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Relatório Coleta e análise de sangue venoso

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Universidade Federal do Rio de Janeiro
Centro de Ciências da Saúde
Faculdade de Farmácia
Relatório I
Bioquímica Clínica
Coleta e análise de sangue venoso
Cristina Pousas Menezes
Rio de Janeiro
	Introdução
	Uma boa coleta significa: rapidez, eficiência, qualidade de atendimento e menor sofrimento ao paciente, por isso o responsável tem que ser capaz de resolver qualquer problema que eventualmente poderá encontrar no seu dia a dia.
	O conhecimento teórico das técnicas de coleta de sangue pode ser obtido em cursos teórico-científicos, porém, os conhecimentos práticos sobre coleta e as reações que poderão ocorrer durante este procedimento são adquiridos através de experiências pessoais ou de informações prestadas por outros profissionais.
	A coleta da amostra é parte fundamental na determinação de uma variável analítica, pois, sendo o único contato entre o paciente e o laboratório, a não observância da correta preparação deste paciente, conduzirá a erros significativos.
	As variáveis pré-analíticas são variação cronobiológica, gênero, idade, posição da coleta, atividade física, jejum, dieta, e uso de fármacos e drogas de abuso.
	O controle de qualidade no laboratório clínico tem seu início antes da coleta da amostra. A exatidão da análise começa a ser obtida através da obtenção adequada da amostra, da utilização de material apropriado e do respeito às variáveis pertinentes à coleta. 
	Uma vez que a amostra é obtida e enviada ao laboratório os erros podem originar-se durante o período anterior à análise.	A maior parte das análises é realizada no soro pois pressupõe-se que a distribuição entre fração celular e extracelular da maioria dos componentes é aproximadamente a mesma. Isto geralmente é válido e, quando tal não acontece, deve-se verificar os efeitos da hemólise sobre a concentração.
	Para a determinação de algumas substâncias, torna-se necessário inibir a coagulação do sangue através do uso de anticoagulantes, obtendo-se assim o plasma. Outras vezes, para a obtenção de resultados precisos deve-se utilizar conservantes, agindo de maneira eficiente no mecanismo de coagulação.
	Objetivo
Realização da coleta e análise de sangue venoso.
	Materiais
Algodão
Álcool 70%
Garrote
Agulha
Piloto
Tubos de coleta à vácuo
Estante 
Descarte
Bandagem (curativo pós-punção)
	Método da coleta de sangue
	Para a realização da coleta, chama-se o paciente pelo nome completo e solicita-se o assentamento do mesmo.
	Prepara-se todo o material de coleta na frente do paciente e mostra-se que a agulha é descartável.
	Quebra-se o lacre da agulha e a coloca no adaptador do sistema à vácuo.
	Em seguida, pede-se ao paciente que deixe o braço bem estendido, garroteando próximo ao local escolhido e solicita-se que o mesmo abra e feche a mão.
	Seleciona-se a melhor veia para realizar a punção. Retira-se o garrote e prepara-se o material de coleta (piloto+tubo de coleta à vácuo).
	Coloca-se o garrote novamente e faz-se a antissepsia do local a ser puncionado com álcool a 70%, esperando a ação do antisséptico, isso evitará com que o paciente sinta ardor durante a penetração da agulha e o risco de hemólise da amostra. Não toca-se mais no local. 
	Retira-se o protetor da agulha e solicita-se que o paciente feche a mão.
	Com o bisel voltado para cima e tubo de coleta dentro do adaptador punciona-se o local escolhido e pede-se ao paciente que abra a mão.
	Realiza-se uma pressão para que a agulha fure a borracha da tampa do tubo de coleta, sendo assim, o sangue começa a entrar no tubo.
	Dependendo do exame, retira-se o tubo (realizando a homogeneização no tubo, se necessário) e coloca-se outro no adaptador.
	Enquanto desata o garrote, retira-se a agulha do braço do paciente com o auxílio de um pedaço de algodão seco e faz-se uma leve pressão por alguns segundos.
	Finaliza-se a coleta pedindo ao paciente que mantenha o braço em posição horizontal sem dobrá-lo, enquanto isso descarta-se a agulha no seu descarte ideal e em seguida identifica-se o tubo colocando o nome de cada paciente. 
	Resultados e Discussão
	Existem certos cuidados que devem ser tomados para evitar erros na análise dos exames do paciente.
	Deve-se registrar o horário da coleta, pois algumas proteínas, hormônios e outras substâncias estarão em concentrações diferentes dependendo do horário do dia. Como, por exemplo, a creatina quinase, o cortisol e etc.
	Deve-se referir o uso de medicamentos ou drogas, incluindo o tempo de uso e a dosagem, pois estes podem ser indutores ou inibidores enzimáticos, que irão alterar o resultado bioquímico.
	A notificação do gênero é essencial, pois os valores de referência são diferentes para homens e mulheres. Assim como a idade também influencia muito, não somente por causa dos valores de referência, mas também devido à coleta, pois em crianças, a agulha a ser utilizada tem menor calibre. E em idosos, a variação dos resultados é bem maior.
	A posição da coleta influencia no resultado bioquímico e hematológico, pois na posição supina para ereta há um afluxo de água, concentrando as moléculas e os níveis de albumina, colesterol, hematócrito e o número de leucócitos podem ser superestimados.
	O esforço físico pode causar aumento da atividade sérica de algumas enzimas. O lipidograma sofre muita interferência.
	De 8 a 12 horas de jejum é o preconizado para a realização da coleta. Deve-se evitar jejuns muito prolongados, pois os níveis de T3 e T4 ficam diminuídos. Alguns pacientes realizam um jejum prolongado para baixar os níveis de colesterol e glicose plasmáticos.
	Há ainda algumas alterações como hemólise, que pode decorrer de brusca homogeneização ou na transferência do sangue coletado por seringa para o tubo. O estado emocional do paciente também interfere na análise, pois no paciente nervoso, ansioso, pode haver vasoconstricção, alterando assim, os resultados.
	O uso de álcool, em fase esporádica ou crônica ,deve ser relatado, pois em uso crônico há um aumento de gama glutamiltransferase, entre outras alterações bioquímicas. Enquanto o uso do tabaco aumenta os níveis de hemoglobina e leucócitos, além de adrenalina, aldosterona e cortisol e diminui o HDL.
	O laboratório pode recusar algumas amostras, como amostra insuficiente, amostra incorreta, problemas no acondicionamento ou no transporte a amostra.
	Existem 3 tipos de punção: arterial, venosa e capilar. 
	A punção arterial é realizada apenas por enfermeiros, segundo a resolução Cofen nº 358, de 15 de outubro de 2009, que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. Observe a figura 1.
 Figura 1. Punção arterial
	A punção venosa é a realizada em exames de rotina. Na realização da coleta, existem 2 veias de acesso preferido: a veia cubital média e a veia cefálica.
	A punção capilar é um meio seguro e eficiente para coletar uma amostra de sangue quando somente uma pequena quantidade de sangue é necessária, como por exemplo, o teste do pezinho.
	Não se deve selecionar um braço com mastectomia ou amputação nem um local em que o paciente foi submetido à infusão intravenosa.
	Há uma ordem de coleta e os tubos de coleta são separados por cor. Quando o paciente possui mais de um exame solicitado e estes exames necessitam de materiais diferentes que devem ser coletados em recipientes diferentes, deve-se obedecer uma sequência para coleta dos materiais para que não haja contaminação dos aditivos de um tubo para outro, o que ocasiona grandes alterações em alguns parâmetros analíticos. 
	A sequência de coleta para tubos plásticos de coleta de sangue é tubo com citrato de sódio (tampa azul), tubo sem anticoagulante (tampa vermelha ou tampa amarela), tubo com heparina (tampa verde), tubo com EDTA (tampa roxa) e tubo com fluoreto de sódio (tampa cinza). Observe a figura2.
	Os principais erros de punção são: punção incorreta do bisel, transfixação do vaso, punção imprecisa, aspiração incompleta e colabamento da parede do vaso.
	
Figura 2.
Tubos de coleta separados por cor .
	Conclusão
	Para uma análise de coleta sanguínea, algumas variáveis pré-analíticas devem ser levadas em consideração, assim como, a realização de uma coleta com rapidez, eficiência, qualidade de atendimento e menor sofrimento ao paciente. Assim, garantindo uma análise eficiente e resultados fidedignos.
	Bibliografia
	http://www.professoraangela.net/documents/coleta.html - Acessado em 18/04/2013.
	http://novo.portalcofen.gov.br/resoluo-cofen-n-3902011_8037.html?repeat=w3tc – Acessado em 18/04/2013
	http://relatoriobiomedicina.no.comunidades.net/index.php?pagina=1235407620 – Acessado em 18/04/2013
	http://www.biomedicinabrasil.com/2011/12/tubos-para-coleta-de-sangue.html - Acessado em 18/04/2013
	Material didático disponibilizado pela disciplina Bioquímica Clínica, ministrado ao curso de Farmácia, UFRJ.
Figura 1. 
https://www.google.com.br/search?q=pun%C3%A7%C3%A3o+arterial&hl=pt-BR&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=0ghwUeaoMYTU9AS-7YG4Aw&sqi=2&ved=0CC0QsAQ&biw=1366&bih=643#imgrc=jKJmJEJeVPn9IM%3A%3B4r7KBp5gBH2zpM%3Bhttp%253A%252F%252F1.bp.blogspot.com%252F-yf9-4_Q-6i8%252FTVwubMJqjYI%252FAAAAAAAAAJE%252FXQ0EYqelRWY%252Fs1600%252FSangue%252BArterial.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fenfermagemcontinuada.blogspot.com%252F2011%252F02%252Fcoleta-de-sangue-arterial.html%3B400%3B251 
Figura 2.
http://www.google.com.br/imgres?hl=pt-BR&biw=1366&bih=600&tbm=isch&tbnid=1dOUIihsyVehyM:&imgrefurl=http://analisesclinicas-souni.blogspot.com/2010/12/pessoal-esta-e-tabela-basica-que-tenho.html&docid=PpkaGZdTnqsseM&imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_J0knLBS8T_I/TP-_BXxeVkI/AAAAAAAAACU/Ml4Zkkr_6jw/s1600/tubo.bmp&w=944&h=615&ei=WgpwUY27FZPo8wSShoHYCg&zoom=1&ved=1t:3588,r:0,s:0,i:79&iact=rc&dur=1702&page=1&tbnh=180&tbnw=257&start=0&ndsp=17&tx=165&ty=66

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