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03 MUSICOTERAPIA

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MUSICOTERAPIA
Introdução 
• A Musicoterapia é uma terapêutica que
visa, através de seus componentes –
ritmo, melodia e harmonia -, colaborar no
tratamento de distúrbios de natureza
orgânica, psíquica, emocional e cognitiva.
• Seus efeitos tendem a agir no âmbito
da interação social, das relações
interpessoais, da transmissão de
informações, do conhecimento, da
criatividade, entre outros.
• Este curso tem como objetivo de conquistar
para estas pessoas uma qualidade de vida
melhor. Entre os utentes/clientes que buscam
esse tratamento alternativo vêem-se
portadores de problemas motores, autistas,
deficientes mentais, pessoas com distúrbios
psíquicos e emocionais, gestantes e idosos.
O Musicoterapeuta 
• O musicoterapeuta é um profissional que
possui conhecimentos relacionados ao som
(propriedades, teoria musical, prática de
instrumentos, contextos históricos e
culturais), ao ser humano (anatomia,
fisiologia, psicologia, sociologia), e
conhecimentos específicos de sua área
(teorias, técnicas e métodos
musicoterapêuticos).
• Ele trabalha com o conjunto de sons,
fenômenos acústicos e movimentos
internos que caracterizam e individualizam
cada ser humano.
• Sendo assim, as sessões são elaboradas
por este profissional com base nas
necessidades de cada indivíduo/grupo a
ser atendido.
• Por meio de vivências musicais, o
musicoterapeuta entra em contato com as
características emocionais, a saúde física,
o funcionamento social, as habilidades
comunicacionais e cognitivas do
utente/cliente.
• Desta forma ele pode avaliar, acompanhar
e intervir terapeuticamente, buscando a
promoção do bem-estar.
• O musicoterapeuta pode atuar em
domicílio, em centro terapêutico particular,
em clínicas multidisciplinares, hospitais,
instituições de longa permanência, centros
de reabilitação, escolas e instituições
sociais.
• Há vários métodos utilizados pelos
musicoterapeutas. O receptivo se
restringe a utentes/clientes com sérios
problemas motores ou quando se
pretende trabalhar tão somente em um
aspecto do tratamento, com determinados
objetivos.
• Geralmente, porém, ela é ativa, e assim o
utente/cliente é quem toca os
instrumentos musicais, canta, dança ou
realiza algum trabalho musical com o
terapeuta.
• O profissional pode recorrer a várias
modalidades terapêuticas, tudo depende
de suas metas, bem como dos desejos e
das possibilidades do utente/cliente.
• Os encontros podem ser gravados e o
musicoterapeuta tem assim a opção de
trabalhar os temas oferecidos pelos que
se encontram em terapia.
• Ou é possível também realizar
interpretações musicais sobre as canções
elaboradas durante as sessões. Como a
elaboração musical é meramente
terapêutica, o utente/cliente não precisa
ter habilidades musicais.
• Já o musicoterapeuta precisa ser treinado
em vários instrumentos , entre eles o
violão, o piano e a percussão são os mais
comuns.
• A música atua na mente humana
harmonizando os hemisférios cerebrais, e
por consequência equilibrando
pensamento e sentimento.
• Alguns ritmos não são indicados para a
musicoterapia, como o rock, pulsante
demais para provocar relaxamento.
Ademais, cada ritmo tem como efeito um
resultado distinto no utente/cliente.
• Há músicas que despertam nostalgia,
outras provocam alegria, tristeza,
melancolia, entre outros sentimentos.
Depende intrinsecamente das metas de
cada um.
• Enquanto Bach auxilia no conhecimento e
na memória, Rossini, com sua obra
Guilherme Tell, e Wagner, com suas
Walkirias, são muito indicadas nos casos
de depressão.
• Por outro lado, as marchas irradiam uma
energia imprescindível para quem se
encontra em recuperação.
História da Musicoterapia 
• Para abordarmos esse assunto tão
fascinante, é necessário retrocedermos no
tempo e falarmos a respeito da utilização
da música e seus efeitos biológicos e
psicológicos no homem.
• Em papiros de Kahun de 1500 a.C.,
verifica-se a ação benéfica do som na
fertilidade da mulher. Cita a Bíblia que o
Rei Saul se acalmava com o som da
harpa tocada por Davi. Como podemos
notar, a Musicoterapia remonta aos mais
antigos tempos.
• A música é parte integrante da vida do
homem e veículo universal de suas
emoções.
• Dos rituais da cura energética às danças
de aldeia, ela foi manipulada pela Igreja,
estudada por filósofos, médicos e
musicistas, e é o veículo de comunicação
entre o concertista e a platéia.
• Seja qual for o propósito da música, ela
está sempre relacionada à experiência do
próprio homem desde que nasceu; fala de
suas emoções e age dentro de seus
limites sensoriais.
• A Musicoterapia como ciência e como
conotação terapêutica não tão "mágica",
passou a ser aplicada em utentes/clientes
dos hospitais de veteranos após o término
da 1ª Guerra Mundial.
• Em 1950 foi fundada a NAMT - National
Association for Music Therapy, com as
finalidades de: a) colaborar no
desenvolvimento do uso da música na
medicina; b) preparar o profissional
musicoterapeuta; c) estabelecer um
trabalho aliado à profissão médica.
• Em, aproximadamente, 50 anos de
pesquisas, tem sido testado o efeito que o
som exerce sobre os seres vivos e
comprovado, por exemplo, que plantas e
animais reagem a estímulos sonoros e
exposição mais prolongada à música
• O próprio feto pode ser atingido por sons
intra-uterinos, bem como sons externos.
Se o ser biológico procede dessa maneira
frente aos sons, mais podem eles agir
sobre o ser humano, dotado da razão que
lhe permite decodificar, interpretar e
expressar-se através da música.
Breve História da Musicoterapia no 
Brasil 
• Apesar de a música ser conhecida e utilizada
com seus fins terapêuticos e de cura
energética durante toda história, inclusive no
Brasil, o surgimento da Musicoterapia como
profissão e área do conhecimento no país
aconteceu apenas no século XX, na década
de 50, ou seja, há pouco mais de meio
século.
• Conquanto, a profissão propriamente dita
tem o ano de 1969 como data de seu
início oficial no Brasil, com a criação do
primeiro curso brasileiro de Musicoterapia.
• Alguns anos antes de seu aparecimento
no país, já haviam sido registradas,
durante a década de 40, pesquisas e
práticas musicoterápicas na Inglaterra e
nos Estados Unidos.
• Nesses países, a Musicoterapia surgiu no
contexto do pós-guerra, enquanto na
América do Sul a mesma surgiu a partir da
educação musical especial.
• Em 1948, no Rio de Janeiro, a professora
de música Liddy Mignon formou um curso
de educação musical especial no
Conservatório Brasileiro de Música (CBM),
semelhante ao curso de educadores
especiais de música da Argentina, surgido
na mesma época.
• Visava promover um programa de
treinamento para que professores de
música trabalhassem em instituições de
educação especial e hospitais
psiquiátricos.
• Dessa forma, no Rio de Janeiro da
década de 50 já há registros de trabalhos
com música em escolas regulares e de
educação especial e em hospitais e
instituições psiquiátricas, primeiramente
por educadores musicais.
A Musicoterapia nos dias 
de hoje
• Hoje compreendemos a Musicoterapia
com uma conceituação bem ampla: uma
disciplina que utiliza o som, o silêncio, o
ritmo, o movimento, o timbre, os
intervalos, a frequência, enfim todos os
elementos da música, para alcançar os
objetivos terapêuticos propostos.
• A Musicoterapia é um canal de
comunicação muito especial, alcançando
os clientes onde outras terapias não
surtem efeito.
• Sendo assim, a Musicoterapiapode ser
usada, em alguns casos, como um
processo terapêutico em si mesmo; em
outros, como preparação do cliente para
outras terapias; ou, ainda, para utilização
concomitante com elas.
• A grande evolução do conhecimento do
comportamento humano nas áreas física,
mental, emocional, psicomotora e outras,
aliada ao progresso na área da eletrônica e
das diversas linguagens musicais,
possibilitou ao musicoterapeuta um leque
muito grande de aplicação das técnicas
terapêuticas.
• Uma característica da música, que auxilia
muito no processo terapêutico, é o fato de
poder ser usada apenas por um ou mais
de seus componentes, como, por
exemplo: só o ritmo; apenas a melodia ou
a harmonia; um arranjo diferente e,
sobretudo, a improvisação, etc...
• Neste caso, ela pode atingir qualquer
pessoa, independentemente de estarem
desenvolvidas suas áreas intelectual,
motora, verbal, etc...
• Outra qualidade da música é que auxilia
clientes que têm dificuldade de manifestar,
comunicar, expressar de alguma maneira,
suas emoções, prazerosas ou não; por
exemplo, os autistas, os portadores de
lesões cerebrais, os portadores de distúrbios
psicomotores, os doentes mentais, e outros.
• Hoje temos maior facilidade de classificar
e diagnosticar os diversos distúrbios, mas
na hora do tratamento aparecem as
dificuldades.
• O som e a música ajudam grandemente,
possibilitando a comunicação com estes
clientes. Até mesmo os surdos, como se
vê em diversos trabalhos podem ser
beneficiados pela Musicoterapia.
• Hoje, em decorrência do desenvolvimento
tecnológico, podemos comprovar o efeito
maléfico ou benéfico de certos sons ou
músicas sobre plantas e animais.
• O que se dirá, portanto de seu efeito
sobre os homens? A música, sendo
composta de vibrações, atua diretamente,
não apenas através dos ouvidos, mas
também da pele e do ar que se respira.
• Por este motivo, a música nos invade,
sendo difícil, ou quase impossível, evadir-
se de sua ação.
• O vínculo entre os sons e o ser humano
proporciona a base para o trabalho da
musicoterapia.
• O som é um fenômeno físico que está
presente na história de todo ser humano.
• O som e a música são parte integrante da
vida do homem.
• Não existe nem nunca existiu um povo
sem música e desde a origem da
humanidade a música exerceu seu poder
afetivo e mobilizador, sendo utilizada pelo
homem com as mais diversas finalidades.
• Ela está presente em festas e
comemorações, funerais, missas, e em
outros rituais.
• A música marca presença como forma de
alienar ou preparar emocionalmente o ser
humano para um acontecimento.
• É muito utilizada na publicidade e
atualmente até um simples noticiário
obedece a regras de acompanhamento
musical.
A Musicoterapia e o equilíbrio 
do organismo
• Alguns sons, quando bem indicados, são
capazes de ajudar a mente e o corpo a se
reerguer em meio a uma doença.
• Uma revisão assinada pela Universidade
Drexel, nos Estados Unidos, atesta que
sessões de musicoterapia melhoram o
humor, a ansiedade e o controle sobre a
dor em pessoas com câncer.
• Já especialistas da Universidade da
Dakota do Norte, também em terra
americana, notaram seu potencial na
reabilitação de utentes/clientes com
derrame.
• E em Taiwan se observou que a técnica
eleva a qualidade de vida de quem passa por
tratamento contra a insuficiência renal. "Ela
interfere em áreas do cérebro ligadas à
depressão, ao prazer e à resposta à dor",
justifica Maristela Smith, coordenadora dos
cursos de musicoterapia das Faculdades
Metropolitanas Unidas, em São Paulo.
• Efeito sobre o cérebro
A música ativa diversas regiões da massa
cinzenta, como o hipotálamo, que regula a
temperatura, o apetite e o estado de ânimo,
bem como o tálamo, que interpreta os sentidos,
e o hipocampo, que guarda a memória.
• Ainda atua nos lóbulos parietal, temporal e
frontal, estimulando funções cognitivas.
• A sensação de bem-estar
As melodias, quando bem selecionadas pelo
terapeuta, tiram o foco do problema, acionam
neurotransmissores relacionados ao prazer e
ainda promovem a liberação de endorfina,
nosso analgésico natural.
• Relaxamento total
A musicoterapia propicia uma quebra na
tensão muscular que domina o corpo de
quem vive ansioso ou deprimido com
alguma situação ou doença.
• Assim, o indivíduo se sente mais disposto
a seguir em frente e aceitar todo o
tratamento.
• Coração mais plácido
O método trabalha o ritmo da respiração,
tornando-o mais cadenciado, e equilibra os
batimentos cardíacos. Tudo isso auxilia a
controlar o estresse que se abate sobre o
organismo e incentiva a recuperação.
Musicoterapia para bebés e 
crianças
• Tudo que é música, para uma criança,
sempre é positivo. Mas devemos ter em
conta que este deve ser adaptada aos
seus ouvidos, à sua capacidade de ouvir,
à sua idade.
• A musicoterapia pode ajudar muito a uma
criança na sua aprendizagem,
coordenação, controle de ansiedade e
melhoria do estado de ânimo, entre
outros.
• Mas, sobretudo ajudar-lhe a organizar a
nível interno. A influência da música é
muito maior do que acreditamos.
• Quanto ante se exponha uma criança à
música, mais benefícios existem, seja
como terapia ou como uso lúdico.
• O uso de canções para ensinar
habilidades académicas, sociais e
motoras às crianças pequenas, tornou-se
numa prática comum para alguns
professores e educadores de música e
claro, para muitos musicoterapeutas dos
Estados Unidos.
• Existem muitos estudos que demonstram
que a música e os seus componentes
produzem padrões de atividade cerebral.
• Isto leva a uma maior eficácia a nível de
funcionamento do cérebro não só como
diretor dos processos cognitivos, mas
também como regulador das funções
vegetativas do organismo.
• Quando se aplica uma destas alternativas a
um utente/cliente, como pode ser a
musicoterapia, é porque existe algo no seu
sistema que não acaba de funcionar, seja em
maior ou menor grau, mas é suficientemente
importante para evitar desencadear outros
problemas do tipo psicológico, social, motriz,
fisiológico…
• Por vezes, um problema que tem solução
na musicoterapia, evita outros futuros
problemas no desenvolvimento tanto da
criança como do adulto.
• A música tem valores universais que
afetam todas as pessoas e que se
definem pelo ritmo, a harmonia, a melodia
e o tom.
• Assim, o musicoterapeuta deve descobrir
a personalidade musical de cada
utente/cliente para selecionar a música
adequada, porque segundo a sua
personalidade e o seu estado, pode ser
mais benéfico um tipo de música ou outro.
• Efeitos da musicoterapia nas crianças
• Os efeitos que Musicoterapia tem nos
distintos âmbitos são muitos, mas se nos
baseamos nos que influenciam as
crianças, são os seguintes:
- Fisiologia: produz mudanças no ritmo
cardíaco e respiratório, assim como na tensão
muscular.
- Comunicação: estimula a expressão dos
problemas das inquietudes.
- Afetividade: favorece o desenvolvimento
emocional e afetivo.
- Sensibilidade: aguça a percepção auditiva e
tátil.
- Movimento: estimula a atividade e melhora
a coordenação motriz.
- Sociabilidade: fomenta a inter-relação social.
- Educativas: ajuda na formação,
desenvolvimento pessoal e na superação de
dificuldades de aprendizagem.
- Psicoterapêuticas: ajuda a resolver
problemas psicológicos e a mudar condutas
estabelecidas.
- Médica: apoio psicológico e físico (pode
reduzir a dor) a utentes/clientes, médicos que
enfrentam situações difíceis como a cirurgia,doenças terminais, cuidados intensivos…
- Psiquiátrica: melhora a autoestima e a
capacidade de comunicação dos doentes.
• Métodos de aplicação
• As sessões preparam-se e desenham-se
segundo as características do
utente/cliente, combinando múltiplos
fatores.
• É muito diferente se é uma criança ou um
adulto.
• O uso da música para ajudar crianças na
aprendizagem e na memorização do
material, baseia-se no uso de uma pauta
estrutural, na que a música está presente
simultaneamente com o material que tem de
ser aprendido.
• A música torna-se desta maneira num
meio pedagógico para transmitir
informação, e como veículo para
memorizar palavras e/ou ações.
Musicoterapia para Crianças 
Especiais 
• A influência fisiológica e psicológica do
som no cérebro traz inúmeros benefícios à
pessoa. Através da pesquisa sobre a vida
e o ambiente ao qual está inserido o
utente/cliente, a musicoterapia busca
identificar e equilibrar seu ritmo interno,
para possibilitar uma melhora.
• Sua aplicação tem ocorrido principalmente 
em entidades que trabalham com crianças 
com deficiência mental.
• Entre as inúmeras aplicações da
musicoterapia, destaca-se o trabalho com
utentes/clientes portadores de deficiências
físicas, como paralisia e distrofia muscular
progressiva.
• As deficiências sensoriais (visual e
auditiva) e as síndromes genéticas (Down,
Turner e Rett) também contam com essa
opção como tratamento complementar.
• Distúrbios neurológicos (lesões cerebrais,
dislexias, disfonias, entre outros) e
doenças mentais, como esquizofrenia,
depressões e distúrbio obsessivo
compulsivo também podem se beneficiar
com essa tecnica terapêutica.
• A musicoterapia pode ser aplicada desde
a vida intra-uterina, pois pesquisas
provaram que o feto reage ao som e, por
ser estimulado desde cedo, nasce com
maior capacidade de desenvolver seu
potencial.
• As principais pesquisas sobre
musicoterapia têm sido feitas em países
como Estados Unidos, França, Alemanha,
Noruega, Inglaterra, Itália e Argentina,
onde o uso terapêutico da música é
amplamente difundido.
• No Brasil, nos últimos dois anos, os
benefícios dessa terapia têm sido mais
amplamente aceitos por fisioterapeutas,
fonoaudiólogos e psicólogos.
• Sua aplicação tem ocorrido principalmente
em entidades que trabalham com crianças
com deficiência mental. A música relaxa e
tranquiliza as crianças. Vamos usar os
recursos da musicoterapia para trabalhar
os processos de linguagem.
• A percepção corporal através da dança
também fará parte do processo
terapêutico. Com isso, a criança passa a
ter contato consigo mesma e com o outro,
é uma forma de integrá-la ao meio.
• Na educação, a musicoterapia pode
auxiliar no desenvolvimento
psicopedagógico e em dinâmica de grupo
em sala de aula.
• Além da utilização da música como
processo terapêutico, há correntes de
estudiosos no assunto que voltam seus
interesses para a ação curativa de
determinado som.
Musicoterapia e a dificuldade de 
aprendizagem
• A dificuldade de aprendizagem (DA) é
caracterizada por um grupo heterogêneo de
transtornos que se manifestam por
dificuldades significativas na aquisição e uso
da escuta, fala, leitura, escrita, raciocínio ou
habilidades matemáticas, levando
consequentemente a um atraso no
rendimento escolar.
• Podem ser classificadas em:
• Dislexia
• Disgrafia
• Discalculia
• Dislalia
• Disortografia 
• TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade), 
• Estando ou não associadas a outras condições
desfavoráveis como, por exemplo, alteração
sensorial, retardo mental, distúrbio social ou
emocional, ou influências ambientais como
diferenças culturais, instrução
insuficiente/inapropriada e fatores psicogênicos.
• A Musicoterapia pode fazer uma grande
diferença para os alunos com dificuldades
de aprendizagem e tem sido utilizada com
pessoas de diferentes faixas etárias (desde
a pré-escola até a idade adulta
tardia) pois, através do “fazer musical” o
terapeuta cativa à atenção do indivíduo,
transpassando “barreiras” e indo
diretamente ao encontro de suas emoções.
• Por este motivo, a música fornece um
ambiente seguro e motivador, estimulando
e utilizando diferentes partes do cérebro.
• Ela promove ainda o raciocínio, as
habilidades de leitura, o controle motor e
bem-estar físico, a comunicação e
desenvolvimento da linguagem, a facilitação
do processo de memorização por intermédio
de técnicas de improvisação e recriação, a
compreensão de sentimentos e respostas.
• Outro recurso da musicoterapia, o canto,
trabalha o controle da respiração, o que
auxilia na comunicação oral-motora e nas
habilidades de articulação.
• Na manipulação de ritmo a clareza de voz
pode ser melhorada, e o tempo do
discurso da fala é adaptado para fornecer
maior capacidade de comunicar-se.
• A expressão espontânea também é
estimulada, elevando assim a autoestima
e dando uma maior independência, uma
vez que os alunos com DA sentem-se
rejeitados pelos colegas.
• A Musicoterapia ajuda ainda na verbalização de
crianças com algum bloqueio psicoemocional, e
a improvisação atua de tal forma que o
terapeuta pode mudar e adaptar a sua resposta
para atender às necessidades do cliente ou
reagir a qualquer mudança de comportamento,
diminuindo a ansiedade muitas vezes associada
aos distúrbios da fala.
• Apesar de todos estes benefícios, muitos
pais diante das dificuldades escolares
apresentadas por seus filhos, acreditam
que depois de algum tempo eles
conseguirão acompanhar os demais, e
nem sempre buscam auxílio terapêutico.
• Contudo, uma simples dificuldade muitas
vezes pode transformar-se em algo
significativo e não depende apenas do
esforço da criança, mas do apoio dos
pais, dos educadores e do terapeuta.
Musicoterapia e Alzheimer
• A doença de Alzheimer já atinge cerca de 
25 milhões de idosos em todo o mundo.
• Musicoterapia no tratamento das
doenças neurológicas
• A musicoterapia estimula o sistema
nervoso através do som, ritmo, harmonia
e melodia facilitando o aprendizado, a
comunicação e a memória, desenvolve
potenciais individuais, a fim de melhorar
e/ou restabelecer as funções do indivíduo.
• A musicoterapia atua como função
compensatória no processo de
recuperação de utentes/clientes com
distúrbios da fala e visão, deficientes
físicos, doenças mentais, lesões
cerebrais, dependentes químicos
(Nascimento, 2009).
• Em utentes/clientes portadores de Doença
de Alzheimer, a musicoterapia melhora a
perda de memória e retarda o
aparecimento de complicações ligadas à
doença.
• Em utentes/clientes com Doença de
Parkinson melhora os sintomas como a
rigidez muscular e os tremores de
repouso, prevenindo as quedas.
• De acordo com uma pesquisa realizada pela
Cleveland Clinic Foundation, nos Estados
Unidos, e divulgada pelo Journal of
Advanced Nursing, comprova que ouvir
música pode ter efeitos benéficos no
tratamento de dores crônicas, o que
acontece nas fases mais avançadas do
Alzheimer.
• Os cientistas testaram à utilização de
música em 60 voluntários. O índice dos
que sentiam depressão em consequência
da dor crônica diminui 25%.
• A região ativada durante o experimento, o
córtex pré-frontal (logo atrás da testa), é
uma das últimas áreas do cérebro a se
atrofiar à medida em que a doença
progride.
• O que parece acontecer é que uma
música conhecida serve de trilha sonora
para um filme mental que começa a tocar
em nossa cabeça. Ela traz de volta as
lembranças deuma pessoa ou um lugar, e
você pode de repente ver o rosto daquela
pessoa na sua mente.
• Os elementos da música como som, ritmo,
melodia e harmonia auxiliam os velhinhos
a melhorar o seu quadro clínico e prevenir
o agravamento de algumas patologias.
• Além disso, essa atividade tem o intuito de
aumentar a disposição física e mental do
idoso, integrá-los com as pessoas que
estão no ambiente em que passam a
maior parte do dia e, consequentemente,
melhorar sua qualidade de vida.
A musicoterapia para utentes/clientes com 
demência é possível porque a percepção, 
a sensibilidade, a emoção e a memória 
para a música podem sobreviver até muito 
tempo depois de todas as outras formas 
de memória terem desaparecido.”
(Sacks, 2007:320)
• O fundamento principal da musicoterapia é a
afirmativa de que cada ser humano possui
uma “identidade sonora” , constituinte da
memória não-verbal, ou seja, que
as energias sonoras herdadas e vivenciadas
constituem-se como engramas
mnêmicos sonoro-musicais no sujeito.
• Refere que a partir do momento da conceção
o ser humano é rodeado por um conjunto
infinito de energias sonoras como
vibrações, movimentos, sons e músicas que,
atrelados às emoções, sensações,
experiências de vida e vivências relacionais,
delineiam esta identidade.
• No processo vincular entre
musicoterapeuta, utente/cliente e o grupo
que o cerca, onde interagem as
“identidades sonoras” e os engramas
mnêmicos do sujeito, é que se dá
o processo de reabilitação da pessoa com
Alzheimer.
• Considerando que as energias sonoro-musicais
estão inseridas em diferentes instâncias
psíquicas - inconsciente, pré-consciente e
consciente - e tendem à descarga de tensão, o
trabalho musicoterapêutico permite ao sujeito a
movimentação destas energias e ,
consequentemente, a abertura de novos canais
de comunicação, intra e extra-psíquicos, através
da relação terapêutica.
• Na prática musicoterapêutica utiliza-se
como recursos o aparelho de som, as
fitas, os discos e CDs, instrumentos
musicais como pandeiros, agogôs,
chocalhos, maracas, atabaques, guizos e
outros que forem do agrado dos
utentes/clientes.
• Usam-se objetos que facilitem
a movimentação rítmica, como bastões,
arcos, bolas. No atendimento aos idosos
dá-se ênfase ao uso da voz e do corpo
como objetos intermediários da
comunicação.
• Ao musicoterapeuta cabe conhecer a
história de vida prévia das pessoas com
quem irá trabalhar e também os assuntos
de interesse, o repertório significativo dos
utentes/clientes.
• Estes elementos servirão como pontos de
partida para a ação, motivando a pessoa a
concentrar-se e trabalhar durante a
sessão.
• As pessoas portadoras da DA necessitam de
uma aproximação maior do terapeuta.
Falar e cantar olhando nos seus olhos,
tocando em suas mãos são atitudes que
podem estimular a pessoa para a atividade.
As mensagens devem ser curtas e precisas,
evitando divagações e confusões.
• Pode-se concretizar o que se diz
mostrando objetos, gravuras e fazendo
gestos, tornando mais fácil
a comunicação.
• Mesmo em estágios mais avançados da
demência, quando a comunicação verbal
é mais difícil, o utente/cliente pode
participar dos encontros
musicoterapêuticos e gratificar-se
do envolvimento proporcionado pelo
convívio e ação em conjunto.
• Perder a memória significa ser privado do
patrimônio afetivo-cultural que se
construiu durante toda a vida.
• Na intervenção musicoterapêutica, utiliza-
se do repertório melódico, afetivo
e cultural do utente/cliente, objetivando
devolver-lhe, naquele momento, o enlevo
das melodias e a possibilidade de uma
comunicação gratificante.
• Utiliza-se o repertório das músicas e
sonoridades que lhe são significativas
buscando estimular a memória, a
produção de reminiscências,
a consciência do movimento corporal e a
orientação espaço-temporal.
Perguntas e respostas sobre a 
musicoterapia e a doença 
de Alzheimer
Como a musicoterapia se relaciona com a
doença de Alzheimer?
• A musicoterapia faz parte do tratamento que
não restabelece a saúde definitivamente, mas
proporciona uma esperança de melhor
qualidade de vida e um novo alento, não só aos
doentes, mas também aos familiares e amigos
que convivem de perto com a doença de
Alzheimer.
• Estudos recentes revelam que a área do
cérebro relacionada com a doença de
Alzheimer é a mesma que está associada
com a música, deste modo o doente pode
procurar memórias até então perdidas ao
escutar uma música de momentos da sua
infância ou de outros momentos marcantes
da sua vida.
A musicoterapia é eficaz?
• Não é possível medir a eficácia da
musicoterapia nos doentes
de Alzheimer, pois é um processo
contínuo e demorado.
• São necessárias várias sessões para ser notória
a melhoria nos doentes, no entanto
considerasse um balanço positivo sempre que
há uma reação aos estímulos musicais, seja ela
eufótica ou nostálgica que provocam alegria ou
tristeza, pois comprova que o indivíduo não está
alheio a realidade envolvente, conseguindo
interagir naquele momento com o meio.
• Até hoje não foi encontrada uma cura para essa 
doença neurodegenerativa e a musicoterapia não 
reverte completamente os seus efeitos destruidores, 
todavia permite ao doente revisitar vivências até 
então perdidas e relembrar histórias até então 
esquecidas, deitando por terra os muros impostos 
pelo Alzheimer.São memórias que lhes cantam aos 
ouvidos.
As Músicas e a terapia 
• Baseado nos estudos da musicoterapia
clássica, o psiquiatra inglês Robert
Schauffer observou os seguintes efeitos
dos instrumentos sobre o organismo:
• Piano: combate a depressão e a 
melancolia;
• Violino: combate a sensação de 
insegurança;
• Flauta doce: combate o nervosismo e 
ansiedade;
• Violoncelo: incentiva a introspecção, a 
sobriedade;
• Metais de sopro: inspiram coragem e 
impulsividade.
• Segundo sua qualidade, os estímulos
sonoros produzem efeitos positivos ou
negativos no ser humano.
• A musicoterapia se torna cada vez mais
necessária, já que é uma das técnicas
capazes de restabelecer a paz e a
harmonia interior do ser humano, hoje tão
prejudicado pelo barulho, pelos sons
agressivos, pela música dissonante
ouvida em volume excessivamente alto.
• Com resultados comprovados, a
musicoterapia se utiliza de obras de
compositores clássicos.
Como fazer uma sessão de 
Musicoterapia
• Escolha um lugar calmo, onde você pode
se garantir de que não será perturbado
nem interrompido e deixe-o na penumbra.
• Deite-se confortavelmente e faça alguns
exercícios de relaxamento: estique-se e
tensione todos os músculos; depois, solte-
os enquanto respira suave e
profundamente.
• Coloque a música que escolheu e
procurando manter a mente livre de
tensão, feche os olhos e deixe que a
melodia o envolva, imaginando que a
música inunda todo o seu corpo,
integrando-se a ele, produzindo harmonia
e equilíbrio.
• Estabeleça um tempo mínimo de 20
minutos para as sessões diárias de
musicoterapia.
Para combater a ansiedade
• Barcarola (dos Contos Musicais), de
Offenbach; Dança Polovetsiana, de Borodin ,
Os 4 lmprovisos, de Chopin; Canção Sem
Palavras, Andante cantabile, Primeiro
Quarteto Para Cordas em Ré, de
Tchaikovsky;
• Sonho de uma Noite de Verão, de 
Mendelssohn; · Ária para a Quarta Corda, 
de Bach.
• Inicialmente, ouça as peças - uma a cada 
dia - e identifique aquela que produz maior 
impacto no plano dos sentimentos.
Escute-a diariamente, durante meia hora, 
em ambiente silencioso.É recomendável 
usar fones de ouvido.
Para estimular a energia vital
• Marcha Eslava, de Tchaikovsky; Marcha 
da Festa, do Tannhauser, de Wagner; 
Marcha Fúnebre para uma Marionete de 
Gounod; Marcha Rakruzky, de Berlioz; 
Marcha triunfal, da ópera Aída, de Verdi.
• As peças são particularmente
recomendadas no tratamento de
doenças crônicas, debilitantes, nas
quais ocorre profunda redução da
vitalidade.
• Em casos de fraqueza profunda, anemias
e depressões com acometimento físico
pronunciado e em casos terminais de
câncer, essas músicas devem ser
continuamente tocadas no quarto do
utente/cliente, sempre em volume suave.
Para produzir harmonia, equilíbrio 
emocional e mental
• Consolação N ° 3, de Liszt; Noturno, de 
Rimsky-Korsakov; Sonata ao Luar, de 
Beethoven; Canção Noturna, de Schumann; 
Trio em Dó Menor, segundo movimento, de 
Chopin.
• Recomendadas aqueles que perderam
pessoas queridas e nos estados de
inconformismo, as peças musicais acima
têm sido aplicadas com bons resultados
em certos tipos de esquizofrenia e no
retardamento mental.
• Devem ser ouvidas com frequência, no
mínimo durante uma hora todos os
dias, em ambiente tranquilo, ou
continuadamente na residência, no
local de trabalho, no carro.
Para combater insônia, tensão e 
nervosismo
• Canção da Primavera, de Mendelssohn; 
Sonata ao Luar, de Beethoven (primeiros 
movimentos); Valsa N ° 15, em Lá Bemol, 
de Brahms; Sonho de Amor, de Liszt; 
Movimentos Musicais N°3, de Schubert.
• Depois de ouvir todas as peças indicadas, 
escolha a que deu melhores resultados e 
escute-a diariamente, antes de dormir. 
• No inicio, os efeitos são leves: é preciso 
um pouco de paciência e persistência 
para notar progressos. 
• Em casos mais acentuados, o efeito 
terapêutico pode diminuir com o tempo. 
Se isso acontecer, escolha outra música 
do grupo.
Para combater o estresse e doenças 
correlatas
• Traumergi, de Schumann; Clair de Lune, 
de Debussy; Melancolia Matinal, da Suite 
Peer Gynt, de Grieg; Canção da Estrela 
da Tarde, do Tannhauser, de Wagner; 
Estudo Opus 10, N° 3, de Chopin;
• Todas as manhãs, antes de iniciar o 
trabalho, faça uma sessão de meia hora; 
ouça cada uma das peças durante uma 
semana. 
• São muito eficazes contra o estresse, o
cansaço por excesso de trabalho ou de
preocupação, a tensão nervosa a
impulsividade, a preocupação exagerada
em pequenas coisas, as explosões de
irascibilidade nas crianças rebeldes e
mimadas.
• Também produzem resultados
satisfatórios nos casos de doenças
orgânicas psicossomáticas decorrentes do
estresse, desde que associadas a
tratamentos médicos, como nos casos de
úlceras gástricas e duodenais, colites e
outros distúrbios de origem nervosa.
• Eficazes também nas crises histéricas, na 
falta de apetite sexual, com impotência ou 
frigidez, e na enurese infantil.
Para acalmar ambientes tumultuados
• Sonho, de Debussy; Tema de Amor, da Abertura 
de Romeu e Julieta, de Tchaikovsky; Pavana 
para uma Infanta defunta, de Ravel; Morte do 
Amor; de Tristão e Isolda, de Wagner; Dia de 
Esponsales en Trolhausen, (Notumo), de Grieg; 
Noturno para Cordas, de Borodin; Variação N °
18 sobre um tema de Paganini, de 
Rachmaninov.
• Como música de fundo, estas peças
podem ser tocadas seguidamente em
escritórios, lares tumultuados, hospitais,
fábricas, salas de espera, bancos, etc...
• Os resultados têm se revelado notáveis.
Também já se comprovou que, em casas
comerciais de grande porte, além de criarem
uma atmosfera harmoniosa entre os
funcionários, levam os clientes a realizarem
suas compras com maior tranquilidade.
Para combater a depressão e o medo 
excessivo
• Sonho de Amor, de Liszt; Serenata, de 
Schubert; Guilherme Tell (Abertura), de 
Rossini; Noturn, Opus 98, de Chopin; 
Chacona, de Bach.
• O ideal é uma sessão diária de meia hora 
pela manhã, ao levantar, se necessário, 
repita no decorrer do dia.
Para favorecer a interiorização e a 
meditação
• Conserto N° 2 para piano, de 
Rachmaninov (último movimento); 
Concerto em Lá Menor, para piano, de 
Grieg (primeiro movimento); Concerto N°
1 para piano, de Grieg (primeiro 
movimento).
• Prepare-se bem para a prática da
meditação ouvindo qualquer uma das
peças acima durante cerca de 10 minutos.
Os elementos musicais na 
musicoterapia
• Muito embora o trabalho do
musicoterapeuta seja holístico,
atingindo o ser humano como um todo,
em sua atuação ele pode dar uma
ênfase maior a um ou mais
elementos musicais.
• Assim a música é decomposta para que
seja utilizado apenas um de seus
elementos ou uma característica sonora.
• Som é vibração e sua origem é sempre
um movimento, que produz ondas sonoras
que se propagam nos meios sólidos,
líquido ou gasoso.
• Todos os sons têm as seguintes 
qualidades:
• Intensidade: está ligada à
força empregada na emissão
do som. Ela depende da
amplitude do movimento e da
noção de espaço. É a
propriedade que determina se
o som é fraco ou forte.
• Duração: é o tempo de
percepção do som; o
tempo que permanece
audível para o ouvido
humano.
• Altura: fornece o tom, o
elemento melódico. Depende
do comprimento e da
frequência da onda sonora. É
a propriedade que identifica
um som como mais grave ou
agudo.
• Timbre: é a identidade sonora de um som,
e que nos permite distinguir se o som
emitido é de um violão, de uma flauta, ou
de uma voz humana. É a qualidade do
som que permite reconhecer sua origem e
depende da forma da onda.
• Por outro lado temos também à
disposição para trabalharmos os
elementos da música.
• Entre eles temos:
• Ritmo: a palavra vem do grego rhythmos e
significa o que flui, o que se move. Tudo o
que existe e é vivo possui ritmo: a maré, as
fases da lua, o ritmo cósmico, o metabolismo
corporal, e a respiração, por exemplo.
Segundo Platão, o ritmo é a ordem no
movimento. É o elemento mais primitivo e
dinâmico da música.
• Melodia: é o conjunto de relações entre
sons de alturas diferentes. A melodia pode
aparecer na voz cantada, ou através de
instrumentos musicais melódicos, como a
flauta, a gaita, o saxofone, etc...
• Harmonia: é o encadeamento, a
sequência de acordes que podem ser
consoantes ou dissonantes e que
provocam a sensação de tensão ou
relaxamento, de afastamento ou
resolução.
• Intervalo: consiste na relação entre dois
tons de uma série e tem como
consequência a melodia ou a harmonia.
Segundo Yehudi Menuhin:
• “A música cria ordem a partir do
caos, pois o ritmo impõe
unanimidade ao divergente, a
melodia impõe continuidade ao
descosido e a harmonia impõe
compatibilidade ao incongruente.”
Os intervalos musicais
• Os intervalos musicais são a essência da 
música. Eles são o movimento, a 
passagem de um som a outro. 
• É bem verdade que os tons
individualmente têm sua importância e são
usados em musicoterapia, mas a música
se manifesta principalmente nos saltos de
um tom para o outro.
• Cada intervalo tem sua qualidade
particular, sua característica objetiva. Esta
pode ser percebida através de exercícios
e observação de sua essência.
• Sua importância criativa é tal que na
evolução da humanidade, cada civilização
foi impulsionada e modelada por
diferentes intervalos.
• Resumidamente vamos caracterizar os 
intervalos:
• 1ª Imobilidade – quietude. Está
relacionado ao corpo físico e ao elemento
Terra. Porém é portador de uma nova
força vital.
• 2ª É um início de movimento e luz.
Relacionamosao corpo etérico e ao
elemento Água.
• 3ª É um intervalo ligado à personalidade, 
ao corpo astral, ao elemento Ar.
• 4ª É uma forma fechada, ligada ao Eu 
(personalidade) e ao elemento Fogo.
• 5ª É o reinício de uma nova experiência. 
Dizemos que é aberto ao cosmo e à luz.
• 6ª Apresenta uma abertura maior, como 
uma doação cósmica.
• 7ª Intervalo de grande tensão e que busca 
uma resolução.
• 8ª Reunião com o mundo cósmico, 
espiritual e realização do Eu superior.
• As manifestações dos utentes/clientes nos 
dizem qual o intervalo que deverá ser 
usado, para conseguir seu equilíbrio.

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