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Prótese Total: Princípios de Moldagem - Resumo (Daniel Telles)

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Prótese Total: Princípios de Moldagem - Resumo 
Referência: Daniel Telles - “Prótese Total Convencional e Sobre Implantes” 
 
Moldagem Anatômica 
Moldagem do rebordo edentado: 
● Objetivos: 
○ Mínima deformação dos tecidos de suporte, através da ​técnica adequada ​na                     
moldagem anatômica​; 
○ Extensão correta da base da prótese​, por meio do ajuste da ​moldeira individual​, de                           
acordo com as características anatomofisiológicas do paciente; 
○ Vedamento periférico funcional​: espessura e contorno da base da prótese adequados; 
○ Contato adequado entre a base da prótese com o rebordo​, através da ​perfeita                         
reprodução dos tecidos​ pelo material de moldagem. 
 
Erro comum: realizar a moldagem anatômica apenas com o objetivo de obtenção da moldeira                           
individual​. 
Mínima deformação dos tecidos​: moldagem anatômica com utilização de materiais de baixa                       
compressibilidade (ex.: alginato), e, moldeira individual deve preservar a arquitetura dos tecidos                       
durante a moldagem funcional, especialmente em casos de mucosa flácida. 
 
Seleção de moldeira de estoque: 
● Moldeiras para edentados: 
○ Considerar: tamanho, e, especialmente a largura como critério de seleção; 
○ Devem possuir:  
■ Bacia mais rasa: correto posicionamento sobre o rebordo sem deformar                   
inadequadamente as inserções musculares; 
■ Cabo biangulado: inserção adequada sem deformar a musculatura do lábio,                     
em fundo de vestíbulo anterior; 
○ Como é feita: 
■ De acordo com sua largura na porção posterior; 
■ Centraliza-se as tuberosidades da maxila nas partes mais profundas da                   
bacia da moldeira superior, e, a crista do rebordo nas suas porções mais                         
distais, bilateralmente na moldeira inferior; 
■ Moldeira menor do que o indicado: quando ao centralizar a tuberosidade do                       
lado direito na parte mais profunda da bacia, a borda da moldeira do lado                           
esquerdo toca no rebordo; 
■ Compasso de ponta seca: facilita a seleção, ao medir a largura do rebordo no                           
nível das tuberosidades. 
 
Com alginato: hidrocolóide irreversível 
● Material de escolha - maioria dos casos 
● Fácil manipulação; 
● Boa fidelidade da cópia; 
● Menor deformação aos tecidos; 
● Moldeiras que serão utilizadas com esse material devem apresentar características retentivas                     
(perfurações ou aros); 
● Após selecionada, a moldeira deve ser individualizada - especialmente na sua porção                       
periférica, para promover suporte ao alginato no fundo de vestíbulo evitando bolhas e                         
mantendo-o em posição até presa final. É indicado o uso de cera periférica; 
● Lubrificar lábios do paciente: maior conforto na inserção e retirada da moldeira; 
● Antes de levar moldeira com alginato, levar a boca para anatomização da cera; 
● Ocorrência de bolhas: utilizar um alginato mais fluido (50% a mais de água), em uma                             
segunda moldagem sobre a primeira; Cuidado: eliminar retenções e secar a superfície do                         
molde para facilitar a adesão da nova camada, recobrindo toda a primeira moldagem;                         
Especialmente indicado em moldagem mandibular. 
 
Moldagem superior: 
● Pode ser determinado o limite posterior da base da prótese e o mesmo pode ser riscado com                                 
lápis cópia no palato do paciente, para que seja transferido para o molde e depois para o                                 
modelo de gesso; 
● Caso a moldeira não tenha extensão suficiente para recobrir toda a área chapeável,                         
incluindo o limite posterior, ela deve ser individualizada com acréscimo de cera na região; 
 
Desinfecção dos moldes em alginato: borrifar solução de hipoclorito de sódio a 1%, e manter em um                                 
recipiente fechado por 10 minutos. 
 
Com godiva: à base de resinas termoplásticas 
● Moldagem de rebordos edentados severamente reabsorvidos - possui grande capacidade de                     
afastar a musculatura inserida no rebordo; 
● Comprime e deforma mais os tecidos do que os outros materiais; 
● Necessidade de um plastificador: água a 55-60º; 
● Ao levar em boca, fazer movimentos simulando o funcionamento do fundo de vestíbulo, a                           
fim de evitar excesso de sobre extensão do material; 
● Após movimentos, deve-se esfriar a moldeira com jatos de ar; 
● Desinfecção dos moldes de godiva: imergir o molde em solução de glutaraldeído a 2%, por 10                               
minutos; 
 
Com silicone: 
 
● Rebordo com grandes alterações ósseas; 
● Após cirurgias ressectivas (ameloblastomas) - ausência de rebordo; 
● Uso de silicone, individualizando a moldeira com massa densa ou pesada previamente à                         
moldagem com silicone leve, otimiza a capacidade de cópia do material de moldagem, no                           
caso, o silicone leve; 
● Desinfecção: imergir o molde em solução de hipoclorito de sódio a 1% ou glutaraldeído a 2%                               
por 10 minutos. 
 
 
 
Moldagem Funcional 
 
Duas fases: 
1- Vedamento periférico; 
2- Moldagem funcional propriamente dita. 
 
A moldagem funcional é realizada utilizando uma moldeira individual. 
Moldeiras individuais: 
● Objetivos do uso:  
○ Determinar limites da área chapeável, de acordo com a anatomofisiologia aí                     
presente; 
○ Obter vedamento de toda periferia da base de prótese, promovendo o confinamento                       
de um película de saliva, gerando retenção à mucosa por coesão (entre as moléculas                           
de água - promove adesão prótese x mucosa), adesão e pressão atmosférica; 
○ Bom vedamento = menor chance de afluxo de alimentos que podem vir a ficar                           
interpostos entre a base de prótese e a mucosa; 
● Ela deve ser construída o mais adaptada possível ao modelo anatômico, pois ao sofrer                           
deformações e compressões durante a moldagem funcional, elas serão contidas e mantidas                       
em posição com mínimo de grau de deformação mínimo obtido na moldagem anatômica; 
● Realizar alívios em áreas retentivas ou regiões fluidez ou resiliência natural (rugosidades                       
palatinas, por ex.) do modelo para facilitar a remoção do modelo de trabalho da moldeira                             
individual; DEVE SER A MENOR POSSÍVEL! E JAMAIS RECOBRIR TODA A ÁREA                       
DE SUPORTE PRIMÁRIO, pois a zona de compressão seria deslocada para a zona lateral                           
do rebordo, próximas às inserções musculares, menos propícia a receber cargas; além do risco                           
de falta de sustentação adequada durante o assentamento sobre o rebordo, empurrando a                         
godiva (do vedamento periférico) contra a área das inserções musculares, gerando um molde                         
sobre estendido; 
● Opcionalmente, podem ser feitos alívios com lâminas de cera 7 ou 9 nas regiões com partes                               
flácidas na mucosa. 
● Moldeiras devem possuir cabos que facilitem a sua manipulação durante os procedimentos                       
de moldagem - MUITO IMPORTANTE! Em tamanhos adequados e corretamente                   
posicionados, os cabos permitem aferir a retenção e a estabilidade que se consegue com a                             
moldagem;  
○ Tamanho dos cabos: cerca de 10 mm de altura - tamanho aproximado dos dentes                           
artificiais, e posicionados de forma semelhante aos dentes (melhor maneira decomparar o comportamento da prótese final); 
○ Cabos muito grandes (semelhantes aos das moldeiras de estoque): sensação tátil                     
distorcida - moldeira é deslocada com facilidade (o que não necessariamente                     
aconteceria com a prótese finalizada, visto que o braço de alavanca estará limitado                         
ao tamanho dos dentes artificiais); 
● Deve ser rígida: impedir a deformação do material de moldagem; 
○ Materiais mais utilizados para confecção de moldeiras:  
■ Resina Acrílica Autopolimerizável; 
■ Resina Acrílica Termopolimerizável; 
■ Resina Composta Fotopolimerizável; 
■ Placas de Poliestireno; 
○ Materiais termoplastificáveis são mais sujeitos a distorção do molde após ser                     
retirado da boca, por serem mais sensíveis às variações de temperatura. 
 
RESINA ACRÍLICA AUTOPOLIMERIZÁVEL: 
● Cuidado: manter a resina adaptada até a presa final, quando a reação exotérmica é                           
diminuída; 
● A reação de polimerização continua após a presa da resina, podendo ocorrer distorções no                           
período de 24 horas: por isso, deve-se aguardar esse tempo após a confecção da moldeira,                             
para utilizá-la; 
 
RESINA ACRÍLICA TERMOPOLIMERIZÁVEL: 
● Processo de inclusão em mufla: moldeira melhor adaptada ao rebordo residual,                     
especialmente nos inferiores; 
● Translucidez conseguida na polimerização permite melhor visualização das áreas de                   
compressão que possam gerar ​movimentos de báscula (rotação e intrusão da sela) na                         
moldeira; 
 
 
RESINA COMPOSTA FOTOPOLIMERIZÁVEL: 
● Meio rápido e confiável: moldeiras adaptadas e estáveis; 
● Necessário: Lâmina de Resina e caixa de luz de fotopolimerização; 
 
PLACA DE POLIESTIRENO: 
● Processo rápido: produz moldeiras bem adaptadas; 
● Necessário: máquina plastificadora a vácuo; 
● Placas devem apresentar 3 mm de espessura (reduz após a plastificação): resistência final                         
adequada à moldeira individual; 
● Os cabos são fixados com resina acrílica autopolimerizável após a confecção da bacia da                           
moldeira; 
 
Vedamento Periférico: 
 
Técnica que permite que os tecidos estabeleçam suas próprias relações de contato com o material de                               
moldagem, modelando-o conforme seus princípios funcionais; 
● Antes de proceder ao vedamento periférico: ajustar a moldeira individual (remoção de                       
excessos - evitar uma moldeira sobreestendida), a fim de fornecer ​espaço suficiente para o                           
preenchimento com o material de moldagem​;  
○ Essa etapa elimina a necessidade da maior parte das manobras de tracionamento                       
manual da mucosa (que forma o fundo de vestíbulo), que tem intuito de reproduzir                           
a atividade desses tecidos; 
○ Inexistência do espaço para o material de moldagem​: borda da moldeira                     
empurrará o material (godiva) contra as inserções musculares no fundo de vestíbulo                       
(invasão de espaço funcional), independente da manobra. Consequentemente,               
acarretará em ​deslocamentos sucessivos da prótese (retenção comprometida) e, com                   
isso, formação de úlceras traumáticas e hiperplasias​; 
● Materiais utilizados para a confecção do vedamento periférico: Ceras, resinas termoplásticas                     
e silicones pesados, e a GODIVA; 
○ GODIVA DE BAIXA FUSÃO EM BASTÃO: 
■ Plastificada a lamparina, ou temperada em água a 50ºC 
■ Vantagens em relação aos demais materiais: 
● Fluidez - mínima pressão sobre os tecidos, quando plastificada; 
● Boa adesividade à moldeira; 
● Rigidez adequada após resfriada - permitindo a verificação do grau                   
de retenção obtido durante a moldagem; 
● Boa estabilidade dimensional à temperatura bucal; 
● Resistência suficiente para ser colocada e retirada do rebordos com                   
áreas retentivas em mucosa; 
● Facilidade para acréscimos ou subtrações do material, à medida que                   
cada região vai sendo moldada; 
● Rapidez do processo de moldagem. 
■ Aparência após moldagem - parâmetro de avaliação da técnica: como regra,                     
a godiva deve apresentar-se com espessura adequada, contorno arredondado                 
e superfície fosca e sem dobras ou rugosidades;  
● Essa aparência demonstra que foi ocupado todo o espaço deixado                   
pelo ajuste da moldeira e que foi mantido o contato íntimo com os                         
tecidos; 
● Aspecto afilado: quantidade de material insuficiente; 
● Deslocamento de maior parte da godiva para a parte externa da                     
moldeira e pequena espessura sobre a borda = moldeira                 
sobreestendida - reajustar moldeira e repetir moldagem; 
● Excessos que se interponha entre a moldeira e o rebordo, devem ser                       
removidos:evitar que a moldagem se torne excessivamente             
compressiva na região de fundo de vestíbulo; 
 
Para facilitar a compressão e a técnica, os rebordos são divididos em regiões diferentes, e então,                               
moldados separadamente.  
 
REBORDO SUPERIOR: 5 regiões 
● Espaço coronomaxilar; 
● Fundo de vestíbulo bucal; 
● Fundo de vestíbulo labial; 
● Freio labial; 
● Término posterior; 
 
ESPAÇO CORONOMAXILAR: 
● Delimitado lateralmente pelo processo coronóide da mandíbula e medialmente pela                   
tuberosidade da maxila;  
● Entende-se no sentido ântero-posterior da base do processo zigomático até a chanfradura                       
pterigomaxilar; 
● Base de prótese deve preencher completamente esse espaço para que a retenção máxima da                           
PT superior seja conseguida; volume/tamanho do espaço varia de acordo com a atividade e                           
posicionamento do processo pterigóide; 
● Durante a moldagem, enquanto o material ainda está plástico, o paciente deve ser instruído                           
a fazer movimentações da mandíbula (principalmente de abertura), para que a PT não                         
interfira nos movimentos do processo coronóide, e esta também não sofra deslocamento por                         
ação mecânica do mesmo; 
● Cada lado deve ser moldado separadamente; 
 
FUNDO DE VESTÍBULO BUCAL 
● M. bucinador: principal estrutura anatômica dessa região; por conta da disposição                     
horizontal das suas fibras, a região de fundo de vestíbulo apresenta movimentos de                         
apertamento da mucosa jugal sobre o rebordo (chamado de padrão de comportamento                       
peristáltico); 
● Não é necessário fazer manobras de movimentação da mucosa como no anterior; 
● Presença de bridas e freios: comum, e devem ser moldadas separadamente, com um leve                           
tracionamento da mucosa, e, apesar de não apresentar movimentos ativos, podem                     
interpor-se entre a mucosa e a base da prótese, causando dor e desconforto com perda de                               
retenção; 
● Rebordos severamente reabsorvidos: base do proc. zigomático pode influenciar a moldagem,                     
visto que a mucosa que o recobre é fina, e por vezes requer que seja feito um recorte na                                     
moldeira; 
 
FUNDO DE VESTÍBULO LABIAL: 
● Os mm. orbiculares tem suas fibras dispostas horizontalmente e, por isso a abordagem é                           
semelhante à anterior (fundo de vestíbulo bucal); 
● A anatomia da prótese nessa região pode interferir drasticamente na estética final do caso; 
● Casos de reabsorção severa de rebordo: aumento da espessura da base da prótese parasustentar adequadamente o lábio; 
● Casos em que a godiva deve ser acomodada, através de pressão digital sobre o lábio                             
(externo), para não deformar a anatomia do sulco nasolabial ( aparência antiestética); 
 
FREIO LABIAL: 
● Geralmente, divide o fundo de vestíbulo labial em duas metades; 
● Assim como as bridas laterais: o freio deve ser moldado separadamente, com suaves                         
tracionamentos de lábio superior, após a moldagem do fundo de vestíbulo e o ajuste                           
adequado (recorte) da moldeira - impede instabilidade da prótese caso a o freio fique                           
interposto entre a base e o rebordo; 
● Úlceras traumáticas: comum quando o recorte da base da prótese é inadequado; 
 
TÉRMINO POSTERIOR: 
● Também chamada de: área de vedamento/selamento posterior ou zona de postdamming; 
● Abordagem subjetiva: não há elementos anatômicos que a delimite claramente; 
● O vedamento posterior da PT, que viabiliza a resistências às forças de deslocamento,                         
principalmente do sentido horizontal é conseguido graças a compressão dos tecidos moles                       
existentes na zona de transição do palato duro para o palato mole; 
● Melhor moldagem funcional dessa região: estabelecer limite posterior da moldeira e realizar                       
compressão seletiva com material de moldagem adequado; 
● Limite posterior: linha contínua imaginária que une a chanfradura pterigomaxilar de um                       
lado a outro passando pelo palato mole; 
● Deve-se instruir o paciente a falar o fonema “AH”, com a boca aberta, o que possibilita a                                 
visualização e a demarcação da linha de flexão do palato mole; deve ser feito ainda na                               
moldagem anatômica; 
 
O palato mole é classificado quanto ao ângulo que forma na junção com palato duro: 
● Quanto mais agudo for, maior será a atividade muscular necessária para estabelecer o                         
vedamento entre a orofaringe e a nasofaringe; e, por isso, quanto mais o palato mole                             
deslocar em sua função, menor será a superfície do mesmo a ser recoberta pela base da PT,                                 
na área utilizada para conseguir o vedamento posterior; 
● O TÉRMINO DA PT NÃO ESTARÁ LOCALIZADO NA JUNÇÃO DO PALATO                     
DURO COM O PALATO MOLE; 
● Classe I: palato mole horizontal, porção distal mais próxima da parede posterior da faringe,                           
pouca atividade muscular. Geralmente, concavidade palatina rasa, tipo de palato mais                     
favorável término da prótese é localizada mais de 5 mm da junção dos palatos duro e mole                                 
(área de compressão suficiente - vedamento efetivo - prótese retentiva); 
● Classe II: ângulo de 135º, porção distal equidistante das paredes anterior e posterior da                           
faringe; término da Pt fica a 2-5 mm da junção dos palatos duro e mole, área de compressão                                   
extensa para conseguir vedamento posterior efetivo; 
● Classe III: ângulo de 110º, porção distal mais próxima da parede anterior da faringe - exige                               
grande elevação da musculatura para obliterar a comunicação da oro com a nasofaringe;                         
concavidade palatina alta, palato menos favorável, término de prótese a menos de 1 mm da                             
junção dos palatos duro e mole, não havendo compressão suficientemente extensa para um                         
bom vedamento; 
 
REBORDO INFERIOR: 
Dividido em 6 regiões:  
● Chanfradura do masseter; 
● Fundo de vestíbulo bucal; 
● Fundo de vestíbulo labial;  1
● Fossa distolingual ou retro alveolar; 
● Flange sublingual; 
● Freio lingual; 
CHANFRADURA DO MASSETER: 
● Região sob influência do músculo masseter, localiza-se lateral à papila piriforme; 
● A moldeira, assim como a base da prótese, deve apresentar contorno/recorte de                       
formato côncavo na porção vestibular da papila piriforme, onde as fibras do m.                         
masseter estão inseridas, para evitar o deslocamento quando o músculo estiver em                       
atividade; 
● A papila piriforme deve ser totalmente recoberta pela base da prótese, até a região                           
de fundo de vestíbulo bucal; 
● Para uma moldagem adequada dessa região, o recorte da moldeira deve ser feito                         
antes da moldagem e o paciente deve realizar movimentos de abertura e fechamento                         
de boca com a godiva ainda plástica; manter a moldeira em posição com os dedos                             
apoiados nos cabos laterais da moldeira; 
 
FUNDO DE VESTÍBULO BUCAL: 
● Limite anatômico: linha oblíqua externa - que se estende por toda região de fundo de                             
vestíbulo bucal; 
● Mesmas características funcionais da região homônima no rebordo superior: mesma conduta                     
supracitada; 
● Também chamada: prateleira bucal - composição de um osso cortical denso que tende a não                             
sofre reabsorção devido ao estímulo do m. bucinador que é inserido na linha oblíqua                           
externa, sendo recoberto por uma mucosa muito delgada; por isso, essa região oferece boa                           
sustentação para PT inferior;  
● Pode ser a área mais suscetível a úlceras traumáticas pela borda da prótese; 
 
1 Carolina Palmito Pereira​ - FOUESB 
FUNDO DE VESTÍBULO LABIAL: 
● Mesmas características da região homônima superior - mesma conduta; 
● Em casos de reabsorção severa dessa região não é tão fácil visualizar os limites anatômicos; 
 
FOSSA DISTOLINGUAL OU RETROALVEOLAR: 
● Amplitude desse espaço varia com a movimentação da língua para anterior, que trás para a                             
frente parte da massa muscular do m. constrictor superior da faringe, o que diminue                           
consideravelmente o espaço que a base da PT deveria ocupar; 
● O movimento da língua deve ser avaliado em cada caso: instruir o paciente a umedecer o                               
lábio inferior com a ponta da língua, ao passo que se mantém a moldeira em posição                               
estabilizada com os dedos pelos cabos laterais; faz-se os ajustes na moldeira individual e                           
realiza a moldagem repetindo o ato de movimentação da língua com a godiva ainda                           
plástica; 
● Dificuldade de inserção da prótese/regiões retentivas bilateralmente: Passo de inserção de                     
posterior para anterior - intuito de aproveitar essa característica como um meio de retenção                           
adicional; 
 
FLANGE SUBLINGUAL: 
● Região sob influência do músculo milo-hióideo e da glândula sublingual; 
● O tamanho desse espaço varia com o grau de reabsorção do rebordo, tamanho e                           
posicionamento da gl. sublingual;  
○ Com a movimentação da língua para cima ou para frente, a gl. sublingual pode                           
ficar bem próxima do nível do rebordo ou até sobrepô-lo, dependendo do grau de                           
reabsorção; 
● Aproveitamento correto desse espaço: extensão com godiva que aumenta significativamente                   
a estabilidade da prótese inferior, em especial no sentido de deslocamento horizontal; 
● Esse espaço também é avaliado instruindo-se o paciente a umedecer o lábio inferior com a                             
ponta da língua, faz-se a correta da moldeira, e repete o procedimento no ato da moldagem                               
com godiva ainda plástica; 
● A extensão correta da moldeira não deve interferir na fisiologia; 
 
FREIO LINGUAL: 
● Regiãoinfluenciada pelo m. genioglosso; 
 
 
Após conseguir a estabilidade e a retenção da moldeira esperadas (vedamento periférico) para o bom                             
funcionamento da PT, procede-se a moldagem com material de média/baixa viscosidade, recobrindo                       
toda a área interna da moldeira e a godiva; 
 
A moldeira superior deve apresentar a mesma retenção e estabilidade da PT final; testes de retenção                               
devem ser realizados: 
● Retenção horizontal: testa o vedamento posterior ao puxar horizontalmente para frente pelo                       
cabo anterior; 
● Retenção vertical: testa o vedamento nas regiões de fundo de vestíbulo, especialmente na                         
região do espaço coronomaxilar ao puxar moldeira verticalmente para baixo pelo cabos                       
laterais; 
 
Encaixotamento: último passo para um bom modelo de trabalho, que possibilitará a transferência                         
dos detalhes obtidos no vedamento periférico para o modelo de gesso; tem objetivo de se produzir um                                 
gesso mais grosso em volta de todo o modelo, o que provém resistência e impede a quebra na região                                     
do vedamento periférico; 
 
PT convencional: gesso tipo III - apresenta capacidade de reprodução de uma cópia compatível com                             
os desenhos da mucosa; não é tão rígido, o que facilita ao técnico no momento da retirada da mufla; 
 
MATERIAIS DE MOLDAGEM: 
 
● Mais utilizados: Pastas à base de óxido de zinco e eugenol (zincoenólicas ou                         
zincoeugenólicas), elastômeros (poliéteres, mercaptanas ou silicones). 
 
PASTAS À BASE DE ZINCO E EUGENOL E CERA DE MOLDAGEM: 
● Material anelástico - indicadas para moldagem de PT superior, com objetivo de fazer                         
compressão da região do vedamento posterior com cera de moldagem: melhora a retenção da                           
prótese; 
● Antes de realizar a moldagem com a pasta, deve-se remover o alívio de cera - aumento do                                 
espaço para a pasta no interior da moldeira na área de alívio; 
● Alta viscosidade inicial: manipulação deve ser feita inicialmente com espátula 36 ou similar,                         
posicionada perpendicular à placa de vidro ou bloco de manipulação, em movimentos                       
circulares; quando as pastas já estiverem misturadas, a viscosidade é diminuída o que                         
permite que a espátula seja deitada e apoiada sobre o bloco de manipulação, e então, seja                               
conseguida a homogeneização e consistência adequada da pasta; 
● Distribuir a pasta uniformemente sobre toda a superfície interna da moldeira, recobrindo                       
inteiramente a godiva, inclusive na sua porção externa, para que o material escoe por toda                             
área a ser moldada; 
● Posicionar a moldeira sobre o rebordo com pressão suficiente para que o material seja                           
escoado, e mantém-se a posição com os dedos sob sos cabos; além de tracionar a mucosa para                                 
que o material não seja acumulado no fundo de vestíbulo; 
● Depois das movimentações da mucosa, retira-se a mão da moldeira e permite que a                           
compressão cesse e a mucosa recupere sua forma original antes da presa final do material; 
● Dificuldade de remoção da moldeira pelos cabos: puxar para baixo posicionando a ponta do                           
dedo indicador sobre a moldeira no fundo de vestíbulo; 
● Remover excessos; 
● Colocar cera de moldagem sobre o molde na região posterior, acompanhando o formato da                           
área a ser comprimida (varia de acordo com a classificação do palato mole); pode ser                             
utilizada cera ortodôntica superficialmente plastificada com espátula aquecida previamente                 
à colocação do molde na boca; 
● Levar o molde em boca e deixe por 5-10 minutos: excesso de cera escorra para posterior; 
 
Desinfecção prévia ao vazamento do gesso: imergir em solução de glutaraldeído a 2% por 10 minutos; 
 
Encaixotamento: 
● Cortar uma tira de cera utilidade; 
● Aplicar em toda periferia do molde e fixar com espátula aquecida; 
● Criar ​debrum ​em torno do modelo relativo à espessura da godiva; 
● Na região posterior: uma larga lâmina de cera, aplicar por baixo, na parte externa da                             
moldeira; formando um degrau entre o término do molde e a cera utilidade; 
● Com lâminas de 25mm de largura de cera, levantar uma muralha, fixando-a às lâminas ao                             
redor do molde, com espátula quente para conter o gesso depois do vazamento; 
● Após presa final do gesso: levar molde em água quente para remoção de toda a cera sem                                 
danificar o modelo; 
OBS: deve-se colocar uma lâmina de cera na região equivalente à língua, evitando a forma de                               
ferradura do modelo, que é mais suscetível a fraturas. 
 
ELASTÔMEROS: 
● Propriedades hidrofílicas: molde muito preciso e praticamente sem bolhas; 
● Indicação: defeitos ósseos ou áreas muito retentivas - a viscosidade e escoamento ajudam a                           
controlar o comportamento do material e a elasticidade facilita a remoção do molde da boca                             
e do modelo de gesso.

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