Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
21/4/2011 1 CAMPUS CATALÃO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Estruturas de Aço Tópico: Conceituação de Ligações e Dimensionamento e Verificação de Ligações Parafusadas. 1Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade O termo LIGAÇÃO se aplica aos detalhes construtivos que promovem a união de partes da estrutura Um ponto importante na 1. Conceitos Gerais promovem a união de partes da estrutura. Um ponto importante na etapa de projeto é a definição do sistema de ligação a ser adotado entre os elementos que compõem a estrutura metálica como: vigas, pilares e contraventamentos. As ligações devem ser convenientemente concebidas de modo que as mesmas se comportem em termos de rotações e deslocamentos Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 2 p ç conforme consideradas na análise da estrutura. É fundamental que os elementos de ligação (chapas, parafusos, soldas, etc.) apresentem resistência mecânica compatível com o aço utilizado na estrutura. 21/4/2011 2 A escolha criteriosa entre um sistema de ligação soldado e/ou 1. Conceitos Gerais A escolha criteriosa entre um sistema de ligação soldado e/ou parafusado, pode significar uma obra mais econômica e tornar a montagem mais rápida e funcional. Se a intenção do projeto for deixar as estruturas aparentes, o desenho das ligações assume uma importância maior. O formato, posição e quantidade de parafusos, chapas de ligação e nervuras de Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 3 p ç q p , p g ç enrijecimento, são alguns dos itens que podem ter um forte apelo estético se convenientemente trabalhados pelo arquiteto em conjunto com o engenheiro calculista. 1. Conceitos Gerais Aspectos importantes para a escolha: ¾ condições de montagem no local da obra; ¾ grau de dificuldade para fabricação da peça; ¾ Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 4 ¾ padronização das ligações. 21/4/2011 3 LIGAÇÕES RÍGIDASÎ ENGASTADAS 2. Classificação das ligações quanto à rigidez LIGAÇÕES RÍGIDASÎ ENGASTADAS LIGAÇÕES SEMI-RÍGIDAS LIGAÇÕES FLEXÍVEISÎ ROTULADAS Na realidade não existem ligações perfeitamente rígidas ou Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 5 perfeitamente flexíveis. Agrupamos as ligações em RÍGIDAS ou FLEXÍVEIS de acordo com o seu “GRAU DE RIGIDEZ” (ou de ENGASTAMENTO) 2. Classificação das ligações quanto à rigidez Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 6 21/4/2011 4 2. Classificação das ligações quanto à rigidez Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 7 As LIGAÇÕES FLEXÍVEIS são caracterizadas por NÃO 2.1 Propriedades das ligações flexíveis As LIGAÇÕES FLEXÍVEIS são caracterizadas por NÃO APRESENTAREM RESTRIÇÃO À ROTAÇÃO, devendo permitir uma rotação relativa da ordem de 80% ou mais, daquela teoricamente esperada, se ela fosse livre a girar. Este tipo de ligação TRANSMITE APENAS ESFORÇO CORTANTE, sendo muito utilizada, entre outros motivos, devido ao Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 8 seu MENOR CUSTO. 21/4/2011 5 Exemplo de ligação flexível com cantoneira na alma e placa de 2.1 Propriedades das ligações flexíveis Exemplo de ligação flexível com cantoneira na alma e placa de extremidade: Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 9 Exemplo de ligação flexível com cantoneira na alma e placa de 2.1 Propriedades das ligações flexíveis Exemplo de ligação flexível com cantoneira na alma e placa de extremidade: Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 10 21/4/2011 6 Exemplo de ligação flexível com apoio no flange 2.1 Propriedades das ligações flexíveis Exemplo de ligação flexível com apoio no flange Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 11 As LIGAÇÕES RÍGIDAS são caracterizadas por IMPEDIR A 2.2 Propriedades das ligações rígidas As LIGAÇÕES RÍGIDAS são caracterizadas por IMPEDIR A ROTAÇÃO RELATIVA ENTRE A VIGA E O PILAR. Após o carregamento da estrutura, deverá existir na ligação, uma restrição igual ou superior a 90% daquela teoricamente necessária à ocorrência de nenhuma rotação. É MAIS ONEROSA EM COMPARAÇÃO ÀS FLEXÍVEIS, Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 12 pois TRANSMITE, ALÉM DO ESFORÇO CORTANTE, MOMENTO FLETOR. No entanto, pode tornar-se interessante do ponto de vista da economia global da estrutura. 21/4/2011 7 Exemplo de ligação rígida com chapa de extremidade soldada na 2.2 Propriedades das ligações rígidas Exemplo de ligação rígida com chapa de extremidade soldada na viga e parafusada no pilar: Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 13 Exemplo de ligação rígida com cantoneiras parafusadas na alma: 2.2 Propriedades das ligações rígidas Exemplo de ligação rígida com cantoneiras parafusadas na alma: Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 14 21/4/2011 8 Independentemente do tipo (rígida ou flexível), as ligações podem 3 Ligações parafusadas Independentemente do tipo (rígida ou flexível), as ligações podem ser executadas utilizando-se SOLDAS ou CONECTORES. Neste item estudaremos a união de peças estruturais utilizando-se PARAFUSOS. 3.1 Tipos de parafusos Parafusos comunsÆASTM A307 ou A307 Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 15 Parafusos comunsÆASTM A307 ou A307 Apresentam baixa resistência mecânica, sendo, portanto, utilizados em ligações de pequenas treliças, estruturas leves, peças secundárias como guarda-corpos, corrimãos, terças e outras pouco solicitadas. 3.1 Tipos de parafusos Parafusos de alta resistência Especificados para ligações de maior responsabilidade. Devido à característica de alta resistência, as ligações geralmente têm um número mais reduzido de parafusos e chapas de ligação menores Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 16 21/4/2011 9 3.1 Tipos de parafusos Parafusos de alta resistência Por atritoÆA325-F e A490-F (FÆ Friction) Neste tipo de parafuso é dada uma protensão que é medida pelo torque dado na porca. A protensão faz com que as chapas a serem ligadas tenham uma grande resistência ao deslizamento relativo. Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 17 3.1 Tipos de parafusos Parafusos de alta resistência Por contatoÆA325-N e A490-N (NÆ Normal) No parafuso tipo N (Normal) a rosca do parafuso se encontra no plano de corte da ligação. Como a área da seção transversal do parafuso na região da rosca é menor que a área do corpo, sua resistência é menor que a do parafuso tipo (X). Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 18 21/4/2011 10 3.1 Tipos de parafusos Parafusos de alta resistência Por contatoÆA 325-X e A490-X (XÆ eXcluded) No parafuso tipo X (excluded) a rosca do parafuso está fora do plano de cisalhamento do parafuso. Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 19 3.2 Dimensionamento de ligações parafusadas Para o dimensionamento das peças parafusadas deve-se verificar se a li i l id d isolicitação na peça ultrapassa a sua capacidade resistente para os diversos modos de ruptura, respeitados os coeficientes de segurança. Dessa forma a condição de estabilidade será dada por: Ft,Sd ≤ Ft,Rd F Æ li it ã d ál l Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 20 Ft,SdÆ solicitação de cálculo Ft,RdÆ resistência de cálculoÆ dada em função do tipo de ruptura a que a peça está sujeita (corte do conector, pressão no apoio, rasgamento na chapa ou ruptura à tração do conector). 21/4/2011 11 3.2 Dimensionamento de ligações parafusadas NBR 8800/2008 – item 6.1.5.2: Ligações sujeitas a uma força solicitante de cálculo, em qualquer direção, inferior a 45kN, excetuando-se diagonais e montantes de travejamento de barras compostas, tirantes constituídos de barras redondas, travessas de fechamento lateral e terças de cobertura de edifícios, devem ser dimensionadaspara uma força solicitante de cálculo igual a 45kN com direção e sentido da força atuante Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 21 cálculo igual a 45kN, com direção e sentido da força atuante. 3.2 Dimensionamento de ligações parafusadas NBR 8800/2008 – item 6.1.5.3: Recomenda-se, a critério do responsável técnico pelo projeto, que as ligações de barras tracionadas ou comprimidas sejam dimensionadas no mínimo para 50 % da força axial resistente de cálculo da barra, referente ao tipo de solicitação que comanda o dimensionamento da respectiva barra (tração ou compressão). Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 22 21/4/2011 12 3.2 Dimensionamento de ligações parafusadas NBR 8800/2008 – item 6.1.11.1: Devem ser usados soldas ou parafusos de alta resistência com protensão inicial em ligações por contato ou por atrito nos seguintes casos: a) emendas de pilares nas estruturas de andares múltiplos com mais de 40 m de altura; Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 23 de 40 m de altura; b) ligações de vigas com pilares e com quaisquer outras vigas das quais depende o sistema de contraventamento, nas estruturas com mais de 40 m de altura; 3.2 Dimensionamento de ligações parafusadas NBR 8800/2008 – item 6.1.11.1: c) ligações e emendas de treliças de cobertura, ligações de treliças com pilares, emendas de pilares, ligações de contraventamentos de pilares, ligações de mãos francesas ou mísulas usadas para reforço de pórticos e ligações de peças-suportes de pontes rolantes, nas estruturas com pontes rolantes de capacidade superior a 50 kN; Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 24 d) ligações de peças sujeitas a ações que produzam impactos ou tensões reversas. 21/4/2011 13 3.2 Dimensionamento de ligações parafusadas NBR 8800/2008 – item 6.1.11.2: Para os casos não citados em 6.1.11.1, as ligações podem ser feitas com parafusos de alta resistência sem protensão inicial ou com parafusos comuns. Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 25 3.2 Dimensionamento de ligações parafusadas Para o dimensionamento de ligações parafusadas precisamos d i i ê i ( ideterminar a menor resistência entre a peça (na região com e sem furos) e: a) o cisalhamento no corpo do parafuso; b) a pressão de contato nos furos (esmagamento e rasgamento). Para os parafusos do tipo (F) devemos verificar a resistência ao Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 26 Para os parafusos do tipo (F) devemos verificar a resistência ao deslizamento e, caso essa resistência seja superada, verificar os itens (a) e (b) como se fosse parafuso do tipo (N). 21/4/2011 14 3.2.1 Tipos de ruptura em ligações com conectores R Ruptura por esmagamentoRuptura por corte do fuste do conector esmagamento da chapa na superfície de apoio do fuste do conector Ruptura por rasgamento da Ruptura por ã d Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 27 chapa entre o furo e a borda ou entre dois furos consecutivos tração da chapa na seção transversal líquida 3.2.2 Dimensionamento de parafusos Tração Î NBR8800/2008 – item 6.3.3.1. A força de tração resistente de cálculo de um parafuso tracionado ou de uma barra redonda rosqueada tracionada é dada por : ¾ fub é a resistência à ruptura do material do parafuso ou barra redonda d à t ã ifi d A A Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 28 rosqueada à tração, especificada no Anexo A; ¾Abe é a área efetiva, definida em 6.3.2.2. No caso de barras redondas rosqueadas, a força resistente de cálculo não deve ser superior a Ab f y / γa1. 21/4/2011 15 3.2.3 Área efetiva do parafuso ou barra redonda rosqueada, para tração (NBR8800/2008 – item 6 3 2 2)6.3.2.2) Ab = 0,25*π*db2 Abe = 0,75*Ab Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 29 ¾Abe é a área resistente ou área efetiva de um parafuso ou de uma barra redonda rosqueada, para tração; ¾Ab é a área bruta, baseada no diâmetro do parafuso ou barra redonda rosqueada db. 3.2.4 Dimensionamento de parafusos ao cisalhamentoÎ NBR8800/2008 – item 6.3.3.2. A força de cisalhamento resistente de cálculo de UM parafuso ou barra redonda rosqueada é, POR PLANO DE CORTE, igual a: Para parafusos de alta resistência e barras redondas rosqueadas, quando o plano de corte passa pela rosca e para parafusos comuns em qualquer situação: Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 30 comuns em qualquer situação: Para parafusos de alta resistência e barras redondas rosqueadas, quando o plano de corte não passa pela rosca: 21/4/2011 16 3.2.4 Dimensionamento de parafusos ao cisalhamentoÎ NBR8800/2008 – item 6.3.3.2. Onde: ¾ fub é a resistência à ruptura do material do parafuso ou barra redonda rosqueada à tração, especificada no Anexo A da NBR 8800/2008; ¾Ab é a área bruta, baseada no diâmetro do parafuso ou barra Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 31 redonda rosqueada db, dada no item 6.3.2.2 da NBR 8800/2008. 3.2.4 Dimensionamento de parafusos ao cisalhamentoÎ NBR8800/2008 – item 6.3.3.2. Os coeficientes γa2 são fornecidos no item 4.8.2 da NBR 8800/2008 (para o ELU) Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 32 21/4/2011 17 3.2.4 Dimensionamento de parafusos ao cisalhamentoÎ NBR8800/2008 – item 6.3.3.2. No caso de cisalhamento duplo multiplicar Ae por 2 Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 33 3.2.5 Dimensionamento da pressão de contato em furosÎ NBR8800/2008 – item 6.3.3.3 A força resistente de cálculo à pressão de contato na parede de um furo, Fc,Rd, já levando em conta o rasgamento entre dois furos consecutivos ou entre um furo extremo e a borda, é dada por (deve ser atendido também o exposto no item 6.3.3.2 da NBR 8800/2008): No caso de furos-padrão, furos alargados, furos pouco alongados em l di ã f it l d di ã d f Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 34 qualquer direção e furos muito alongados na direção da força: 21/4/2011 18 3.2.5 Dimensionamento da pressão de contato em furosÎ NBR8800/2008 – item 6.3.3.3 Quando a deformação no furo para forças de serviço for uma limitação de projeto. Quando a deformação no furo para forças de serviço não for uma limitação de projeto. No caso de furos muitos alongados na direção perpendicular à da força: Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 35 ç p p ç ¾ lf é a distância, na direção da força, entre a borda do furo e a borda do furo adjacente ou a borda livre; ¾ db é o diâmetro do parafuso; ¾ t é a espessura da parte ligada; ¾ fu é a resistência à ruptura do aço da parede do furo. 3.2.6 Dimensionamento de parafusos em ligações por atritoÎ NBR8800/2008 – item 6.3.4 O DIMENSIONAMENTO AO CISALHAMENTO É DIFERENCIADO. CONDIÇÃO BÁSICA Não deve ocorrer deslizamento entre os componentes da ligação Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade A força cortante no parafuso deve ser menor que a resistência ao deslizamento. Caso ocorra o deslizamento o parafuso irá se comportar como um parafuso do tipo (N) devendo então ser verificada a resistências ao cisalhamento conforme abordado em 3.2.4. 21/4/2011 19 3.2.6 Dimensionamento de parafusos em ligações por atritoÎ NBR8800/2008 – item 6.3.4 O j d li õ i f d l i ê i i O projeto de ligações por atrito com parafusos de alta resistência precisa levar em conta se o deslizamento é um estado-limite de serviço ou um estado- limite último. Nas ligações com furos alargados e furos pouco alongados ou muito alongados com alongamentos paralelos à direção da força aplicada, o deslizamento deve ser considerado estado-limite último (ver NBR 8800/2008 - item 6 3 4 3) Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade item 6.3.4.3). Nas ligações com furos-padrão e furos pouco alongados ou muito alongados com alongamentos transversaisà direção da força aplicada, o deslizamento deve ser considerado estado-limite de serviço (ver NBR 8800/2008 - item 6.3.4.4). 3.2.6 Dimensionamento de parafusos em ligações por atritoÎ NBR8800/2008 – item 6.3.4 N i õ d li é ESTADO LIMITENas situações em que o deslizamento é um ESTADO-LIMITE ÚLTIMO, a força resistente de cálculo de um parafuso ao deslizamento, Ff,Rd, deve ser igual ou superior à força cortante solicitante de cálculo no parafuso, calculada com as combinações últimas de ações conforme NBR 8800/2008 – item 4.7.7.2. Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 21/4/2011 20 3.2.6 Dimensionamento de parafusos em ligações por atritoÎ NBR8800/2008 – item 6.3.4 ¾ FTb é a força de protensão mínima por parafuso, conforme NBR 8800/2008 – item 6.7.4.1; ¾ Ft,Sd é a força de tração solicitante de cálculo no parafuso que reduz a força de protensão, calculada com as combinações últimas de ações conforme NBR 8800/2008 – item 4.7.7.2; ¾ ηs é o número de planos de deslizamento; ¾ Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade ¾ γe é o coeficiente de ponderação da resistência, igual a 1,20 para combinações normais, especiais ou de construção e 1,00 para combinações excepcionais; 3.2.6 Dimensionamento de parafusos em ligações por atritoÎ NBR8800/2008 – item 6.3.4 ¾ é fi i édi d i d fi id i¾ μ é o coeficiente médio de atrito, definido a seguir: ¾0,35 para superfícies classe A, isto é, superfícies laminadas, limpas, isentas de óleos ou graxas, sem pintura, e para superfícies classe C, isto é, superfícies galvanizadas a quente com rugosidade aumentada manualmente por meio de escova de aço (não é permitido o uso de máquinas); ¾0,50 para superfícies classe B, isto é, superfícies jateadas sem pintura; Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade ¾0,20 para superfícies galvanizadas a quente; ¾Ch é um fator de furo, igual a: ¾1,00 para furos-padrão; ¾0,85 para furos alargados ou pouco alongados; ¾0,70 para furos muito alongados. 21/4/2011 21 3.2.6 Dimensionamento de parafusos em ligações por atritoÎ NBR8800/2008 – item 6.3.4 N i õ d li é ESTADO LIMITE Nas situações em que o deslizamento é um ESTADO-LIMITE DE SERVIÇO (ver NBR 8800/2008 – item 6.3.4.2), a força resistente nominal de um parafuso ao deslizamento, Ff,Rk, deve ser igual ou superior à força cortante solicitante característica, calculada com as combinações de ações raras de serviço, conforme NBR 8800/2008 – item 4.7.7.3.4, ou, simplificadamente, tomada igual a 70% da força cortante solicitante de cálculo Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 70% da força cortante solicitante de cálculo. 3.2.6 Dimensionamento de parafusos em ligações por atritoÎ NBR8800/2008 – item 6.3.4 ¾ Ft,Sk é a força de tração solicitante característica no parafuso que reduz a força de protensão, calculada com as combinações de ações raras de serviço, conforme NBR 8800/2008 – item 4.7.7.3.4, ou, simplificadamente, tomada igual a 70% da força de tração solicitante de cálculo. Todas as considerações feitas anteriormente, relacionadas a acabamento de superfície e calços, permanecem válidas. Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 21/4/2011 22 3.2.6 Dimensionamento de parafusos a tração e cisalhamento combinados Î NBR8800/2008 – item 6 3 3 46.3.3.4 ¾ Quando ocorrer a ação simultânea de tração e cisalhamento, deve ser atendida a seguinte equação de interação: Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade ¾ Ft,Sd é a força de tração solicitante de cálculo por parafuso ou barra redonda rosqueada; ¾ Fv,Sd é a força de cisalhamento solicitante de cálculo no plano considerado do parafuso ou barra redonda rosqueada; ¾ Ft,Rd e Fv,Rd são dados respectivamente em 6.3.3.1 e 6.3.3.2. 3.2.6 Efeito de alavanca Î NBR8800/2008 – item 6.3.5 6.3.5.1 Na determinação da força de tração solicitante de cálculo em parafusos e barras redondas rosqueadas, deve-se levar em conta o efeito de alavanca, produzido pelas deformações das partes ligadas (Figura 17). 6.3.5.2 Caso não se façam análises mais rigorosas, pode-se considerar Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 6.3.5.2 Caso não se façam análises mais rigorosas, pode se considerar que o efeito de alavanca tenha sido adequadamente considerado se for atendida pelo menos uma das exigências a seguir: 21/4/2011 23 3.2.6 Efeito de alavanca Î NBR8800/2008 – item 6.3.5 a) na determinação das espessuras das chapas das partes ligadas (t1 e t2 – ver Figura 17), for empregado o momento resistente plástico (Zfy) e a força de tração resistente de cálculo dos parafusos ou barras redondas rosqueadas for reduzida em 33 %; b) na determinação das espessuras das chapas das partes ligadas (t1 e Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade ) ç p p p g ( 1 t2 – ver Figura 17), for empregado o momento resistente elástico (Wfy) e a força de tração resistente de cálculo dos parafusos ou barras redondas rosqueadas for reduzida em 25 %. 3.2.6 Efeito de alavanca Î NBR8800/2008 – item 6.3.5 Adicionalmente, a dimensão a não pode ser inferior à dimensão b (Figura 17). Ao se determinarem as espessuras das chapas das partes ligadas, deve-se tomar a força atuante em um parafuso e a sua largura de influência na chapa, p, obtida conforme indicado na (Figura17). Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade p , p, ( g ) 21/4/2011 24 3.2.6 Efeito de alavanca Î NBR8800/2008 – item 6.3.5 Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 4. Exercício de Aplicação Duas chapas de 204 mm x 12,7 mm em aço ASTM A36 são emendadas com chapas laterais de 9 5 mm e parafusos comuns (A307)Φ22 mm Ascom chapas laterais de 9,5 mm e parafusos comuns (A307)Φ22 mm. As chapas estão sujeitas às forças Ng = 200 kN, oriunda de carga permanente, e Nq = 100 kN, oriunda de carga variável decorrente do uso da estrutura. Verificar a segurança da emenda no estado limite último em combinação normal de ações. Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade 21/4/2011 25 4. Exercício de Aplicação Estruturas de Aço – Prof. Wellington Andrade
Compartilhar