x = 0⇔ 4x(x + 2)(x − 1) = 0 Assim, os pontos críticos de f são x = −2, x = 0 e x = 1. Para determinar a existência de extremos relativos, verifiquemos o sinal de f ′′(x) nos pontos críticos, conforme mostra a tabela abaixo: Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Teste da derivada segunda para extremos relativos Exemplo Equacionando f ′(x) = 0, temos: 4x3 + 4x2 − 8x = 0⇔ 4x(x + 2)(x − 1) = 0 Assim, os pontos críticos de f são x = −2, x = 0 e x = 1. Para determinar a existência de extremos relativos, verifiquemos o sinal de f ′′(x) nos pontos críticos, conforme mostra a tabela abaixo: Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Esboço do gráfico de uma função Esboço do gráfico de uma função Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Esboço do gráfico de uma função Esboço do gráfico de uma função. Dada a função: f (x) = x2 x2 − 4 Façamos um esboço do gráfico de f com base nos passos a seguir. Solução: Passo 1 Determinar o domínio de f . O domínio de f é o conjunto dos números reais R, exceto x = −2 e x = 2. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Esboço do gráfico de uma função Esboço do gráfico de uma função. Dada a função: f (x) = x2 x2 − 4 Façamos um esboço do gráfico de f com base nos passos a seguir. Solução: Passo 1 Determinar o domínio de f . O domínio de f é o conjunto dos números reais R, exceto x = −2 e x = 2. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Esboço do gráfico de uma função Passo 2 Encontrar os interceptos y do gráfico. Localizar os interceptos x do gráfico, se a equação resultante for fácil de resolver. A intersecção do gráfico com os eixos é a origem (x = y = 0). Passo 3 Testar a simetria em relação ao eixo y e a origem. Como f (x) = f (−x), f é par, e o gráfico de f é simétrico em relação ao eixo y . Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Esboço do gráfico de uma função Passo 2 Encontrar os interceptos y do gráfico. Localizar os interceptos x do gráfico, se a equação resultante for fácil de resolver. A intersecção do gráfico com os eixos é a origem (x = y = 0). Passo 3 Testar a simetria em relação ao eixo y e a origem. Como f (x) = f (−x), f é par, e o gráfico de f é simétrico em relação ao eixo y . Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Esboço do gráfico de uma função Passo 4 Calcular f ′(x) e f ′′(x). f (x) = x2 x2 − 4 f ′(x) = 2x(x2 − 4)− 2x(x2) (x2 − 4)2 = −8x (x2 − 4)2 f ′′(x) = −8(x2 − 4)2 + 8x [2(x2 − 4)(2x)] (x2 − 4)4 = 24x2 + 32 (x2 − 4)3 Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Esboço do gráfico de uma função Passo 5 Encontrar os números críticos de f . Esses são os valores de x no domínio de f para os quais f ′(x) = 0 ou f ′(x) não existe. f ′(x) = 0 implica em x = 0. Logo, x = 0 é um ponto crítico de f . Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Esboço do gráfico de uma função Passo 6 Determinar os intervalos nos quais f é crescente e decrescente. Passo 7 Aplicar o teste da derivada primeira (Teorema 3) ou o teste da derivada segunda (Teorema 5) para determinar se nos números críticos existe extremos relativos. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Esboço do gráfico de uma função Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Esboço do gráfico de uma função Passo 8 Verificar a concavidade do gráfico. Encontre os valores de x para os quais f ′′(x) é positiva e negativa, a fim de obter os pontos nos quais a concavidade é para cima e para baixo, respectivamente. Passo 9 Verificar se (c, f (c)) é um ponto de inflexão. Ou seja, verificar se f ′(c) existe e se a concavidade de f muda em x = c. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Esboço do gráfico de uma função Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Esboço do gráfico de uma função Passo 10 Verificar a existência de possíveis assíntotas verticais ou horizontais. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Esboço do gráfico de uma função Assíntotas verticais: Como x = ±2 não pertencem ao domínio de f , calculemos: Portanto, x = ±2 são assíntotas verticais do gráfico de f . Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Esboço do gráfico de uma função Assíntotas horizontais: Temos que: Portanto, y = 1 é uma assíntota horizontal do gráfico de f . Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Esboço do gráfico de uma função Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Aplicação envolvendo extremos relativos Aplicação envolvendo extremos relativos Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Aplicação envolvendo extremos relativos Uma caixa fechada com base quadrada deve ter um volume de 2000 cm3. O material da tampa e da base deve custar R$ 3 por centímetro quadrado e o material para os lados deve custar R$ 1,50 por centímetro quadrado. Queremos encontrar as dimensões da caixa cujo custo total do material seja mínimo. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Aplicação envolvendo extremos relativos Solução: Seja x cm o comprimento de um lado da base quadrada, y cm sua profundidade e C(x) o custo total do material. Logo, a área da base é x2 cm2. Como o volume da caixa é o produto da área da base pela profundidade, então: x2y = 2000⇔ y = 2000 x2 (1) Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Aplicação envolvendo extremos relativos Solução: Seja x cm o comprimento de um lado da base quadrada, y cm sua profundidade e C(x) o custo total do material. Logo, a área da base é x2 cm2. Como o volume da caixa é o produto da área da base pela profundidade, então: x2y = 2000⇔ y = 2000 x2 (1) Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Aplicação envolvendo extremos relativos O número total de centímetros quadrados na área combinada da tampa e da base é 2x2 e, para os lados 4xy . Portanto, o custo total do material é de: 3(2x2) + 3 2 (4xy) (2) Substituindo (1) em (2), temos: C(x) = 6x2 + 6x ( 2000 x2 ) ⇔ C(x) = 6x2 + 12000 x Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Aplicação envolvendo extremos relativos O número total de centímetros quadrados na área combinada da tampa e da base é 2x2 e, para os lados 4xy . Portanto, o custo total do material é de: 3(2x2) + 3 2 (4xy) (2) Substituindo (1) em (2), temos: C(x) = 6x2 + 6x ( 2000 x2 ) ⇔ C(x) = 6x2 + 12000 x Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Aplicação envolvendo extremos relativos C(x) = 6x2 + 12000 x O domínio de C é (0,+∞) (pois C(x) > 0). Além disso, C é contínua em seu domínio. C′(x) = 12x − 12000 x2 , C′′(x) = 12 + 24000 x3 Observe que C′(x) não existe quando x = 0, contudo, x = 0 não pertence ao domínio de C. Logo, os únicos pontos críticos de C(x) serão aqueles obtidos como solução da equação C′(x) = 0. Ou seja, Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Aplicação envolvendo extremos relativos C(x) = 6x2 + 12000 x O domínio de C é (0,+∞) (pois C(x) > 0). Além disso, C é contínua em seu domínio. C′(x) = 12x − 12000 x2 , C′′(x) = 12 + 24000 x3 Observe que C′(x) não existe quando x = 0, contudo, x = 0 não pertence ao domínio de C. Logo, os únicos pontos críticos de C(x) serão aqueles obtidos como solução da equação C′(x) = 0. Ou seja,Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Aplicação envolvendo extremos relativos C′(x) = 0⇔ 12x − 12000 x2 = 0⇔ x3 = 1000⇔ x = 10 Aplicando o teste da derivada segunda (Teorema 5), temos C′(10) = 0 e C′′(10) > 0. Logo, C tem um valor mínimo relativo que também é mínimo absoluto. Assim, o custo total do material será mínimo quando o lado da base quadrada for 10 cm e a produndidade 20 cm. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Aplicação envolvendo extremos relativos C′(x) = 0⇔ 12x − 12000 x2 = 0⇔ x3 = 1000⇔ x = 10 Aplicando o teste da derivada segunda (Teorema 5), temos C′(10) = 0 e C′′(10) > 0. Logo, C tem um valor mínimo relativo que também é mínimo absoluto. Assim, o custo total do material será mínimo quando o lado da base quadrada for 10 cm e a produndidade 20 cm. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Aplicação envolvendo extremos relativos C′(x) = 0⇔ 12x − 12000 x2 = 0⇔ x3 = 1000⇔ x = 10 Aplicando o teste da derivada segunda (Teorema 5), temos C′(10) = 0 e C′′(10) > 0. Logo, C tem um valor mínimo relativo que também é mínimo absoluto. Assim, o custo total do material será mínimo quando o lado da base quadrada for 10 cm e a produndidade 20 cm. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Aplicação envolvendo extremos relativos Referências Bibliográficas Leithold, Louis. (1994). O Cálculo com Geometria Analítica. Stewart, James. (2010). Cálculo. Profa. Dra. Andriana S. L. O. Campanharo Introdução Valores extremos de funções Valor funcional máximo e mínimo Número crítico de uma função Funções crescentes e decrescentes Funções crescentes e decrescentes e o teste da derivada primeira Concavidade e pontos de inflexão Concavidade Pontos de inflexão Teste da derivada segunda para extremos relativos Esboço do gráfico de uma função Aplicação envolvendo extremos relativos
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