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* OXIGENOTERAPIA - NEBULIZAÇÃO E ASPIRAÇÃO DAS VIAS AÉREAS Curso de Enfermagem Disciplina: Sistematização do Cuidar II * ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO ÀS NECESSIDADES DE OXIGENAÇÃO O2 é essencial à vida; Uma pessoa sobrevive poucos minutos sem O2; Um suprimento de O2 insuficiente, prejudica o funcionamento de todos os sistemas; Lesões cerebrais irreparáveis podem ser o resultado de períodos prolongados de oxigenação inadequada; A capacidade do organismo de satisfazer suas necessidades de O2 depende do bom funcionamento dos sistemas vascular e respiratório; Uma via aérea desobstruída é essencial ao bom funcionamento respiratório; * AVALIAÇÃO DO FUNCIONAMENTO RESPIRATÓRIO Sinais de hipóxia: Sinais respiratórios: Taquipnéia, batimento de asa de nariz, cianose progressiva, palidez; Sinais cardíacos: Taquicardia, bradicardia, hipotensão e parada cardíaca; Sinais Neurológicos: Inquietação, confusão, prostração, convulsão e coma; * AÇÕES DE ENFERMAGEM Manter desobstruídas as vias aéreas; Aumentar a eficiência ventilatória; Assegurar um adequado suprimento de O2; Reduzir as demandas de O2 do organismo; Minimizar a ansiedade do cliente; * INTERVENÇÕES PARA AUMENTAR O SUPRIMENTO DE O2 Melhorar eficiência respiratória; Drenagem do tórax; Drenagem postural; Percussão e vibração do tórax; Medir concentração de oxigênio arterial (gasometria ou oximetria) Traqueostomia; Oxigenoterapia; Nebulização; Aspiração de secreções. * OXIGENOTERAPIA Consiste na administração de oxigênio em uma concentração de pressão superior à encontrada na atmosfera (21%) para corrigir ou atenuar a deficiência de oxigênio ou hipóxia. * EQUIPAMENTOS Cilindro oxigênio Fluxômetro * Métodos de Administração Cânula nasal Cateter nasal Máscara facial Máscara de Venturi Máscara para traqueostomia Sistema de Baixo Fluxo Sistema de Alto Fluxo * É um tubo plástico e macio, flexível e descartável, em sua extremidade possui vários orifícios. Deve ser colocado cavidade nasal; Depois de ser inserido deve se fixado com esparadrapo na face; Não esquecer de pelo menos a cada 8 horas retirar o cateter e verificar se há obstrução. CATETER NASAL * CATETER NASAL * CÂNULA NASAL VANTAGENS Conforto maior que no uso de cateter Não necessita ser removida Convivência: pode comer, falar, sem obstáculos DESVANTAGENS Não pode ser usada por pacientes com problemas nos condutos nasais Concentração de oxigênio inspirada desconhecida De pouca aceitação por crianças pequenas Não permite nebulização * MÁSCARA FACIAL É muito comum e semelhante as máscaras faciais de aerosol, porém estas são flexíveis e maleáveis por serem confeccionadas de um material diferenciado; Este tipo de máscara é usado quando se deseja ofertar um fluxo maior de oxigênio; * * * SISTEMA DE VENTURE É um sistema que fornece um fluxo elevado de gás com fração inspirada de oxigênio; Vários dispositivos coloridos (adaptados a jato) são ajustado entre a máscara e a fonte de oxigênio; São dispositivos coloridos que permitem a passagem constante de oxigênio assim estabelecida pelo fabricante. * Máscara de Venturi Constitui o método mais seguro e exato para liberar a concentração de oxigênio sem considerar a profundidade ou frequência da respiração. * * * CUIDADOS COM O O2 E COM SUA ADMINISTRAÇÃO Não administrá-lo sem o redutor de pressão e o fluxômetro; Colocar umidificador com água destilada ou esterilizada até o nível indicado; Colocar aviso de "Não Fumar" na porta do quarto do paciente; Controlar a quantidade de litros por minutos; Observar se a máscara ou cateter estão bem adaptados e em bom funcionamento; Dar apoio psicológico ao paciente; * CUIDADOS COM O O2 E COM SUA ADMINISTRAÇÃO Trocar diariamente a cânula, os umidificadores, o tubo e outros equipamentos expostos à umidade; Avaliar o funcionamento do aparelho constantemente observando o volume de água do umidificador e a quantidade de litros por minuto; Fazer revezamento das narinas a cada 8 horas (cateter); Avaliar com freqüência as condições do paciente, sinais de hipóxia e anotar e dar assistência adequada; Manter vias aéreas desobstruídas; Manter os torpedos de O2 na vertical, longe de aparelhos elétricos e de fontes de calor; Controlar sinais vitais. * Material para administração de oxigênio Fonte de 02: canalizada ou torpedo; Válvula redutora: reduz a pressão de 02 dentro do torpedo; Manômetro; Fluxômetro – marca a quantidade de litros/min; Umidificador: encher até a metade com H2O destilada estéril; Intermediário de borracha, com no máximo 3 m, pois a pressão de oxigênio diminui com o aumento do espaço morto; * Material para administração de oxigênio Cateter de 02: nº 4 ou 6 – criança; 8 ou 10 – adulto; SF 0,9% para lubrificar o cateter; Esparadrapo comum ou micropore; Cuba rim; Luvas de procedimento; Bandeja. * * Técnica para administração de oxigênio Procedimento Lavar as mãos e orientar o cliente Montar o sistema Testar narinas, observando se não há obstrução. Colocar luvas de procedimento Abrir o invólucro do cateter Medir do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e dividir esta medida ao meio. Umedecer a ponta do cateter com SF Hiperestender a cabeça do cliente * Fazer deslizar o cateter até a medida demarcada Observar sinais de asfixia Fixar o cateter e conecta-lo ao intermediário Ajustar a velocidade do fluxo conforme prescrição Orientar o cliente a respirar pelo nariz Trocar o cateter a cada 8 ou 12 horas e o umidificador a cada 24 horas Anotar no prontuário Lavar as mãos. * OXIMETRIA X GASOMETRIA A determinação de gases arteriais é o melhor método para averiguar a necessidade e a eficácia da oxigenioterapia: Oximetria - não invasiva Gasometria - invasiva * INALOTERAPIA * Conceito Sinônimos: aerossolterapia; nebulização É a administração de pequenas partículas de água em oxigênio ou ar comprimido, com ou sem medicação nas vias aéreas superiores. * Finalidades Alívio de processos inflamatórios, congestivos e obstrutivos; Umidificação - para tratar ou evitar desidratação excessiva da mucosa das vias aéreas; Fluidificação - para facilitar a remoção das secreções viscosas e densas; Administração de mucolíticos - para obter a atenuação ou resolução de espasmos brônquicos; Administração de corticosteroides - ação anti-inflamatória e anti-exsudativa; Pós-operatório – umedecer o ar após cirurgias de garganta ou laringe; * Indicações Obstrução inflamatória aguda da laringe; Afecções inflamatórias agudas e crônicas das vias aéreas; Sinusites; Bronquites; Asma brônquica; Pneumonia; Edema agudo de pulmão ; Enfisema pulmonar * INALOTERAPIA Um fluxo de oxigênio ou ar comprimido passa através de uma solução da droga e capta pequenas partículas que vão formar um pulverizado( spray) O paciente aspira o spray profundamente para que as partículas penetrem no trato respiratório * APARELHOS Aparelho aerosol Macronebulização * Substâncias utilizadas * Substâncias utilizadas * Substâncias utilizadas * Substâncias utilizadas * CUIDADOS NA TERAPÊUTICA DE NEBULIZAÇÃO Preparar o material necessário de forma asséptica; Anotar a freqüência cardíaca antes e após o tratamento (se uso de broncodilatador); Montar o aparelho regulando o fluxo de O2 ou ar comprimido com 4 a 5 litros por minuto. Colocar o paciente numa posição confortável, sentado ou semi fowler (maior expansão diafragmática); Orientar o paciente para manter os olhos fechados durante a nebulização se em uso de medicamentos;Orientar o paciente a lavar o rosto após a nebulização; * CUIDADOS NA TERAPÊUTICA DE NEBULIZAÇÃO Ligar o nebulizador ao oxigênio ou ar comprimido, retirando o frasco umidificador, para que o fluxo aja diretamente sobre o medicamento que está no umidificador; Instruir o paciente para inspirar lenta e profundamente pela boca; Checar na papeleta e anotar o procedimento, reações do paciente e as características das secreções eliminadas; Ao final retirar o material e colocar em solução desinfetante. * ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS * ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS Consiste em retirar a secreção traqueobrônquica e orofaríngea através de uma sonda ligada a um aparelho de sucção (hoje usa-se uma saída de aspiração a vácuo). A sonda é introduzida na boca, narina e traquéia se entubado ou traqueostomizado. * OBJETIVOS Remover secreções, vômito, sangue ou corpos estranhos; Manter a permeabilidade das vias aéreas em pacientes que não são capazes de realizá-la de maneira eficiente; Manter vias aéreas desobstruídas; Permitir troca gasosa adequada; Promover ventilação eficiente. * INDICAÇÕES Pacientes impossibilitados de eliminar secreções; Pacientes entubado ou traqueostomizados. * MATERIAL Saída de aspiração, conector de borracha; Frasco coletor de secreção; Cateter de aspiração de tamanho apropriado; Luvas de procedimento e estéril; Cuba rim; Pacotes de gaze estéril; Soro fisiológico 0,9%; Fonte de vácuo ou aspirador portátil; Óculos; Máscara. * MATERIAL * PROCEDIMENTO Lavar as mãos; Utilizar os equipamentos de proteção individual; Preparar o material e levar para próximo do paciente; Explicar o procedimento ao paciente se este estiver consciente, e ao acompanhante, se houver; Garantir a privacidade do paciente; * PROCEDIMENTO Testar saída de vácuo, se funciona; Posicionar o paciente em decúbito dorsal se vítima de trauma, ou com a cabeceira elevada a 30º para pacientes em situação de agravo clínico; Aproximar o recipiente para descarte de material sujo; Posicionar-se atrás do leito de forma que a mão dominante fique mais próxima da fonte de vácuo; Abrir o pacote do sistema de aspiração e conectá-lo à fonte de vácuo; * PROCEDIMENTO Abrir o pacote de gazes estéreis; Abrir a sonda de aspiração de calibre compatível com a situação, com técnica asséptica e coloque-a no interior do pacote de gaze; Abrir as ampolas de SF 0,9%; Abrir o vácuo canalizado ou ligar o aspirador portátil; Abrir o pacote de luvas estéreis e calçá-las conforme técnica asséptica (se aspiração nasotraqueal); * PROCEDIMENTO Com a mão não dominante, segurar a ponta da extensão do sistema de aspiração; Com a mão dominante, segurar a sonda de aspiração / ponta rígida e conectá-la à ponta do sistema de aspiração; Fechar a sonda de aspiração com o polegar da mão dominante; Desligar vácuo; Desprezar os resíduos no recipiente apropriado; Reposicionar o paciente confortavelmente, se possível; Retirar luvas, colocar a unidade em ordem; Lavar as mãos; Fazer as anotações: quantidade e aspecto da secreção. * Riscos da aspiração 1- Infecção sistêmicas e pulmonares 2- Traumatismos de tecidos 3- Hipoxemia 4- Ansiedade e desconforto *
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