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Tipos sanguineos 2 unidade

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Imunogenética e grupos sanguíneos
Prof. Adriana Paula
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O sistema imune é difuso (misturado), abrangendo células livres (leucócitos), tecidos (hemocitopoiéticos) e órgãos (timo, baço e linfonodos) dispersos pelo organismo.
Função: proteger o corpo de diferentes agentes infecciosos pela ação de células que fazem a fagocitose e pela produção de substâncias especiais, os anticorpos.
 Introdução
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Sistema Imunológico
Surgiu para nos proteger dos patógenos: 
	- Vírus
	- Bactérias
	- Fungos e Parasitas
Composto por células e tecidos
Falhas no seu funcionamento pode levar a:
 - imunodeficiência – Adquirida ou primária
 - Perda das defesas contra agentes infecciosos ou tumores
Desregulação pode resultar em doenças auto-imune e alergias
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Imunidade inata = natural
 Fagócitos (engloba e destrói o microorganismo);
Neutrófilos
Eosinófilos
Mastócitos
Basófilos
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Algumas células têm a capacidade de emitir pseudópodes, que envolvem e englobam corpos estranhos, inclusive microrganismos, destruindo-os no interior de vacúolos citoplasmáticos.
Realizado por neutrófilos e os monócitos (estes ao migrarem para o interior de outros tecidos, são chamados de macrófagos).
Fagocitose
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Macrófago em atividade
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Tecidos do Sistema Imunológico
Órgãos linfóides centrais ou primários:
	- Medula óssea (geração e maturação de linfócitos)
	- Timo
Órgãos linfóides perfiféricos ou secundários:
	- Onde iniciam as respostas adaptativas;
	- Especializados na captura do antígeno;
	- Linfonodos, amígdalas, intestinos, ceco.
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Sistema linfático humano 
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Proteção - Imunidade
 Conseqüências desejáveis da Imunidade:
	- Resistência natural a infecção
	- Resistência adquirida a infecção
 Conseqüência indesejável da imunidade:
	- Autoimunidade (lupus)
	- Hipersensibilidade (reações alérgicas)
	- Rejeição (transplante)
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- Capaz de se adaptar a característica do microorganismo invasor para montar uma resposta imune mais específica;
- Defesa estimulada por micróbios que invadem tecidos.
Linfócito T ( Células T) – produzido no Timo;
Linfócito B (Células B) – produzido na medula óssea. 
Imunidade adaptável = específica
 ou adquirida
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Os linfócitos
Os linfócitos T – têm na sua membrana receptores que reconhecem os antígenos – temos cerca de 1 milhão de tipos de linfócitos, cada um com um receptor de membrana diferente.
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Os linfócitos
Os linfócitos T dividem-se em linfócitos T auxiliares ou helpers (LTh), linfócitos T citotóxicos (LTc) e linfócitos T supressores (LTs)
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SISTEMA IMUNE CELULAR
T CD4+ = helper ou auxiliares
Ajudam B a produzir anticorpos 
Fagócitos a destruir micróbios fagocitados
T CD8+ = citotóxicos ou citolíticos
 Destroem células que abrigam micróbios intracelulares
Imunidade adaptável: Linfócitos T
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Imunidade adaptável: Linfócitos B
Produzem os anticorpos que circulam na corrente sanguínea compondo o SISTEMA IMUNE HUMORAL;
Quando madura a célula secretora passa a produzir anticorpos – 10 milhões por hora.
Os anticorpos se ligam aos antígenos e podem destruir diretamente o microorganismo ou marcá-lo para destruição em outro componente como fagócitos.
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Os linfócitos
Os linfócitos B – Também são selecionados por antígenos que se ligam a receptores específicos – uma vez selecionado este linfócito se multiplica formando uma população de clones (plasmócitos) os quais passam a fabricar e a liberar os anticorpos (imunidade humoral).
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O Sistema imune possui dois sistemas:
O Sistema Imune Humoral - É formado pelos Linfócitos B, originados na Medula óssea, e que atuam através da síntese e secreção dos ANTICORPOS. 
 O Sistema Imune Celular - É formado pelos Linfócitos T, originados do Timo, e que atuam diretamente no microrganismo.
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Os antígenos são moléculas estranhas ao organismo, especialmente proteínas e polissacarídeos, que em contato com os tecidos vivos induzem nestes uma reação: resposta imune, caracterizada pela formação de anticorpos.
Anticorpos – específicos para cada antígeno.
Antígenos e Anticorpos
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Ex. Um vírus, com uma determinada proteína em sua cápsula, funciona como um antígeno que desencadeia no nosso corpo a resposta imune, com a formação de um anticorpo específico.
No organismo, os anticorpos, ligam-se a antígenos, provocando-lhes uma aglutinação, que facilita a ação dos fagócitos.
Antígenos e Anticorpos
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Forma de Y – com variação apenas na sua parte menor – que é a zona de ligação do antígeno
São proteínas especiais: imunoglobulinas (Ig), reunidas em alguns grupos:
Ex.: Imunoglubulinas M (IgM) – eficiente na aglutinação e na lise de bactérias
Anticorpos
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Anticorpos
As moléculas de Imunoglobulinas (Ig) são formadas por 4 cadeias polipeptídicas:
Sendo um par mais longo ou pesadas (H) e um par menor ( L ).
Ligadas por pontes S-S;
Existem 5 classes de cadeias H que são específicas das sub-classes Ig: IgG, IgM, IgA, IgD e IgE.
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Resposta Imune
Ao receber um antígeno, o organismo após alguns dias passa a liberar no plasma sanguíneo uma taxa crescente do anticorpo específico para o antígeno – resposta imunitária primária.
Uma segunda exposição ao mesmo antígeno – eleva rapidamente a taxa de anticorpo no sangue – resposta secundária – resultado da atividade dos linfócitos B (células de memória).
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Base genética dos anticorpos
Três segmentos gênicos diferentes codificam as cadeias L – eles estão presentes nos cromossomos 2 e 22
Quatro segmentos gênicos diferentes codificam as cadeias H – estes genes estão no cromossomo 14.
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Base Genética da Resposta Imune
Três segmentos gênicos codificam as cadeias leves – cromossomos 2 e 22:
C para região constante
V para região variável 
J para região de ligação ou junção
Quatro segmentos gênicos codificam cadeias pesadas – cromossomo 14:
C para região constante
V para região variável 
J para região de ligação
D para região de diversidade
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Teoria “Um Gene- Um Anticorpo”: Impossível
1 bilhão de anticorpos
Hoje: Vários mecanismos são responsáveis por gerar a diversidade de anticorpos
Rearranjos e combinações de diferentes regiões variáveis (V) (200 tipos diferentes), de junção (J) 6 tipos diferentes e de diversidade (D) (30 segmentos diferentes)
Base Genética da Resposta Imune
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Antes de fazer transfusão de sangue, é preciso determinar os grupos sanguíneos ABO do doador e do receptor.
Por exemplo, um indivíduo que pertence ao grupo sanguíneo O pode doar sangue a qualquer pessoa, porém só pode receber sangue de outro indivíduo tipo O.
Sistema ABO
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No começo do século, Landsteiner verificou que suspensões de hemácias de alguns indivíduos, misturadas com soro de outros, reagiam diferentemente: 
Em alguns casos as hemácias se aglutinavam. 
Em outros casos não se observava nada. 
Sistema ABO
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Sistema ABO
Foi descoberto que os grupos sanguíneos são determinados em parte por uma sequência de oligossacarídeos presentes na membrana dos eritrócitos.
Todos os tipos sanguíneos apresentam a sequência: glicose, galactose, N-acetilgalactosamina, galactose e fucose.
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No caso das hemácias do tipo A o açúcar que confere antigenicidade é uma N-acetilgalactosamina terminal a mais.
O tipo B o açúcar que confere antigenicidade é a galactose.
O tipo O não tem as duas sequências antigênicas e por isso produz anticorpos contra os dois.
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Por meio de testes descobriu-se ser possível classificar as pessoas em quatro tipos:
Algumas possuem o antígeno A – tipo A
Algumas possuem o antígeno B – tipo B
Algumas possuem o antígeno A e B – tipo AB
Algumas não possuem antígeno – tipo O
Sistema ABO
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Ocorrem nas reações de tranfusão.
As aglutininas aderem nas hemácias e fazem as hemácias se aderirem umas as outras, formando grumos.
Algum tempo depois as hemácias sofrem ação dos
leucócitos, são destruídas – hemólise. 
Processo de aglutinação:
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Aglutinação
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São os anticorpos
Antígeno A ausente na hemácia desenvolvem-se no plasma anticorpos aglutinina anti-A.
Antígeno B ausente - aglutinina anti-B.
Grupo O não contém antígenos logo terá aglutininas anti-A e anti-B.
Grupo AB- contém os antígenos A e B portanto não contém aglutininas, Anti-A e Anti-B.
Aglutininas:
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 Estudos da distribuição familiar e populacional desses 4 tipos de pessoas mostraram que os grupos sanguíneos do sistema ABO são hereditários e determinados por três genes (alelos) diferentes .
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Como os genes alelos são variedades alternativas de um gene em dado loco, os alelos múltiplos (mais de duas alternativas) obedecem às mesmas regras que regem a transmissão de um par de alelos.
Uma pessoa pode ser homozigota para qualquer um dos alelos ou heterozigota.
Sistema ABO
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Existem 6 combinações genotípicas possíveis
Sistema ABO
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Dúvidas?
Por que o diabético não pode doar sangue? 
 Esses pacientes têm importantes alterações do sistema cardiovascular e, em conseqüência disto, durante ou logo após a doação de sangue, podem apresentar alguma reação que agrave seu estado de saúde.
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Dúvidas?
Por que quem teve hepatite não pode doar sangue?
Existem três tipos principais de hepatite viral: Tipo A, Tipo B e Tipo C. 
 Tipo A _ água e alimentos 
Tipo B _sexual ou parenteral; ou seja, agulhas e equipamentos contaminados ou transfusão sangue. 
Tipo C _parenteral; porém, outras formas pouco definidas podem ser envolvidas. 
Sintomas: icterícia (amarelamento dos olhos), urina escura e fezes claras, os demais sintomas da hepatite são poucos específicos e lembram um quadro de gripe forte. 
 Em cerca de 85 % da população brasileira encontramos anticorpos contra o vírus da hepatite A, os quais são indicadores de contato prévio com esse agente.
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Dúvidas?
Por que pessoas com peso inferior a 50kg não podem doar sangue? 
 O volume de sangue total a ser coletado é diretamente relacionado ao peso do doador. Para os homens não pode exceder a 9ml / kg peso e, para as mulheres, a 8ml / kg peso. O anticoagulante presente na bolsa de coleta liga-se ao sangue impedindo que este coagule. O volume de anticoagulante da bolsa é padronizado para um mínimo de 400ml de sangue. Logo, uma pessoa com peso inferior a 50 kg não poderia doar o volume mínimo.
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