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RESENHA DO LIVRO DE Acompanhamento Terapeutico

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Centro de Psicologia Aplicada
RESENHA DO CAPÍTULO XV, XVI, XVII E XVIII
Acompanhamento Terapêutico
Daniella de Abreu de Oliveira – C00BAF-2
Supervisor Responsável: Kleber Duarte Barreto – CRP: 06/34326-6
CAPÍTULO XV
 FUNÇÃO DO ACOMPANHANTE COMO MODELO DE IDENTIFICAÇÃO
A melhor maneira para se desenvolver é orientar. Devemos imitar, seguir os passos e não arredar pé do modelo. Um bom modelo é a matriz de um bom desenvolvimento. Em psicanálise, denominamos modelo de identificação. Podemos fazer determinada história de vida de uma pessoas e estabelecer princípios para a própria vida, buscando um estilo semelhante.
É importante discriminar os diferentes níveis na adoção de um modelo. Existe nível de imitação pura e simples, onde copiamos o comportamento de alguém sem que haja nenhuma transformação, nenhuma marca pessoal. Como se olhasse para um espelho ou como se estivesse brincando de ser sombra.
Esse comportamento imitativo vai naturalmente desaparecendo e só volta a ocorrer em momentos de muita angústia. A imitação tem uma significação peculiar, reproduz a postura de habitar em um outro corpo para a tentativa de organizar o acompanhante.
De acordo com Winnicott: “A originalidade nasce a tradição”. Criamos na medida em que nos apropriamos da nossa tradição cultural. A visão winnicottiana do fenômenos como idealização, admiração e influência, ressalta esses acontecimentos como idealização, admiração e influência, ressalta esses acontecimentos não como algo simplesmente alienante, mas sim como uma busca do sujeito por um objetivo que o auxilie a desenvolver suas potencialidades. A transferência não é vista apenas como mera repetição do passado, mas também como incessante busca de um objeto que possa auxiliar no desenvolvimento do self.
A identificação se dá pelo exame das potencialidades do paciente, ele tem um conhecimento a respeito daquilo de que ele necessita para se desenvolver. Essa maneira de compreender a função de modelo de identificação, além de ressaltar uma positividade, aponta para um movimento que parte do sujeito, que reconhece em um determinado objeto uma função que necessita desenvolver em si mesmo.
O exemplo de uma atitude despretensiosa do acompanhante através do modelo de identificação abre todo um campo de experiência, começa daí a vislumbrar horizontes inimagináveis, se leva em consideração a possibilidade dos próprios desejos e vontades.
Para um sujeito vir a se cuidar de si próprio é necessário que antes ele possa ser cuidado por alguém. O que nos faz pensar que, se alguém desenvolve o senso de responsabilidade, é porque um dia esse alguém esteve sob a responsabilidade de um outro. A possibilidade de nos identificarmos com este modelo pode nos ajudar a estabelecer a função de cuidado pessoal ou qualquer outra do gênero.
CAPÍTULO XVI
ONDE SE ADENTRA NO CAMPO DA TRANSICIONALIDADE E SE DISCUTE A PARTICIPAÇÃO DA PESSOA TERAPEUTA NO TRABALHO CLÍNICO
Dentro da perspectiva Winnicottiana, se enquadra naquilo que se denomina intervenção transicional, levando em conta o universo simbólico. Para Winnicott, a alucinação é expressão de uma potencialidade humana, às vezes única saída para se preservar a capacidade criativa frente a um ambiente invasor ou a experiências disruptivas. Entretanto, ele aponta para dois usos distintos da capacidade imaginativa: o devaneio e a imaginação. O primeiro caracteriza-se pelo uso da capacidade de imaginativa que afasta o sujeito da realidade compartilhada, impedindo-o de transformá-la. A imaginação, por outro lado, seria o uso da capacidade imaginativa na transformação do mundo em que vivemos, tornando-o pessoal e próprio.
O ambiente suficientemente bom é capaz de fornecer ao bebê uma adaptação ativa às suas necessidades, principalmente, nas primeiras semanas após o nascimento. O encontro dessa adaptação ambiental e o potencial alucinatório do bebê propiciarão de sua onipotência (ilusão). Assim, ele vai dispondo de um repertório imaginativo que lhe permitirá dar conta da experiência da separação. Em outras palavras, o processo de desilusão passa a fazer sentido para o bebê e a noção eu e não-eu principia a se estabelecer. Esse espaço que surge na separação do corpo da mãe e do bebê dá início ao que Winnicott denominou: espaço potencial. É um vazio entre corpos e torna-se potencial na medida em que pode ser preenchido pela imaginação do bebê. Um espaço paradoxal, pois ai mesmo tempo separa, une.
A primeira possessão não-eu do bebê (ponta de frauda, cobertor, ursinho), à qual ele batiza com algum nome – quando já é capaz de emitir sons articulados – e que auxiliará a lidar com os momentos de angústia, eis o que Winnicott chamou de objeto transicional. Trata-se de um objeto que não é nem interno, nem externo; nem objetivo, nem subjetivo. Estamos ingressando em uma terceira área da experiência humana: a transicionalidade, os fenômenos transicionais. Uma área distinta das duas que geralmente transitamos: realidade subjetiva e realidade compartilhada. Seria o campo da ilusão ao qual os seres humanos recorrem como descanso e relaxamento do esforço exigido pela discriminação interno/externo. Campo privilegiado do brincar, do sonhar, da arte, da religião, da filosofia. De uma maneira geral a transicionalidade pode ser considerada como campo da experiência cultural.
Quando se utiliza da transicionalidade como campo de intervenção o que se tem em mente é duas ou mais pessoas possam se encontrar como pessoas reais, cuja a tarefa é colocar em marcha um processo de simbolização.
CAPÍTULO XVII
EM QUE SE OBSERVAM AS TRANSFORMAÇÕES EM SANCHO PANÇA A PARTIR DA CONVIVÊNCIA COM DOM QUIXOTE E VICE-VERSA;
No capítulo XV, fala sobre a influência. Na relação com o outro nos fecundamos e nos adubamos até que em um ambiente mais favorável (ambiente facilitador), as sementes que existem em nós germinem e floresçam.
A convivência e seus percalços fizeram com que certas características de cada um fecundassem o ser do outro. O vínculo se fortalece a ponto de ser colocado como prioritário.
A origem da palavra acompanhar vem do latim, cum: comer; e panis: pão. Ou seja, comer do mesmo pão, compartilhamos experiências com os nossos acompanhados, o que ao longo do tempo, pode levar à constituição de um vínculo bastante intenso. Esses elementos tampouco precisam ser negados, mas o que se passa é que a percepção e o vínculo com o outro se ampliam e a tônica da relação tange a amizade.
Um vínculo que guarda muitas similaridades com a amizade: fazer passeios, encontros em casa, ficar batendo papo, enfim, compartilhar das atividades cotidianas de um sujeito.
Para o trabalho terapêutico ocorrer, é necessário que se mantenha a capacidade de discriminação. O termo amigo, em sua concepção, enfatiza uma dimensão amistosa.
Winnicott (1961) afirma que para um sujeito e/ou determinadas dimensões do self em que houve uma falha no cuidado inicial da vida, é necessário que o tratamento ofereça ao paciente a oportunidade de ter experiências que permaneçam à infância, em uma fase marcada pela dependência absoluta do meio ambiente. As condições para esses tipos de experiências podem ser encontradas não somente na psicoterapia, mas também na amizade, no cuidado.
A diferença entre um amigo e o acompanhante se dá através dos elementos do enquadre (espaço e tempo), o terapeuta é pago e apenas vê o paciente por um período limitado pela consulta, e, além do mais, somente por um curso limitado de tempo.
CAPÍTULO XVII
DAFUNDAMENTAÇÃO DO AT COMO CAMPO DE EXPERIENCIAR E CUJA TÉCNICA PRIVILEGIADA DE INTERVENÇÃO É O MANEJO
O AT para um determinado sujeito se apoia na compreensão de que este sujeito se desenvolverá caso encontre condições de que se exerçam junto ao sujeito determinadas funções ambientais que possam colocar em marcha seu desenvolvimento psíquico. O AT busca suprir uma ou várias falhas ambientais. Todos possuímos áreas onde faltou uma experiência com o outro ser humano que pudesse simbolizar uma determinada questão existencial.
Poderíamosresumir os fatores acima expostos como desencontros com as necessidades de um sujeito que, inevitavelmente, ocorrem ao longo da vida de cada um. Assim, poderá em um determinado período ou com um determinado paciente, exercer funções que tenham a ver com a maternagem e a paternagem e, em outros momentos, com a amizade.
O manejo se refere a uma intervenção no setting (enquadre) e/ou no cotidiano do sujeito, levando em conta suas necessidades, sua história e a cultura na qual está inserido, a fim de promover seu desenvolvimento psíquico. Indica a organização e a administração de um determinado tipo de cuidado para que um sujeito se desenvolva.
O manejo torna-se, a partir desta compreensão, a técnica mais adequada para se lidar tanto com situações regressivas quanto com sujeitos que apresentam uma paralisação no desenvolvimento psíquico. Ou seja, o manejo é fundamental quando nos deparamos com um sujeito que depende do meio ambiente para funções básicas.
O manejo é, o provimento daquela adaptação ambiental, na situação clínica ou fora dela, que faltou ao paciente no seu processo de desenvolvimento. O manejo pode ser proporcionado pelo ambiente social e familiar; aqui; a escala abrange desde a hospitalização até o cuidado pela família e amigos.

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