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Microbiologia Oral AULA 1.pptx

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Microbiologia Oral
Profa. Gilmara Q. Castelhano
Microbiologia oral é o estudo de microrganismos da cavidade bucal e sua relação com hospedeiro.
Ecologia microbiana da cavidade oral
Nicho é um conjunto de condições de uma espécie (microrganismo) onde ela vive e se reproduz.
O feto cresce e amadurece no interior do útero e na ausência de bactérias;
O ambiente bucal é estéril ao nascimento. 
Fonte de formação da microbiota bucal
Parto normal: canal vaginal;
Parto cesariano: ar;
Alimentos;
Contato com familiares e outras pessoas;
Contato com animais;
Contato com objetos;
Contato com outras partes do corpo.
Nascimento: algumas horas após o parto – facultativos e aeróbios
S. salivarius, S. mitis e S. oralis
Segundo dia:
Staphylococus, Lactobacillus.
Apenas 15% das crianças apresentam a cavidade bucal isenta de microrganismos.
Alguns meses: bactérias anaeróbias
Prevotella melaninogenica, Prevotella spp, Veillonella spp. 
Erupção dentária:
S. mutans, S. salivarius, S. sanguis.
Em idade escolar a microbiota bucal das crianças é igual à dos adultos.
Formas de apresentação da microbiota
Residente ou indígena 
Suplementar
Transitória ou adventícia
Residente ou indígena 
Microrganismo relativamente fixos, regulares em determinados sítios;
Não comprometem a sobrevivência do hospedeiro;
Suplementar
Espécies que estão quase sempre presentes, mas em números reduzidos
 (< 1%);
Podem tornar-se indígenas se ocorrem mudanças ambientais.
Transitória ou adventícia
Patogênicos ou não;
Microrganismos transitórios podem proliferar-se e causar doenças;
Habitam uma região por um período transitório;
Podem ser adquiridos:
Bebidas;
Alimentos;
Aerossóis;
Poeira
Perdigotos;
Objetos levados à cavidade oral.
Inter-relações bactéria-hospedeiro
Simbiose
Antibiose
Anfibiose
Simbiose
Hospedeiro e bactéria se beneficiam dessa inter-relação;
Relação denominada “Simbiótica”;
Sobrevivência de ambos dependem dessa relação estável.
Antibiose
Bactéria e hospedeiro são antagonista;
Relação instável tanto para hospedeiro quanto para as bactérias;
Não é uma relação permanente.
Anfibiose
Estado intermediário no qual o hospedeiro e a microbiota coexistem sob a forma de equilíbrio estável;
Se há um desequilíbrio nessa relação, causa assim a patologia.
A composição da microbiota da cavidade bucal varia entre indivíduos:
Saúde x Doença
Saúde x Doença
Microbiota residente
Microbiota transitória
Microbiota suplementar
Idade
Dieta
Hormônios
Fluxo salivar
Imunologia
Higiene
Hábitos
Equilíbrio 
Compreensão da evolução da cariogênese, das doenças periodontais e de infecções endodônticas:
Entendimento da ecologia da cavidade oral;
Identificação dos fatores responsáveis pela transição da microbiota oral de uma associação comensal para uma relação patogênica com o hospedeiro.
PRESSÕES SELETIVAS OPERANTES NA MICROBIOTA ORAL
ANAEROBIOSE
• Embora a cavidade bucal pareça um ambiente extremamente oxigenado, ela pode conter nichos onde os anaeróbios podem habitar.
I – Tensões de Oxigênio na Cavidade Oral
• A tensão de oxigênio é considerada um determinante ecológico. Na atmosfera, a tensão de O2 está em torno de 21%. Na cavidade bucal, esta tensão é reduzida para 12 a 14%. No interior de uma bolsa periodontal, a tensão permanece em torno de 1 a 2 %.
=>A tensão de O2 sobre as superfícies dentogengivais é principalmente anaeróbia, particularmente nas placas subgengivais (predominam anaeróbios), enquanto que nas placas supragengivais predominam facultativos e microaerófilos.
PRESSÕES SELETIVAS OPERANTES NA MICROBIOTA ORAL
II – Potencial de Óxido-redução (Eh)
• Tendência de um meio ou componente em oxidar ou reduzir uma molécula introduzida através da remoção ou adição de elétrons. Microrganismos que necessitam de Eh positivo para sua viabilidade são aeróbios, enquanto que microrganismos que necessitam de um Eh negativo são anaeróbios.
• Em uma comunidade microbiana oral densamente povoada que desenvolve metabolismo fermentativo, é de se esperar um Eh negativo.
Tensão de O2
PRESSÕES SELETIVAS OPERANTES NA MICROBIOTA ORAL
TEMPERATURA E PH
• A manutenção da temperatura corporal (36 a 37ºC) favorece o desenvolvimento de mesófilos, permitindo atividade enzimática, solubilidade de compostos e crescimento;
• A variação do pH(5,5 – 7,5) na cavidade bucal (superfície dentária com biofilme acidogênico, sulcos subgengival, bolsas periodontais e saliva) limita e/ou favorece o desenvolvimento de certos grupos microbianos.
FONTES DE NUTRIENTES NA CAVIDADE ORAL
O hospedeiro contribui para a relação simbiótica fornecendo suprimento de nutrientes utilizáveis pela microbiota da cavidade bucal;
Os nutrientes devem fornecer uma fonte de energia, tal como carboidratos fermentáveis ou aminoácidos, necessários para o crescimento;
Os nutrientes são derivados de cinco fontes:
 Alimento ingerido
 Saliva
 Fluido gengival
 Células epiteliais descamativas
 As próprias bactérias.
Dieta como fonte de nutrientes
Nutrientes macromoleculares (amido, proteínas e lipídios) não estão normalmente disponíveis para a microbiota oral, devido ao rápido trânsito através da cavidade bucal.
A consistência física dos alimentos é importante pois permite a sua retenção e consequentemente a utilização do amido ou proteínas, e sua degradação em nutrientes utilizáveis.
Carboidratos solúveis de baixo peso molecular (sacarose ou lactose) são rapidamente metabolizados pela microbiota oral => Importante no processo de cariogênese.
Quanto maior a disponibilidade de nutrientes, maior o crescimento bacteriano e produção de ácido => maior será o biofilme placa bacteriana acumulado.
Saliva como fonte de nutrientes
Fluido homeostático que tampona a placa e fornece nutrientes para a microbiota que reside na superfície lavada por ela.
Contém 1% de glicoproteínas, sais inorgânicos, aminoácidos e glicose e vitaminas. Essas quantidades são suficientes para sustentar o crescimento bacteriano nos períodos de jejum do hospedeiro.
Regulação e controle da microbiota bucal
Atividade funcional:
Acidogênicos – produzem ácidos a partir de carboidratos (ex. Lactobacillus, alguns estreptococos) – frequentemente associados à cárie dental;
 Acidúricos – microrganismos que sobrevivem em ambiente ácido. Toleram pH inferior a 5,5– próprio do ecossistema da cárie (ex. Lactobacillus, alguns estreptococos);
Proteolíticos – utilizam proteínas no metabolismo, podendo resultar em destruição tecidual. Geralmente estão associados a doenças periodontais (ex alguns anaeróbios produtores de
pigmento negro).
Regulação e controle da microbiota bucal
Potencial patogênico:
Microrganismos podem se proliferar em áreas restritas e causar dano confinado ao local da infecção (ex. cárie);
Microrganismos podem disseminar a infecção aos tecidos vizinhos (ex. gengivites, periodontites, infecções endodônticas);
Microrganismos podem causa lesões à distância por bacteremia ou produtos lançados na circulação linfática ou sanguínea (ex. endocardite bacteriana subaguda).
Regulação e controle da microbiota bucal
Fatores endógenos de regulação e controle da microbiota bucal:
Presença ou não de dentes (aparecimento de nichos anaeróbios);
Alterações nos dentes e na mucosa (lesões cavitárias, formação de bolsa periodontal);
Descamação epitelial;
Fluido gengival;
Leucócitos polimorfonucleares - atuam como fagócitos no sulco gengival;
Anticorpos – IgA-S é a predominante na saliva, mas também podem ser
encontradas pequenas quantidades de IgG, IgD, IgM e IgE (chegam à cavidade bucal via fluido gengival);
Saliva;
Relações inter-microbianas – comensalismo, competição, antibiose e sinergismo.
Regulação e controle da microbiota bucal
Fatores exógenos de regulação e controle da microbiota bucal:
Dieta;
Higiene bucal;
Substâncias químicas:
antibióticos,
anti-sépticos,
fluoretos, etc.
BIOFILMES BACTERIANOS
Complexos ecossistemas microbianos,
podem ser formados por populações desenvolvidas a partir de uma única, ou de múltiplas espécies, podendo ser encontrados em uma variedade de superfícies bióticas e/ou abióticas.
Adesão bacteriana
Célula - superfície 
Célula - célula
Formação de um biofilme
Colonizadores primários - se aderem a uma superfície, geralmente contendo proteínas ou outros
compostos orgânicos;
As células aderidas passam a se desenvolver, originando microcolônias que sintetizam uma matriz exopolissacarídica (EPS), que passam a atuar como substrato para a aderência de microrganismos denominados colonizadores secundários;
Colonizadores secundários podem se aderir diretamente aos primários, ou promoverem a formação de coagregados com outros microrganismos e então se aderirem aos primários.
Formação de um biofilme
Placa dental – biofilme bacteriano aderido aos dentes e outras superfícies sólidas da
cavidade oral.
Matéria alba – agregados bacterianos, leucócitos e células epiteliais descamativas que se acumulam na superfície do dente.
Principal diferença entre placa dental e matéria alba => força de aderência
Película – filme orgânico derivado principalmente de saliva. É depositado na superfície do dente e não contém bactérias. Após sua colonização, passa a ser considerado placa dental em formação.
Cálculo – placa dental calcificada. Está sempre recoberto por uma camada de placa não calcificada.
Placa supragengival
Torna-se clinicamente detectável após atingiruma boa espessura. À medida que o biofilme cresce e se acumula uma massa globular visível com superfície nodular e cor branco amarelada é detectada.
Pode ser diferenciada em:
Placa coronária: contato apenas com a superfície dentária.
Placa marginal: associação com a superfície e margem gengival.
PLACA DENTAL E A MARGEM GENGIVAL
A placa pode crescer sobre outras superfícies da cavidade bucal como sulcos e fissuras das superfícies oclusivas, restaurações e coroas artificiais, bandas e aparelhos ortodônticos removíveis, implantes dentais, e dentaduras.
A taxa de formação da placa depende de variáveis como: dieta, idade, fatores salivares, higiene oral, alinhamento dos dentes, doenças sistêmicas e fatores do hospedeiro.

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