Buscar

ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 55 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
Orientação 
Educacional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Osmar Hélio Alves Araújo 
 
 
 
 
 
Orientação 
Educacional 
 
 
 
 
 
 
Sobral 
2017 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Sumário 
Palavra do Professor-autor 
Sobre o autor 
Ambientação à Disciplina 
Trocando ideias com os autores 
Problematizando 
 
Unidade de Estudo I: Algumas definições clássicas sobre quem é o 
Orientador Educacional 
Introdução 
Quem é o Orientador Educacional 
 
Unidade de Estudo II: Algumas definições clássicas sobre o que faz o 
Orientador Educacional 
Introdução 
O que faz o orientador educacional? 
 
Unidade de Estudo III: O trabalho do Orientador Educacional enquanto 
sujeito da equipe da gestão escolar 
Introdução 
Construindo o debate 
 
Explicando melhor com a pesquisa 
Leitura Obrigatória 
Pesquisando na Internet 
Vendo com os olhos de ver 
Revisando 
Autoavaliação 
 
6 
 
Bibliografia 
Bibliografia Web 
Vídeos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Palavra do Professor-autor 
Caro (a) estudante! 
 
Seja bem-vindo a disciplina Orientação Educacional! 
 
Nesta disciplina estudaremos sobre o Orientador Educacional na 
contemporaneidade, isso é, sobre quem é esse profissional, assim como 
discutiremos sobre atribuições, importância e necessidade de sua existência 
nas escolas brasileiras, e, por último, argumentaremos a favor de integração 
entre o Orientador Educacional, o coordenador pedagógico e o gestor escolar, 
entre outros assuntos abordados. 
 
Vale a pena salientarmos, a priori, a importância do trabalho do 
Orientador Educacional no ambiente escolar, a fim de levar o estudante a 
atribuir sentido a sua existência, enquanto sujeito histórico, ou seja, a se 
descobrir como indivíduo em formação e com importante papel na sociedade 
em constante transformação. 
 
Deste modo, caro estudante, desejamos contribuir para o seu 
desenvolvimento pessoal e profissional a partir de um exercício de reflexão 
sobre o Orientador Educacional na contemporaneidade, pois para que exista 
um serviço de orientação educacional de qualidade nas escolas brasileiras, 
precisaremos de profissionais que busquem conhecer as necessidades, 
características, subjetividades e modos de vida dos sujeitos que compõe a 
escola e a comunidade, como um todo. 
 
 
O autor! 
 
 
 
 
8 
 
Sobre o autor 
 
Osmar Hélio Alves Araújo, doutorando em Educação 
pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), mestre em 
Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC); 
graduando em Pedagogia; graduado em Letras; 
especialista em Supervisão e Orientação Educacional pela 
Universidade Cidade de São Paulo (UNICID). Atualmente 
integra os Grupos de Pesquisas do CNPq: Formação Docente, História e 
Política Educacional da Universidade Federal do Ceará (UFC) e Educação, 
Trabalho e Formação de Professores (GEPET) na Universidade Regional do 
Cariri (URCA). Está vinculado à Universidade Regional do Cariri (URCA) como 
professor temporário. É membro da Associação Nacional de Política e 
Administração da Educação (ANPAE) e da Associação Nacional pela 
Formação dos Profissionais da Educação (ANFOPE). Pesquisa e escreve 
sobre os seguintes temas: Didática e Pedagogia, trabalho docente e práticas 
pedagógicas, formação de professores, organização e gestão da escola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Ambientação à Disciplina 
 
Diante das mudanças ocorridas no contexto contemporâneo e 
considerando os avanços tecnológicos, sublinharemos que o trabalho do 
Orientador Educacional não pode mais ser o mesmo. Logo, ele não tem como 
ignorá-las, ficar alheio às essas mudanças, posto que até a própria escola 
venha paulatinamente adaptando-se e transformando-se a fim de oferecer uma 
educação de modo articulada às necessidades dos sujeitos ditos 
contemporâneos. De acordo com Sibília (2012, p. 47) adverte que hoje "são 
outros os corpos e as subjetividades que se tornaram necessários”. 
 
Considerando o exposto, enfatizamos, ainda, que a sociedade no 
contexto atual vem exigindo uma educação coerente aos novos sujeitos, 
subjetividades, comportamentos e crenças, logo a educação exige dos seus 
profissionais, entre eles o Orientador Educacional novos olhares e reflexões, 
pois a educação, como preconizou Paulo Freire, assume importante papel na 
transformação da sociedade. 
 
Entretanto, em uma mesma perspectiva, é visível nos dias hodiernos 
discursos sobre a necessidade de uma educação pública de qualidade, em 
face disso emerge a necessidade de um olhar crítico-reflexivo acerca do 
Orientador Educacional e sua atuação no contexto escolar vigente, pois são 
visíveis as interferências das mudanças e avanços das ciências em todas as 
camadas da sociedade e, por consequência, na escola. Isso fortalece a 
necessidade de se trazer para o debate as mudanças que atualmente tem 
implicações na vida das pessoas e, especialmente, dos estudantes e como o 
Orientador Educacional deve atuar diante deste contexto. 
 
Por fim, esperamos que os temas tratados aqui venham fortalecer a 
sua formação e atual/futura atuação como profissional da educação, assim 
como fomentem a construção de uma imagem positiva do trabalho 
desenvolvido pelo Orientador. Educacional nas instituições escolares, a qual, 
quando consciente das atribuições do seu trabalho, não se limita somente ao 
 
10 
 
desenvolvimento escolar dos discentes, mas busca ajudá-los em seu 
desenvolvimento como um todo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Trocando ideias com os autores 
Agora é o momento de você trocar ideias com os autores. 
 
Propomos que leia a obra “Orientação Educacional 
e suas ações no contexto atual da Escola” da 
professora Mary Rangel. A obra, com foco 
notadamente na Orientação Educacional e suas 
ações no contexto atual da Escola, busca, sobretudo, 
oportunizar uma discussão que serve como subsídio 
aos Orientadores/as e Professores/as que estão nos 
dias hodiernos exercendo a docência e lidando com 
desafios, como: diversidade de situações e 
problemas que carecem de um “novo” fazer 
pedagógico. Logo, a obra em pauta aborda temas que abrangem/discutem 
questões contemporâneas que estão a exigir dos/as Orientadores/as 
Educacionais atenção, práticas mediadoras/dialógicas. 
 
RANGEL, Mary. “Orientação Educacional e suas ações no contexto atual 
da Escola”. Editora: VOZES, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
Propomos também a leitura da obra 
“Orientação e Supervisão Educacional - 
Reflexões Sobre o Fazer Pedagógico” da 
professora Jaqueline Luzia da Silva. A obra é 
fruto da experiência da autora nas aulas do 
Curso de Pós-Graduação em Orientação e 
Supervisão Educacional do Centro 
Universitário Abeu (Uniabeu) e, sobretudo, a 
partir dos seminários de apresentação de 
trabalhos de conclusão, que traziam à tona 
saberes, experiências dos/as alunos/as, professoras e das pesquisadoras 
acerca da orientação educacional. 
SILVA, Jaqueline Luiza da. Orientação e Supervisão Educacional - 
Reflexões Sobre o Fazer Pedagógico. Editora: Walk, 2014. 
 
 
Guia de Estudo: 
 
Após a leitura das obras,escolha uma e faça a resenha, logo em seguida 
disponibilize na sala virtual para socializar com seus colegas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Problematizando 
 Troca de experiências: aprendendo com Estudo de caso 
 
Neste tópico, visando aguçar o senso crítico em relação à atuação do 
Orientador Educacional no contexto das escolas brasileiras, bem como a 
diversidade de funções que o mesmo exerce, o que faz, muitas vezes, 
descaracterizar a necessária dimensão do seu fazer profissional, assim como 
faz emergir dilemas e descompassos entre os diferentes profissionais que 
compõem a equipe de gestão escolar, discutiremos a partir de um estudo de 
caso a temática: “Orientador Educacional enquanto o mediador da escola”. 
Esperamos levá-lo aprender algo novo, aprofundar e refletir sobre o Orientador 
Educacional no espaço das escolas brasileiras. 
 
Relato da professora 
 
 Em uma turma de 6º ano há um aluno chamado Amônio que tem um 
humor que oscila entre alegria, irritabilidade, agressividade e teimosia. Além do 
mais, provoca os colegas com críticas e atitudes inadequadas. Em relação as 
suas tarefas escolares, nem sempre as realiza, pois sempre usa o tempo 
pedagógico das atividades para percorrer a sala com um comportamento que 
incomoda os colegas. E às vezes que realiza, não observa os comandos da 
professora e comete erros. 
 
 Nos momentos de jogos e brincadeiras pedagógicas, quer sempre 
impor-se e assumir posição de comando, em relação à turma, pela força ou 
pelo grito. Assim, é claro que ele se dispersa nas atividades da aula e atrapalha 
os colegas. Em alguns momentos em que a professora exige determinadas 
atividades a todos, o mesmo nega-se a fazer e diz que não sabe. Somente 
quando é atendido individualmente, com muita paciência e dinamicidade reage 
positivamente, ou seja, a professora precisa demonstrar que está interessada 
em ajudá-lo e acompanhá-lo, daí seu humor passa de irritado para o aceito e 
acolhido por ela. Entretanto, na maioria das vezes, esquece as letras do 
 
14 
 
alfabeto, os números e algumas palavras que já consegue escrever. Por outro 
lado, demonstra interesse e habilidade com matemática, por cálculos, porém, 
às vezes desiste de participar dos jogos que envolvem matemática e figuras 
geométricas quando não consegue ou não é auxiliado individualmente pela 
professora. Logo, acaba se frustrando e tornando-se agressivo. 
 
 No tocante às tarefas de casa, na maioria das vezes, deixa de realizá-las 
ou faz parte das questões propostas. Assim como se percebe que a escola não 
é prioridade, pois, além de todo o que já foi exposto em relação a esse aluno, o 
mesmo sempre sai da escola antes do término das atividades escolares. No 
que concerne à aprendizagem da Língua Portuguesa, está no nível silábico-
alfabético. Daí que na leitura já reconhece algumas palavras trabalhadas e seu 
nome por completo. 
 
 Um fato que chama a atenção é o seu comportamento perpassado de 
forte interesse, entusiasmo e participação ativa nas aulas de Educação Física, 
dança e teatro. Entretanto, o professor de Educação Física relata que o mesmo 
não atende, na maioria das vezes, os comandos para os exercícios e, como se 
não bastasse, se irrita, provoca situações estressantes envolvendo os colegas, 
pois diz não ter à atenção do professor. 
 
Guia de Estudo: 
Após a leitura do caso responda as questões: 
Quem é o aluno? Contexto sociocultural? História de vida? Cenário educacional? 
Como se articulam os processos: ENSINAR/ APRENDER no decorrer da atividade? A partir da 
sua compreensão, como o Orientador Educacional poderá atuar visando contribuir com os 
professores para a reconstrução dos processos de ensino e aprendizagem? E também poderá 
contribuir com os professores para uma atuação docente que atenda as especificidades dos 
alunos? 
A prática do professor evidenciada no estudo de caso em questão possibilita e contribui para a 
reelaboração da prática social e transformação do aluno ou para a progressão do aluno para 
um nível escolar mais avançado? Se não, como o Orientador educacional poderá contribuir 
neste contexto? Em que o estudo feito interferiu em suas concepções acerca da necessidade 
dos serviços de Orientação Educacional no contexto educacional brasileiro? 
 
 
15 
 
 
Algumas definições clássicas sobre quem é 
o Orientador Educacional 
 
1 
 
CONHECIMENTOS 
 
Compreender a atuação do Orientador Educacional a partir de algumas 
definições clássicas sobre quem é o Orientador Educacional. 
 
HABILIDADES 
 
Identificar e discutir as diversas concepções e definições acerca do Orientador 
Educacional no Brasil e como isso interferiu e interfere na sua identidade. 
 
ATITUDES 
 
Posicionar-se criticamente em relação à atuação do Orientador Educacional ao 
longo da história no contexto educacional brasileiro. 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Introdução 
 
Saiba que esta unidade de estudo tem como propósito auxiliá-lo na 
compreensão sobre quem é o Orientador Educacional, pois para aprender a 
ser um Orientador Educacional, faz-se necessário conhecimentos específicos e 
diferenciados sobre quem é este profissional que assume esta função no 
contexto escolar. Assim, espero que você tenha um excelente estudo e um 
bom aproveitamento desta importante unidade. Logo, para uma melhor 
aprendizagem, recomendo que você retome todo o conteúdo desta unidade e 
reveja suas anotações sempre que for necessário. 
 
Como nas disciplinas anteriores, a leitura acurada do texto teórico, a 
prática de assistir aos vídeos sugeridos e o desenvolvimento das atividades 
são práticas elementares para o bom desempenho na disciplina, pois para que 
você compreenda, de maneira crítica e reflexiva, as discussões teóricas aqui 
apresentadas, todo o material oferecido na disciplina auxilia na compreensão 
dos conceitos explorados, assim como na construção de novos conhecimentos. 
 
Durante a leitura, aproveite para registrar os aspectos que achar mais 
importantes e as dúvidas que surgirem. A princípio, é oportuno uma breve 
reflexão: Quem é o Orientador Educacional? Ficou curioso? Então mãos à 
obra, vamos ler, estudar e compreender quem é esse profissional no contexto 
educacional brasileiro. 
 
Quem é o Orientador Educacional? 
 
Gostaria de iniciar refletindo com vocês sobre o Orientador Educacional 
a partir das contribuições de Giacaglia e Penteado (2010), pois segundo as 
autoras, considerando às exigências da profissão e o grau de exposição que se 
impõe a esse profissional, faz-se necessário que o mesmo seja detentor de 
uma apurada formação técnica, assim como certas características pessoais. 
Logo, é necessário que goste de tratar e conviver diretamente com todos os 
 
18 
 
tipos de pessoas e, notadamente, com estudantes de diferentes idades. 
Entretanto, resumidamente, Grinspun (2006) diz que houve uma fase aclamada 
de Romântica em que se acreditava que o Orientador Educacional resolvia 
todos os problemas dos estudantes e de quem estava envolvido direta e 
indiretamente com o processo educativo. Assim, como houve outra fase 
chamada de Objetiva, na qual esse profissional seria uma espécie de 
prestação de serviços que abarcava várias ordens, a qual não permitiria que os 
estudantes tivessem problemas (GRINSPUN, 2006). 
 
As contribuições das autoras acima nos ajudam a compreender o 
trabalho executado pelo Orientador Educacional no contexto escolar. Logo, faz-
se necessário reportarmo-nos as indagações que abrem estaseção acerca 
desse profissional, entretanto, cônscios que as definições são múltiplas e 
diversas, pois são inúmeros os autores que se empenham ao seu estudo, 
GIACAGLIA; PENTEADO (2010), GIACAGLIA (2002, 2003, 2010), GRISPUN 
(2001, 2011), BALESTRO (2004/2005). Entretanto, a priori, as contribuições de 
Giacaglia e Penteado (2010) são favoráveis aos questionamentos presentes 
neste corpo teórico. Vamos conferir? 
De acordo com Grinspun (2011), o Orientador Educacional é um dos 
profissionais que integra a equipe da gestão escolar. O referido profissional, 
segundo o mesmo autor, é o principal responsável em acompanhar o 
desenvolvimento pessoal do discente, ou seja, possibilitar ao estudante o apoio 
necessário para a sua necessária formação, o que exige do mesmo um 
trabalho que envolva, entre outras temáticas, valores morais, éticos, entre 
outros. 
 
Grinspun (2011) explica ainda que o Orientador Educacional, a partir 
de um trabalho articulado com os professores, contribui para o processo de 
aprendizagem dos discentes ao auxiliar os professores na compreensão das 
atitudes, posturas dos mesmos, ele é diferente do professor que centra seu 
trabalho pedagógico, na maioria das vezes, nos conteúdos escolares, 
desenvolve um trabalho coadunado aos conteúdos atitudinais, abarcando, 
 
19 
 
entre outros elementos, a construção de valores, relações e comportamentos 
sociais. Giacaglia e Penteado (2010) concordando com Grinspun (2011) 
sinalizam que o Orientador Educacional desenvolve um trabalho diretamente 
ligado aos discentes, de modo a auxiliá-los em suas necessidades escolares, 
ou seja, seu trabalho está notadamente articulado a contribuir para que os 
estudantes avancem no processo de aprendizagem, de modo a responder as 
expectativas da escola, da família e da sociedade em relação a sua formação 
escolar. 
 
Considerando o exposto, podemos compreender que Orientador 
Educacional é o sujeito integrante da equipe da gestão escolar que lida 
diretamente com os estudantes, de modo coadunado ao trabalho dos 
professores, auxiliando e promovendo os meios para que os mesmos avancem 
em seus desenvolvimentos pessoais. Logo, os comportamentos dos discentes, 
em relação à escola, à família e à sociedade são peças-chaves no trabalho 
desse profissional, para que consiga orientá-los, ouvi-los e manter um efetivo 
diálogo com a escola, família e sociedade, de modo geral. 
 
Placco (1994) ressalta que a atuação do Orientador Educacional tem 
estreita relação com o significado de ser professor, pois, segundo a autora: 
 
[...] um dos educadores da escola deverá participar de uma 
ação educacional coletiva, assessorando o corpo docente no 
desencadeamento de um processo em que a sincronicidade é 
desvelada, torna-se consciente, autônoma e direcionada para 
um compromisso com uma ação pedagógica competente e 
significativa para os objetivos propostos no projeto pedagógico 
da escola (PLACCO, 1994, p. 30). 
 
 
 
É oportuno, ainda, acoplar as contribuições de Garcia (1994) ao 
pensamento de Placco (1994), pois segundo o referido autor a Orientação 
Educacional, assim como a Supervisão Educacional, é, por sua vez, uma ação 
educadora, posto que a intencionalidade das suas ações está diretamente 
ligada ao processo educativo. Entretanto, precisamos compreender que a 
 
20 
 
atuação do Orientador Educacional difere da atuação dos professores em 
vários aspectos, como: o trabalho de sala de aula do professor está voltado 
essencialmente para o processo de ensino que pauta-se, na maioria das vezes, 
em uma das áreas do conhecimento, a saber: Geografia, Matemática; Ciências, 
Português, entre outras. Já o Orientador Educacional, por sua vez, não 
desenvolve seu trabalho a partir de um currículo específico, posto que seu foco 
é o desenvolvimento dos estudantes como um todo. O trabalho desse 
profissional abarca principalmente valores, comportamentos, sentimentos, as 
experiências pessoas e profissionais dos discentes de modo a analisá-las e 
levá-las a compreendê-las em uma perspectiva crítica e transformadora. 
 
Em uma mesma linha de raciocínio, sublinhamos que o Orientador 
Educacional deve atuar em uma perspectiva pedagógica buscando ser o 
mediador entre os aspectos importantes envolvidos nos processos educativos, 
como: os comportamentos, valores, crenças, atitudes e necessidades dos 
discentes e o trabalho pedagógico dos professores. No rastro do exposto, 
assinalamos aqui que é por meio do trabalho do referido profissional que os 
estudantes receberão auxílio no que concerne às escolhas, relacionamentos 
interpessoais, emoções, sentimentos, entre outros. Logo, como assinalam 
Giacaglia e Penteado (2010): 
 
Pode-se definir ou caracterizar o Or. E. como um profissional 
técnico, da área de educação, que exerce uma profissão de 
apoio a pessoas e, portando, de natureza assistencial. [...]. O 
Or. E. tem seu trabalho voltado principalmente para o bem-
estar e a felicidade dos alunos matriculados na escola onde 
desempenha suas funções. Ele se interessa pelo aluno como 
um todo, não apenas como um ser que deva ser 
adequadamente ensinado e que deva aprender (GIACAGLIA; 
PENTEADO, 2010, p. 60). 
 
 
Em uma mesma perspectiva, cabe compreendermos que o Orientador 
Educacional deve atuar também como o mediador na relação do estudante 
com o contexto social, discutindo e possibilitando aos mesmos 
compreenderem, a partir de uma ótica crítica-reflexiva, os dilemas e 
 
21 
 
descompassos que permeiam o espaço social em suas diferentes nuances: 
econômico, político, cultural, entre outros. 
Por fim, para fechar esta primeira unidade de estudo, não pode deixar 
de enfatizar que o Orientador Educacional é integrante da equipe de gestão 
escolar/pedagógica constituída pelo gestor escolar, coordenador pedagógico e 
pelo próprio orientador educacional como apresentado no início deste material 
didático-pedagógico, os quais, em sinergia, desenvolvem um trabalho coletivo 
de ações e atividades pedagógicas necessárias para a concretização das 
finalidades do processo educativo. Sublinhamos que não somente a execução 
destas atividades, mas também o acompanhamento e a avaliação das mesmas 
devem ser compartilhados com a população docente, às famílias e a 
comunidade escolar, como um todo. 
 
Enfim, é necessário que compreendamos que o Orientador 
Educacional não deve existir na escola visando resolver todos os problemas e 
dificuldades que perpassam, ou até obstaculizam, o processo de aprendizagem 
dos estudantes. Pois, se ao longo da história, houve “Uma fase Romântica em 
que se achava que a Orientação resolvia todos os problemas dos alunos e de 
quem estava envolvido direta e indiretamente com ele”, como bem explicou 
Grinspun (2006, p. 111). Atualmente, ainda segundo Grinspun (2006), 
podemos entender que esse profissional vive uma fase crítica que busca 
compreender quem é o estudante, seu contexto histórico, social e cultural, 
entre outros. Logo, o trabalho dele deve auxiliar o estudante de modo a ajudá-
lo a se descobrir enquanto sujeito histórico, indivíduo em formação, assim 
como enquanto cidadão com direitos e deveres específicos na sociedade. 
 
 
Guia de Estudo: 
Para concluirmos os estudos da nossa Unidade I, convido você a rever o 
percurso histórico e a função do Orientador Educacional assistindo ao vídeo 
“Histórico sobre o Orientador Educacional” com Roberta Guedes. 
 
 
 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
Algumas definições clássicas 
sobre o que faz o Orientador 
Educacional 
2 
 
CONHECIMENTOS 
 
Compreender as atribuições do orientador educacional e algumasdefinições 
clássicas sobre o que faz o Orientador Educacional. 
 
HABILIDADES 
 
Analisar e identificar as principais atribuições do Orientador Educacional. 
 
ATITUDES 
 
Desenvolver e pensar estratégias, ações que se articulem com o fazer 
profissional/pedagógico do Orientador Educacional no contexto escolar. 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
Introdução 
 
Nesta unidade de estudo da disciplina Orientação Educacional, vamos 
aprofundar nossos conhecimentos acerca do papel e atribuições do Orientador 
Educacional no contexto escolar. Nosso objetivo é que você execute as 
atividades com autonomia a partir da leitura dos textos disponibilizados na 
unidade de estudo em pauta, na participação no fórum de discussão. 
 
Lembre-se de que o seu desempenho depende de uma rotina de 
estudo organizado e, principalmente, da sua responsabilidade! Então, vamos 
começar? 
 
 
 
O que faz o orientador educacional? 
 
Introduzimos brevemente esta unidade apoiando-nos nas contribuições 
de Grinspun (2006) ao explicitar que a Orientação Educacional deverá atender 
os estudantes que, por sua vez, necessitam de orientação pessoal, entretanto, 
não somente no âmbito da vida escolar, mas na vida particular, de modo a 
auxiliá-lo em contextos de problemas, dúvidas, inseguranças, medos e 
incertezas, entre outros. A autora enfatiza, ainda, que atividade terapêutica 
volta-se essencialmente para os estudantes com dificuldades de estudo ou de 
comportamento, os quais precisam, na maioria das vezes, de uma assistência 
assídua e especializada. Sobre as atividades de recuperação, a autora explica 
que estão voltadas para os estudantes que apresentam um déficit de 
aprendizagem, o qual precisa de intervenção e recuperação. Logo, esta 
atividade deve ser desenvolvida de modo coletivo com a Supervisão Escolar, 
posto que a recuperação não vise somente levar o estudante a alcançar certas 
notas, mas, também, a pesquisar e identificar as causas que os levaram a este 
comportamento de desinteresse, conflito, desajuste e funcionamento fragilizado 
da escola, dentre outros. 
 
26 
 
Considerando as contribuições de Grinspun (2006), sublinhamos, a 
priori, que é de extrema importância que o Orientador Educacional tenha plena 
consciência das suas atribuições no contexto escolar, pois essa compreensão 
o possibilitará atuar com segurança, assim como investir no seu processo de 
formação contínua. Assim, o convidamos a discutir o papel desse profissional. 
Vamos lá? 
 
Deste modo, é oportuno, neste início da discussão, abordarmos as 
atribuições do Orientador Educacional pautando-se nos ditames constitucionais 
que regulamentam a profissão, delimitando, portanto, suas incumbências no 
espaço escolar. Assim, conheceremos abaixo a Lei nº 5.564, de 21/12/1968, 
regulamentada pelo decreto nº 72. 846, de 26/09/1973, mais especificamente 
os artigos 8º e 9º, dada a sua importância para a discussão acerca do papel do 
Orientador Educacional. 
 
Art. 8º São atribuições privativas do Orientador Educacional: 
 
a) Planejar e coordenar a implantação e funcionamento do Serviço de 
Orientação Educacional em nível de: 
1 - Escola; 
2 - Comunidade. 
b) Planejar e coordenar a implantação e funcionamento do Serviço de 
Orientação Educacional dos órgãos do Serviço Público Federal, Municipal e 
Autárquico; das Sociedades de Economia Mista Empresas Estatais, 
Paraestatais e Privadas. 
c) Coordenar a orientação vocacional do educando, incorporando-o ao 
processo educativo global. 
d) Coordenar o processo de sondagem de interesses, aptidões e habilidades 
do educando. 
e) Coordenar o processo de informação educacional e profissional com vista à 
orientação vocacional. 
f) Sistematizar o processo de intercâmbio das informações necessárias ao 
conhecimento global do educando. 
 
27 
 
g) Sistematizar o processo de acompanhamento dos alunos, encaminhando a 
outros especialistas aqueles que exigirem assistência especial. 
h) Coordenar o acompanhamento pós-escolar. 
i) Ministrar disciplinas de Teoria e Prática da Orientação Educacional, 
satisfeitas as exigências da legislação específica do ensino. 
j) Supervisionar estágios na área da Orientação Educacional. 
l) Emitir pareceres sobre matéria concernente à Orientação Educacional. 
 
Art. 9º Compete, ainda, ao Orientador Educacional as seguintes 
atribuições: 
a) Participar no processo de identificação das características básicas da 
comunidade; 
b) Participar no processo de caracterização da clientela escolar; 
c) Participar no processo de elaboração do currículo pleno da escola; 
d) Participar na composição caracterização e acompanhamento de turmas e 
grupos; 
e) Participar do processo de avaliação e recuperação dos alunos; 
f) Participar do processo de encaminhamento dos alunos estagiários; 
g) Participar no processo de integração escola-família-comunidade; 
h) Realizar estudos e pesquisas na área da Orientação Educacional. 
 
Precisamos compreender, sobretudo, que as atribuições do Orientador 
Educacional devem centrar-se, sobretudo, na orientação e acompanhamento 
do estudante no que concerne ao seu processo escolar. Logo, faz-se 
necessário o Orientador Educacional contribuir com os discentes no 
direcionamento que deve dar a sua formação escolar, cidadã, ajudando-o, 
sempre que for possível, a descobrir suas habilidades, competências, 
preferências, motivações, predileções e colaborando, acima de tudo, para que 
os mesmos se descubram profissionalmente. Logo, como explicam Pascoal, 
Honorato e Albuquerque (2008): 
 
[...] o papel do orientador educacional deve ser o de mediador 
entre o aluno, as situações de caráter didático-pedagógico e as 
 
28 
 
situações socioculturais. Além disso, a razão de ser da escola 
e da própria educação é o aluno, centro dos estudos da 
orientação educacional (PASCOAL; HONORATO; 
ALBUQUERQUE, 2008, p. 108). 
 
 
Faz-se oportuno acoplarmos as contribuições de Pascoal, Honorato e 
Albuquerque (2008) o pensamento de Grinspun (2002). Segundo a referida 
autora: 
O principal papel da Orientação será ajudar o aluno na 
formação de uma cidadania crítica, e a escola, na organização 
e realização de seu projeto pedagógico. Isso significa ajudar 
nosso aluno ‘por inteiro’: com utopias, desejos e paixões. [...] a 
Orientação trabalha na escola em favor da cidadania, não 
criando um serviço de orientação para atender aos excluídos 
(...), mas para entendê-lo, através das relações que ocorrem 
(...) na instituição Escola. (GRINSPUN, 2002, p. 29) 
 
Visando endossar as contribuições dos autores, convém ressaltarmos 
que a atuação do Orientador Educacional deve favorecer a aproximação da 
escola com a comunidade na qual está inserida, abarcando, portanto, os 
diversos grupos, organizações e segmentos da sociedade, como: associações, 
clubes, igrejas, etc., pois compreendemos a partir da literatura especializada 
que a atuação desse profissional não se limita ao espaço escolar, mas se 
estende ao contexto que circunda a escola e, por consequência, a vida social 
dos estudantes. 
Dantas (2011) articula-se com essa linha de reflexão aqui apresentada 
enfatizando a necessidade de o Orientador Educacional manter-se atento ao 
desenvolvimento do estudante de modo a identificar e perceber suas 
peculiaridades e necessidades. A mesma autora ressalta que esse olhar atento 
exige que o Orientador Educacional acompanhe os estudantes não somente no 
contexto da sala da aula, mas também nos intervalos e atividades 
desenvolvidas em outros contextosda instituição escolar, como: biblioteca, sala 
de informática, quadra, entre outros. Logo, emerge como vital uma estreita 
relação entre o Orientador Educacional, os professores e as famílias dos 
estudantes de modo a construírem um trabalho coletivo visando o bem-estar e 
 
29 
 
o desenvolvimento, como um todo, dos discentes. Assim, convém frisarmos a 
relevância do trabalho desse profissional como sujeito corresponsável pelo 
desenvolvimento e aprendizagem dos discentes. 
Em relação à integração do trabalho do Orientador Educacional e as 
famílias, Pascoal, Honorato e Albuquerque (2008) lembram que: 
 
O papel do orientador com relação à família não é apontar 
desajustes ou procurar os pais apenas para tecer longas 
reclamações sobre o comportamento do filho e, sim, procurar 
caminhos, junto com a família, para que o espaço escolar seja 
favorável ao aluno. Não cabe ao orientador a tarefa de 
diagnosticar problemas e/ou dificuldades emocionais ou 
psicológicas e, sim, que volte seu trabalho para os aspectos 
saudáveis dos alunos (PASCOAL; HONORATO; 
ALBUQUERQUE, 2008, p. 111). 
 
 
Em um tom de finalização e com apoio nas contribuições de Grinspun 
(2006), assim como nas de Pascoal; Honorato e Albuquerque (2008) 
enfatizaram que o Orientador Educacional deve atuar de modo a ajudar os 
estudantes a superarem seus conflitos e limites no que concerne ao processo 
de aprendizagem, bem como no tocante aos relacionamentos interpessoais. 
Logo, faz-se necessário que ele organize, planeje ações de forma a envolvê-
los, bem como seus familiares. Assim, reuniões, atendimentos individuais, 
discussões, reflexões, serão bem-vindos para que o mesmo estabeleça uma 
convivência com os estudantes e seus familiares e, por consequência, ajude-os 
em situações problemas, dúvidas, medos, inseguranças e incertezas. 
 
 
 
Guia de Estudo: 
 
Para melhor compreensão do assunto e visando fixar o que estudamos na 
Unidade II, leia o texto “O papel do orientador educacional”, segundo as 
contribuições da professora doutora Mírian Paura S. Zippin Grinspun. O 
orientador educacional tem muitas atribuições. 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
O trabalho do Orientador 
Educacional enquanto sujeito da 
equipe da gestão escolar 
3 
CONHECIMENTOS 
Compreender o trabalho do orientador Educacional enquanto sujeito da equipe 
da gestão escolar. 
. 
HABILIDADES 
 
Comparar e confrontar as principais atribuições do orientador educacional com 
as ações pedagógicas dos demais sujeitos da equipe da gestão escolar. 
 
 
ATITUDES 
 
Posicionar-se criticamente em face da necessidade de um trabalho coletivo no 
cotidiano escolar mediado pela equipe da gestão escolar. 
 
 
 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
Introdução 
É com satisfação que apresentamos a vocês esta unidade de estudo, 
pois discutiremos o trabalho do Orientador Educacional enquanto sujeito da 
equipe de gestão escolar. Logo, sublinharemos que a referida equipe deve 
desenvolver seu trabalho em uma perspectiva de trabalho coletivo no cotidiano 
escolar. É oportuno enfatizarmos que estamos nos aproximando do 
encerramento da disciplina e, aproveitando o ensejo, gostaríamos de agradecê-
los pela parceria. Esperamos ter agregado aos processos de ensino e 
aprendizagem de cada um, pois a ação dialógica que desenvolvemos, 
certamente, contribuiu para a nossa práxis. 
Realizar a leitura cuidadosa do texto, assistir aos vídeos, visitar os sites 
e os materiais complementares indicados é essencial para o acompanhamento 
e compreensão da linha de raciocínio desenvolvida nesta disciplina. Assim 
como suas experiências pessoais e profissionais, também são elementos 
fundamentais para que desenvolva uma reflexão crítica a partir do que 
trataremos nesta unidade de estudo. 
 
Construindo o Debate 
 
 
O trabalho só é coletivo quando, além de possibilitar a 
participação da coletividade na elaboração e na formulação de 
propostas, assim como na sua execução, propicia também a 
possibilidade de participação na tomada de decisão. É uma 
forma de trabalho que busca a democratização das relações no 
interior da escola, numa perspectiva contra-hegemônica de luta 
que não se submete aos ditames do capital neoliberal (RUIZ, 
2008, p. 225). 
 
 
 
 
 
34 
 
 
Equipe da gestão escolar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Muito se fala na equipe da gestão escolar, mas como essa equipe, 
incluindo o Orientador Educacional, realiza na prática seu trabalho de modo 
integrado? Será que estão preparados para assumir e desenvolver um trabalho 
pautado em uma ótica de coletividade no cotidiano escolar? Essas indagações 
são necessárias quando se discute o trabalho do Orientador Educacional 
enquanto sujeito integrante da equipe da gestão escolar. Nesta perspectiva, 
precisamos compreender que esse profissional, assim como o coordenador 
pedagógico assume papel importante no processo de formação do estudante. 
Logo, por consequência, precisa ser possuidores de uma formação que os 
possibilitem desenvolver qualitativamente sua função. 
 
Sobre o coordenador pedagógico, com arrimos nas contribuições de 
Franco, precisamos compreender que seu trabalho é uma das dimensões do 
trabalho do pedagogo, neste caso, na esfera escolar. Nesta perspectiva, 
Franco (2011, p. 108) definiu que “[...] o pedagogo que atua na escola, em 
funções não docentes, eu o denomino de pedagogo escolar e considero que há 
uma especificidade própria em seu fazer profissional [...]”. 
 
No tocante a uma formação que os possibilitem desenvolver 
qualitativamente sua função, Orientador Educacional e coordenadores 
pedagógicos, de acordo com a legislação atual, faz-se necessário que os 
Gestor 
Escolar 
 
Coordenador 
pedagógico 
 
Orientador 
educacional 
 
 
35 
 
mesmos sejam detentores de graduação em curso de Licenciatura Plena, pois, 
os referidos profissionais desempenham funções específicas na Educação 
Básica. 
 
Nesta discussão, a Educação Básica, enquanto um dos níveis de 
abrangência da educação escolar no Brasil é composto pela Educação Infantil 
(primeira etapa), Ensino Fundamental (etapa gratuita e obrigatória) e Ensino 
Médio (etapa final, gratuita, mas com oferta progressiva) (LDB - Art. 21 a 28). E 
cabe-lhe desenvolver formação humana que assegure aos educandos 
conhecimentos que propiciem o exercício da cidadania e forneça-lhes meios 
para progredir no trabalho e em estudos posteriores (Art. 22). Os fins de cada 
uma dessas etapas, alinhados a esse macro objetivo, estão detalhados em 
seções e artigos específicos da mesma Lei (Art. 29 a 36). 
 
No que segue, visando levá-lo a compreender o trabalho do Orientador 
Educacional, enquanto sujeito integrante da equipe da gestão escolar ressalta-
se que a referida equipe deve pautar-se em uma perspectiva de gestão 
democrática e, portanto, participativa, conforme assegura a Constituição 
Federal de 1988 e em 1996 a atual LDBEN. Rodrigues (1985) endossa essa 
ideia assinalando que 
 
 
[...] é necessário eliminar os processos burocratizantes que 
entravam os processos pedagógicos, e acabar com as diversas 
formas de imposição ditatorial expressas através de decisões 
emanadas de cima para baixo, quanto a conteúdos, métodos 
ou ordens administrativas. [...] Que a escola não seja um lugar 
onde se reproduzam as injustiças e as estruturas ditatoriais do 
mandonismo. Devemos permitir que ela sejaatravessada pelo 
desejo de participação de toda a sociedade [...] (RODRIGUES, 
1985, p. 34). 
 
 
Em uma mesma linha de raciocínio, queremos acentuar que o trabalho 
do Orientador Educacional, em uma perspectiva de gestão democrática, 
pressupõe a participação da família, comunidade, bem como autonomia e um 
 
36 
 
trabalho articulado ao coordenador pedagógico, ao gestor escolar, entre outros. 
Logo, não é demais reiterar que no cotidiano da escola, o Orientador 
Educacional, o coordenador pedagógico e o gestor escolar, em parceria com 
os professores, estudantes e familiares, bem como a comunidade escolar em 
geral, devem consolidar um trabalho que pauta-se no exercício da democracia 
e da participação. Como desdobramento, estarão formando estudantes que 
assumirão essa mesma postura em relação às questões político-sociais do 
País, ou seja, o Orientador Educacional, em parceria com o coordenador 
pedagógico e o gestor escolar, estará cumprindo seu papal de intervir na 
formação dos discentes. 
 
Precisamos compreender que o papel desse profissional. , assim como 
do coordenador pedagógico e do gestor escolar precisam se reconfigurar para 
atender aos sujeitos contemporâneos, bem como as novas demandas exigidas 
pela concepção de trabalho que se desenvolve em uma perspectiva 
democrática. No entanto, o Orientador Educacional, o coordenador pedagógico 
e o gestor escolar precisam desenvolver um trabalho coletivo que abarque 
desde o planejamento das ações, até a execução das atividades necessárias 
para cumprirem a missão social da escola, os objetivos e as finalidades 
definidas no Projeto Político Pedagógico (PPP) e, sobretudo, a aprendizagem 
dos estudantes. Sem esquecer, entretanto, que o desenvolvimento desse 
trabalho deve ser compartilhado, como já sublinhado, com os professores, as 
famílias dos discentes e com toda a comunidade escolar, de modo geral. 
 
Sustentamos, ainda, que enquanto o coordenador pedagógico lida 
diretamente com os professores, auxiliando-os no planejamento, execução e 
avaliação dos processos de ensino e aprendizagem, bem como contribuindo 
com momentos formativos para os professores, com sugestões, debates, entre 
outras ações, o orientador Educacional, por sua vez, trabalha diretamente com 
os estudantes e suas famílias. Ele trabalha analisando as dificuldades de 
relacionamento dos estudantes, sugere, planeja e promove ações que os 
possibilitem superarem as dificuldades detectadas. Convém acrescentarmos 
 
37 
 
que o trabalho do Orientador Educacional, sempre que necessário, se articula 
ao conselho tutelar. 
 
Considerando o exposto, fica em evidência que o Orientador 
Educacional tem o papel importante de acompanhar os processos de ensino e 
aprendizagem dos estudantes, zelando pela aprendizagem dos mesmos e 
colaborando, como já enfatizado, com o coordenador pedagógico, o gestor 
escolar e os professores para o alcance dos objetivos propostos para cada 
nível que compõem a Educação Básica. 
 
Diante de tantos desafios, é importante destacarmos, nesse momento, 
que o Orientador Educacional, assim como o coordenador pedagógico e o 
gestor escolar, deve construir seu plano de ação, também intitulado de plano 
de trabalho pedagógico, pois constitui-se como importante documento. O 
referido plano de ação, de um modo geral, deve ser elaborado de modo 
coletivo, pois todos, gestores, professores, estudantes e familiares, bem como 
a comunidade escolar, de modo geral, devem ter participação ativa na 
elaboração, execução e acompanhamento do mesmo. 
 
É importante destacar que o plano de ação desse profissional deve 
apresentar articulação com o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, o 
regimento escolar e a proposta pedagógica ou curricular. O trabalho do 
Orientador Educacional deve está articulado com os principais documentos que 
norteiam o processo educativo no contexto escolar e, por sua vez, deve 
complementá-los. Esse plano de ação de um modo geral deve conter 
apresentação, justificativa, objetivos (gerais e específicos), ações previstas, 
prazo para execução (cronograma), avaliação e acompanhamento e 
referências. 
 
Em uma mesma perspectiva, compreendemos que o trabalho da 
equipe de gestão escolar tem implicações diretas nas práticas pedagógicas dos 
professores, ou seja, o trabalho do Orientador Educacional, assim como do 
 
38 
 
coordenador pedagógico e gestor escolar é de fundamental importância para o 
trabalho docente, pois como assinala Vasconcellos (2007): 
 
O movimento da democratização e qualificação da educação é 
um amplo e complexo processo, que tem como meta a 
mudança da prática em sala de aula e na escola. Neste, a 
equipe diretiva (direção, supervisão, coordenação pedagógica, 
orientação educacional) tem um importante papel, dada sua 
influência na criação de um clima organizacional favorável 
(VASCONCELLOS, 2007, p. 51). 
 
É de se destacar, ainda, considerando as contribuições de 
Vasconcellos (2007), que o Orientador Educacional, bem como os demais 
membros da equipe de gestão escolar, deve apresentar, ainda, entre as 
diversas competências necessárias para o desempenho da sua função, 
liderança e motivação para envolver os estudantes e suas familiares, de modo 
a desenvolver um trabalho que seja perpassado de participação e democracia, 
o qual fará emergir um clima saudável de confiança entre todos, no caso o 
Orientador Educacional, estudantes e, por consequência, as famílias. Em 
linhas conclusivas, reiteramos que o Orientador Educacional é um profissional 
indispensável para a concretização de um processo educativo que, de fato, 
proporciona o desenvolvimento dos estudantes, os quais necessitam de ações 
de apoio, acompanhamento e orientação no que concerne ao processo escolar 
e profissional. 
 
Por fim, as contribuições de Grinspun (2002), são oportunas para 
fechar nosso debate. Segundo a autora, o orientador educacional deve atuar: 
 
Junto aos alunos: o seu desenvolvimento pessoal, visando à 
participação dele na realidade social. Junto aos professores: a 
colaboração e participação na construção do projeto político 
pedagógico da escola, contribuindo para a discussão sobre as 
questões técnico-pedagógicas da escola. Junto à direção: 
participando junto tanto nas decisões tomadas pela direção 
como a obtenção de dados inerentes aos aspectos 
administrativos. O Orientador deve participar de toda a prática 
 
39 
 
que organiza a escola. Junto aos pais: fazer com que eles 
participem da escola do projeto da escola de diferentes formas, 
desde o planejamento do projeto pedagógico até as decisões 
que a escola deve tomar (GRINSPUN, 2002, p. 107-109). 
 
E, ainda, segundo a mesma autora: “[...] A Orientação deve trabalhar 
com um planejamento participativo, sempre voltado para uma concepção 
crítica. Um diálogo entre as comunidades das disciplinas teóricas e das 
disciplinas práticas permitirá a busca dessa concepção crítica” (GRINSPUN, 
2002, p. 109). Ou seja, a autora sinaliza que para o orientador educacional 
obter sucesso é preciso desenvolver um trabalho articulado às ações dos 
professores, coordenador pedagógico e gestor escolar, entre outros sujeitos 
que compõem o contexto escolar. 
 
Guia de Estudo: 
Para saber mais convido você a refletir sobre o tema: “O papel do orientador 
educacional na promoção do relacionamento interpessoal entre alunos e 
professores contribuindo no processo ensino aprendizagem”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
Explicando melhor com a pesquisa 
Prezado estudante, para você compreender sobre o processo histórico 
da Orientação Educacionalem nosso país, leia na íntegra o Artigo intitulado: 
“Conhecendo a história da Orientação Educacional” de Priscila Maria 
Romero Barbosa, pois ela enfatiza, entre outros assuntos, o início do processo 
de Orientação Profissional/educacional no contexto das escolas brasileiras; a 
implantação da Orientação Educacional no Brasil; os países que influenciaram 
os avanços e entidades que contribuíram para a implantação da Orientação 
Educacional nas escolas brasileiras e os ditames constitucionais 
Para uma melhor compreensão acerca dos assuntos discutidos nesta 
disciplina, sugerimos a leitura da seguinte pesquisa: “O Papel do Orientador 
Educacional na Escola” de Hausblene Carvalho. O artigo em pauta apresenta 
uma interessante discussão sobre o papel do Orientador Educacional dentro da 
escola; as principais atividades desta função, como: atividade existencial, 
terapêutica e de recuperação. Aborda, ainda, ética profissional, assim como 
reitera, por fim, o papel do Orientador Educacional. . 
Propomos também o artigo “A contribuição do Orientador 
Educacional na política da educação – um estudo na rede municipal de 
ensino de Pelotas – RS” da professora Margarete Hirdes Antunes. A 
professora Margarete Antunes enfatiza a prática profissional dos Orientadores 
(as) Educacionais – OE nas Escolas da Rede Pública Municipal de Pelotas/RS; 
assim como sua pesquisa aponta para a “[...] necessidade de investimentos do 
poder público municipal para o fortalecimento da rede de proteção social às 
crianças, adolescentes e adultos que buscam a escola, a designação de 
apenas uma escola para o Orientador Educacional, redução da jornada de 
trabalho, qualificação profissional permanente, aumento do número de 
profissionais na rede e sistematização das reuniões com os Orientadores da 
Rede Municipal”. 
 
 
 
41 
 
Guia de Estudo: 
Após a leitura dos artigos, realize um texto argumentativo sobre a contribuição 
do Orientador Pedagógico e disponibilize no ambiente virtual para socializar 
com seus colegas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
Leitura Obrigatória 
Caro estudante, a seguir visando contribuir 
para a ampliação dos seus conhecimentos, 
propomos que você leia a obra da 
professora doutora Mírian Paura S. Zippin 
Grinspun, “A Orientação Educacional: 
Conflito de Paradigmas e Alternativas para 
a Escola”. A obra aborda a Orientação 
Educacional na sua origem, nos seus 
aspectos legais, na sua história e nas próprias 
relações que ela mantém dentro da escola. Os 
aspectos sociais, políticos, culturais, o advento 
das novas tecnologias, inserem os indivíduos 
dentro de um novo cenário em que suas ações, fruto desta nova realidade, 
precisam ser pensadas, analisadas à luz de uma reflexão sobre esse novo 
contexto. Não é a Orientação Educacional a responsável pelos problemas dos 
alunos; todos são responsáveis na escola, mas o Orientador revela/desvela, 
analisa/reflete, ajuda/colabora na crítica desse processo. 
 
GRINSPUN, Míriam P. S. Zippin. A Orientação Educacional: conflito de 
paradigmas e alternativas para a escola. 5ª Edição. CORTEZ, 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
Propomos também a leitura da obra: “Orientação 
Educacional na Prática - Princípios Técnicas 
Instrumentos” das professoras Wilma Millan Alves 
Penteado, Lia Renata Angelini Giacaglia. Esta 
obra foca essencialmente a realidade educacional 
brasileira, contribuindo, sobretudo, para a 
formação e um melhor desempenho por parte do 
Orientador Educacional. 
 
PENTEADO, Wilma Millam Alves; GIACAGLIA, Lia Renata Angelini. 
Orientação Educacional na Prática – princípios técnicas Instrumentos. 6ª 
Edição, 2010. 
 
Guia de Estudo: 
Após a leitura das obras indicadas, faça um texto abordando o que você 
encontrou de mais relevante e disponibilize na sala virtual para socializar com 
seus colegas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
Pesquisando na Internet 
 
Prezado estudante, com o objetivo didático e a fim de buscar outras 
visões sobre a Orientação Educacional no contexto escolar brasileiro, nosso 
alvo nesta disciplina, é convidar você a realizar na Internet investigações a 
partir dos seguintes assuntos: 
 
 Os limites e possibilidades da atuação dos Orientadores Educacionais 
junto às escolas brasileiras; 
 O trabalho desenvolvido pelos Orientadores Educacionais no atual 
contexto educacional visando o crescimento pessoal e profissional dos 
estudantes; bem como as políticas de formação, inicial e contínua, dos 
Orientadores Educacionais. 
 
 
Guia de Estudo: 
 
Após suas pesquisas faça um texto abordando os assuntos acima e 
disponibilize na sala virtual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
Vendo com os olhos de ver 
Prezado estudante, assista à entrevista com a professora Doutora 
Heloisa Lück sobre as dimensões em gestão escolar e suas competências. 
Em foco – Eloísa Luck. 
Assista também aos vídeos com a professora Ana Vital sobre: 
 Orientação Educacional. 
Orientação Educacional – implementação e importância. 
 
 
Guia de Estudo: 
Após assistir aos vídeos responda: 
a) Quais as ideias chaves abordadas nos vídeos? 
b) Estabeleça uma comparação (semelhanças e diferenças) entre as ideias 
exploradas no vídeo e as práticas cotidianas de Orientação educacional que 
você conhece nas escolas brasileiras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
Revisando 
 
O sucesso da disciplina é determinado também a partir das 
aprendizagens apreendidas e retomada das ideias apresentadas em cada 
unidade de estudo, isto é, a retomada das questões que nortearam as 
reflexões, assim como a apresentação das ideias consumatórias são 
elementos essenciais para a construção de novas práticas docentes. 
 
Na primeira unidade de estudo aprendemos diferentes definições 
clássicas sobre quem é o Orientador Educacional. Entretanto, trabalhamos com 
a definição e compreensão que o Orientador Educacional é aquele profissional 
que deve, entre inúmeras atribuições, acompanhar e zelar pela frequência dos 
estudantes. Assim como desenvolver um trabalho socioeducativo com foco no 
estudante e sua família e, como desdobramento, contribuindo para o sucesso 
do processo educativo, bem como para seu bem-estar social. 
 
Na segunda unidade de estudo, tratamos de aprofundar nossos 
conhecimentos acerca do papel, atribuições do Orientador Educacional no 
contexto das escolas brasileiras. Fica claro que há ainda divergências em 
relação às atribuições desse profissional. O que torna seu trabalho, muitas 
vezes, perpassado por dilemas e descompassos, pois o Orientador 
Educacional acaba assumindo responsabilidades em relação aos estudantes, 
que são, na maioria das vezes, dos familiares, dos professores, entre outros. 
 
Por fim, na terceira unidade de estudo, enfatizamos que o Orientador 
Educacional deve desenvolver seu trabalho em uma perspectiva de 
coletividade, ou seja, de modo articulado ao trabalho dos professores, 
coordenador pedagógico e gestor escolar, assim como deve construir uma 
estreita relação com as famílias dos estudantes de modo a envolvê-los no 
processo escolar e, por consequência, contribuir para a suplantação da 
repetência e evasão escolar, dificuldades de aprendizagem, entre outros 
problemas que tem implicações no processo de aprendizagem. 
 
47 
 
Autoavaliação 
 
1) Trabalhando-se no sentido do “ainda não”, do “vir a ser”, e com a certeza 
de que não existem modelos de orientação educacional perfeitos na 
educação básica, masvislumbrando mudanças sob a ótica do possível, 
vale a pena pensarmos: 
 Em que os estudos feitos interferiram em minhas/nossas concepções e 
práticas acerca da atuação do Orientador Educacional? 
 Como sonhamos concretizar os estudos realizados em torno da atuação 
do Orientador Educacional? 
 O que foi novo enquanto fundamentação teórica para minha formação? 
 Que marcas de aprendizagem eu destaco desta disciplina? 
 
 
2) Visando aguçar o seu senso crítico em relação ao Orientador 
Educacional, preencha a tabela abaixo: 
 
Concepção de 
Orientador 
Educacional 
O que faz o 
orientador 
educacional? 
Como faz? O que é 
necessário 
fazer? 
 
 
 
 
48 
 
Bibliografia 
 
 
BALESTRO, M. A trajetória e a prática da orientação educacional. Revista 
Prospectiva, n. 28, 2004/2005. 
 
FRANCO, Maria Amélia do Rosário Santoro. Para um currículo de formação de 
pedagogos: indicativos. In:Pedagogia e pedagogos:caminhos e perspectivas. 
CORTEZ, 2011. 
 
GARCIA, Regina Leite. Especialistas em Educação, os mais novos 
responsáveis pelo fracasso escolar. In: ALVES, Nilda; Garcia, Regina Leite. 
(Orgs.). O fazer e o pensar dos supervisores eorientadores educacionais. 
São Paulo: Edições Loyola, 1994. 
 
GIACAGLIA, L. R. A. Orientação educacional na prática: princípios, técnicas, 
instrumentos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. 
 
___________. Orientação Vocacional por atividades: uma nova teoria e uma 
nova prática. São Paulo: Thomson, 2003. 
 
GIACAGLIA, Maria Cecília. Gestão estratégica de eventos. São Paulo, 
Cengage Learning, 2010. 
 
GRINSPUN, Mírian Paura S. Zippin. A Orientação Educacional: Conflito de 
Paradigmas e Alternativas para a Escola. 5ª ed. Ed. Cortez. 2011. 
 
GRINSPUN, Mírian Paura Sabrosa Zippin. A orientação educacional: 
conflito de paradigmas e alternativas para a escola. Cortez editora, 2001. 
 
____________. Orientação Educacional: Conflitos de paradigmas e 
alternativas para a escola. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2006. 
 
__________. A orientação educacional. São Paulo: Cortez, 2001. 
 
PENTEADO, Wilma Millam Alves; GIACAGLIA, Lia Renata Angelini. 
Orientação Educacional na Prática – princípios técnicas Instrumentos. 6ª 
Edição, 2010. 
 
PLACCO, V. M. N. de S. Formação e prática do educador e do orientador. 
Campinas: Papirus, 1994. 
 
RANGEL, Mary. “Orientação Educacional e suas ações no contexto atual 
da Escola”. Editora: VOZES, 2015. 
 
RODRIGUES, Neidson. Lições do príncipe e outras lições. São Paulo: 
Cortez, 1985. 
 
49 
 
 
SIBILIA, Paula. Redes ou paredes: a escola em tempos de dispersão; 
tradução Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012. 
 
SILVA, Jaqueline Luiza da. Orientação e Supervisão Educacional - 
Reflexões Sobre o Fazer Pedagógico. Editora: Walk, 2014. 
 
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Coordenação do trabalho pedagógico: 
do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula. 8. ed. São Paulo: 
Libertad, 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
Bibliografia Web 
 
ALMEIDA, Daniela. Orientador Educacional: o mediador da escola. In: 
Revista Nova Escola, 2009. Disponível em: 
https://novaescola.org.br/conteudo/450/mediador-escola 
 
ANTUNES, Margarete Hirdes. A contribuição do orientador educacional na 
política da educação- um estudo na rede municipal de ensino de Pelotas – 
RS. Dissertação ( Mestrado em Política Social) - Universidade Católica de 
Pelotas. Pelotas, 2009. Disponível em: 
http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/bitstream/tede/128/1/Margarete%20final.pdf 
 
BARBOSA, Priscila Maria Romero. Conhecendo a história da orientação 
educacional. 2014. Disponível em: 
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0430.html 
 
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Brasília: Gráfica do Senado, 1988. 
Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. 
Acesso em: 12 jun. 2017. 
 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9394/1996. 
Brasília: Gráfica do Senado, 1996. Disponível em: 
<http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/ldb.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2017. 
 
BRASIL. Lei n. 5540/68, de 28 de novembro de 1968. Fixa normas de 
organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com a 
escola média, e dá outras providências. Disponível em: 
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-5540-28-novembro-1968-
359201-publicacaooriginal-1-pl.html Acesso em: fev. 2017. 
 
BRASIL. Lei n. 5692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o 
ensino de 1º e 2º graus e dá outras providências. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5692.htm 
. Acesso em: fev. 2017. 
 
CARVALHO, Hausblene. O papel do orientador educacional na escola. 
2009. Disponível em: https://www.webartigos.com/artigos/o-papel-do-
orientador-educacional-na-escola/21631/ 
 
DANTAS, Márcia Medeiros. A contribuição do orientador educacional no 
processo de inclusão escolar em uma escola rural do Distrito Federal. 
2011. Disponível em: 
<http://bdm.bce.unb.br/bitstream/10483/2415/1/2011_MarciaMedeirosDantas.p
df>. Acesso em: 05 jun. 2017. 
 
 
51 
 
LONGO, M.; PEREIRA, Z. C. O papel do orientador educacional na 
promoção do relacionamento interpessoal entre alunos e professores 
contribuindo no processo ensino aprendizagem. PERSPECTIVA, Erechim. 
v.35, n.132, p.183-196, dezembro/2011. Disponível em: 
http://www.uricer.edu.br/site/pdfs/perspectiva/132_243.pdf 
 
OLIVEIRA, Eny da Luz Lacerda; ALENCAR, Eunice Maria Lima Soriano de. 
Criatividade e escola: limites e possibilidades segundo gestores e 
orientadores educacionais. Revista Semestral da Associação Brasileira de 
Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 14, Número 2, Julho/Dezembro 
de 2010: 245-260. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pee/v14n2/a07v14n2 
 
PASCOAL, Miriam; HONORATO, Eliane Costa; ALBUQUERQUE, Fabiana 
Aparecida de. O orientador educacional no Brasil. Educ. rev. n.47 Belo 
Horizonte jun. 2008. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
46982008000100006&lng=pt&nrm=iso 
 
PASCOAL, Raissa. O papel do orientador educacional. Disponível em: 
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/233/o-papel-do-orientador-educacional 
 
PIMENTA, Selma Garrido. Formação de professores: identidade e saberes da 
docência. In: PIMENTA, Selma Garrido. (Org). Saberes pedagógicos e 
atividade docente. São Paulo: Cortez Editora, 1999. (p. 15 a 34). Disponível 
em:https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1978920/mod_resource/content/1/T
exto-%20Pimenta-%201999-FP-%20ID%20%20e%20SD.pdf 
 
RUIZ, Maria José Ferreira. Trabalho coletivo na escola pública: 
contribuições pedagógicas de Anton Semionovitch Makarenko. Org& 
Demo. Marília, v.9, n.1/2, p. 223-240, jan./dez. 2008. Disponível em: 
http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/orgdemo/article/view/62/68 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
Vídeos 
 
LUCK, Heloísa. Em foco. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=Ii67fV1Wp74 
VIDAL, Ana. Orientação Educacional. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=2kSoE_DZSyc 
VIDAL, Ana. Orientação Educacional: implementação e importância. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9C5_4t7JfKQ 
 
 
 
53 
 
 
54 
 
 
55

Outros materiais