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Mikhail Bakunin - Trabalho Completo

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
CAMPUS BENJAMIN CONSTANT
CURSO DE HISTÓRIA
MIKHAIL BAKUNIN
André Fonseca de Carvalho
Petrópolis
2015
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS
CAMPUS BENJAMIN CONSTANT
CURSO DE HISTÓRIA
MIKHAIL BAKUNIN
Trabalho apresentado para Universidade Católica de Petrópolis, como exigência para aprovação na matéria de Teoria da Produção do Conhecimento Histórico.
André Fonseca de Carvalho
Professora:
Prof. Maria das Graças Duvaneli Rodrigues
Petrópolis
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................01
2 VIDA E OBRA ....................................................................................................................02
3 INFLUÊNCIAS E LINHA TEÓRICA ..............................................................................05
3.1 ANARQUIA ........................................................................................................05
3.2 SUFRÁGIO UNIVERSAL ..................................................................................06
3.3 MATERIALISMO E ANTI TEÍSMO .................................................................06
3.4 LIBERDADE .......................................................................................................06
3.5 COLETIVISMO ..................................................................................................07
3.6 ENSINO INTEGRAL...........................................................................................07
3.7 AMOR LIBERTÁRIO .........................................................................................07
3.8 CRÍTICAS AO MARXISMO .............................................................................08
4 GERAÇÕES POSTERIORES E LEGADO .....................................................................09
5 PUBLICAÇÕES EM PORTUGUÊS ................................................................................11
6 LINHA DO TEMPO ...........................................................................................................14
7 CONCLUSÃO .....................................................................................................................19
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................20
1 INTRODUÇÃO
	Muito diferente da maioria dos filósofos e intelectuais, Mikhail Aleksandrovitch Bakunin, não pode ser visto ou analisado apenas como um teórico de sua época. Ao pesquisarmos sobre sua vida, nos deparamos com dois aspectos peculiares em sua personalidade: O primeiro, de um grande pensador que em suas publicações influenciou várias gerações posteriores; e o segundo, de um verdadeiro guerreiro que dedicou toda sua passagem pela Terra à luta pela transformação deste mundo. Foi contrário ao marxismo e a toda forma de governo existente ou que possa vir a existir, e por isso muitas vezes considerado utópico, mas como nos diz Eduardo Galeano: “Para que serve a Utopia? Serve para isso: Para que eu não deixe de caminhar”.
	Infelizmente não há um grande número de obras completas deixadas por Bakunin, devido ao seu conturbado modo de viver e por estar sempre envolvido na construção de coletivos sociais e tentativas de revolução, porém através de seus artigos publicados, projetos inacabados ou mesmo cartas pessoais, é possível encontrar informações e respostas filosóficas sobre diversos temas e problemáticas, não prendendo-se apenas a tão sonhada “revolução-libertária”, mas também partido para o campo sentimental, como podemos analisar em sua carta para seu irmão Paulo, onde fala sobre o amor, mostrando uma visão bem à frente do seu tempo; ou educacional, quando através do texto A Instrução Integral demonstra sua preocupação com a qualidade do ensino e a superioridade da educação das crianças burguesas em relação a filhos de proletários; e até mesmo moral, questionada em seus textos, onde nos leva a pensar aspectos como a verdadeira liberdade ou livre-arbítrio e o nosso dever para com a Ética.
	Por fim o mais interessante em conhecer a obra e vida de Mikhail Bakunin, está na nova perspectiva que ele nos traz acerca de problemas muito atuais, observados desde meados do século XIX e que persistem na nossa sociedade parecendo irreversíveis ou insolúveis. Contemplando-nos com possíveis soluções, trazendo-nos o que para alguns são ares proféticos e nos enchendo de energia e esperanças para prosseguirmos na incansável busca por um mundo mais justo e igualitário para todos. 
2 VIDA E OBRA
	Nascido em 30 de maio de 1814 na cidade de Premukhimo na Rússia, Mikhail Alexandovich Bakunin era filho de nobres fidalgos e importantes proprietários de terra: Varvara A. Bakunin e Alexander Michailowitsch Bakunin. Crescendo com mais seis irmãos sob a hedge de um pensamento Liberal, provindo da revolução francesa, que lhe era fornecido por seu pai, teve sua vida projetada por para seguir carreira militar, chegando a ser mandado para a Universidade de Artilharia em São Petersburgo aos quatorze anos de idade, onde terminou seus estudos e logo dava início ao seu trabalho na Guarda Imperial. O que não durou muito tempo, até ser mandado para o exército regular, encaminhado por influências familiares e seguindo com sua tropa para Lituânia. Acontece que este era um projeto de vida criado por seu progenitor e estava longe de responder as verdadeiras aspirações do jovem, que começa um processo de desobediência, deixando muitas vezes de cumprir seu papel como soldado e recebendo as opções de dedicar-se a seu serviço ou desligar-se de vez do exército. Ficando com a segunda opção Bakunin estava de volta à casa de sua família, o que desencadeia uma relação conflituosa com o patriarca. Após deixar o exército, decide seguir para Moscou e estudar filosofia, contrariando por completo a vontade de Alexander.
	Iniciando seus estudos sob Kant e mais tarde voltando-se para Hegel, funda grupos de estudos filosóficos em sua cidade natal e publica traduções de livros escritos por Fitche em Moscou. Sua relação com o pai não há melhoras, o que o leva a mudar-se para Berlim decidido a tornar-se professor universitário. Projeto que foi abandonado assim que se depara com um coletivo estudantil denominado “Esquerda Hegeliana” levando-o a unir-se ao movimento social. Anos mais tarde vem a escrever seu primeiro ensaio: A Reação na Alemanha e passa a ser visto como fervoroso socialista. Porém devido ao seu radicalismo, recebe uma intimação do Imperador Russo Nicolau I, para que retorne a seu país de origem. Tendo ignorado a estas ordens, recebe sua primeira condenação, perdendo seu título de nobreza, todas as suas propriedades russas e caso fosse capturado pelas autoridades, ao exílio perpétuo na Sibéria. Em resposta, publica uma carta aberta acusando o imperador de despotismo e fazendo um chamado para a democracia aberta na Rússia. Ainda ignorando aos perigos que se expunha, seguiu para Paris, onde teve contato com o comunista Karl Marx e conheceu o anarquista Pierre-Joseph Proudhon, por quem se impressionou imensamente e manteve verdadeiros laços de amizade, recebendo sua influência filosófica mais importante.
	Ao publicar outra carta aberta, nomeada de Constitutionel, onde defendia o povo polonês da repressão desferida pelos católicos, é convidado a discursar nas comemorações do 
Levante de 1830, Bakunin então faz um chamado aos poloneses e russos, para que se unam contra o imperador em prol do “colapso definitivo do despotismo na Rússia”. A partir deste momento toda sua vida política será marcada pela luta contra o que chama de as três maiores autocracias da Europa: O Império Russo, O Império Austro-húngaro e o Reino da Prússia. Nesta época ainda se denominava como comunista e escrevia artigos para o periódico Schweitzerische Republikaner. Porém, após a prisão de seu amigo WilhelmWeitling, começa a ser procurado também pela polícia Suíça, já que teve muitas de suas correspondências interceptadas pelas autoridades, o que o leva mudar-se para Genebra e depois Bruxelas onde encontra com membros da Associação Internacional dos Trabalhadores, bem como Karl Marx e Friedrich Engels. Recebe muita influência de Joachim Lelewel, quando publica seu Apelo aos Eslavos, para que se unam aos revolucionários húngaros, italianos e alemães.
	Sua notoriedade é reconhecida principalmente no Levante de Maio de 1849 em Desden, onde organiza as defesas das barricadas contra as tropas prussianas, sendo até mesmo homenageado na biografia de Richard Wagner por sua participação, vindo a ser nomeado como “grande anarquista em Desden e Praga”. Porém tal atuação lhe rendeu a sua captura e prisão pelas tropas Saxônicas, o que o levaria a um longo período de confinamento e condenações que passariam da pena de morte a prisão perpétua. Devido as condições da monstruosa dieta que era aplicada aos prisioneiros da época, Bakunin vem a adoecer, tamanho chega a ser seu sofrimento, que pede ao irmão que leve veneno para ele, afim de finalizar com sua própria vida. Seus tormentos terminam enfim quando é enviado para o exílio na Sibéria onde acaba por se casar com Antonia Kwiatkowska e depois consegue fugir, indo para o Japão, Estados Unidos, e por último retornando para a Europa.
	Somente em 1864 Bakunin se declara pela primeira vez anarquista e a partir deste momento, começa a expor suas ideias como tal. Na Itália, vem a criar a irmandade secreta Aliança dos Socialistas Revolucionário, que recruta libertários de diversas nacionalidades, espalhando-se por toda a Europa. Evolve-se também com a Liga da Paz e Liberdade, para quem escreve o ensaio “Federalismo, Socialismo e Anti-Teísmo”. Porém não demora a romper com a liga e cria também a Aliança Internacional de Democracia Socialista. Sua participação na seção de Genebra da Primeira Internacional em 1868 é muito aclamada o que o mantêm muito ativo na Internacional até ser expulso junto a outros setores e membros libertários por Marx e seus seguidores. E assim cria seu próprio Congresso Internacional em Saint Imier, onde consegue agregar além de diversos militantes, grandes pensadores e filósofos anarquistas como: Kropotkin e Malatesta.
	Junto de Sergey Nechayev, que para muitos historiadores contemporâneos foi seu amante, escreve os livretos considerados maquiavélicos “Palavras à juventude – princípios da revolução" e "Catecismo de um Revolucionário”, no mesmo ano em que articula uma revolta na cidade francesa de Lyon, que mesmo tendo fracassado foi grande precedente da Comuna de Paris, muito admirada e defendida pelo anarquista por rejeitar não só o estado, mas também qualquer forma de “Ditadura Revolucionária”.
	No final de sua vida Mikhail Bakunin muda-se para Lugano na Suiça e vai viver em um pequeno vilarejo. Muito doente ainda junto de outros intelectuais funda uma editora, a qual foi responsável pela maior parte da publicação de seus livros. Ainda participa de mais uma tentativa de Revolta na Itália, na cidade de Bologna, mas sem êxito, retorna para Lugano onde viveria até seus últimos dias. Em 1876 com a saúde muito debilitada é levado para um hospital em Berna onde seus muitos anos de luta por liberdade e justiça encontram seu fim. Seu corpo foi enterrado no cemitério de Bremgarten e até hoje é o túmulo mais visitado. Jovens ainda se reúnem, não só para prestar suas homenagens, mas também para beberem a noite próximos aos restos mortais do maior anarquista existente na história mundial. 
3 INFLUÊNCIAS E LINHA TEÓRICA
	Pode-se dizer que a linha de pensamentos de Bakunin começa a partir de seus estudos filosóficos iniciados em 1835 em Moscou. A princípio muito marcados por Kant e depois progredindo para Schelling, Fichte, e Hegel, tendo ele até mesmo feito parte de um coletivo estudantil socialista denominado “Esquerda Hegeliana”. Porém, tais filósofos só podem ser apontados como o início de sua linha teórica, tendo ele, contato com outros grupos de socialistas e comunistas, acompanhou por muito tempo os pensamentos de Karl Marx, admirando sua obra e aceitando inteiramente suas visões econômicas e sociais, chegando até mesmo a ser o primeiro tradutor de “O Capital” para o russo. Também passa por influências de diversas amizades que vai conquistando ao longo de sua vida, como por exemplo o filósofo alemão Arnold Ruge, a quem conhece em Desden. Porém é inegável que aquele por quem mais se impressionou e deixou-se influenciar, foi Pierre-Joseph Proudhon, o primeiro a se auto intitular anarquista e reconhecido por Marx como o homem mais inteligente do século XIX. Sua aproximação com Proudhon foi tamanha que desenvolvei obras baseadas em trabalhos já cridos por este, além de fonte de inspiração, ambos se tornaram amigos pessoais.
	As ideias de Bakunin florescem por diversos campos, mas nunca abandonando a posição política que era a sua área de maior interesse. A rejeição pelo estado ou qualquer tipo força que o governe está presente em todas as suas obras. Sua noção de liberdade vai para além dos clássicos pensamentos já muito difundidos até hoje nas mentes das massas. Outro tema que aborda e se encontra em divergência ao senso comum é o amor, tendo suas visões únicas e libertárias para este campo. Foi um verdadeiro crítico da religião ou do pensamento metafísico defendendo com ênfase o materialismo. Possuía preocupação com a educação, pois via nela potencial revolucionário ou contrarrevolucionário, se não fosse utilizada trabalhada de maneira adequada. Defendia o federalismo, o coletivismo e acima de tudo a anarquia. E mesmo aceitando as visões de Marx descritas em “O Capital”, foi um dos mais fortes oponentes e críticos do marxismo na época, o que levou aos seguidores desta visão política a fomentarem a ideia de que a anarquia estaria relacionada a desordem e a violência gratuita. Pensamento até hoje muito conservado e utilizado por aqueles que são contrários as práticas libertárias.
	3.1 ANARQUIA
Diferente do que estamos acostumados a ouvir nos dias atuais, a anarquia não é a ausência de ordem, muito pelo contrário, ela é um sistema político que visa a auto-gestão e a democracia direta, sem a coerção disferida pelo estado. Ela parte do princípio que todos os homens são bons por natureza e só necessitam das leis naturais para a convivência em sociedade, porém o meio e o poder os corrompe, afastando-os de suas realidades. Para Bakunin é inconcebível a visão de que necessitamos ser governados, sendo assim em toda a sua obra ele nos leva a pensar no real papel dos governos em nossa sociedade, convocando-nos a repudiá-los.
3.2 SUFRÁGIO UNIVERSAL
	Em seu texto, A Ilusão do Sufrágio Universal, Bakunin nos mostra o quanto são falhos os esquemas de democracias representativas, a mesma sob a qual vivemos hoje no Brasil. Nos diz que longe da real democracia, esta é apenas uma medida para acalmar os ânimos do povo, fazendo-os acreditar que são os reais controladores do governo, quando isto na verdade está longe de ser verdade. Mesmo através de eleições o governo eleito sempre será previamente escolhido pelos grandes burgueses e detentores do poder, para quem verdadeiramente trabalhará, além disso quando um governo vai mal, é mais fácil culpar o próprio povo por suas falhas à medida que se faz acreditar, que tais governantes foram eleitos diretamente pelas massas.
	3.3 MATERIALISMO E ANTI TEÍSMO
	Por diversas vezes Bakunin foi crítico da metafisica. Acredita que as religiões, em especial a católica, trazem o fim da liberdade do homem, incutindo-lhe pensamentos de submissão em conformismo. Para tratar do tema, muitas vezes era sarcástico e ardiloso, demonstrando-se conhecedor da Bíblia em seu livro Deus e o Estado, apresenta uma nova visão sobre a criação do mundo descrita pelos cristãos. Segundo ele Satã era o libertador e emancipador da humanidade, enquanto Deus, não passava de um tirano orgulhoso,que buscava ser glorificado e adorado o tempo todo pelos humanos. Tendo em vista que seus desejos não foram correspondidos, pôs-se em uma cólera infantil contra todas as gerações que estariam por vir.
"Eu reverto a frase de Voltaire, e digo isto, se Deus realmente existisse, seria necessário aboli-lo."
	3.4 LIBERDADE
	Para Bakunin o homem é prisioneiro de todo um sistema, que lhe molda, poda e o impede de alcançar sua verdadeira humanidade. As questões de livre-arbítrio com são pregadas nas religiões, são meramente coercivas e não há liberdade de fato, se todas as suas ações não forem puramente feitas por escolhas próprias, sem intermédio de forças externas que venham a direciona-lo de um lado para o outro. Além disso a liberdade só se dá em coletividade, ao seu modo de ver um prisioneiro impede que outro homem venha a se libertar, então é necessário que todos a sua volta se libertem também, para assim se completarem e se tornarem plenas. Uma de suas frases mais célebres:
“A liberdade do outro estende a minha ao infinito”
3.5 COLETIVISMO
Na linha teórica de Bakunin o homem é e sempre será um ser social. E para encontrar sua liberdade, seria necessário viver e conviver em sociedade. Pois só assim seria capaz de viver na verdadeira anarquia.
3.6 ENSINO INTEGRAL
A educação é vista como algo preocupante para Bakunin, já que os filhos do proletariado não recebiam as mesmas instruções valorosas dadas aos filhos dos burgueses. Sendo assim, alguns já eram preparados para serem opressores, enquanto outros sempre seriam doutrinados a aceitar o papel de oprimido. Previa uma escola de ensino integral construída e mantida por anarquistas, onde todas as crianças seriam educadas para além do trabalho bruto, mas também para criarem senso crítico sobre o mundo, afim de emancipar-se deles. Assim, imaginava um trabalho que não fosse apenas físico ou teórico, mas as disciplinas deveriam trabalhar com todo corpo e mente do educando.
3.7 AMOR LIBERTÁRIO
Em uma carta para seu Irmão, Bakunin revela estar apaixonado, porém diante deste novo sentimento aplica suas ideias libertárias de como deveria ser o amor. Ao contrário dos pensamentos monogâmicos que só aprisionam, o amor libertário encara como o verdadeiro sentimento, aquele que deseja a libertação total e completa da pessoa amada, sendo assim, é necessário que esta emancipação aconteça também da própria pessoa que sente.
	Há indícios que a esposa de Bakunin também mantinha relacionamentos com os amantes do sexo masculino do anarquista.
	3.8 CRÍTICAS AO MARXISMO
	Apesar de aceitar perfeitamente as definições e observações do sistema social e político, descritas por Karl Marx em O Capital, Bakunin tornou-se um dos maiores opositores ao marxismo em sua época. Apesar de ambos comunistas e anarquistas desejarem um mesmo fim para a sociedade: Um mundo sem governo, onde o homem seria completamente livre e autogestionado, para a anarquia é inconcebível a ideia de uma “ditadura revolucionária”. Bakunin ainda aponta para os perigos deste tipo de revolução, o que soa quase profético ao nos depararmos com as tentativas de criação de um estado socialista no século XX, quando diz que basta dar poder a um revolucionário para ele se tornar um tirano. Via o poder quase como narcótico, capaz de viciar e corromper qualquer pessoa que o possuísse. 
“Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Essa minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e pôr-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana”. 
4 GERAÇÕES POSTERIORES E LEGADO
	Maikhail Bakunin tornou-se um dos maiores ícones do pensamento anarquista contemporâneo, seu legado é imensurável e por motivo nenhum deveria ficar esquecido ou perdido no tempo. Muito além de suas obras ou ações, suas influências percorrem ainda hoje a mente da maioria daqueles que se autoproclamam revolucionários. É inegável que pelo menos um traço de sua filosofia, não esteja presente no cotidiano e pensamentos de todo aquele que sonhe, deseje ou lute por um mundo novo. Consciente ou inconscientemente sua linha teórica e seu espírito revolucionário ainda se fazem presentes em diversas organizações que partilham desta mesma utopia. Falando diretamente da anarquia, esta se dividiu em diversas repartições que lutam em inúmeras causas ou até mesmo de divergentes maneiras, mas todas com um fim em comum. Anarco-sindicalismo, anarco-comunismo, anarco-feminismo, anarco-queer, anarco-primitivismo, anarco-cristianismo; entre outros nomes que se encontram em um emaranhado de lutas, são todos frutos de uma mesma teoria e que não teriam as mesmas perspectivas, se não houvessem antes de mais nada partido da influência que o filósofo e militante russo trouxe a ela.
	Claro que não podemos esquecer de nomes como Errico Malatesta, Piotr Kropotkin, Liev Tolstoi, Neno Vasco, Lucy Parsons, Emma Goldman, Voltairine de Cleyre, Herbert Read, Maria Lacerda Moura, Frederica Mintseny, Murray Bookchin, Noam Chomsky, que também foram influentes nomes para o anarquismo, porém de alguma forma, mesmo colocando-se contra suas ações, todos estes foram influenciados pelo pensamento bakuniniano. Mas como a transformação do mundo não se fará através de filósofos ou de grandes pensadores, não podemos deixar de esquecer a quem Bakunin mais influenciou de verdade: a população mundial, os jovens, os trabalhadores, os revolucionários do dia a dia. E tal influência foi tão grande que até mesmo no Brasil ela causou forte impacto. A Greve Geral de 1917 foi inicialmente guiada através da ideologia anarquista, o que culminou na conquista de ao menos o mínimo de respeito dentro das fábricas. Outro movimento surgido através do pensamento anarquista, foi o de Contracultura dos anos 60; a cultura Hippie, a cultura Punk, estão diretamente ligadas ao anarquismo e de certa forma amarradas a Bakunin. A Revolta de Stonewall em 1959, que deu aos homossexuais e transexuais do mundo inteiro o direito de saírem da ilegalidade, foi outra que se deu aos moldes e influências da anarquia. O movimento feminista, o vegetarianismo vegano, são mais marcos do que o pensamento libertário pode transformar na nossa sociedade.
	Nas manifestações de 2013 e 2014 ocorridas no Brasil, o pensamento apartidário, a revolta contra todo tipo de governo e as próprias ações das massas, fortalecendo-se com a aparição dos black blocs, fomentou e aqueceu os ânimos de anarquistas em todo país. Novamente eles se reuniam e estavam nas ruas, com suas bandeiras negras a lutar por seus ideais de mundo. Mesmo que muitos que ali estiveram não compactuassem dos pensamentos do anarquismo, estiveram expostos no mínimo o sentimento revolucionário que brota nas veias anarquistas. A presença de Bakunin foi tão forte, principalmente no Rio de Janeiro, que em suas investigações, a polícia civil o indicou como um dos maiores líderes das revoltas e um dos nomes mais procurados para a prisão, o que rendeu muitas piadas e questionamentos sobre a eficiência da corporação, já que este estava morto a mais de duzentos anos.
5 PUBLICAÇÕES EM PORTUGUÊS
1975
Conceito de Liberdade (Rés, Portugal)
Confissão (Arcádia, Portugal)
Revolução Social ou Ditadura Militar (Arcádia, Portugal)
O Estado, a Democracia Burguesa e a Prática Revolucionária (Paisagem, Portugal)
1976
O Socialismo Libertário (Pontos de Vista, Portugal)
A Reação na Alemanha (Assírio & Alvim, Portugal) 
Federalismo: A Associação dos Irmãos Internacionais (A Idéia, Portugal)
Deus e o Estado (Assírio & Alvim, Portugal)
1979
O SocialismoLibertário (Global, Brasil) 
“O Estado: alienação e natureza”. In: O Anarquismo e a Democracia Burguesa (Global, Brasil)
1980
Textos Escolhidos (LP&M, Brasil). Reeditado em 1983.
1981
“A Igreja e o Estado”, “A Ilusão do Sufrágio Universal”, “Os Perigos de um Estado Marxista”, “O que é Autoridade”. In: George Woodcock. Os Grandes Escritos Anarquistas (LP&M, Brasil). Reeditado várias outras vezes posteriormente.
1987
Bakunin por Bakunin: Cartas (Novos Tempos, Brasil)
1988
Federalismo, Socialismo e Antiteologismo (Cortez, Brasil)
Deus e o Estado (Cortez, Brasil)
1989
Escrito Contra Marx (Novos Tempos, Brasil)
O Princípio do Estado / Três Conferências Feitas aos Operários do Vale de Saint-Imier (Novos Tempos, Brasil)
1998
“Os Ursos de Berna e o Urso de São Petersburgo”. In: Novos Tempos 2 (Imaginário, Brasil). 
1999
Textos Anarquistas. Reeditado posteriormente em 2002 e 2006.
2000
Deus e o Estado (Imaginário, Brasil)
2001
Escritos Contra Marx (Imaginário, Brasil)
2002
Socialismo e Liberdade (Luta Libertária, Brasil)
2003
Estatismo e Anarquia (Imaginário/Ícone, Brasil)
Instrução Integral (Imaginário, Brasil)
“A Comuna de Paris e a Noção de Estado”. In: Oswaldo Coggiola. Escritos sobre a Comuna de Paris (Xamã, Brasil) 
2006
“A Comuna da Paris e a Noção de Estado”. In: Verve 10 (NU-SOL, Brasil)
2007
O Sistema Capitalista (Faísca, Brasil)
A Dupla Greve de Genebra (Imaginário/Faísca, Brasil)
“O Princípio do Estado”. In: Verve 11 (NU-SOL, Brasil)
2008
Os Enganadores / A Política da Internacional / Aonde ir e o que Fazer? (Imaginário/Faísca, Brasil)
O Princípio do Estado e Outros Ensaios (Hedra, Brasil)
2009
A Essência da Religião / O Patriotismo (Imaginário, Brasil)
A Ciência e a Questão Vital da Revolução (Imaginário/Faísca, Brasil)
Catecismo Revolucionário (1866) / Programa da Sociedade da Revolução Internacional (Imaginário/Faísca, Brasil)
2015
Mikhail Bakunin - Obras Escolhidas (Hedra, Brasil)
6 LINHA DO TEMPO
1814 – Nasce Mikhail Alexandrovich Bakunin, na cidade de Premukhimo na Rússia.
1828 à 1832 – Bakunin, aos 14 anos de idade é enviado para a Universidade de Artilharia em São Petersburgo, onde termina seus estudos e torna-se um oficial de artilharia.
1834 – Bakunin é promovido a oficial júnior da Guarda Imperial Russa. Por influência de seu pai foi transferido para o exército regular, sendo enviado para Lituânia, onde logo após decide abandonar o exército, retornando para casa e começando uma relação conflituosa com seu pai.
1835 – Bakunin Parte para Moscou para estudar filosofia.
1836 – Funda em sua cidade natal um grupo de estudos filosóficos para jovens. Mais tarde neste mesmo ano retorna a Moscou, onde publica algumas traduções de Algumas Leituras Acerca da Vocação Escolar e O Caminho da Vida Abençoada, escritos por Fichte.
1840 – Devido ao relacionamento conturbado com o pai, muda-se para Berlim, decidido a tornar-se professor universitário. Porém, acaba por conhecer e tornar-se membro de um grupo coletivo estudantil, fortemente influenciados pela filosofia de Hegel, assim como Bakunin, denominado “Esquerda Hegeliana” e acaba por se unir ao movimento socialista.
1842 – Escreve o ensaio A Reação na Alemanha onde argumenta em favor da ação revolucionária da negação: 
“a paixão pela destruição é uma paixão criativa”.
1844 – Em Desden na Alemanha, passa a ser considerado um socialista fervoroso e devido a seu radicalismo, o governo imperial russo ordena que retorne à seu país de origem. Diante de sua negação, tem todas as suas propriedades em território Russo confiscadas, perdeu seu título de nobreza e além de ser condenado Pelo Imperador Nicolau ao exílio perpétuo na Sibéria (caso fosse algum dia pego pelas autoridades), o que foi respondido com uma carta aberta acusando o imperador de Déspota e fazendo um chamado para a democracia na Rússia e na Polônia. 
Nesta época Bakunin muda-se para Zurique na Suíça. Ainda neste ano, vai até Paris estabelecendo contato com o comunista Karl Marx e o anarquista Pierre-Joseph Proudhon, com quem manteve fortes laços pessoais.
1846 – Escreve outra carta intitulada Constitutionel, onde Bakunin defende a Polônia da repressão orquestrada pelos católicos.
1847 – Bakunin é convidado por refugiados poloneses da Crocóvia, a discursar na comemoração ao Levante de Novembro de 1830. Onde faz um chamado pela união entre a população polonesa e russa, contra o imperador, em prol do “colapso definitivo do despotismo na Rússia”, o que lhe rendeu a expulsão da França, retornando assim para Bruxelas.
1848 – Bakunin proclamava-se comunista e escrevia artigos sobre o tema para o periódico Schweitzerische Republikaner. Após a prisão de seu amigo, muito próximo, Wilhelm Weitling, mudou-se para Genebra. Devido a muitas correspondências interceptadas que trocava com Weitling, relatórios a seu respeito começaram a circular entre a polícia suíça e o Império Russo, o que fez com que o embaixador russo ordenasse o retorno de Bakunin à Rússia, o que foi novamente ignorado, assim mudando-se para Bruxelas onde encontrou-se com membros da Associação Internacional dos Trabalhadores, junto com Karl Marx e Friedrich Engels, além de oradores do nacionalismo e do progressismo polonês, chegando a ser muito influenciado por um deles em especial: Joachim Lelewel. No outono deste ano, publicou seu Apelo aos Eslavos, para que se unissem aos revolucionários húngaros, italianos e alemães para derrubar s três maiores autocracias da Europa: O Império Russo, O Império Astro-Húngaro e o Reino da Prússia.
1849 – Bakunin teve um papel de destaque no Lavante de Maio em Desden, ajudando a organização das defesas das barricadas contra as tropas prussianas sendo homenageado mais tarde por Richard Wagner em sua biografia, sendo nomeado como “grande anarquista em Desden e Praga, bem como a aura revolucionária que emanava de sua ações”. Logo após foi capturado pelos saxões em Chemnitz e preso por treze meses antes de ser condenado a morte pelo governo da Saxônia, porém devido à procura dos governos Russos e Austríacos por ele, sua sentença foi modificada para prisão perpetua. 
1850 – Bakunin é enviado para as autoridades Austríacas, que onze meses depois também lhe condenam a morte, mas revertem a sentença novamente para prisão perpetua.
1851 – É enviado para as autoridades Russas onde é aprisionado na Fortaleza de Pedro e Paulo. Nesta ocasião o Imperador Necolau I exigia uma confissão escrita por Bakunin, porém este, que jamais escondera seus atos, escreveu-lhe apenas uma carta dizendo que jamais revelaria qualquer nome de outro companheiro que com ele tivesse participado de ações revolucionárias.
1854 – Foi transferido da Fortaleza de Pedro e Paulo para as masmorras subterrâneas do castelo de Shlisselburg, onde devido a dieta monstruosa pegou escorbuto. Chegou a pedir que seu irmão lhe levasse veneno para que acabasse com seu sofrimento.
1857 – Devido aos apelos de sua mãe para o Imperador Alexandre II, Bakunin foi deportado para o exílio na cidade de Tomsk na Sibéria.
1858 – Bakunin casa-se com Antonia Kwiatkowska. Neste mesmo ano recebeu a visita de seu primo em segundo grau Nikolay Muravyov-Amursky, que fora governador-geral da Sibéria Ocidental por dez anos.
1859 - Nikolay Muravyov-Amursky ajuda Bakunin a conseguir um emprego na Agência de Desenvolvimento de Amur, o que lh permitiu uma mudança para Irkutsk, a capital da Sibéria Oriental.
1861 – Bakunin consegue permissão do novo governador-geral, Korsakov, para navegar em todos os barcos que circulassem pelo Rio Amur e seus tributários desde que ele voltasse para Irkutsk antes do retorno do gelo. Chegou a Nikolaevsk, supostamente a trabalho, em seguida partindo no navio de guerra Strelok indo para Kastri, onde convenceu um capitão americano da nau SS Vickery a levá-lo a bordo, mais tarde chegando a Yokohama no Japão. Seguindo depois para Nova Yorque e por fim Londres.
1862– Mantem laços com o italiano Giusepe Garibalde.
1863 – Tenta se juntar a Insurreição Polonesa, o que não foi possível. Encontra-se então com sua esposa em Estocolmo e retorna para a Inglaterra.
1864 – Bakunin viaja para a Itália e lá se declara pela primeira vez como anarquista e passa a expor suas ideias como tal. Recruta revolucionários italianos, franceses e escandinavos e cria a Aliança dos Socialistas Revolucionário, uma irmandade secreta e internacional que visava propagar os ideais da revolução e preparar pessoas para ações diretas.
1866 – Sua sociedade secreta obtivera ótimos resultados e possuía membros na Suécia, Noruega, Dinamarca, Bélgica, Inglaterra, França, Espanha, Itália, Rússia e Polônia. Escreveu Catecismo de um Revolucionário, opondo-se tanto às religiões quanto a qualquer forma de estado defendendo a absoluta rejeição de qualquer tipo de autoridade.
1867 à 1868 – Envolveu-se na Liga de Paz e Liberdade, para o qual escreveu o ensaio Federalismo, Socialismo e Anti-Teísmo baseado na obra de Proudhon. Ainda em 1867 desempenhou um papel importante na Conferência de Genebra junto ao comitê central, sendo fortemente ovacionado. Já em 1868 no Congresso de Berna, os libertários estavam em desvantagem numérica, o que levou Bakunin a romper com a Liga e estabelecer outra organização: Aliança Internacional de Democracia Socialista. Ainda neste ano participou da seção de Genebra da Primeira Internacional, onde permaneceu muito ativo.
1869 – A Aliança Internacional de Democracia Socialista é impedida de participar da Primeira Internacional, com a argumentação que esta também era uma organização internacional, o que culminou na dissolução da Aliança em vários grupos que uniram-se a Internacional separadamente.
1870 – Bakunin junto ao revolucionário Sergey Nechayev escrevem em conjunto os livretos: “Palavras à juventude – princípios da revolução" e "Catecismo de um Revolucionário”. Bakunin também foi articulador de um levante na cidade Francesa de Lyon, chamando a população a rebelar-se contra o governo francês e sendo grande precedente da Comuna de Paris.
1871 – Bakunin foi um forte apoiador da Comuna de Paris, elogiando homens e mulheres que mais darde ficaram conhecidos como Communards, por rejeitarem não só o estado, mas também qualquer “ditadura revolucionária”. 
1872 – As discordâncias entre Karl Marx e Bakunin, levam a expulsão do Anarquista da Primeira Internacional. Junto a ele, outras seções de libertários que foram, excluídos da Internacional, criam seu próprio Congresso Internacional em Saint Imier, agregando libertários de vários países e importantes pensadores anarquistas.
1873 – Bakunin retira-se para Lugano na Suíça, onde passa a viver em uma pequena vila. Mesmo doente funda uma editora, a qual viria a publicar a maioria de seus livros sob o título de Estadismo e Anarquia.
1874 – Ainda participa de uma tentativa de revolta na cidade de Bologna, Itália. Mas sem êxito retorna para Lugano, onde passaria seus últimos anos de vida.
1876 – Com a saúde muito debilitada, Bakunin é levado por um amigo para um hospital em Berna onde vem a falecer.
7 CONCLUSÃO
	Concordando ou não com sua linha teórica e seus métodos de ação, é impossível negar a tamanha importância que Bakunin teve para o mundo ao qual vivemos hoje e toda a influência que ele nos traz para continuar progredindo na busca por uma forma melhor de se viver. Estudar sua vida e suas obras é completamente enriquecedor e inspirador a todos que estejam dispostos a largar suas concepções pré-moldadas de sociedade, além de buscarem uma real emancipação e liberdade deste sistema que já está mais que provado, estar precário e falido. Com o capitalismo sempre em declínio, cabe a cada um de nós escolher seu caminho para a transformação e melhoria de nossas realidades. Mikhail Bakunin, sem sombras de dúvida nos coloca diante uma nova vertente, uma segunda opção, a qual ele acreditava ser a mais justa para com todos os seres humanos existentes.
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKUNIN, Mikhail. Deus e o Estado. São Paulo: Hedra, 2011.
BAKUNIN, Mikhail. Revolução e Liberdade – Cartas de 1845 A 1875. São Paulo: Hedra, 2010.
BAKUNIN, Mikhail. O Princípio do Estado e Outros Ensaios. São Paulo: Hedra, 2008.
BAKUNIN, Mikhail. Bakunin, Textos Escolhidos. Porto Alegre: L&PM, 1983.
BAKUNIN, Mikhail. Bakunin, Textos Anarquistas. Porto Alegre: L&PM, 1999.
SHIVELY, Charley. “Anarchism” in Encyclopedia of Homosexuality. Nova Iorque: Wayne Dynes, 1990.
http://www.espacoacademico.com.br/016/16bakunin.htm. Acessado em 25 de abril de 2015
http://arteeanarquia.xpg.uol.com.br/da_liberdade.htm. Acessado em 25 de abril de 2015.
https://www.marxists.org/portugues/bakunin/1845/03/29.htm. Acessado em 25 de abril de 2015.
http://www.nodo50.org/insurgentes/biblioteca/bakunin_por_bakunin_-_bakunin.pdf. Acessado em 26 de abril de 2015.
http://www.anarkismo.net/article/16810. Acessado em 26 de abril de 2015.
https://www.algosobre.com.br/biografias/mikhail-bakunin.html. Acessado em de abril de 2015.
http://www.swissinfo.ch/por/bakunin--pequena-biografia/883486. Acessado em 02 de abril de 2015.
http://educacao.uol.com.br/biografias/klick/0,5387,2289-biografia-9,00.jhtm. Acessado em 02 de abril de 2015.

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