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Prof.ª Tâmara Esteves Determinação das tolerâncias e do tempo-padrão Engenharia de Métodos Engenharia de Produção FACIG Determinação das Tolerâncias 2 Engenharia de Métodos Tâmara Esteves O tempo normal para uma operação não contém tolerância alguma. É simplesmente o tempo necessário para que um operador qualificado execute a operação trabalhando em um ritmo normal. Entretanto não é de se esperar que uma pessoa trabalhe o dia inteiro sem algumas interrupções; o operador pode dispender o seu tempo em necessidades pessoais, descansando ou por motivos fora de seu controle. Determinação das Tolerâncias 3 Engenharia de Métodos Tâmara Esteves As tolerâncias para essas interrupções da produção podem ser classificadas em: 1) Tolerância pessoal; 2) Tolerância para a fadiga; ou 3) Tolerância de espera. Determinação das Tolerâncias 4 Engenharia de Métodos Tâmara Esteves O tempo-padrão deve conter a duração de todos os elementos da operação e, além disso, deve incluir para todas as tolerâncias necessárias. O tempo-padrão é igual ao tempo normal mais as tolerâncias. Tolerância não é uma parte do fator de ritmo, e resultados mais satisfatórios serão obtidos se ela for aplicada separadamente. Tolerância Pessoal 5 Engenharia de Métodos Tâmara Esteves Todo o operário deve ter tempo reservado para suas necessidades. A duração da tolerância pode ser determinada através de um levantamento contínuo ou então por amostragem de trabalho. Para trabalho leve, onde o operador trabalha 8 h por dia, o trabalhador médio usará para tempo pessoal de 2 a 5% (10 a 24 min) por dia. Para trabalho pesado, os empregados precisam de maior tolerância pessoal quando o trabalho é executado em condições desfavoráveis, particularmente em atmosfera quente e úmida. Deve-se reservar mais de 5% do tempo. Tolerância para a Fadiga 6 Engenharia de Métodos Tâmara Esteves A experiência nos mostra que uma pessoa necessita de descanso quando seu trabalho é árduo. O tempo necessário para o descanso varia com o indivíduo, com a duração do intervalo do ciclo durante o qual a pessoa está sobrecarregada, com as condições sob as quais o trabalho é executado e com muitos outros fatores. A quantidade de trabalhos pesados nas fábricas modernas está gradualmente diminuindo, devido ao maior uso de máquinas e de equipamentos mecanizados de manuseio; consequentemente, o problema da tolerância para a fadiga diminui. Tolerância para Espera 7 Engenharia de Métodos Tâmara Esteves As esperas podem ser evitáveis ou inevitáveis. Na realidade, ocorrem esperas inevitáveis causadas pela máquina, pelo operador ou por alguma força externa. Exemplos: Ajustamentos ligeiros; Quebra de ferramentas, como brocas; Tempo perdido devido à variação ocasional no material; Interrupções pelos supervisores. Tolerância para Espera 8 Engenharia de Métodos Tâmara Esteves O tipo e a frequência da ocorrência de esperas para uma dada classe de trabalho pode ser determinada através de estudos contínuos ou de amostragens do trabalho feitas durante período de tempo suficientemente extenso para fornecer dados de confiança. Aplicação das Tolerâncias 9 Engenharia de Métodos Tâmara Esteves Embora as tolerâncias tradicionalmente tenham sido aplicadas como porcentagem do tempo normal a ser adicionada a este tempo a fim de se obter o tempo-padrão, há uma tendência de se considerar as tolerâncias pessoal como 5%, dir-se-ia 24 min por dia de 8 h (480 x 5% = 24). Se fosse a única tolerância concedida, o tempo de trabalho, neste caso seria 456 min por dia. (480 – 24 = 456) Aplicação das Tolerâncias 10 Engenharia de Métodos Tâmara Esteves Sumariando: Aplicação das Tolerâncias 11 Engenharia de Métodos Tâmara Esteves Se por uma tolerância de 5% subentendemos que 24 min por dia de 8 h devem ser colocados à disposição do operário para suas necessidades pessoais, e se o tempo normal para a montagem do interruptor é de 0,88 de minuto, então, durante os 456 min disponíveis para o trabalho (480 – 24 = 456), o operador poderia produzir 518 peças (456 / 0,88 = 518). Como o dia de 8 h consiste em 480 min, o tempo-padrão por peça é 0,926 de minuto (480 / 518 = 0,926). Outra maneira de se enunciar isto é: Aplicação das Tolerâncias 12 Engenharia de Métodos Tâmara Esteves Para o operador, a afirmação de que 24 min por dia lhe são concedidos para tempo pessoal tem maior significado do que se dizer simplesmente que foi adicionado 5% ao tempo normal do ciclo para necessidades pessoais. Determinação do Tempo-Padrão 13 Engenharia de Métodos Tâmara Esteves Determinação do Tempo-Padrão 14 Engenharia de Métodos Tâmara Esteves Tempos–Padrão Garantidos 15 Engenharia de Métodos Tâmara Esteves O tempo-padrão deve ser assegurado contra mudanças, a menos que haja alteração no método, materiais, ferramentas, equipamento, arranjo físico, ou condições de trabalho, ou, então quando tenha havido um erro no cálculo do padrão. Quando se estabelece um tempo-padrão para uma tarefa, compreende- se que o operador deverá executar a operação exatamente como especificado no registro do método padronizado ou na folha de instruções. Alteração de Métodos 16 Engenharia de Métodos Tâmara Esteves Quando existir uma alteração no método, materiais, ferramentas ou outros fatores que afetem o tempo da operação, esta deve ser reestruturada, estabelecendo-se novo tempo-padrão. A auditoria é um procedimento que tem como finalidade determinar a maneira pela qual os padrões e as técnicas estabelecidas estão sendo executadas, fazendo uma descrição das variações com relação ao registro do método padronizado, uma avaliação destas variações e recomendações para mudanças e correções. Auditoria de Métodos, tempos-padrão e planos de incentivo salarial. Estudo de tempos como uma atividade de assessoria 17 Engenharia de Métodos Tâmara Esteves O departamento de estudo de tempos é um departamento de assessoria e não uma função de linha. É importante que cada engenheiro de produção matenha este fato bem claro em sua mente. Como um departamento de assessoria deve trabalhar em comum acordo com os mestre e grupos de supervisão, é importante que o pessoal da linha conheça em detalhes os princípios, técnicas e métodos do departamento de estudo de tempos.
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