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Gestão ambiental

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RECURSOS HÍDRICOS
FERNANDA TEZZA MAZUCO
JENIFER TEZZA GHISI
MARCOS CARDOSO CROCETTA
MARCIA RAQUEL RONCONI DE SOUZA
CENTRO UNIVERSITÁRIO 
BARRIGA VERDE - UNIBAVE
ENGENHARIA CIVIL
FUNDAMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS 
A lei 9.433, de 8.1.1997, publicada no DOU de 9.1.1997, tem como ementa: ‘’Institui a Política Nacional de Recursos hídricos, cria o sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos, regulamenta o do art 21 da constituição Federal e altera o art 1º da lei n. 8.001, de 13 março de 1990, que modificou a lei n. 7.990, de 28 de dezembro de 1989 . Empregou-se a expressão “ recursos hídricos ” na constituição federal. Não nos parece que está locução deva traduzir necessariamente aproveitamento econômico do bem. Ainda que não sejam conceitos absolutamente idênticos “águas ” e” recursos hídricos “empregaremos estes termos sem especifica distinção, pois a lei não os empregou com uma divisão rigorosa. 
A água é um bem de domínio público segundo a lei 9.433/97.
A água é bem de uso comum do povo.
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrada, bem de uso comum do povo .
FUNDAMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS 
A domipública da água, afirma na lei 9.433/97, não transforma o poder público federal e estadual em proprietário da água, mas torna-o gestor desse bem, no interesse de todos.
A presença do poder Público no setor hídrico tem que traduzir um eficiente resultado na política de conservar e recuperar as águas.
O legislador brasileiro agiu bem ao considerar todas as águas “de domínio público” no sentido de “ bem de uso comum”.
A agua não é bem dominical do poder público
A lei 9.433/97 introduz o direito de cobrar pelo uso das águas, mas não instaura o direito de vendas das águas. 
A abrangência da dominial idade pública das águas, código civil e código das águas. A questão da indenização.
FUNDAMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS 
O domínio hídrico público deve dar acesso á água aqueles que não sejam proprietários dos terrenos em que as nascentes aflorem, aqueles que não estão em prédios a jusante das nascentes e aqueles que não ribeirinhos ou lindeiras dos cursos d’água.
Aquífero é a “ formação porosa (camada ou estrato) de rocha permeável, areia ou cascalho, capaz de armazenar e fornecer quantidades significativas de água”.
Não houve qualquer disposição constitucional expressa no sentido de isentar os estados do dever de indenizar os proprietários das águas particulares, ou seja, “ as nascentes e todas as águas situadas em terrenos que também o sejam, quando não estiverem classificadas entre as águas comuns de todos, as águas públicas ou as águas comuns”.
FUNDAMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS
	Não se pode simplesmente tentar introduzir no regime jurídico das nascentes privadas o sistema de outorga e da cobrança do uso desse recurso específico pelo viés da “ função social” da propriedade ( art.5º,XXIII, da CF/88).Houve um inegável esvaziamento do direito de propriedade ( art.5º ,XXII,da CF/88), que acarreta nesse caso a obrigação de indenizar ou de não cobrar a água utilizada.
Águas pluviais, dominialidade pública e código das águas
Art.104 – Transpondo o limite do prédio em que caírem, abandonadas pelo proprietário do mesmo, ás águas pluviais, no que lhes for aplicável, ficam sujeitas ás regras ditadas para águas comuns e para águas públicas
Se as águas das chuvas caírem em um terreno privado, ao seu proprietário inicialmente pertencerão, se caírem em terrenos ou lugares públicos, todos poderão ir apanhar as águas pluviais. Essa apropriação cera feita gratuitamente e segundo as necessidades, tanto do proprietário privado como de qualquer do povo ...
A lei 9.433/97 não modificou as sábias regras de 1934. Essas regras estimulam os proprietários privados a captar as águas das chuvas para as necessidades básicas. Não se trata de impermeabilizar toda a propriedade para transformá-la num reservatório pluvial, impedindo-se totalmente a infiltração ou a percolação das aguas. Possibilita-se àqueles que não são proprietários privados dirigem-se livremente as praças espaços livres ou outros espaços públicos para coletar as águas procedentes das chuvas.
Águas pluviais, dominialidade pública e código das águas
A ÁGUA COMO UM BEM DE VALOR ECONÔMICO. 
A água é um recurso natural limitado e não ilimitado, como se raciocinou anteriormente no mundo e no Brasil.
A valorização econômica da água deve levar em conta o preço da conservação, da recuperação e da melhor distribuição desse bem.
Águas pluviais, dominialidade pública e código das águas
Uso prioritário e uso múltiplo das aguas.
No consumo humano estará compreendido somente o uso para as necessidades mínimas de cada pessoa, isto é, água para beber, para comer e para higiene. Não está incluído o uso para o lazer, como piscinas, e nem para a jardinagem. 
Os animais têm assegurada a sua dessedentenção, mas não há prioridade nem para utilização de água para o abate e o processo de comercialização destes animais.
Em situação crítica de escassez ou contaminação de recursos que obrigue á adoção de racionamento, declarada pela autoridade gestora de recursos hídricos, o regulador poderá adotar mecanismo tarifários de contingência, com o objetivo de cobrir custos adicionais, garantindo o equilíbrio financeiro da prestação de serviço e a gestão da demanda.
Águas pluviais, dominialidade pública e código das águas
Uso múltiplo das águas
Entre os usos mencionados no texto legal temos: o consumo humano, a dessedentação dos animais, o abastecimento público, o lançamento de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final: O aproveitamento dos potenciais hidrelétricos; o transporte aquaviário. Acrescentem-se outros usos: irrigação , esportes ou laser , piscicultura. 
A bacia hidrográfica 
A lei 9.433/97 não definiu bacia hidrográfica. A implementação da administração dos recursos hídricos através das bacias hidrográficas encontra uma serie dificuldade na dupla dominialidade das águas. Por exemplo, se o curso de água principal for federal e os cursos de água tributários forem estaduais, quem administrara a bacia hidrográfica, inclusive efetuando a outorga dos recursos hídricos? 
Águas pluviais, dominialidade pública e código das águas
A bacia hidrográfica é definida por glossários científicos como a área de drenagem de um curso de agua ou lago .
A bacia hidrográfica é a unidade territorial em que a gestão normal das águas, deve ocorrer. As águas de uma bacia devem beneficiar prioritariamente os que moram, vivem e trabalham nessa unidade territorial. Não se fecham as portas para a colaboração hídrica com os que estão fora da bacia, tanto que não se vedou que bacias hidrográficas contíguas pudessem unir-se e integrar um mesmo Comitê de bacia hidrográfica. 
Sendo a bacia hidrográfica a estrada natural das águas, a solidariedade se pratica primeiramente no interior da bacia depois transborda para fora.
 
 
GESTÃO DESCENTRALIZADA E PARCIPATIVA DOS RECURSOS HIDRICOS
A gestão dos recursos hídricos devem ser descentralizados e contar com a participação do poder publico, dos usuários e das comunidades.  
A gestão deve ser totalmente publica ou mista dependendo da escolha da união, dos estados, dos municípios dos usuários e das organizações cívicas.
DOS OBJETIVOS DA POLITICA NACIONAL DE RECURSOS HIDRICOS
AS ÁGUAS E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
Objetivos:
I – assegurar a atual e as futuras gerações a necessária disponibilidade de água em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos.
II- a utilização racional e integrada dos recursos hídricos incluindo o transporte aquaviário com vistas ao desenvolvimento sustentável.
A disponibilidade de água de boa qualidade, isto é não poluída para as gerações presentes e futuras. Se água for destinada ao consumo humano ela deve ser potável, conforme a portaria 518/2004
do ministério da saúde. O abastecimento de água potável desde a captação até as ligações residenciais , prediais e comerciais faz parte dos serviços publico de saneamento básico ainda que os recursos hídricos na sua gestão ampla não façam parte desse serviços públicos. 
PREVENCAO DAS ENCHENTES
As enchentes ou inundações ou cheias do curso da água na maioria das vezes não constituem fatos oriundos de força maior, ou seja na maioria das vezes as enchentes ocorrem por acumulo de lixo em bueiros, desmatamento em encostas de rios e outros danos.
Em hidrologia empregasse a locução cheias máximas possíveis que é a máxima cheia a ser esperada no caso de completa coincidência de todos os fatos capazes de produzir a maior precipitação e o escoamento máximo. 
O PLANO DE RECURSOS HIDRICOS
 
O plano de recursos hídricos estaduais não ira planejar somente para limites políticos do estado mais para a realidade de todas as suas bacias e sub-bacias, levando em conta suas relações hídricas com os outros estados até mesmo países vizinhos. 
No plano devem conter:
O PLANO DE RECURSOS HIDRICOS
 
Diagnostico da situação atual dos recursos hídricos.
Analise de alternativas de crescimento demográfico.
Balanço disponibilidade e demanda futuras dos recursos hídricos.
Metas de racionalização de uso.
Medidas a serem tomadas.
Prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hídricos.
Diretrizes e critérios para a cobrança pelo uso dos recursos hídricos.
Propostas para a criação de áreas sujeitas a restrição de uso. 
PLANO DE RECURSOS HIDRICOS E LICENCIMANENTO AMBIENTAL
 Na fase de formulação dos planos de recursos hídricos é de extrema importância a participação dos órgão públicos ambientais, para que eles possam orientar como é o padrão de qualidade hídrico regional, e quais as recuperações na vegetação devem ser feitas para a preservação permanente nas margens do curso da água. 
Aprovado o plano, ele deverá ser respeitado no momento do licenciamento ambiental, desde que não contrarie expressamente a legislação ambiental a ser aplicada pelos órgão licenciadores.

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