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Diversidade animal - Unidade III Os Invertebrados – Parte II Os Artrópodes – Filo Arthropoda

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Diversidade animal
Os Invertebrados – Parte II: Os Artrópodes – Filo Arthropoda
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Priscila Granado
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
5
•	Características gerais
•	Filo Arthropoda: subfilo Chelicerata
•	Filo Arthropoda: subfilo Uniramia
•	Filo Arthropoda: subfilo Crustacea
•	Os insetos e os humanos
Não deixe de fazer os exercícios e, quando possível, veja os materiais complementares sugeridos.
Em caso de dúvidas, não hesite em registrá-las no espaço criado para este fim no ambiente 
virtual de aprendizagem.
Nesta Unidade é interessante que você estabeleça paralelos 
com o que foi visto nas unidades anteriores. Que fiquem claras 
as novidades evolutivas observadas até aqui e de que maneira 
essas contribuíram para o sucesso desses organismos nos 
diferentes ambientes.
Os Invertebrados – Parte II: Os 
Artrópodes – Filo Arthropoda
6
Unidade: Os Invertebrados – Parte II: Os Artrópodes – Filo Arthropoda
Contextualização
Para esta Unidade é necessário que se sejam estabelecidas relações com o conteúdo das 
unidades anteriores, considerando-se as novas características morfológicas e fisiológicas 
verificadas nos artrópodes e de que maneira essas permitiram a conquista de uma diversidade 
de ambientes por esses animais invertebrados.
Sobre tal cenário é importante considerar que:
Referência
BRUSCA, R. C.; BRUSCA, G. J. Invertebrados. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2007.
Os primeiros artrópodes provavelmente surgiram nos mares antigos 
do Pré-Cambriano, há mais de 600 milhões de anos e, no início 
do Cambriano, os crustáceos já estavam bem estabelecidos. Os 
artrópodes passaram por uma enorme irradiação evolutiva desde 
então e, hoje em dia, ocorrem em virtualmente todos os ambientes 
da Terra, explorando qualquer tipo imaginável de estilo de vida. A 
formas modernas variam de tamanho desde ácaros e crustáceos 
minúsculos, com menos de 1mm de comprimento, até os 
caranguejos gigantes do Japão, cujo diâmetro com pernas abertas 
excede 3m. Existe um número estimado de 1.097.289 espécies 
viventes descritas de artrópodes, embora o número exato não seja 
conhecido. Os artrópodes constituem 85% de todas as espécies de 
animais descritas (BRUSCA; BRUSCA, 2007, p. 476).
7
Características gerais
Nesta Unidade veremos os artrópodes que, certamente, é o maior filo do reino animal. 
Suas características gerais consistem em uma ampla distribuição ocorrendo nos ambientes 
aquáticos e terrestres, de modo que podem ser carnívoros, herbívoros, ou ainda onívoros. São 
organismos protostômios, ou seja, blastóporo origina boca, celomados verdadeiros com órgãos 
bem desenvolvidos e, assim como anelídeos, possuem o corpo dividido em metâmeros, sendo 
que cada um desses segmentos possui um par de apêndices articulados. Artrópodes têm uma 
tendência a formar tagmas, que são metâmeros fundidos, formando regiões especializadas em 
uma função, tendo os apêndices diferenciados para uma divisão de trabalho.
Se observarmos no ambiente, veremos que artrópodes possuem grande diversidade, 
inúmeras espécies e ampla distribuição, podendo ser encontrados em diferentes espaços, com 
diversos hábitos alimentares, além da fácil adaptação às diferentes condições ambientais. Para 
facilitar nosso estudo, segue abaixo um Quadro contendo algumas das estruturas e características 
fisiológicas que proporcionaram o sucesso desse filo:
Quadro 1 – Estruturas e características fisiológicas do filo Arthropoda.
Exoesqueleto
Estrutura que confere proteção sem alterar a eficiência na mobilidade. 
É revestido por cutícula, composta por quitina, substância resistente e 
insolúvel em água, substâncias alcalinas e ácidos fracos. O exoesqueleto 
não é expansível, assim, para crescer o artrópode precisa fazer a muda 
ou ecdise.
Segmentação e apêndices
Cada metâmero possui um par de apêndices e, em alguns casos, há um 
arranjo diferenciado em que as estruturas tornam-se especializadas em 
diferentes funções. Apêndices apresentam cerdas sensoriais.
Ar transportado em sentido 
direto às células
As formas terrestres apresentam um sistema de respiração traqueal, que 
é um conjunto de tubos que leva o oxigênio diretamente para as células 
e tecidos, permitindo alta eficiência metabólica. Os organismos aquáticos 
respiram por brânquias.
Órgãos sensoriais 
desenvolvidos
Apresentam olhos compostos, órgãos relacionados ao tato, olfato, audição, 
equilíbrio e recepção química. Através dessas estruturas conseguem 
perceber muito bem o ambiente.
Comportamentos complexos Possuem comportamentos e atividades complexas.
Metamorfose limita 
competição intraespecífica
Os artrópodes passam por modificações que incluem uma forma 
larval diferente da forma adulta. Essas duas formas distintas possuem 
alimentação e ocupam espaços distintos, diminuindo a competição 
dentro da espécie. 
8
Unidade: Os Invertebrados – Parte II: Os Artrópodes – Filo Arthropoda
As características do grupo são a presença de seis pares de apêndices, sendo um par de 
quelíceras, um par de pedipalpos e quatro pares de apêndices que são para locomoção. Não 
apresentam mandíbulas e antenas e a alimentação é geralmente realizada sugando os líquidos 
da presa. São animais pertencentes a esse subfilo as aranhas, carrapatos, ácaros e escorpiões. 
Dentro de Chelicerata há três classes:
•	 Classe Merostomata – constituída por animais chamados euriptéridos ou escorpiões 
de água gigantes. Esses organismos já foram extintos, mas eram semelhantes aos límulos 
e com os escorpiões terrestres. Também faz parte dessa classe os límulos, animais que 
possuem uma carapaça não segmentada em forma de ferradura, abdômen largo e 
apresentam um longo télson.
•	 Classe Pycnogonida – são animais conhecidos como aranhas do mar. Têm como 
características um corpo pequeno e fino com quatro pares de pernas longas e finas. 
Algumas espécies apresentam quelíceras e palpos e a boca encontra-se no final de uma 
probóscide, que suga o líquido de animais de corpo mole. 
Filo Arthropoda: subfilo Chelicerata
Fonte: Didier Descouens/wikimedia commons
Figura 1 – Limulus.
Fonte: Didier Descouens / Wikimedia Commons
Figura 2 – Aranha do mar Pycnogonum sp. Esse 
gênero é comum na região de entremarés dos EUA.
Fonte: Hans Hillewaert / Wikimedia Commons
9
•	 Classe Arachnida – diversa e engloba aranhas, escorpiões, pseudoescorpiões, escorpiões-
vinagre, carrapatos, ácaros e opiliões. Os tagmas (regiões especializadas) desses animais 
são o cefalotórax e o abdômen, sendo que o par de quelíceras, par de pedipalpos e quatro 
pares de pernas encontram-se no cefalotórax. Outra característica desse grupo é não 
apresentarem antenas nem mandíbulas. A maioria possui hábitos predadores e estruturas 
inoculadoras, que são pedipalpos e quelíceras modificados e glândulas de veneno. Como 
não possuem mandíbulas, o consumo se dá através da sucção dos fluidos e tecidos moles 
das presas por meio de uma faringe sugadora. 
Como essa classe possui os animais mais conhecidos desse subfilo, veremos com mais atenção 
suas ordens.
Aranhas – ordem Araneae:
As aranhas possuem um cefalotórax e um abdômen não segmentados e unidos por um 
pedicelo. Apresentam como apêndices um par de quelíceras com garras no final por onde 
passam os dutos das glândulas de veneno e um par de pedipalpos. Possuem quatro pares de 
pernas para se locomoverem e que também terminam em garras. Entre as estruturas diferentes 
encontradas nesses organismos estão os túbulos de Malpighi, que auxiliam no processo de 
excreção. Também possuem oito olhos simples, utilizados para percepção de objetos em 
movimento, mas alguns podem formar imagens. Apresentam cerdas sensoriais em forma de 
pelos, que também auxiliam na percepção do ambiente.
 
 Atenção
Dentrodo filo Arthropoda há o subfilo Trilobita, aqui apresentado como nota, pois os organismos 
pertencentes a esse subfilo encontram-se extintos. Acredita-se que os espécimes de trilobitas surgiram 
antes do período Cambriano, mas foi nesse intervalo de tempo que se desenvolveram. Estão extintos 
há duzentos milhões de anos e receberam o nome pelo fato de o corpo ser trilobado devido à 
presença de duas fendas longitudinais.
Figura 3 – Fóssil de trilobita. 
Fonte: Ghedoghedo / Wikimedia Commons
10
Unidade: Os Invertebrados – Parte II: Os Artrópodes – Filo Arthropoda
Escorpiões – ordem Scorpionida:
Escorpiões são animais que possuem o hábito de se esconder em tocas ou sob outros objetos 
durante o dia, saindo para se alimentarem durante a noite.
Os tagmas dos escorpiões são divididos em cefalotórax curto, portador dos apêndices, de um 
par de olhos medianos e de dois a cinco pares de olhos laterais. Os outros tagmas são um pré-
abdômen de sete segmentos e um pós-abdômen de cinco segmentos que chamamos de cauda 
e que terminam em um aguilhão. Essa estrutura consiste em uma base bulbosa e uma ponta 
curvada para a injeção do veneno. Uma característica inovadora nesses animais é a presença 
do pécten, correspondente a um conjunto de pentes presentes na região ventral do abdômen, 
com função tátil à exploração do solo e reconhecimento de parceiro sexual.
 
 Atenção
O veneno produzido pelas aranhas costuma ser inofensivo para seres humanos e as espécies mais 
venenosas picam somente quando se sentem ameaçadas ou quando os ovos ou os organismos jovens 
estão em perigo. Entre as espécies com veneno mais potente estão as do gênero Latrodectus (viúva 
negra), que possui coloração escura e uma mancha vermelha ou laranja em forma de ampulheta 
na região ventral do abdômen. Seu veneno é neurotóxico e age no sistema nervoso. Também há a 
Loxosceles (aranha marrom), que possui coloração marrom e tem como característica a presença de 
uma mancha em formato de violino na região dorsal. Seu veneno é hemolítico, causando a morte 
dos tecidos e da pele em torno da picada. 
Figura 5 – Loxosceles sp., conhecida como 
aranha marrom.
Fonte: Marshal Hedin / Wikimedia Commons
Figura 4 – Latrodectus sp., 
conhecida como viúva negra.
Fonte: Wikimedia Commons
Fonte: Kmo5ap / Wikimedia Commons
Figura 6 – Escorpião Androctonus sp.
11
Opiliões – ordem Opiliones:
Nesses organismos o cefalotórax e o abdômen são fundidos e o abdômen apresenta 
segmentação externa. Possuem quatro pares de pernas longas e finas, as quelíceras terminam 
em uma pinça e têm como hábito alimentar a detritivoria.
Ácaros e carrapatos – ordem Acari:
São organismos amplamente conhecidos e de importância médica e econômica. Os ácaros 
ocorrem em ambientes aquáticos e terrestres, desertos, regiões polares, fontes termais e diversos 
são parasitas. 
Ácaros são aracnídeos que se diferem de todos os demais, pois apresentam cefalotórax 
e abdômen totalmente fundidos. Possuem uma estrutura denominada capítulo, em que são 
encontrados os apêndices utilizados para a alimentação em volta da boca. Esses apêndices 
constituem-se em uma quelícera de cada lado da boca, que servem para perfurar, dilacerar, ou 
ainda agarrar o alimento e, logo em seguida, nas quelíceras encontra-se um par de pedipalpos. 
Significativa parte dos ácaros é de vida livre, mas algumas espécies vivem em poeira domiciliar, 
sendo responsáveis por alergias e dermatites. Algumas espécies são marinhas, mas a maioria é 
de água doce. 
Ácaros apresentam importância econômica, pois algumas espécies são pragas agrícolas, 
sugando o conteúdo das células vegetais. Outras espécies são conhecidas por parasitar 
vertebrados, inclusive humanos, causando irritação, dermatite e transmissão do tifo por 
transportarem a bactéria do gênero Rickettsias. Algumas espécies também causam a sarna em 
humanos e animais domésticos.
Figura 7 – Opilião.
Fonte: Dick Belgers / Wikimedia Commons
 
 Atenção
Os carrapatos são apenas uma das subordens de Acari.
12
Unidade: Os Invertebrados – Parte II: Os Artrópodes – Filo Arthropoda
A principal diferença dos crustáceos com os demais animais artrópodes é a presença de dois 
pares de antenas. Além dessas estruturas, apresentam também um par de mandíbulas, dois 
pares de maxilas e um par de apêndices em cada segmento do corpo, sendo que essas estruturas 
são primitivamente birremes (dois ramos).
De maneira geral, o corpo de um crustácea é constituído por um rostro não segmentado na 
região anterior e um télson também não segmentado e os urópodes na região posterior. 
Figura 8 – Ácaro Demodex foliculorum, que 
vive nos folículos pilosos de humanos.
Fonte: Alan R Walker / Wikimedia Commons
Filo Arthropoda: subfilo Crustacea
Abdômen
Pleópodes
apêndices
natatórios
Télson
Urópode
Apêndice ambulatório
Cefalotórax
13 segmentos
6 segmentos
Antena
Rostro
Carapaça
Olho
Antênula
Mandíbula
Maxila
Maxilípedes
Quelípode
1o apêndice
ambulatório
Tórax
Figura 9 – Partes constituintes de um crustáceo, no caso, um camarão.
Fonte: Wikimedia Commons
13
Uma característica importante de artrópodes e que os diferencia da maioria dos organismos 
invertebrados vistos até aqui é que a cavidade corporal é a hemocele preenchida por sangue e 
não o celoma. 
Abaixo são descritas as classes pertencentes a esse filo e suas principais características:
•	 Classe Remipedia – apresentam características primitivas e são encontrados em 
cavernas ligadas ao mar;
•	 Classe Cephalocarida – é um grupo pequeno, com poucas espécies conhecidas. Não 
possuem olhos, carapaça ou apêndices abdominais;
•	 Classe Branchiopoda – também apresentam características primitivas, apresentando 
a primeira antena e a segunda maxila com tamanhos reduzidos. Os apêndices possuem 
forma achatada e funcionam como órgãos respiratórios;
Figura 10 – Crustáceo Remipedia.
Fonte: Joris van der Ham / Wikimedia Commons
Figura 11 – Crustáceo Cephalocarida.
Fonte: Greg Rouse
Figura 12 – Crustáceo Branchiopoda, no 
caso, uma Daphnia.
Fonte: Hajime Watanabe / Wikimedia Commons
14
Unidade: Os Invertebrados – Parte II: Os Artrópodes – Filo Arthropoda
•	 Classe Maxillopoda – apresentam como características gerais cinco somitos cefálicos, 
seis torácicos, quatro abdominais e o télson. É dividida em seis subclasses, as quais:
•	 Subclasse Ostracoda – são organismos pequenos, com carapaça bivalve. Os 
hábitos de vida são diversos, vivendo no fundo ou sobre plantas, enquanto alguns 
são plânctônicos ou se enterram no fundo. Podem ser encontrados em ambientes 
marinhos e de água doce;
•	 Subclasse Mystococarida – crustáceos também diminutos que vivem na água 
intersticial entre grãos de areia;
•	 Subclasse Copepoda – são pequenos e alongados. Não possuem carapaça e 
apresentam olho mediano. Importantes ecologicamente, dominam a base da teia 
alimentar em comunidades aquáticas. Algumas espécies são parasitas de outros 
invertebrados marinhos e peixes de importância econômica; 
•	 Subclasse Tantulocarida – são ectoparasitas de outros crustáceos;
•	 Subclasse Branchiura – não apresentam brânquias e têm como hábito a condição 
de parasitas de peixes marinhos e de água doce;
•	 Subclasse Cirripedia – neste grupo encontram-se as cracas, organismos que 
apresentam como característica o envolvimento do corpo por uma concha de 
placas calcárias e são sésseis quando adultos. Também apresentam como apêndices 
torácicos os cirros com cerdas que utilizam para alimentação.
•	 Classe Malacostraca – trata-se do maior grupo de crustáceos. Entre as diversas ordens 
encontradas nesta classe, constam:
•	 Ordem Isopoda – esses crustáceos ocuparam com grande sucesso o ambiente 
terrestre, além de povoarem os ambientes marinho e de água doce. As formas 
terrestresconhecidas são os famosos tatuzinhos de jardim, que encontram-se 
embaixo de pedras e em lugares úmidos. As formas marinhas conhecidas são as 
baratas da praia, que pertencem ao gênero Ligia; 
•	 Ordem Amphipoda – são comprimidos lateralmente e há organismos marinhos e 
de água doce. Um exemplo comum de amphipoda são os gamarídeos;
•	 Ordem Euphausiacea – os espécimes desta ordem têm como característica 
diferencial serem bioluminescentes, devido à presença de um órgão chamado 
fotóforo e de uma substância produtora de luz. São de grande importância, pois 
constituem a maior parte da alimentação de baleias e peixes. Um dos animais mais 
conhecidos dessa ordem é o Krill;
•	 Ordem Decapoda – seus representantes são amplamente conhecidos como camarões, 
caranguejos, siris e lagostas. Apresentam importância ecológica e econômica. Como 
característica morfológica possuem carapaça fundida, olhos pedunculados e os três 
primeiros pares de apêndices torácicos modificados em maxilípedes.
15
Entre esses estão os numerosos insetos que, assim como os outros artrópodes, possuem 
adaptações tanto estruturais quanto fisiológicas, tornando-os organismos extremamente versáteis.
O padrão corpóreo de insetos consiste basicamente em três tagmas (regiões especializadas): 
cabeça, tórax e abdômen; sendo que os apêndices concentram-se na cabeça e tórax.
As classes que constituem esse subfilo são:
•	 Classe Chilopoda – os organismos pertencentes a esta classe são as conhecidas 
centopeias. Cada segmento apresenta apêndices, com exceção do que se encontra logo 
após à cabeça e os dois últimos do corpo. Encontram-se em locais úmidos, são ágeis e de 
hábitos alimentares carnívoros.
•	 Classe Diplopoda – são os chamados “piolho de cobra”. Encontram-se em locais 
úmidos e escuros e a maioria apresenta hábitos herbívoros. O costume de se enrolarem 
vem do fato de que esses organismos movimentam-se devagar e, quando perturbados, 
enrolam-se na tentativa de maior proteção.
•	 Classe Pauropoda – são organismos pequenos e com cabeça pequena, antenas ramificadas 
e não possuem olhos, apenas um par de órgãos sensoriais semelhantes a olhos. Encontram-
se em locais úmidos, também embaixo de folhas e vegetação em decomposição.
Filo Arthropoda: subfilo Uniramia
Figura 13 – Organismo da classe Chilopoda.
Fonte: Thomas Quine / Wikimedia Commons
Figura 14 – Organismo da classe Diplopoda. 
Fonte: Thomas Shahan / Wikimedia Commons
16
Unidade: Os Invertebrados – Parte II: Os Artrópodes – Filo Arthropoda
•	 Classe Symphyla – também são animais pequenos, parecidos com centopeias. 
Encontram-se em húmus e material vegetal em decomposição. São conhecidos por serem 
pragas de flores e outros vegetais em estufas. 
Depois de estudar esses grupos, veja agora a classe diversa e abundante dos Insecta, pois 
dedicaremos maior atenção a essa classe em função de sua grande importância econômica 
e ecológica.
•	 Classe Insecta – como característica morfológica apresentam três pares de pernas e 
dois pares de asas na região do tórax, lembrando que alguns possuem apenas um par e 
outros não as apresentam. 
Insetos apresentam grande distribuição, sendo encontrados no ambiente terrestre, de água 
doce e poucos no ambiente marinho. Essa ampla distribuição deve-se ao fato de diversos 
voarem e por se adaptarem aos diversos ambientes. Veja abaixo quais são as características 
gerais encontradas nesses animais:
Quadro 2 – Características gerais da classe Insecta.
Tagmas
Possuem as partes especializadas do corpo divididas em cabeça, tórax 
e abdômen.
Adaptações
Apresentam diferentes adaptações para locomoção, alimentação (de modo 
que possuem diferentes aparatos bucais, de acordo com o item alimentar).
Circulação
Apresentam coração tubular na região pericárdica que movimenta a 
hemolinfa. Sua circulação é facilitada pelos movimentos do corpo.
Trocas gasosas
Possuem sistema traqueal, rede de tubos que se liga a todas as partes do 
corpo, tornando a respiração mais eficiente. Pode incluir sacos aéreos, 
que são traqueias dilatadas. As formas aquáticas podem respirar por 
difusão através da parede do corpo, ou através de brânquias traqueais.
Figura 15 – Organismo da classe Pauropoda. 
Fonte: David Maddison / Wikimedia Commons
Figura 16 – Organismo da classe Symphyla.
Fonte: Soniamartinez / Wikimedia Commons
17
Excreção
Assim como aranhas, apresentam túbulos de Malpighi. Há secreção 
de potássio para dentro dos túbulos, o que absorve água por osmose 
e produz fluido. Sais e água são absorvidos nas porções dos túbulos e 
excretados na forma de ácido úrico.
Sistema nervoso
Há fusão de gânglios com sistema de fibras gigantes. Apresentam células 
neurossecretoras, que possuem função endócrina.
Comumente associamos os insetos a fatos ruins, no entanto, esquecemos da importância 
ecológica e econômica que inúmeros apresentam. Se não fossem esses pequenos organismos, 
quem faria a polinização de algumas plantas? Diversos insetos são os responsáveis pela fertilização 
de espécies vegetais e produção de insumos de uso humano, como mel e cera (produzidos pelas 
abelhas) e seda (produzida pelo bicho-da-seda).
Se considerarmos a questão da polinização, desde cedo veremos que insetos e plantas 
desenvolveram adaptações mútuas ao longo do processo evolutivo, evolução que trouxe 
vantagens para ambos. Há espécies de insetos predadores que destroem insetos daninhos, 
participam da cadeia alimentar de outros animais, servindo de alimento para inúmeras aves, 
peixes e outros animais.
Claro que nem todos são benéficos, alguns são entendidos como pragas, consumindo e 
destruindo plantações. Outros são responsáveis pela propagação de doenças sérias, como a 
malária e a febre amarela, transmitidas por mosquitos. Moscas domésticas transmitem febre 
tifoide e moscas tsé-tsé transmitem a doença do sono. Também há os percevejos sugadores de 
sangue, que transmitem a doença de chagas. 
antenas
celos
fronte
clípeo
labro
coxa
trocanter
tímpano
estígmas
tarso
pós-tarso
garra
arólio
fêmur
tibia
tibia
tarso
mandíbula
lábio
cabeça tórax
Olho
composto
I
II
III
Abdome
Asa posterior
ovipositor
cerco
vértice
Figura 17 – Morfologia externa de um inseto (gafanhoto, ordem Orthoptera).
Fonte: Giancarlo Dessì / Wikimedia Commons
Os insetos e os humanos
18
Unidade: Os Invertebrados – Parte II: Os Artrópodes – Filo Arthropoda
Atualmente é comum o uso de inseticidas para o controle desses organismos, especificamente 
os que atacam plantações comerciais. Contudo, inúmeros produtores consideram apenas os 
efeitos danosos causados por esses organismos, esquecendo-se da importância ecológica que 
possuem, onde são parte integrante de teias alimentares e possuem grande importância na já 
comentada polinização, além de serem responsáveis pela decomposição de matéria orgânica e 
consequente reposição dessa no solo, tornando-o fértil. Assim, torna-se cada vez mais urgente 
o uso consciente e desenvolvimento de novos inseticidas que não extingam esses animais tão 
importantes. Abaixo seguem figuras de alguns insetos popularmente conhecidos:
Figura 18 – Abelha (ordem Hymenoptera).
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 19 – Borboleta (ordem Lepidoptera). 
Fonte: Paulo rsmenezes / Wikimedia Commons
Figura 20 – Gafanhoto (ordem Orthoptera).
Fonte: Gilles San Martin / Wikimedia Commons
Figura 21 – Besouro (ordem Coleoptera).
Fonte: Thomas TK Tungnung / Wikimedia Commons
 
 Atenção
Neste material teórico nos referimos à classe Insecta de maneira geral, sem entrar em maiores 
especificidades, mas esta classe é constituída por aproximadamente trinta ordens, sendo algumas 
descritas brevemente a seguir:
19
•	 Ordem Archaeognatha – lembram traças, mas o corpo tem formato mais cilíndrico;
•	 Ordem Thysanura– são as traças verdadeiras;
•	 Ordem Ephemeroptera – são as efêmeras, insetos que apresentam asas e a forma 
adulta vive apenas algumas horas;
•	 Ordem Odonata – são as libélulas;
•	 Ordem Blattodea – são as baratas;
•	 Ordem Isoptera – os cupins são organismos que pertencem a esta ordem;
•	 Ordem Mantodea – os animais que pertencem a este grupo são os louva-a-deus;
•	 Ordem Dermaptera – os organismos assim classificados são as tesourinhas;
•	 Ordem Orthoptera – são os gafanhotos;
•	 Ordem Phasmida – são os bichos-pau;
•	 Ordem Mantophasmatodea – é a mais recente ordem descrita, não sendo aceita por 
diversos cientistas. São parecidos com Phasmida, Grylloblattodea e Dermaptera;
•	 Ordem Phthiraptera – são os piolhos;
•	 Ordem Hemiptera – são as cigarras, pulgões e cochonilhas;
•	 Ordem Coleoptera – são os besouros;
•	 Ordem Diptera – são os mosquitos e as moscas;
•	 Ordem Lepidoptera – são as borboletas e as mariposas;
•	 Ordem Hymenoptera – são os organismos conhecidos como vespas, abelhas e formigas.
Estudo mostra que redução de insetos polinizadores ameaça cultivos 
do mundo
Washington, 28 fev. 2013 (AFP)
A diminuição da população de insetos polinizadores silvestres, 
devido à perda de seu hábitat pelo aquecimento global ameaça a 
produção agrícola mundial, advertiu esta quinta-feira um estudo 
internacional publicado nos Estados Unidos. Os 50 cientistas que 
participaram do trabalho analisaram dados provenientes de 600 
campos de cultivos de frutas, café ou diferentes tipos de frutas secas 
em 20 países. Eles comprovaram que as abelhas domésticas não 
são polinizadoras tão eficazes quanto outros insetos na natureza, 
20
Unidade: Os Invertebrados – Parte II: Os Artrópodes – Filo Arthropoda
sobretudo como as abelhas silvestres. A queda contínua no número 
destes insetos desperta o temor de consequências nefastas para 
as colheitas e torna necessário manter e gerir a diversidade destes 
polinizadores para aumentar a produção agrícola a longo prazo, 
insistem os autores em um estudo publicado na edição desta 
quinta-feira da revista científica Science. “Nosso estudo demonstra 
que a produção de um grande número de frutas e de grãos que 
permitem a variedade da alimentação está limitado porque suas 
flores não são suficientemente polinizadas”, afirmou Lawrence 
Harder, professor de biologia da Universidade de Calgary, no 
Canadá, um dos coautores do estudo. “Observamos que o fato 
de trazer mais abelhas domésticas a estas zonas de cultivo não era 
suficiente para solucionar o problema, que requer um crescimento 
no número de insetos polinizadores silvestres”, acrescentou. 
 As flores da maior parte dos cultivos devem receber o pólen antes 
de produzir grãos e frutos, um processo amplificado pelo trabalho 
dos insetos. Estes polinizadores silvestres, como as abelhas, as 
moscas e os besouros, vivem geralmente em hábitats naturais ou 
seminaturais, como florestas, cercas vivas ou pradarias que são cada 
vez menos habituais, devido à sua conversão em terrenos agrícolas. 
“Paradoxalmente a maior parte dos enfoques para aumentar a 
eficácia da agricultura como o cultivo de todas as terras disponíveis 
e o uso de pesticidas, reduz a abundância e a variedade de insetos 
polinizadores que poderiam aumentar a produção destes cultivos”, 
explica o biólogo. Os autores deste estudo destacam a importância 
de por em andamento novas tentativas de integrar a gestão das 
abelhas domésticas e os polinizadores silvestres com uma maior 
preservação de seu hábitat. Destacam, ainda, que o rendimento 
agrícola mundial seria aumentado, permitindo aumentar a produção 
agrícola a longo prazo (ESTUDO MOSTRA..., 2013). 
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Material Complementar
Para complementar o estudo dos artrópodes, que é um grupo extremamente extenso e 
diverso, consulte o seguinte material:
 
 Explore
•	 BRUSCA, R. C.; BRUSCA, G. J. Invertebrados. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2007. cap. 16-19.
•	 DISCOVERY CHANNEL. Discovery na escola – planeta vida: o mundo dos insetos, primeiro 
segmento. 16 nov. 2012. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=CRkd6ZgcAbw>. 
Acesso em 18 ago. 2014.
•	 HICKMAN JR., C. P.; ROBERTS, L. S.; LARSON, A. Princípios integrados de Zoologia. 11. 
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. cap. 18-20.
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Unidade: Os Invertebrados – Parte II: Os Artrópodes – Filo Arthropoda
Referências
BRUSCA, R. C.; BRUSCA, G. J. Invertebrados. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2007. cap. 16-19.
ESTUDO mostra que redução de insetos polinizadores ameaça cultivos do mundo. 28 
fev. 2013. Disponível em: <http://economia.uol.com.br/noticias/afp/2013/02/28/estudo-mostra-que-
reducao-de-insetos-polinizadores-ameaca-cultivos-do-mundo.htm>. Acesso em: 18 ago. 2014.
HICKMAN JR., C. P.; ROBERTS, L. S.; LARSON, A. Princípios integrados de Zoologia. 11. 
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. cap. 18-20.
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Anotações
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Tel: (55 11) 3385-3000

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