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Coleção Pesquisa em Educação Física ‐ Vol.5, nº 1 – 2007 ‐ ISSN: 1981‐4313 39 A METODOLOGIA DE ENSINO DO MINI-VOLEIBOL E DO VOLEIBOL CONVENCIONAL NA MOTICAÇÃO E NA APRENDIZAGEM DE ESCOLARES Josmar Coelho da Silva1; Fábio Heitor Alves Okazaki2; Victor Hugo Alves Okazaki3; Jeffer Eidi Sasaki4; Wagner de Campos5. 1,2CEMOVH/Instituto Compartilhar; 3CEMOVH/USP; 4COMOVH/UFPR; 5UFPR RESUMO O voleibol tem se tornado um dos esportes com maior participação popular nos últimos anos (SCHULTZ, 1999). Mesmo sendo um jogo simples este é difícil de aprender (BAACKE, 1976). Atualmente este é ensinado com bola oficial, em quadra de dimensões oficiais, para crianças de todas as idades o que torna o esporte pouco motivante para os iniciantes (OKAZAKI, 2002). Sugere-se então uma adaptação do método pra que o esporte seja ensinado a criança, usando-se o método do mini-vôlei. Este trabalho teve como objetivo, verificar a diferença entre a metodologia do mini-vôlei e o voleibol convencional nas variáveis de método de aprendizado e motivação. A amostra foi composta por 127estudantes da 5º série do ensino fundamental do Colégio Estadual Luiza Ross, a amostra foi dividida em dois grupos G1 e G2. O grupo G1 composto por crianças que vivenciaram a metodologia do mini-voleibol, o grupo G2 vivenciou o voleibol convencional. Os valores foram obtidos através de questionário, após dois meses de prática, com questões referentes a aprendizagem e a motivação para os dois grupos, obtendo valores percentuais para cada uma das vaiáveis. As médias para G1 foram de 83,09% para motivação e 63,40% para a aprendizagem. As médias de G2 foram de 70,83 para motivação e 66,66 para o método. Observou-se que o grupo de mini- vôlei (G1) apresentou médias maiores de motivação e valores menores no método em relação ao método convencional. Palavras chave: Motivação, aprendizagem e voleibol. INTRODUÇÃO Notou-se que a prática do desporto coletivo voleibol é muito restrita, e poucos são os seus praticantes em escolas de ensino fundamental. Embora as crianças gostem da modalidade, eles acabam encontrando grandes dificuldades na realização da técnica dos fundamentos e na realização do jogo devido as dimensões da quadra. Na busca de facilitar este trabalho, adequando as características do esporte, diminuindo-se as dimensões de quadra, o número de participantes, adaptando-se as regras e trocando-se a bola oficial por uma bola mais leve. Cabe aos professores, a responsabilidade de orientar a criança para as atividades em que pode sobressair... (JACQUIN, 1991). Segundo Weineck, “para ensinar a criança estão em primeiro plano, os problemas de adaptação à idade e ao nível de desenvolvimento, assim como aqueles de perspectiva de logo prazo”. Foi proposto na escola Luisa Ross, com crianças de quinta série, um trabalho com o mini-vôlei, com o objetivo de propiciar a elas um maior número de ações durante o jogo, facilitando assim o processo de aprendizagem dos fundamentos. Diante do processo apresentado, inicialmente a ideia forneceria maior e mais rápida aprendizagem e de forma mais motivante aos praticantes. Motivação pode ser definida simplesmente como a direção e a intensidade de nossos esforços (SAGE, 1977). Cada um de nós desenvolve uma visão pessoal de como a motivação funciona... tanto de um modo consciente como subconsciente (WENBERG E GOULD, 2002). A motivação associa-se a palavra motivo, este é definido como alguma força interior, impulso, intenção, etc. que leva uma pessoa a fazer algo ou agir de uma certa forma (MAGGIL, 2001). A motivação é um fator interno que dá início, dirige e integra o comportamento de uma pessoa (MURRAY, 1978). A motivação é a variável chave tanto na aprendizagem como no desempenho em contextos esportivos e de exercício. Entretanto, as vezes as pessoas esquecem que a motivação não é apenas uma variável influenciando o comportamento. (WENBERG E GOULD, 2002). Coleção Pesquisa em Educação Física ‐ Vol.5, nº 1 – 2007 ‐ ISSN: 1981‐4313 40 Um dos principais fatores que interferem no comportamento de uma pessoa é, indubitavelmente, a motivação, que influi, com muita propriedade, em todos os tipos de comportamentos, permitindo um maior envolvimento ou uma simples participação em atividades que se relacionem com: aprendizagem, desempenho e atenção (RODRIGUES citado por PAIM, 2003). A motivação é caracterizada como um processo ativo, intencional e dirigido a uma meta, o qual depende da interação de fatores pessoais (SAMULSKI, 1995). As crianças tendem a desistir de atividades que não lhes pareçam motivantes, e o voleibol é um jogo simples, mas difícil de aprender (BAACKE, 1974). Por este motivo procura-se um meio de tornar o jogo mais atraente e facilitado. “O mini-volleyball é a melhor maneira de introduzir o jogo e de aprender os fundamentos. Deste modo, cada jogador toca na bola muitas vezes, e as distâncias que ele terá de cobrir serão menores, logicamente mais adequadas ao seu grau de conhecimento. Crianças menores de 12 anos poderão participar do jogo. Além do seu valor pedagógico, o jogo dá oportunidade de desenvolver o interesse pelo esporte e leva as crianças a descobrir e apreciar este tipo de jogo, o qual passarão a apreciar o por toda a vida, jogadores ou espectadores”. (Manual do Treinador, 1976). O método proposto e utilizado nas aulas, para a aprendizagem foi o Global, onde a prática dos fundamentos acontecia com jogos pré-desportivos e pouco tempo era gasto em se ensinar a técnica fora da realidade do jogo. Devido a questão de poucas vivências com a modalidade esportiva voleibol, principalmente no contexto escolar, o método de ensino através do jogo fica bem evidenciada, e torna a aula mais motivante pra as crianças. Durante esta fase de aquisição global do desporte, faz com que o aluno compreenda os objetivos e os significados da modalidade e o conhecimento fundamental das regras (BAÑUELOS, 1986). Devido a estas questões referentes a aprendizagem e motivação da modalidade esportiva por escolares, e da necessidade de mais pesquisas na área de motivação, “os professores que são responsáveis por esta formação na sua grande maioria, não fazem pesquisas na área da motivação” (MOREIRA, FOX, SPARKES, 1996). Observa-se atualmente, uma grande preocupação com a iniciação esportiva da modalidade voleibol. O modo convencional como este é ensinado, e as dificuldades na aprendizagem nos levam a pensar em uma metodologia diferente, adaptada, mais simplificada, o min-vôlei (OKAZAKI, 2002). Este estudo pretende descobrir a percepção de aprendizagem e motivação das crianças de acordo com cada metodologia de ensino do voleibol. METODOLOGIA A pesquisa se caracteriza com um estudo descritivo, Survey, com a utilização de questionário, sendo os dados descritos em valores médios. A amostra foi composta por 127 estudantes, de 11 a 13 anos do ensino público, da 5º série do ensino fundamental do Colégio Estadual Luiza Ross, da cidade de Curitiba, Paraná. A amostra foi dividida em dois grupos sendo G1 os que participaram das aulas com a metodologia do mini-vôlei (duas turmas) e G2 do voleibol convencional (duas turmas). Foi utilizado para este estudo, um questionário, validado por análise de conteúdo, com 17 perguntas fechadas, sendo 7 referentes a aprendizagem e 10 de ordem motivacional. Todos os dados foram apresentados em escala de razão (BARROS e REIS, 2003, p.12). Os dados foram coletados pelo próprio pesquisador, após o período de aulas do bimestre, de acordo com o planejamento do departamento de Educação Física do estabelecimento. A coleta foi realizada em sala de aula, sob a orientação do mesmo, quanto ao preenchimento das questões, sem tempo determinado para o término e de forma individual. Coleção Pesquisa em Educação Física ‐ Vol.5, nº 1 – 2007 ‐ ISSN:1981‐4313 41 RESULTADOS E DISCUSSÃO Gráfico 1: MOTIVAÇÃO 1 76,36 23,64 83,33 16,67 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Média(%) Sim Não Sim Não Mini-Vôlei Vôlei Você gostava de volei antes da aula de educação fisica? Mini-Vôlei Sim Mini-Vôlei Não Vôlei Sim Vôlei Não O gráfico acima mostra os valores médios de interesse pela modalidade antes de iniciar o conteúdo voleibol. Como podemos observar 76,36% das crianças do mini-vôlei apresentaram um índice satisfação ou prazer pelo voleibol antes de realizarem as aulas de Educação física já as crianças do Voleibol convencional 83,33% de satisfação. Quanto ao fator negativo de não gostar do esporte a ser praticado os índices apresentaram variáveis significativas sendo 23,64 para os alunos do mini-vôlei e 16,67 para os alunos do voleibol convencional. Gráfico 2: MOTIVAÇÃO 2 94,55 5,45 95,83 4,17 0 20 40 60 80 100 Média (%) Sim Não Sim Não Mini-Vôlei Vôlei O jogo de volei após a aula de educação física passou a ser um esporte legal? Mini-Vôlei Sim Mini-Vôlei Não Vôlei Sim Vôlei Não O gráfico 2, mostra que após o conteúdo voleibol ter sido aplicado, ambas as crianças apresentaram um aumento do interesse na atividade, diminuindo assim consideravelmente o número de crianças desinteressadas pelo esporte apresentado. Gráfico 3: MOTIVAÇÃO 3 74,55 25,45 81,94 18,06 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Média (%) Sim Não Sim Não Mini-Vôlei Vôlei Seus companheirosa gostavam de fazer aula de volei? Mini-Vôlei Sim Mini-Vôlei Não Vôlei Sim Vôlei Não O gráfico acima demonstra o quanto a criança percebe que seus companheiros se sentiam motivados a realizar o jogo de vôlei. Porém observamos que o número de participantes e interessados no voleibol convencional supera os alunos do mini-vôlei em 7,39% devido aproximação com jogo de fato como é conhecido pelo aprendiz. Gráfico 4: MOTIVAÇÃO 4 92,73 7,27 86,11 13,89 0 20 40 60 80 100 Média % Sim Não Sim Não Mini- Vôlei Vôlei Você achava chato jogar voleibol na sua aula de educação fisica? Mini-Vôlei Sim Mini-Vôlei Não Vôlei Sim Vôlei Não Coleção Pesquisa em Educação Física ‐ Vol.5, nº 1 – 2007 ‐ ISSN: 1981‐4313 42 O gráfico da página anterior mostra o nível de interesse que os alunos apresentavam para a aula de voleibol. O aprendizado do voleibol devido a alta e exigente definição técnica dos fundamentos onde não possibilita ao aprendiz um domínio da bola dificulta um pouco o aprendizado. Como podemos observar no gráfico, ambas as turmas avaliadas apresentam índices aproximados de com baixa motivação, este fato pode ser explicado por estes não terem vivenciado esta aula, pois ambas as turmas estavam iniciando seu ciclo escolar na 5ª série do ensino fundamental. Gráfico 5: MOTIVAÇÃO 5 89,09 10,91 80,56 19,44 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Média (%) Sim Não Sim Não Mini-Vôlei Vôlei As equipes jogavam muitas vezes na aula de educação física? Mini-Vôlei Sim Mini-Vôlei Não Vôlei Sim Vôlei Não O gráfico 5, demonstra a opinião das crianças quanto a quantidade de vezes que elas jogavam vôlei na aula. As crianças do mini-vôlei apresentam índices maiores de participação devido a distribuição das quadras que eram 4 mini quadras onde as mesmas jogavam 3x3 com uma pontuação de 07 pontos, tendo assim uma rotatividade maior de alunos. Já os alunos do voleibol convencional realizavam seus jogos 6x6 em uma quadra única , com uma pontuação de 10 pontos. Neste gráfico vários fatores contribuem para esta diferença: as dimensões da quadra, a área maior de jogo faz com que a bola tenha que percorrer um espaço maior, o rodízio na quadra dos alunos e a compreensão é menor. Gráfico 6: MOTIVAÇÃO 6 72,73 27,27 47,22 52,78 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Média (%) Sim Não Sim Não Mini-Vôlei Vôlei Quando você esta em horários livres você joga volei com seus amigos, irmãos ou parentes? Mini-Vôlei Sim Mini-Vôlei Não Vôlei Sim Vôlei Não O gráfico 6 nos mostra a quantidade de alunos que praticam voleibol em horários de lazer. Observando o gráfico acima notamos uma diferença considerável de uma turma para outra, um dos fatores que podem contribuir para estes números e observado na pesquisa é que as turmas de mini-vôlei apresentavam uma incidência maior de alunas do sexo feminino, no qual nesta faixa etária os meninos praticam o futebol como esporte em maior escala do que as meninas. Gráfico 7: MOTIVAÇÃO 7 76,36 23,64 63,89 36,11 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Média (%) Sim Não Sim Não Mini-Vôlei Vôlei Você gosta de executar a cortada do voleibol? Mini-Vôlei Sim Mini-Vôlei Não Vôlei Sim Vôlei Não O gráfico acima demonstra o interesse dos aprendizes no fundamento cortada, no qual é o mais apreciado pelos praticantes do esporte. O gráfico nos mostra um grau de satisfação maior nas crianças do mini-vôlei fator este devido as condições apresentadas neste método ou seja rede mais baixa, espaço menor para a criança executar o fundamento em si e os fundamentos que antecedem a cortada. Coleção Pesquisa em Educação Física ‐ Vol.5, nº 1 – 2007 ‐ ISSN: 1981‐4313 43 Gráfico 8: MOTIVAÇÃO 8 18,18 81,82 16,67 83,33 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Média (%) Sim Não Sim Não Mini-Vôlei Vôlei Você considera o voleibol um esporte dificil de se aprender? Mini-Vôlei Sim Mini-Vôlei Não Vôlei Sim Vôlei Não O gráfico 8 apresenta uma consideração técnica sobre a dificuldade de aprender o Voleibol. Os aprendizes como podemos observar apresentaram números aproximados considerando um esporte fácil de aprender. O que podemos considerar é a dificuldade que este esporte apresenta na sua fase inicial. Como avaliamos crianças de 5ª série do ensino fundamental e as aulas foram voltadas para um caráter lúdico do aprendizado a maioria não apresentou maiores dificuldades no momento em que executavam as aulas nos diferentes métodos apresentados. Gráfico 9: MOTIVAÇÃO 9 72,73 27,27 59,72 40,28 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Média (%) Sim Não Sim Não Mini-Vôlei Vôlei Você assiste vôlei pela televisão? Mini-Vôlei Sim Mini-Vôlei Não Vôlei Sim Vôlei Não O gráfico acima apresenta referências sobre o acompanhamento ou interesse dos alunos pelo voleibol por meios de comunicação. Os números são bem expressivos novamente mas não podemos fazer a mesma relação ao sexo acredito ser uma questão preponderante para esta diferença, talvez a compreensão do jogo durante a aula o entendimento venha trazer um interesse maior destes alunos. Gráfico 10: MOTIVAÇÃO 10 100,00 0,00 98,61 1,39 0 20 40 60 80 100 Média (%) Sim Não Sim Não Mini-Vôlei Vôlei Você gosta do seu professor? Mini-Vôlei Sim Mini-Vôlei Não Vôlei Sim Vôlei Não O gráfico apresenta a boa relação do aluno com seu professor. Acredito que esta relação é fundamental para o aprendizado dos alunos seja em qualquer atividade, pois o interesse destes alunos depende da motivação dos profissionais que atuam diretamente com eles. Gráfico 11: APRENDIZAGEM 1 76,36 23,64 75,00 25,00 0 20 40 60 80 Média (%) Sim Não Sim Não Mini -Vôlei Vôlei Você conseguiu realizar as ações do jogo como saque, toque , manchete e cortada? Mini -Vôlei Sim Mini -Vôlei Não Vôlei Sim Vôlei Não O gráfico 11 avaliou o quanto os alunos conseguiram realizar os fundamentos durante o jogo, notou-se um equilíbrio em ambos os métodos, foi observado durante as aulas que na primeira parte onde Coleção Pesquisa em Educação Física ‐ Vol.5, nº 1 – 2007 ‐ ISSN:1981‐4313 44 os alunos realizavam os fundamentos individualmente os mesmos demonstravam um grande aproveitamento, enquanto que no momento do jogo propriamente dito as ações do método mini-vôlei demonstravam um melhor aproveitamento no desenvolvimento ou sequência maior do jogo. Gráfico 12: APRENDIZAGEM 2 80 20 45,86 54,16 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Média % Sim Não Sim Não Mini-Vôlei Vôlei Você tocava na bola varias vezes quando estava jogando? Mini-Vôlei Sim Mini-Vôlei Não Vôlei Sim Vôlei Não O gráfico acima buscou avaliar se os alunos participavam ativamente do jogo tocando na bola, notamos uma acentuada diferença de um método para outro onde as crianças do mini-vôlei tiveram um aproveitamento de 80% e o método tradicional 45%%%%. Diante destes resultados apresentados podemos analisar que um espaço menor possibilita aos aprendizes que participem ativamente do jogo fator este que no método tradicional muitas vezes não acontece. Gráfico 13: APRENDIZAGEM 3 69,09 30,91 52,78 47,22 0 10 20 30 40 50 60 70 Média (%) Sim Não Sim Não Mini -Vôlei Vôlei Quando você estava jogando sua equipe conseguia realizar os três toques do jogo? Mini -Vôlei Sim Mini -Vôlei Não Vôlei Sim Vôlei Não O gráfico acima apresenta dados referentes ao aspecto coletivo do jogo, devida a grande dificuldade que os alunos nesta faixa etária apresentam em construir o jogo, os dados coletados no método mini-vôlei apresentam índices positivos desta construção salientando que as dimensões da quadra para execução destes toques eram menores. No método tradicional notamos um equilíbrio nestes índices onde 52% conseguiam realizar, observa-se aqui a dificuldade das crianças realizarem o saque e a recepção do mesmo. Gráfico 14: APRENDIZAGEM 4 60 40 66,67 33,33 0 10 20 30 40 50 60 70 Média (%) Sim Não Sim Não Mini -Vôlei Vôlei Você conseguia devolver a bola para o outro lado com certa facilidade? Mini -Vôlei Sim Mini -Vôlei Não Vôlei Sim Vôlei Não O gráfico da página anterior demonstra o processo final da construção jogo, notou-se neste item um certo equilíbrio dos métodos fator este devido há muitas realizações de bolas diretas sendo passadas para outro lado no momento do jogo, levando em consideração ser um processo inicial de aprendizagem para alunas de 5ª série do ensino fundamental estas ações passam a ser normais. Coleção Pesquisa em Educação Física ‐ Vol.5, nº 1 – 2007 ‐ ISSN: 1981‐4313 45 Gráfico 15: APRENDIZAGEM 5 70,91 29,09 75,00 25,00 0 20 40 60 80 Média (%) Sim Não Sim Não Mini -Vôlei Vôlei Você achou fácil realizar um toque alto para o seu companheiro? Mini -Vôlei Sim Mini -Vôlei Não Vôlei Sim Vôlei Não O gráfico acima apresenta um equilíbrio dos métodos referindo-se a realizar um toque para seu companheiro existe uma pequena variação no momento do jogo este fundamento era realizado como levantamento e devido as dimensões da quadra serem diferentes alterava o processo final onde algumas bolas passavam do companheiro e outras ficavam muito curtas. Gráfico 16: APRENDIZAGEM 6 72,73 27,27 79,16 20,83 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Média (%) Sim Não Sim Não Mini -Vôlei Vôlei O tamanho da quadra facilitava o jogo? Mini -Vôlei Sim Mini -Vôlei Não Vôlei Sim Vôlei Não O gráfico acima apresenta dados diretos referentes a pesquisa onde observamos que para as crianças não houve uma relação direta na aprendizagem pois ambos os métodos propiciava condições de desenvolver o jogo com agentes facilitadores ,o que observou neste item e apresentado gráficos acima era os agentes motivadores para o jogo de ambos os métodos passando então não ter relevância para criança o tamanho da quadra. Gráfico 17: APRENDIZAGEM 7 63,64 36,36 43,06 56,94 0 10 20 30 40 50 60 70 Média (%) Sim Não Sim Não Mini -Vôlei Vôlei Você conseguia realizar a cortada no seu jogo de aula? Mini -Vôlei Sim Mini -Vôlei Não Vôlei Sim Vôlei Não O gráfico acima evidencia o fundamento mais admirado pelos aprendizes a cortada, o dados apresentados favorecem o método do mini-vôlei em escala considerável em relação ao método tradicional, alguns fatores contribuem para isso como: dimensão da quadra onde o aprendiz consegue realizar o passe para o levantador e posteriormente executar o fundamento, pouco erro de saque da equipe adversária, a rede menor, etc. CONCLUSÃO Diante dos dados referentes a motivação, apresentados nos resultados podemos concluir que o fator motivacional das crianças nesta fase do aprendizado, embora os métodos utilizados apresentem suas particularidades não influenciam diretamente na aula, pois ambos mantêm um nível de motivação elevado no momento em que estão desenvolvendo a sua prática. Alguns dados sofrem algumas alterações não pela dificuldade de se aprender o esporte, mas pela influência cultural do esporte no País, onde o futebol em todas as aulas se apresenta de forma evidenciada pelos alunos. Coleção Pesquisa em Educação Física ‐ Vol.5, nº 1 – 2007 ‐ ISSN: 1981‐4313 46 Vale ressaltar que no momento das aulas principalmente no jogo pré-desportivo ocorre uma maior motivação por parte dos alunos do mini-vôlei pelo fato do método apresentar uma rotatividade maior destes na quadra de jogo. Quanto aos dados referentes a aprendizagem dos alunos, podemos concluir que existem variáveis acentuadas de um método para outro acredito que quando a criança entende a atividade ela passa a participar e realizar as ações com mais eficácia. No método do mini-vôlei algumas ações estão amplamente evidenciados na pesquisa. Um dos pontos importantes foi na questão do “aluno tocar várias vezes na bola no momento do jogo”, nesta fase inicial da aprendizagem para a criança muitas vezes o gesto técnico correto não é o mais sim sentir-se parte integrante do jogo. O aspecto coletivo do voleibol ficou bem evidenciado no mini-vôlei onde os alunos conseguem desenvolver e construir o jogo de forma quase natural. Os dois métodos sem duvida propiciam aprendizagem, porém cabe ao professor a escolha do método mais adequado e que propicie ao aluno mais motivação e adequação a sua faixa etária. Sugerem- se novos estudos sobre o tema envolvendo a iniciação da modalidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BAÑUELOS, F. S. Bases para uma didáctica de la educacóin física y el deporte. Gymonos. Madrid, 1986. BARROS, M., V. G.; REIS, R. S. Análise de Dados em Atividade Física e Saúde. 1º edição, 215 p. Londrina-Pr, 2003. CLAPAREDE, E. La Psychologie de I’ inteligence. Scientas, 1937. JACQUIN, G. 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