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2018 Yaquiní Alojamento de Sousa Universidade Zambeze Faculdade de Ciências de Saúde de Tete 11-11-2018 Moçambique Micobactérias, Espiroquetas, Fungos e Vírus Índice Mycobactérias .......................................................... 1 Mycobacterium tuberculosis .................................. 1 Mycobacterium leprae ......................................... 1 Lepra lepromatosa ........................................... 1 Lepra tuberculóide ........................................... 1 Bactérias espirilares (Espiroquetas) .......................... 2 Treponema pallidum ............................................ 2 Leptospira interrogans ......................................... 3 Clamídias ................................................................. 3 Chlamydia trachomatis ......................................... 4 Rickettsias ................................................................. 4 Micoses superficiais e cutáneas ................................ 5 Malassezia furfur ................................................. 5 Piedraia hortae e Trichosporon beigelii ............... 5 Phaeoannellomyces werneckii .............................. 5 Dermatófitos ......................................................... 5 Micoses subcutâneas ................................................. 6 Cromomicose ........................................................ 6 Esporotricosis ........................................................ 6 Micoses sistémicas ou profundas .............................. 6 Candidíase ........................................................... 6 Histoplasmose ....................................................... 6 Criptococose ......................................................... 7 Adenovírus .......................................................... 7 Papilomavírus ......................................................... 8 Herpesvírus ............................................................. 8 Vírus herpes simple ............................................... 9 Vírus Varicela Zoster ............................................ 9 Paramixovírus ....................................................... 10 Vírus Parainfluenza (VPI) .................................... 10 Vírus Sincitial Respiratorio Humano (VSRH) ........ 10 Parotidite ........................................................... 10 Sarampo ............................................................ 10 Yaquiní Alojamento de Sousa – Medicina Geral – Microbiologia 2018 Página 1 Mycobactérias Bacilos delgados, retos ou encurvados, as vezes filamentodos. Sem capsula nem esporos e imóveis. Bacilos Ácido-alcool resistentes (BAAR). Aerobios estrictos. Alguns Saprofitas (M. smegmatis) e de lento crescimento. Invasivas e virulência devido a formação de cordões serpentinos (factor corda). M. tuberculosis: inalação (Homem doente) e M. bovis: Ingestão de leite (Vaca – animal). Não coloram com corantes básicos, por isso usa-se a técnica de Ziehl-Neelsen para identificar as BAAR. Componente da Parede celular Lípidos: Propriedade de ser BAAR (ácidos micólicos) Polissacarídeos: Hipersensibilidade. Factor corda. Proteínas: Garantem a reação da Tuberculina Factores de Virulência Factor corda – Induz a produção de citocinas e granulomas, com intensa atividade proinflamatória. Produzem: Urease, arginase, glutaminase e asparaginase. Não produzem toxinas. Mycobacterium tuberculosis Crescem em meios a base de ovos (Loestein-Jensen). Crescimento lento (2-6 sem).Colónias. elevadas, rugosas, irregulares. Resistente a dessecação. Sobrevive em escarro seco por períodos prolongados. (Bacilo de Koch) Localização da tuberculose: Pulmão. Meninges, Rins, Gânglios linfáticos, Instestino e Ossos. Tipos de TB: TB Pulmonar, Genitourinária, Osteoarticular (C. vertebral) e Miliar (sangue) Amostras: depende da forma clínica de TB – Escarro BAAR, Urina, LCR, Conteúdo Gástrico, Líquido Pleural e articular, Sangue e Material de Biopsia. Exame directo: Baciloscopia. Coloração: Ziehl- Neelsen. Cultivo. Lowestein Jensen e Midllebrook – 37oC com 5 a 10% de CO2 por 6 a 8 semanas. Provas fisiológicas. Catalase e Niacina positiva. Serologia. ELISA, PCR, GeneXpert MTB/RIF. Tuberculina/Mantoux: indica que o indivíduo esteve infectado no passado e continua como portador de micobactérias viáveis. RESUMO DE TUBERCULOSE Agente etiológico: Mycobacterium tuberculosis Via de transmissão: inalação de bacilo de um homem doente. Amostras: escarro e urina Meio de cultivo: Lowestein Jensen e Midllebrook É BAAR e pode sobreviver no escarro seco por períodos prolongados. Mycobacterium leprae Causam Doença granulomatosa crónica. Bactéria intracelular obrigatória. Reproduz-se nos Macrófagos da pele e dos nervos (células de Schwan) e células endoteliais dos vasos sanguíneos. Encontrada nos fluídos corporais, linfa, muco nasal ou tecido biopsiado. É um BAAR que se agrupa em fases paralelas ou em massas globulares por frotis de pele e mucosa (do septo nasal). Chamado Globis. Cultivo: Almohadilla plantar de ratos e armadillo - Não cresce em meios artificiais. Pacientes que desenvolvem a doença tem o sistema imune afetado (défice de Linfócitos T intensa). Há duas forma de Lepra: Lepromatosa (mais severa) e tuberculoide (menos severa). As manifestações vão desde afecção puramente neural sem manifestações cutâneas até lesões mais malignas, nódulos na lepra lepromatosa. Lepra lepromatosa Multibacilar: Baciloscopía +. Forma mais severa e afecta a pele, mucosas, órgãos internos e SNP. Causando lesões múltuplas, nódulos ou lepromas (mãos, lobulos auriculares). Alopecia (Cejas e pestanas). Faces leoninas. Processos paralíticos de nervos faciais. Prova cutánea negativa Lepra tuberculóide Paucibacilar: Baciloscopía–. Forma benigna. Ausência de sensibilidade. Lesões únicas de contornos bem definidos. Engrossamento palpável dos nervos. Sequelas tróficas invalidantes por compromisso neural. Prova cutánea positiva Nota: A lepra afecta as partes mais frias do corpo, membros, orelhas, nariz, glúteos, olhos e testículos. Diagnóstico Clínico Lesões dermatológicas hipopigmentadas ou eritematosas na pele com perda de sensibilidade; Engrossamento dos nervos periféricos; Baciloscopia positiva ou bacilos na biopsia. Diagnóstico Yaquiní Alojamento de Sousa – Medicina Geral – Microbiologia 2018 Página 2 Raspado da pele e mucosa do septo nasal. Biopsia e Linfa (baciloscopia). Coloração de Ziehl Neelsen modificado. Prova de intradermoreação (Mitsuda). Exame directo (Baciloscopia). Observa-se BAAR isolado, em fases de bacilos paralelos ou pacotes globulares (Globis). Serologia: ELISA e Sistema ultramicroanalítico (SUMA). Prova de lepromina. Epidemiologia Reservatório: Homem. Transmissão. Directa (via aérea por tempo prolongado e contacto pele a pele). Incubação. 3 a 7 anos. Factores de risco. Algomerados e contacto prolongado. RESUMO DE LEPRA Mycobacterium leprae se reprodudz nos macrófagos da pele e dos nervos (células de Schwan) e células endoteliais dos vasos sanguíneos. A lepra tuberculoide se desenvolve de forma benigna e a baciloscopia é negativa. Bactérias espirilares (Espiroquetas) Organismos espirais móveis: Treponema e Borrelia (Spirochaetaceae) e Leptospira (Leptospiraceae). Bacterias de parede celular delgada, flexível e tem forma espiral ou helicoidal, semelhante a olas ondulantes, deslizando mediante um filamento axialenrolado ao londo do corpo. Ao microscópio demonstram movimentos característicos (flexão , rotação ao redor do eixo longitudinal, em serpentina) permitindo diferenciar. Treponema pallidum Observado em microscopia de campo escuro, contraste de fase, Imunofluorescência ou técnica de impregnação argéntica. Não é cultivado em meios artificiais, somente em animais de laboratório - Testículo de coelho. Hospedeiro: Homem. Ocorre a formação de duas classes de anticorpo: Antitreponémicos ou específicos e reaginas ou inespecíficos (anticardiolipina) É um patógeno invasivo adquirido por contacto sexual a partir das lesões da pele e mucosas de indivíduos doentes. Ou por via transplacentária (sífilis congénita) e transfusões. Possui fases bem definidas separadas por períodos de latência mais ou menos assintomáticas que podem durar anos permitindo o diagnóstico apenas por serologia. Sífilis adquirida (se não tratada tem 3 fases) Através da mucosa intacta ou abrasões da pele em contacto com lesões primarias e secundárias (ricas em treponema), entram ao sistema linfático e corrente sanguínea e dissemina-se. Primária. Depois de 21 dias, no sítio de entrada aparece uma úlcera de base limpa, dura e não dolorosa (chancro duro), com consistência de cartilagem e não supura. Secundária. O Chancro duro cura expontâneamente, 2 a 6 semanas depois desenvolve-se a Sífilis secundária com exantema maculopapuloso no corpo (Palma das mãos e planta dos pés, condilomas anogenital, axilar e bucal). Há espiroquetemia e pode haver meningite, hepatite, periostite, nefrose e corrioretinite. As lesões também saram espontaneamente em 2 a 6 semanas. Terceária. 3 a 30 anos depois, caracterizada pela aparição de Gomas (Sífilis gomatosa), lesões granulomatosa na pele, mucosas, tecidos moles, olhos, fígado, coração(aneurisma da aorta, insuficiência cardíaca – Sífilis cardiovascular) , ossos e SNC (paralisia, neurosífilis). Esta fase não é contagiosa. Sífilis Congénita Na gravidez pode causar morte fetal, abortos ou nados mortos. Os nascidos vivos podem apresentar: queratite intersticial, dentes de Hutchinson, Nariz em sela de montar, tíbia em sable, etc. Diagnóstico laboratorial Amostras. Exsudado ou líquido hístico das lesões com raspado com bisturi estéril das lesões teciduais (lesões primarias ou secundárias) demonstram presença de T. pallidum em exame directo. Soro e LCR para Serologia. Exame microscópico. Espiroquetas móveis (campo escuro). IF directa. Serologia. Com antígeno não treponémico ou inespecífico (cardiolipina) que detectam reaginas (VDRL - Venereal Disease Research Laboratory) e FC. Provas rápidas de reaginas (RRT). Provas serológicas específicas com antígeno treponêmico que detectam ACs Antitreponémicos: IFI, Hemaglutinação. RESUMO DE SIFILIS Pentra na mucosa intacta ou com escorriações arranhões) da pele, em contacto com lesões de 1a e 2a. Devido sua estrutura fina, eles são observados somente em microscopia de campo escuro e contraste de fase. Yaquiní Alojamento de Sousa – Medicina Geral – Microbiologia 2018 Página 3 No hospedeiro humano provoca a formação de dois tipos de aniticorpo, anitcardiolipina e específicos. O exsudado ou fluído tecidual de lesões com raspagem de bisturí estéril, são utilizados como productos patológicos. Na sífilis terceária aparecem alterações degenerativas do SNC, col lesões granulomatosas ou “gomas”. A mulher grávida sifilítica pode transmitir treponemas ao feto através da placentaa. O exame miscroscópico se realiza mediante observação em campo escuro buscando espiroquetas móveis terminadas em ponta fina. A prova de VDRL é um teste serológico inespecífico com antígeno cardiolipina. Leptospira interrogans Espiroquetas flexíveis, muito finas, móveis com um ou ambos extremos encurvados. Movimentos de rotação sobre seu eixo. Crescem em anaerobiose em meios enriquecidos com soro fresco de coelho. Pode ser isolado por inoculação intraperitoneal de cobaias. Sobrevivem por longos períodos em água com pH alcalino. Produzem enzimas (Catalase e hialuronidase) e toxinas (hemolisinas e fibrolisinas, lipases). São muito invasivas por causa das enzimas e factores mecânicos (motilidade por excavação e tropismo orgânico). Complicações renais e meníngeas por causas imunológicas. Habitat natural: Animais. Penetram através de água e alimentos contaminados pela urina ou fezes de animais infectados. Ou pela mucosa e pequenas brechas na pele. Pelo sangue chega até órgãos parenquimatosos (fígado, rim, etc) causando hemorragias e necrose e manifesta-se por íctero, insuficiência renal, sangramento e anemia. Pode invadir o SNC (meningite asséptica). Tambem causa exantema e conjuntivite. Apresenta-se de duas formas clínicas (anictérica e ictérica) ambas com duas fases, sendo a 1a semelhante nas duas formas com Sintomas gerais inespecíficos, com leptospira no Sangue, LCR e tecidos. Anictérica: Causas imunológicas (aumento de IGM) – causando cefaleia intensa, meningite assépticas. Com leptospira na urina e humor aquoso. Ictérica. Ictero, vasculite, colapso vascula, falha multiórgão e com elevada mortalidade. Epidemiologia. Zoonose mundialmente distribuída. Seus sinais e sintomas fazem confundir com muitas doenças por isso denominada “Grande simuladora”. Afecta órgãos como Rim (Nefrite intersticial, uremia, oligúria, anuria) ou o fígado (icterícia, bilirrubinemia). Tríade: febre de início brusco, cefaleia e mialgias intensas (febre quebraossos). Diagnóstico de laboratório Amostras. Sangue (observação microscópica, cultivo e inoculação em animais), soro (reações serológicas), urina, LCR, tecidos. Exame microscópico. Observação em campo escuro. Sangue, LCR, Urina, Sedmentos de tecidos (Giemsa ou impregnação argentica). Cultivo. Meios com soro de coelho. Serologia. Em soros pareados, obtidos e mantidos em forma estéril. Teste de aglutinação microscópica, Hemaglutinação passiva, látex, CIE. RESUMO DE LEPTOSPIRA Agente etiológico: Leptospira interrogans Via de transmissão: água e alimentos contaminados pela urina ou fezes de animais infectados. Ou pela mucosa e pequenas brechas na pele. Complicações: Renais e meníngeas Amostras: Sangue e LCR (1a Semana) e Urina (2a a 3a Semana) Meio de cultivo. Meios com soro de coelho a 10% Sobrevivem por longos períodos em água com pH alcalino. Tem os animais como habitat natural. Na leptospiremia, o sangue e o LCR são os produtos patológicos úteis (1a Semana). Afecta órgãos parenquimatosos, causando hemorragia e necrose, icterícia, insuficiência renal, sangramento e anemia e incasão do SNC. No diagnóstico laboratorial é usado a determinação de anticorpos em soros pareados. Clamídias Bactérias intracelulares obrigatórias. Com membrana interna e externa similar as Gram- negativas, mas carecem de peptidoglicano. Divididas em três classes: Chlamydia trachomatis, Chlamydia psittaci y Chlamydia pneumoniae. Apresentam duas formas distintas quanto a morfología: Corpo elementar (CE) nunca se divide e Yaquiní Alojamento de Sousa – Medicina Geral – Microbiologia 2018 Página 4 é infeccioso e Corpo reticulado (CR) multiplica-se e não é infeccioso. Chlamydia trachomatis Causa infecções oculares, genitais e respiratórias. Hospedeiro natural: Homem. Os receptores para os CE estão mas células epiteliais não ciliadas (mucosa da uretra, endocervix, endométrio, trompas, ânus e reto, trato respiratório e conjuntiva.Cepas de Linfogranuloma venéreo (LGV) causam infecção sistêmica por infectarem células reticuloendoteliasi dos linfáticos. A clínica é devido a destruição directa das células durante a replicação, assim como a resposta imune. As clamídias penetram por abrasões ou lacerações diminutas. O tracoma ou queratoconjuntivite crónica é transmitida de olho a olho por aerossóis ou por contacto com mãos, que ocasiona cegueira. A maioria das infecções genitais são assintomáticas , mas podem disseminar-se e causar bartolinite, uretrite, cervicite, endometrite, perihepatite, salpingite. Complicações: obstrução tubária, infertilidade e gravidezes etópicas. Diagnóstico de laboratorio Cultivo. Inoculação de raspados conjuntivais a cultivos de células de McCoy tratadas com cicloheximida, incubar por 3 dias e buscar inclusões por imunofluorescência ou tinção com Lugol ou Giemsa. Serologia. Serovar em soro e em secreções oculares. IF é método mais recomendado. Rickettsias Organismos intracelulares, muito pequenos. Parasitas absolutos que se multiplicam por fissão binária únicamente em células eucarioticas vivas. Transmitidos por Artópodes. Tem parede celular semelhante as das gram negativas, pobre em péptidoglicano. Seu Liopolissacarídeo como endotoxina com pouca actividade. Corados com Giemsa, fluorescencia e imunofluorescência. Cultivado em Saco vitelino de ovo embrionado de galinha ou em cultivos celulares in vitro. Parasitam insectos: pulgas, piolho e aracnídeos: carapatos e ácaros, e destes se trasnmite para mamíferos e aves. São muito pleomórficos: formas cocoides, cocobacilares, bacilos reunídos em pares ou largas cadeias. Patogenia. O proceso básico da infecção por Rickettsia é a vasculite. Podem ser introduzidas no sangue durante a alimentação de carrapatos (Rickettsia rickettsii, febre manchada das montanhas rocosas); ou alimentação de ácaros (R. akari, tifus vesiculoso), ou por rascado, inoculação de piolhos ou pulgas infectados mediante suas fezes (R. prowazekii, tifus exantemático epidémico). Na corrente sanguínea penetram nas células endoteliais vasculares (capilares, arteriolas e vénulas) aumentando a permeabilidade vascular, microtrombos, chegada de células sanguíneas mononucleares da inflamação e obstrução da luz vascular e microinfartos, hemorragias focais. A vasculite verifica-se em quase todos órgãos, pele, pulmão (pneumonite intersticial), miocárdio (miocardite intersticial) e meningoencefalite. O aparecimento precoce de Exantema (Rash) no tronco ou extremidades é Sinal característico. A lesão inicia na zona de entrada, multiplicação local e extensão. Diagnóstico de laboratorio Amostra. Sangue, soro, biopsas das lesões. Serologia. Para investigar a presença de anticorpos circulantes. Imunofluorescência directa e aglutinação com látex para investigações mais precisas de tipo serológico. ELISA e radioimunoensaios. Lesões cutáneas. Coloração de fragmentos de pele por biopsia e tingidas com Ac específicos ligados a corantes fluorescentes para diagnóstico rápido e específico. Tifus epidémico Agente: Rickettsia prowazekii Aparece exantema macular nas axilas que se extende pelo tronco, transformando em pápulas e as vezes confluem. O exantema não afecta a cara, mãos nem pés. A Sintomatologia nervosa é muito destacada. Epidemiologia. Vector: piolho humano (Pediculus humanus). Tifus murino Agente: Rickettsia mooseri ou R. typhi. Hospedeiro: Roedores. Yaquiní Alojamento de Sousa – Medicina Geral – Microbiologia 2018 Página 5 RESUMO DE RICKETTSIA O tifu epidémico é transmitido pele inoculação de Rickettsia prowazekii a través da picadura de piolho humano da espécie Pediculus humanus. Micoses superficiais e cutáneas Malassezia furfur, Piedraia hortae, Trichosporon beigelii, Phaeoannellomyces werneckii e dermatofitos. Malassezia furfur Fungo levaduriforme. Causa pitiriase versicolor. Parte da flora comensal do homem, passa para patógeno com a mudança da fase de fungo levaduriforme a filamentoso. Localizado nas zonas seborreicas da pele como: coro cabeludo, retroauricular, alas de nariz e zona superior do manubrio esternal. Colónias em meio de Sabouraud com 10% de glicerol, aparecem cremosas, amarelas e lisas. As escamas do fungo são transmitidas de pessoa a pessoa directa ou indirectamente através de fómites. A pitiriase versicolor é uma infecção superficial crónica da pele que ocasionalmente envolve os folículos piloso, na maioria das vezes na forma assintomática. A cor varia de acordo com a pele, Hipercrómicas em brancos e hipocrómicas em escuros. Piedraia hortae e Trichosporon beigelii São agentes etiológicos de micoses superficiais crónicas que afetam o pelo, formando nódulos mais ou menos duros aderentes, negros (pedra negra) e brancos (pedra branca) distribuidos na superficie do pelo. Não invadem o folículo piloso nem produzem alopecia. A infecção é assintomática. Piedraia hortae (pedra negra) Trichosporon beigelii (Pedra branca) Phaeoannellomyces werneckii Fungo levaduriforme com pigmento negro, produtor da tinha negra palmaris, micose superficial assintomática, cuja localização mais frequente é a palma das mãos. Cor de café. Cultivo em meio de Sabouraud cloranfenicol ciclohexamida, cresce em 15 ou 21 dias. Dermatófitos Fungos filamentosos que afectam os tecidos queratinizados, pele, pelo e unas e produzem uma micose cutánea. Yaquiní Alojamento de Sousa – Medicina Geral – Microbiologia 2018 Página 6 Os agentes pertencem aos géneros: Trichophyton (pele, pelo e unas), Microsporum (pelo e pele) e Epidermophyton (pele e unhas). Trichophyton rubrum. Micronídias piriformes em forma de lágrimas. Microsporum. Macroconídios grandes e fusiformes nos extremos das hifas. Epidermophytom. Macroconidia em forma de raquete de um ou cinco septos, isoladas ou em cachos. A forma infectante dos dermatofitos são as Conídias e fragmentos de micelos das escamas ou cabelos de homens, animais ou no solo. Causam micoses cutáneas e raramente invadem o tecido celular subcutáneo através de casos linfáticos causando granulomas, linfedema ou fístulas drenantes. Formas clínicas de dermatofitos Tinha dos pés (T. pedis o pé de atleta) Tinha do corpo – pele (T. corpori) Tinha inguinal (T. cruris) Tinha das mãos (T. mannum) Tinha do coro cabeludo (T.capitis) Tinha supurativa – pelos (Kérion de Celso) Tinha da barba (T. barbae) Tinha das unhas ou unicomicoes (T. unguium) Dermatofítides Micoses subcutâneas Cromomicose, Esporotricose e Micetoma. Cromomicose Agentes: Fungos dematiáceos ou negros (Fonsecaea pedrosoi, Phialosphora verrucosa, Cladophialophora carrionii). Afectam pele e tecido celular subcutáneo. Nódulos cutáneos verrucosos, costrosos ou vegetantes com ulcerações, 95% nos membros (Pé: cara dorsal e pode afectar unhas). Os agentes se encontram no solo e materia vegetal em decomposição, incluída a madeira. Lugares secos, vegetação xerófita. As lesões são unilaterais e assimétricas, iniciando-se como pequena pápula eritematosa que um ou varios meses depois da inoculação do fungo se extende superficialmente dando aspecto de tinha do corpo. No fim de meses ou anos aparece Nódulos verrucosos, evolucionam para extensas placas de aspecto vegetante que cobrem com abundantes escamas, ulcerações e costras sanguíneas. A lesão avança deixando Zonas cicatrizais atróficas geralmene acrómicas.Complicações estão associadas a sobreinfecção bacteriana e Fibrose. É comum que se apresente Linfaestasia dando aspecto Elefantiásico. Esporotricosis Agente: Sporothrix schenckii – Fungo dimórfico, penetra por traumatismos através da pele e em casos raros por inoculação e produz infecção subaguda ou crónica. Lesões características: Nódulos ou gomas que afectam pele, TCS e linfático. Extracutânea ou sistémica: músculos, ossos, articulações e vísceras. SNC, pulmão e TGU. A partir do primeiro, múltiplos nódulos subcutáneos simlares se desenvolve ao longo dos linfáticos que drenam a região: Rosário Micoses sistémicas ou profundas Candidíase Cândida albicans. Fungo levaduriforme, localizado frequentemente na pele e mucosa. Produz doença quando as defesas do paciente são afectadas por algum factor predisponente, considerado Fungo oportunista. Afecta a região mucocutânea Bucal: Estomatite, Glosite e Queilite Digestiva: Faringoamigdalite Vaginite e balanitis Bronquial e pulmonar Cutânea Intertrigos, paroniquia e onicomicose, zona do panal, vesiculopustular e folicular. Histoplasmose Hispolasma capsulatum. Fungo dimórfico que habita em solos enriquecidos com excretas de aves e morcegos. A patogenia resulta da inalação de microconídios da fase filamentosa que germinam e dao origen a fase levaduriforme no parénquima pulmonar que induzem a resposta de neutrófilos. Em imunocomprometidos tende a diseminar-se para varios órgãos (medula óssea, fígado, baço e suprarrenais). Yaquiní Alojamento de Sousa – Medicina Geral – Microbiologia 2018 Página 7 Criptococose Cryptococcus neoformans – Fungo levaduriforme encapsulado , crescem na maioria dos cultivos empregues no laboratorio de micología. Em Agar sabouraud, as colónias são de cor branco amarelado a creme. Seu aspecto mucoide pouco elevadas, brilhantes de bordes inteiros e húmidos. Micose de curso subagudo ou crónico com diferentes manifestações, que na maioria dos casos afetam o SNC. A porta de entrada são os pulmões, podendo manter-se localizada ou diseminar-se a outros órgãos (Meningite, Meningoencefalite, Cutânea) A amostra inclui LCR, Sangue, urina, escarro, lavado bronquioalveolar, aspirado de lesões cutáneas e biopsas. RESUMO DAS MICOSES 1. Malassezia furfur. Fungo levaduriforme que se localiza em zonas seborreicas da pele e é responsável da pitiriase versicolor. 2. Piedraia hortae. Agente etiológico de micoses superficiais crónicas que afectam o pelo, formando nódulos mais ou menos duros aderentes e negros. 3. Phaeoannellomyces werneckii. Fungo levaduriforme com pigmento negro, produtor da tinha negra palmaris. 4. Trichophyton rubrum. Fungo filamentoso que afecta tecidos queratinizados, pele, pelo e unhas, pertence aos dermatofitos. 5. Fonsecaea pedrosoi. Fungo dematiáceo ou negro, afecta pele e TCS causando Nódulos cutáneos verrucosos, costrosos ou vegetantes com ulcerações no pé. 6. Candida albicans. Fungo levaduriforme oportunista que só produz doença quando existem factores predisponentes e é a causa frequente de vulvovaginite. 7. Histoplasma capsulatum. Fungo dimórfico, que habita solos enriquecidos com excretas de aves e morcegos, cuja infecção resulta da inalação de microconidios da fase filamentosa. 8. Cryptococcus neoformans. Fungo levaduriforme encapsulado que cresce na maioria dos meios de cultivo empregues no laboratorio de micología e produz meningite e meningoencefalite. VÍRUS Adenovírus Afectam os tecidos linfáticos e adenoideo. Vírus de ADN, não envelopados e de simetría icosaédrica. Replicam-se na faringe, conjuntiva e intestino delgado e viajam para os ganglios linfáticos cervicais, preauriculares e mesentéricos. Pela corrente sanguínea chegam aos órgãos viscerais. Infectam mucosas, córnea e tecido linfóide, podendo permanecer latente Trato respiratorio: Congestão nasal, corriza e tosse principalmente em crianças pequenas. Se se associa a conjuntivite designa-se Febre faringoconjuntival, onde geralmente a afecção ocular é de carácter benigno. Infecção respiratória agua em recrutas. Síndrome similar a pertussis. Pneumonia intersticial. Conjuntivite folicular aguda. Pode ser bilateral muitas vezes acompanhada de linfadenopatia preauricular. Pode haver Queratoconjuntivite. Outras afecções: cistite hemorrágica aguda. Gastroenterite aguda infantil. Meningite. Diagnóstico Amostras. Exsudado faríngeo, lavados nasais, exsudado ou raspado conjuntival, raspado anal, urina, LCR, fezes e tecido de biopsa ou autopsia. Transportar em meios contendo meios de cultivo e antibióticos que inibem as bacterias e fungos (4oC). Exame directo. Citopatologia. Isolamento viral. Células embrionárias de rim humano (HEK). Rápidamente aparece o efeito citopáitico. Serologia: Ensaios de imunofluorescência (IF) e Fixação de complemento. ELISA e aglutinação por látex. É necessário a toma de soros pareados (1o logo no início de síntomas e o 2o dois a três semanas depois) – transporte 4oC e conservar a -20oC. – Seroconversão. Epidemiologia Mundialmente distribuido. Reservatório: Homem. Transmissão: Contacto directo com seceções ocular ou com instrumentos ou solu;cões contaminadas (Conjuntivite) e Microgotas por via respiratória. Oro-fecal em crianças. Incubação: 3 a 12 dias. RESUMO DE ADENOVIRUS São virus de ARN, não envelopados e de simetría icosaédrica. A febre faringoconjuntival, a queratoconjuntivite epidémica e as infecções agudas em recrutas ocorrem geralmente em forma epidémica. Yaquiní Alojamento de Sousa – Medicina Geral – Microbiologia 2018 Página 8 Entre os métodos serológicos úteis para a caracterização dos adenovírus se encontram os ensaios de imunofluorescência e de fixação de complemento. Produzem congestão nasal, corriza e tosse principalmente em crianças pequeñas. Papilomavírus Vírus icosaédrico, de ADN não envelopados. Considerados como agentes etiológicos de varios tipos de cáncer. São capazes de provocar lesões epiteliais de origen maligno, tambem causam lesões proliferativas de natureza benigna. Constituem a maior causa dos cânceres da pele e mucosas, em 90% dos cânceres cervicouterinos e em 50% dos cânceres anogenitais e orofaríngeos. São clasificados em grupos de alto e baixo risco dependendo da frequência com que aparecem asociados as lesões prémalignas e malignas e do risco de desenvolver cáncer cervical ou outro tipo. PVH 16 (alto risco) capaz de imortalizar queratinocitos humanos e suas oncoproteínas induzem aberrações cromossómicas, latencia e actuar por sí só como carcinógenos celulares. PVH de baixo risco não são capazes por sí so a inducir carcinogénses, requerendo a presença de carcinógenos físicos ou químicos externos (Raio-X, luz UV ou nicotina) Incluem os tipos mucosotrópicos (PVH 6 ou 11) e o tipo dermotrópico (PVH 5). Papillomavirus tem tropismo específico pelas células epiteliais e infectam o epitelio queratinizado e mucoso. Localizado na pele, trato anogenital, cavidade oral, trato respiratorio e conjuntiva. A vía sexual é a mais comum de disseminação. A infecção do colo uterino por PVH pode ser assintomática ou provocar condilomas benignos até displasias de diferentes graus e cáncer. Exames citológicos são a base de análise destas leões. Produzem Verrugas ou papilomas de morfología variável. As lesões do epitelio cutáneo da vulva, pénis e área perianal são queratinizadas, enquanto as da mucosa epiteliasda vagina, cérvix ou mucosa retal são muito suaves ou pouco queratinizadas. Os condilomas permanecem como lesões benignas e as neoplasias intraepiteliais (NIC) porgridem a cáncer invasivo. PVH 1 e 2 associado a verrugas cutáneas, plantares e verrugas comuns. PVH 6 e 11 em condilomas acuminados e NIC de baixo grau, raramente progride a cáncer – afectam mucosas do TR, cavidade bucal e conjuntiva. PVH 16 e 18, infectam trato anogenital e asociado a NIC de altograu e cáncer cervical. Verrugas cutáneas. Qualquer sítio da pele, de morfolofia variável comumente redondas, aparência aterciopelada geralmente nas mãos- transmitida por contacto directo ou com objectos contaminados. As plantares são debido ao contacto com areia de praias, piscinas donde exposição ao virus. Epidermodisplasia verruciforme. Infecções por PVH no trato genital. Condilomas acuminados transmitidos por vía sexual (PVH 6 e 11). Verrugas anogenital aparecem em adultos jovens e com promiscuidade sexual. As lesões condilomatosas espontáneamente se eliminam. Câncer cervical. Carcinomas celulares escamosos de transmissão sexual asociados a PVH 16 e 18, sendo o comportamento sexual um factor determinante. Infecções do TRespiratório. PVH 6 e 11, pode localizar-se nas cordas vocais, traqueia, pulmões, nariz e cavidade oral (Mudança da voz ou perda). Exame citomorfológico e histológico. Papanicolau e biopsas. Epidemiologia. Infecção cervical, atipia e NIC I comuns em mulheres jovens sexualmente ativas. NIC III e o CC invasivo em mulheres de idade avançada. Podem ser latentes ou ser eliminadas pelo indivíduo. O início cedo de relações sexuais e o número de parceiros são factores de risco. RESUMO DE PAPILLOMAVIRUS Constituem a maior causa de cânceres de pele e mucosas, encontrando-se em mais de 90% dos cânceres cervicouterinos. Os PVH 1 e 2 estão asociados a verrugas cutáneas, plantares e verrugas comuns. A infecção do colo uterino por PVH pode provocar condilomas benignos até a ocorrência de alterações displásicas de diferentes graus e cáncer. A morfología de todos os tipos de PVH observadps ao microscópio eletrónico é idéntica, pelo que este método nao pode proporcionar a tipificação do virus. Herpesvírus Yaquiní Alojamento de Sousa – Medicina Geral – Microbiologia 2018 Página 9 Contem ADN, cápside icosaédrica rodeada por um material amorfo (Tegumento). Envelopados. Vírus herpes simple Causa doença primária aguda e mucocutânea recorrente na orofaringe, olhos, pele, TGenital e SNC. Existem dois tipos que diferem no modo de transmissão. A patogénese depende do contacto pessoal íntimos. O virus em contacto com as superficies mucosas ou pele lesada. Se replica no local de infecção e é transportado pele via axonal retrógrada ao gângio regional (trigémio ou sacrais) onde se replica novamente e se estabelece a latencia. Aparição de vesículas em pele ou úlceras na mucosa. VHS 1: Gengivoestomatite herpética, herpes labial. Conjuntivite, queratoconjuntivite, blefarite, VHS 2: Cervicite herpética, lesões vulvares. Infeção herpética neonatal. Diagnóstico laboratorial Isolamento viral de amostras do líquido vesicular ou exsudado. Sangue, LCR, Urina, Saliva, semem, exsudado faríngeo, uretrais e retais. Rim de hámster, rim de macaco cerde africado, fibroblasto de rato. O ECP consiste em Redondamento e agrandamento de células seguido da fusão celular – células gigantes multinucleadas com inclusões intracelulares. Detecção de antígeno viral, imunomicroscopia eletrónica, detecção de ADN por PCR. Serologia. Soros pareados. ELISA e IF EPIDEMIOLOGIA Reservatório. Homem. Transmissão. Contacto pessoal. VHS 1 se transmite por contacto com leões ou secreçÕes orais infectadas. VHS 2 causa predominnte de herpes vaginal, de transmissão sexual através de contacto com secreções vaginais infectadas ou superficies mucosas. Vírus Varicela Zoster Ocorre em crianças caracterizada por erupção vesicular na pele e mucosas. Penetra da mucosa do TRespiratório superios, orofaringe e conjuntiva. O virus pode se manter latente nos ganglios sensoriais e na reactivação ocorre uma multiplicação extensa do virus no ganglio produzindo necrose e inflamação, com disseminação do virus atraves do Nervo sensitico até a pele produzindo lesões características de herpes zoster idénticas a da varicela, mas se localizam seguindo o trajecto do Nervo. Aparece um Rash (mácula, pápula, vesícla, pústula e crosta)no coro cabeludo, pescoço e tronco. São pruriginosas e nao respeitam a palma nem a planta. Se observam lesões típicas na orofaringe, conjuntiva e vagina. O herpes Zoster é resultado da reactivação de uma infecção lactente pelo virus varicela-zoster. Erupção unilateral (não atravessa a línea média do corpo) limitada a inervação cutánea de um só ganglio sensorial. Hospedeiro. Humano. Transmissão. Contacto com gotículas de saliva ou exsudado vesicular com as mucosas respiratória, conjuntiva ou pele. RESUMO DE HERPESVIRUS Vírus de ADN, envelopados e de simetría icosaédrica. A latencia é a propriedade mais interesante de todos herpes virus e consiste na capacidade que tem para persistir em um estado de inactividade aparente por períodos de tempo variável. A infecção primária por VHS 1 afecta com maior frequência a boca e faringe. VHS 2 é a causa predominante de herpes genital, é transmitido sexualmente através do contacto com secreções genitais infectadas ou superficies mucosas. A infecção genital pode ser causada pelo VHS 1 e o VHS 2, ainda que em 90 e 95% dos casos são causadas pelo VHS 2. Para o isolamento de VHS, as amostras adequadas são o líquido vesicular das lesões mucocutâneas. A infecção herpética neonatal é provocada pelo VHS 2 na maioria dos casos. O virus da Varicela zoster penetra da mucosa do trato respiratorio e posteriormente se dissemina por via sanguínea. O virus da Varicela zoster é é extremamente lábil pelo que as amostras devem ser transportadas no frío e se não se produz inoculação imediata, armazenar a -70oC. O herpes zoster é o resultado da reactivação de uma infecção latente pelo virus varicela zoster afectando principalmente a crianças. Yaquiní Alojamento de Sousa – Medicina Geral – Microbiologia 2018 Página 10 Na herpes Zoster a erupção é unilateral, não atravessa a línha média do corpo e se limita a inervação cutánea de um só ganglio sensorial. O virus Epstein-barr produz a mononucleose infecciosa e sua porta de entrada é a orofaringe donde chega atraves da saliva infectada. A microspia eletrónica permite observar virions com morfología típica da familia Herpesviridae no material procedente das lesões, mas não permite diferenciar entre seus membros. Paramixovírus Agentes mais importantes das infecções respiratórias em lactantes e crianças peqenas (Vírus sincitial respiratorio e parainfluenza) e tambem causam Parotidite e sarampo. Vírus ARN, Envelopados. Estes virus inciciam sua infecção através do TRespiratório. Patógenos respiratorio limitam-se no epitelio respiratorio e virus do sarampo e parotidite se disseminam. Vírus Parainfluenza (VPI) Transmitido por contacto directo (pessoa-pessoa) ou por aerossoia de gotas grandes. Pode afectar só o nariz ou causar laringotraqueo-bronquite (tipo 1 e 2). Pode culminar em Pneumonia ou broquite (tipo 3) - epidémico. As infecções primárias tender a ser mais graves e aparecem nos primeiros 5 anos de vida. DiagnósticoAmostras de frotis faríngeo e nasal e lavado nasal. Inocular em células de rim de macaco. Crescem lentamente e produzem pouco ECP. Detecção de antígeno. IF ou ELISA. Vírus Sincitial Respiratorio Humano (VSRH) Mais importante de infecções graves das Vias respiratórias baixas em latantes e crianças pequeñas. Causa fundamental de Bronquiolite e uma parte das Pneumonias. Altamente contagioso, transmitido por contacto com secreções respiratórias com mãos e/ou superficie de trabalho e a subsequente inoculação da mucosa nasal ou conjuntiva. Atraves das secreções é arrastado da nasofaringe até os bronquios, bronquiolos e parénquima pulmonar. Diagnóstico Amostras úteis. Exsudado e aspirados nasofaríngeos. É um virus termolábil com baixa infectividade em secreções de pacientes acometidos por esta doença. Isolamento imediato em células heteroploides humanas (HEp 2 e HELA). PCR, ELISA, IF indirecta e fixação de complemento. Parotidite Doença contagiosa aguda caracterizada pelo aumento de volumen sem supuração de ambas glándulas parótidas. Pode afectar os testículos, ovários e SNC. Por aerossois de secreções respiratórias de uma pessoa infectada com inicio da replicação a nível do epitelio da mucosa do TRS, dissemina-se pelo sangue e aparece inflamação das glándulas salivares. O SNC se afecta comumente e no LCR se produz pleocitose e meningite infecciosa. Frequentemente infecta os rins. Afecta crianças em idade escolar entre 5 e 14 anos. Sarampo Doença viral com homem como reservatorio natural. Inicia nas céluas epiteliais do TRS e orofaringe e se dissemina pelos monocitos e outras células móveis, aos nódulos linfáticos regionais. As Manchas de koplik, úlceras pequeñas de cor branco azulado na mucosa oral são sinal patognómico. Rash maculopapular na cara e detrás da orelha. Corriza, toss, conjuntivite, febre, secreção nasal e linfopenia. RESUMO DE PARAMIXOVIRUS Virus sincitial respiratorio humano é o patógeno mais importante de infecções graves das vías respiratórias baixas em latantes e crianças pequeñas (bronquiolite) VSRH amostras mais úteis são os exsudado nasofaríngeos. O sarampo e parotidite disseminam-se por todo corpo e produzem doença generalizadas. RESUMO DE ORTOMIXOVIRUS Vírus ARN, envelopados com duas glicoproteínas Hemaglutinia e Neuroaminidase. Com aspecto pleomórfico (esféricas ao ME) O virus da influenza é clasificado em três tipos A, B e C. o tipo A se subclassifica em subtipos. Tipo A é antigénicamente variável e responsável de brotes epidémicos e pandemias Tipo B, menor taxa de variabilidade antigénica causando epidemias. Yaquiní Alojamento de Sousa – Medicina Geral – Microbiologia 2018 Página 11 Tipo C é mais estável, só causa doença respiratória leve Vírus da influenza causa infecção das vías respiratórias agudas. Trasmitida de pessoa-pessoa por via aérea (gotículas de saliva) em curto período. O diagnóstico de laboratorio se realiza demonstrando a presença do virus ou seus antígenos nas células infectadas atraves de isolamento viral e provas serológicas. RESUMO DE PICORNAVIRUS Vírus pequeño de ARN dividio em 6 gêneros: Enterovirus, Rinovirus, Hepatovirus, Cardiovirus, Aphtovirus y Parechovirus. Simetria icosaedrica e envelopados. ENTEROVIRUS Boca é a porta de entrada. Tem tropismo a meninges, SN, Músculos estriados, miocárdio, mucosa respiratória e pele. Pode causar conjuntivite. POLIOVIRUS Causa poliomielite pela distruição de motoneuronas na medula espinal. Porta de entrada via oral ou respiratória. RESUMO DE ROTAVIRUS Causa gastroenterite aguda. Vírus desnudo de estrutura icosaedrica. Incluem 7 grupos (A-G) e 3 subgrupos. Transmitido por via fecal-oral, infectam as células das vilosidades intestinais e alteram seus mecanismos de transporte. Causa diarreia, vómitos e convulsões. Renite, faringite, tonsilite e otite média. O grupo A é de maior frequência.
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