Buscar

04 2016.1 EXTINCAO DA PUNIBILIDADE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO PENAL II (PARTE GERAL) - RESUMO ESQUEMÁTICO - Prof. PEDRO VIEIRA 
 
Material sujeito a alterações/correções em sala de aula 1 
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
DIREITO DE PUNIR (“ius puniendi”): nasce, em concreto, para o Estado, quando o agente pratica 
um fato típico, ilícito e culpável. 
Há situações, enumeradas pela lei, entretanto, em que o direito de punir não pode mais ser 
exercido. 
Extingue-se a punibilidade (art. 107, CP): 
I. pela morte do agente; 
II. pela anistia, graça ou indulto; 
III. pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; 
IV. pela prescrição, decadência ou perempção; 
V. pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada (CP, 
arts. 104 e 105, ação penal); 
VI. pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; 
VII. pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. 
 
I) Morte do agente 
CPP: “Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de óbito, e depois de 
ouvido o Ministério Público, declarará extinta a punibilidade.” 
II) Retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso 
CP: “Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em 
virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.” 
 “abolitio criminis” 
 Faz desaparecer o próprio crime 
 Cessam os efeitos penais, mas subsistem os civis 
III) Retratação do agente, nos casos em que a lei a admite 
Exemplos: 
CP: “Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, 
fica isento de pena.” 
CP: “Art. 342. (...) [falso testemunho] 
§ 2º O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se 
retrata ou declara a verdade. 
IV) Decadência ou Perempção 
Decadência (ação privada ou pública mediante representação) 
DIREITO PENAL II (PARTE GERAL) - RESUMO ESQUEMÁTICO - Prof. PEDRO VIEIRA 
 
Material sujeito a alterações/correções em sala de aula 2 
CP: “Art. 103 - Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de 
representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber 
quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo 
para oferecimento da denúncia.” 
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
IV) Decadência ou Perempção 
Perempção – após iniciada a ação penal privada 
CPP: 
“Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação 
penal: 
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias 
seguidos; 
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para 
prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber 
fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; 
CPP: 
Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, terá preferência o cônjuge, e, em 
seguida, o parente mais próximo na ordem de enumeração constante do art. 31, podendo, entretanto, 
qualquer delas prosseguir na ação, caso o querelante desista da instância ou a abandone. 
(...) 
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de 
oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que 
deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais; 
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor. 
Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-lo de 
ofício.” 
V) perdão judicial, nos casos previstos em lei 
Exemplos: 
CP: “Art. 121. (...) 
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências 
da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.” 
Art. 129. (...) 
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.” 
DIREITO PENAL II (PARTE GERAL) - RESUMO ESQUEMÁTICO - Prof. PEDRO VIEIRA 
 
Material sujeito a alterações/correções em sala de aula 3 
Natureza jurídica da sentença que concede o perdão judicial: absolutória ou condenatória? R. art. 
120, CP. 
STJ – Súmula 18: “A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, 
não subsistindo qualquer efeito condenatório”. 
ABSOLUTÓRIA 
STF - RE 92907 (antes da Reforma de 1984) 
PERDÃO JUDICIAL COM BASE NO ART-121, PAR-5. DO CÓDIGO PENAL (NA REDAÇÃO DADA 
PELA LEI N. 6.416/77). O PERDÃO JUDICIAL PRESSUPÕE CONDENAÇÃO E, EM CONSEQUÊNCIA, 
NÃO SE ESTENDE AOS EFEITOS SECUNDARIOS PRÓPRIOS DA SENTENÇA DE NATUREZA 
CONDENATÓRIA, TAIS COMO O PAGAMENTO DAS CUSTAS DO PROCESSO, INCLUSÃO DO 
NOME DO RÉU NO ROL DOS CULPADOS E PRESSUPOSTO PARA A REINCIDÊNCIA. RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO CRIMINAL CONHECIDO E PROVIDO. 
STF - RE 104977 (e RE 104679 – idêntico entendimento – após a Reforma de 1984) 
PERDAO JUDICIAL - IMPEDE A APLICAÇÃO DOS EFEITOS PRINCIPAIS DA CONDENAÇÃO, MAS 
SUBSISTEM OS EFEITOS SECUNDARIOS (LANÇAMENTO NO ROL DOS CULPADOS E 
PAGAMENTO DE CUSTAS), DESCONSIDERADA NA REDAÇÃO DA NOVA PARTE GERAL, NO 
ARTIGO 120, A REINCIDENCIA. EXAME DA QUESTÃO EM FACE DA NOVA REDAÇÃO DA PARTE 
GERAL DO CÓDIGO PENAL (LEI 7209/84). RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO, EM PARTE, 
E, NESSA PARTE, PROVIDO. 
STJ - RESP 4348 
PENAL. PERDÃO JUDICIAL. SENTENÇA CONCESSIVA. EFEITOS. RECURSO ESPECIAL. - 
ASSISTENTE DO MINISTERIO PUBLICO. RECURSO NÃO CONHECIDO, POR CARENCIA DA 
SUPLETIVIDADE QUE LHE E INERENTE. - REEXAME DA PROVA. SÚMULA 07-STJ. - DIVERGÊNCIA 
JURISPRUDENCIAL. NO QUE PESE AO PRESTIGIO DA FONTE, OS PRECEDENTES DO STF SOBRE 
OS EFEITOS PENAIS SECUNDÁRIOS, RESIDUAIS, DO PERDÃO JUDICIAL SERVEM, NO CASO, AO 
CONHECIMENTO DO RECURSO DO MINISTÉRIO PÚBLICO, MAS NÃO A SEU PROVIMENTO, DADO 
QUE REITERADA NO STJ A ASSERTIVA DE QUE A SENTENÇA CONCESSIVA DO PERDÃO, EM 
SENDO EXTINTIVA DA PUNIBILIDADE, NÃO PRODUZ NENHUM EFEITO CONDENATÓRIO. 
VI) Anistia, Graça e Indulto 
ANISTIA GRAÇA INDULTO 
Faz desaparecer o crime Extingue apenas a punibilidade 
Ato do Poder Legislativo (lei) Ato do Poder Executivo 
(Presidente da República 
– CF, art. 84, XII) 
Ato do Poder Executivo 
(Presidente da 
República – CF, art. 84, 
XII), com participação 
do Juiz 
Em regra, aplicada a crimes 
políticos (ex.: Lei n. 6.683/79) 
Em regra, aplicada a crimes comuns 
DIREITO PENAL II (PARTE GERAL) - RESUMO ESQUEMÁTICO - Prof. PEDRO VIEIRA 
 
Material sujeito a alterações/correções em sala de aula 4 
Coletivo (relaciona-se a fatos 
e não a pessoas – Nucci) 
Individual Coletivo (relaciona-se a 
pessoas – preench. 
requisitos) 
 
DECRETO Nº 7.420, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010. 
Concede indulto natalino e comutação de penas, e dá outras providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício da competência privativa que lhe confere o art. 84, inciso 
XII, da Constituição, tendo em vista a manifestação do Conselho Nacional de Política Criminal e 
Penitenciária, acolhida pelo Ministro de Estado da Justiça, e considerando a tradição, por ocasião das 
festividades comemorativas do Natal, de conceder indulto às pessoas condenadas ou submetidas à 
medida de segurança e comutar penas às pessoas condenadas, que cumpram os requisitos 
expressamente previstos neste Decreto, 
DECRETA: 
Art. 1º É concedido indulto às pessoas: 
I - condenadas à penaprivativa de liberdade não superior a oito anos, não substituída por restritivas de 
direitos ou multa e não beneficiadas com a suspensão condicional da pena, que, até 25 de dezembro de 
2010, tenham cumprido um terço da pena, se não reincidentes, ou metade, se reincidentes; 
II - condenadas à pena privativa de liberdade superior a oito anos e não superior a doze anos, não 
substituída por restritivas de direitos ou multa e não beneficiadas com a suspensão condicional da pena, 
por crime praticado sem violência ou grave ameaça, que, até 25 de dezembro de 2010, tenham cumprido 
um terço da pena, se não reincidentes, ou metade, se reincidentes; (...) 
LEI Nº 6.683, DE 28 DE AGOSTO DE 1979. 
 Concede anistia e dá outras providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
Art. 1º É concedida anistia a todos quantos, no período compreendido entre 02 de setembro de 1961 e 
15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos ou conexo com estes, crimes eleitorais, aos que 
tiveram seus direitos políticos suspensos e aos servidores da Administração Direta e Indireta, de 
fundações vinculadas ao poder público, aos Servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário, aos Militares 
e aos dirigentes e representantes sindicais, punidos com fundamento em Atos Institucionais e 
Complementares (vetado) (...) 
V) PRESCRIÇÃO 
“perda do direito de punir do Estado, pelo decurso do tempo” 
Fundamentos (Damásio): 
 Decurso do tempo (segurança jurídica) 
 Correção do condenado 
 Negligência do Estado 
DIREITO PENAL II (PARTE GERAL) - RESUMO ESQUEMÁTICO - Prof. PEDRO VIEIRA 
 
Material sujeito a alterações/correções em sala de aula 5 
Exceções: CF, art. 5º, XLII e XLIV 
CAUSAS SUSPENSIVAS E INTERRUPTIVAS DA PRESCRIÇÃO 
Suspensão: cessada a causa, o prazo volta a correr pelo tempo restante 
Interrupção: após a interrupção, o prazo volta a correr integralmente 
CAUSAS DE SUSPENSÃO: CP, art. 116; CF, art. 53, § 5º; CPP, art. 366. 
CAUSAS DE INTERRUPÇÃO: CP, art. 117 
PRESCRIÇÃO – CONTAGEM DO PRAZO
DECURSO DO PRAZO
INÍCIO FIM
Fixado em função da pena 
máxima cominada ou da 
pena aplicada ao crime
Suspensão Interrupção
 
PRESCRIÇÃO (ESPÉCIES)
PRETENSÃO PUNITIVA PRETENSÃO EXECUTÓRIA
Sentença condenatória com 
trânsito em julgado
CRIME
Início do prazo e decurso de certo 
intervalo de tempo
Art. 109: PENA MÁXIMA COMINADA Art. 110: PENA APLICADA
Art. 111. Consumação 
do crime (regra)
Art. 112. Trânsito em 
julgado p/ 
Acusação(regra)
 
 
DIREITO PENAL II (PARTE GERAL) - RESUMO ESQUEMÁTICO - Prof. PEDRO VIEIRA 
 
Material sujeito a alterações/correções em sala de aula 6 
PRAZOS DE PRESCRIÇÃO E ESPÉCIES DE PENAS 
Penas privativas de liberdade: art. 109, CP 
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1º do art. 110 
deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: 
Penas restritivas de direitos: p. único, art. 109, CP 
Art. 109. (...) 
Parágrafo único - Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos prazos previstos para as privativas 
de liberdade. 
Pena de multa: art. 114, CP 
Art. 114 - A prescrição da pena de multa ocorrerá: 
I - em 2 (dois) anos, quando a multa for a única cominada ou aplicada; 
II - no mesmo prazo estabelecido para prescrição da pena privativa de liberdade, quando a multa for 
alternativa ou cumulativamente cominada ou cumulativamente aplicada. (Exs. ARTS. 130 e 131) 
 
 
DIREITO PENAL II (PARTE GERAL) - RESUMO ESQUEMÁTICO - Prof. PEDRO VIEIRA 
 
Material sujeito a alterações/correções em sala de aula 7 
PRESCRIÇÃO
Pretensão Punitiva: pretensão do Estado de formar um título executivo
condenatório penal (obter sentença condenatória com trânsito em julgado)
Pena considerada: pena máxima cominada (art. 109) ou pena aplicada (§1º, 
art. 110)
Termo inicial (regra): consumação do crime (art. 111)
Pretensão Executória: pretensão do Estado de executar a pena aplicada
numa sentença condenatória penal com trânsito em julgado (CF, art. 5º, LVII)
Pena considerada: pena aplicada (art. 110)
Termo inicial: trânsito em julgado da condenação para a acusação* (art. 112)
PRETENSÃO PUNITIVA PRETENSÃO EXECUTÓRIA
Trânsito em julgado da condenação 
para Acusação e Defesa
Situação lógica “ideal”
CRIME
 
PRETENSÃO PUNITIVA 
Termo inicial da prescrição antes de transitar em julgado a sentença final 
Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: 
I - do dia em que o crime se consumou; (DATA DO CRIME) 
II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; 
III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; 
IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que 
o fato se tornou conhecido. 
V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em 
legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver 
sido proposta a ação penal. (Lei n. 12.650/2012) 
PRETENSÃO EXECUTÓRIA 
Termo inicial da prescrição após a sentença condenatória irrecorrível 
Art. 112 - No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr: 
I - do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a que revoga a 
suspensão condicional da pena ou o livramento condicional; 
II - do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se na 
pena. 
Art. 113 - No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento condicional, a prescrição é 
regulada pelo tempo que resta da pena. 
RESUMO: 
DIREITO PENAL II (PARTE GERAL) - RESUMO ESQUEMÁTICO - Prof. PEDRO VIEIRA 
 
Material sujeito a alterações/correções em sala de aula 8 
1) do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação; 
2) revoga a suspensão condicional da pena; 
3) revoga o livramento condicional; 
4) do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-
se na pena. [FUGA] 
3) e 4) a prescrição é regulada pelo tempo que resta da pena (art. 113) 
 
Art. 109. (...) PRAZOS – PRETENSÃO PUNITIVA E 
PRETENSÃO EXECUTÓRIA
PRAZOS (pretensão punitiva e pretensão executória): art. 109, CP
PENA PRESCRIÇÃO
Superior a 12 anos 20 anos
Superior a 8 anos e não excede 12 anos 16 anos
Superior a 4 anos e não excede 8 anos 12 anos
Superior a 2 anos e não excede 4 anos 8 anos
Igual/superior a 1 ano e não excede 2 anos 4 anos
Inferior a 1 ano 3 anos
 
PRESCRIÇÃO
PRETENSÃO PUNITIVA
P. PUNITIVA PRETENSÃO
EXECUTÓRIAP. EXECUTÓRIA
Trânsito em julgado 
da condenação 
para Acusação
CRIME
PRETENSÃO PUNITIVA
PRETENSÃO
EXECUTÓRIA
Trânsito em julgado 
da condenação para 
Acusação e Defesa
PRETENSÃO PUNITIVA
PRETENSÃO EXECUTÓRIA
 
DIREITO PENAL II (PARTE GERAL) - RESUMO ESQUEMÁTICO - Prof. PEDRO VIEIRA 
 
Material sujeito a alterações/correções em sala de aula 9 
 
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: 
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; 
II - pela pronúncia; 
III - pela decisão confirmatória da pronúncia; 
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; (Redação dada pela Lei nº 11.596, 
de 2007). 
STJ - AGRESP 710552 
PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PRESCRIÇÃO. 
MARCO INTERRUPTIVO. ART. 117, IV, DO CP. SENTENÇA OU ACÓRDÃO CONDENATÓRIOS. ART. 
110, § 1º, DO CP. TRÂNSITO EM JULGADO PARA O MP OU IMPROVIMENTO DO SEU RECURSO. 
AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.1. Nos termos do que dispõe o artigo 117, IV, do CP, com 
alteração dada pela Lei 11.596/07, interrompe o lapso prescricional a publicação da sentença 
condenatória ou do acórdão condenatório. O acórdão confirmatório da condenação, ainda que 
modifique a pena fixada, não é marco interruptivo da prescrição. (...) 
STF – HC 92340 
EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSUAL PENAL. EXTORSÃO. PRESCRIÇÃO. 
ACÓRDÃO QUE TRAZ NOVA CONDENAÇÃO. MARCO INTERRUPTIVO. OCORRÊNCIA. ORDEM 
DENEGADA. I - Acórdão que altera o título da condenação, com modificação substancial da pena, 
constitui novo julgamento, revestindo-se da condição de marco interruptivo da prescrição. II - 
Inocorrência, entre os marcos legais, dos lapsos exigidos pelo Código Penal para o reconhecimento da 
extinção da punibilidade. III - Ordem denegada. 
STF – Informativo n. 499/2008 
Lei 11.596/2007: Prescrição e Acórdão Condenatório 
 
A Lei 11.596/2007, ao alterar a redação do inciso IV do art. 117 do CP ("Art. 117 - O curso da prescrição 
interrompe-se: ... IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;"), apenas 
confirmara pacífico posicionamento doutrinário e jurisprudencial no sentido de que o acórdão 
condenatório reveste-se de eficácia interruptiva da prescrição penal. (...). Inicialmente, aduziu-se ser 
juridicamente relevante a existência de dois lapsos temporais, a saber: a) entre a data do recebimento da 
denúncia e a sentença condenatória e b) entre esta última e o acórdão que reformara em definitivo a 
condenação, já que o acórdão que modifica substancialmente decisão monocrática representa novo 
julgamento e assume, assim, caráter de marco interruptivo da prescrição. Tendo em conta a pena máxima 
cominada em abstrato para o delito de extorsão simples ou a sanção concretamente aplicada, constatou-
se que, no caso, a prescrição não se materializara. O Min. Marco Aurélio ressaltou em seu voto que a 
mencionada Lei 11.596/2007 inserira mais um fator de interrupção, pouco importando a existência 
de sentença condenatória anterior, sendo bastante que o acórdão, ao confirmar essa sentença, 
também, por isso mesmo, mostre-se condenatório. 
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; 
VI - pela reincidência. 
DIREITO PENAL II (PARTE GERAL) - RESUMO ESQUEMÁTICO - Prof. PEDRO VIEIRA 
 
Material sujeito a alterações/correções em sala de aula 10 
Incisos I, II, III e IV: PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA 
Incisos V e VI: PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA 
CAUSAS INTERRUPTIVAS DA PRESCRIÇÃO (art. 117, CP)
Prescrição da Pretensão Punitiva Prescrição da Pretensão Executória
Trânsito em julgado 
da condenação para 
Acusação e Defesa
Início/continuação do 
cumprimento da pena
Reincidência
 
CAUSAS INTERRUPTIVAS DA PRESCRIÇÃO (art. 117, CP)
Fato Recebimento
denúncia
Pronúncia
Confirmação 
Pronúncia
Sentença
Condenatória
Acórdão
Condenatório
Trânsito em julgado 
da condenação para 
Acusação e Defesa
Processo do 
Tribunal do Júri
 
DIREITO PENAL II (PARTE GERAL) - RESUMO ESQUEMÁTICO - Prof. PEDRO VIEIRA 
 
Material sujeito a alterações/correções em sala de aula 11 
 
 
 
 
DIREITO PENAL II (PARTE GERAL) - RESUMO ESQUEMÁTICO - Prof. PEDRO VIEIRA 
 
Material sujeito a alterações/correções em sala de aula 12 
 
 
 
PRESCRIÇÃO – EXEMPLO
Fato
Jun/1990
Recebimento
denúncia
Ago/1995
Retroativa Retroativa INTERCORRENTE
Sentença
Condenatória
maio/1998
Apenas 
a 
Defesa
recorre
Tribunal julga 
recurso da Defesa
outubro/2000
Furto simples (art. 155, CP)
Pena cominada = 1 a 4 anos
Pena aplicada = 1 ano, 6 meses
mais de 6 
anos
STJ julga, em definitivo
recurso da Defesa
Nov/2004
Recurso da 
Defesa
 
DIREITO PENAL II (PARTE GERAL) - RESUMO ESQUEMÁTICO - Prof. PEDRO VIEIRA 
 
Material sujeito a alterações/correções em sala de aula 13

Outros materiais