Buscar

Aula 5 Estrutura Portuária e Transporte Marítimo Internacional

Prévia do material em texto

Disciplina: Estrutura Portuária e Transporte Marítimo Internacional
Aula 05: Aspectos econômicos dos portos, sua gestão e operação
Apresentação
A localização geográfica de um porto transformar tudo o que está a seu redor. A
importância da relação do porto com seu local de influência revela os modelos de
gestão que surgiram a partir de vários fatores, como a estrutura socioeconômica do
país, localização geográfica, a natureza das cargas operadas e as características
históricas do país, entre outros. 
A compreensão de indicadores relativos a cada porto e a cada terminal demanda o
conhecimento do espaço econômico em que o porto está inserido e das suas
instalações e capacidades. 
Nesta aula, conheceremos os fatores que determinam o nascimento e o crescimento
de um porto e suas relações com os progressos local, regional e nacional, abordando
as ferramentas gerenciais utilizadas para viabilização econômica de um
empreendimento portuário, os tipos de serviços prestados em um porto e/ou terminal
portuário e os principais indicadores operacionais utilizados para medir a eficiência
das operações portuárias.
Objetivos
Identificar a importância econômica de um porto no contexto local, regional,
nacional ou internacional;
Descrever os tipos de serviços prestados em um porto e/ou terminal portuário
aos navios, importadores e exportadores;
Discutir a utilidade e fórmulas de cálculo dos principais Indicadores operacionais
utilizados para medir a eficiência das operações portuárias.
História
A navegação oceânica, os portos e as cidades, historicamente, fizeram parte
de um conjunto de fatores que transformaram a humanidade.
Na época dos grandes descobrimentos, houve o enriquecimento das
sociedades locais e regionais, obtido com as trocas de mercadorias
transportadas por via marítima. Desse modo, tornou-se necessário obter
maior quantidade dos produtos junto aos fornecedores, além de criar novos
mercados consumidores.
Essa demanda culminou com a travessia de mares nunca antes navegados,
surgindo novas rotas comerciais.
Os portos daquela época não podem ser comparados com
os portos atuais pela sua simplicidade. Entretanto, não
seria exagero afirmar que, em um certo contexto, o
complexo sistema portuário atual tem pouca diferença
(em essência) dos portos que Colombo frequentou no
continente europeu para realizar sua travessia oceânica,
bem como aqueles que implantou ao longo do novo
continente americano. Certamente há diferenças nas
estruturas de atracação e manuseio de carga e outros
dispositivos do gênero (PORTO, 2007, p.19).
Os portos no momento do surgimento das cidades portuárias serviram de
base para o desenvolvimento dos primeiros aglomerados urbanos, cujo
crescimento foi correspondente ao aumento do comércio mundial.
A partir da Segunda Guerra Mundial, o porto passou a ser um sistema
produtivo intenso em capital, altamente dependente de mão de obra
qualificada, com um processo próprio de ordenação espacial de sua atividade
e uso planejado dos insumos e fatores de produção.
O porto deste século é resultado de algumas externalidades, como as
alterações no transporte marítimo. Impulsionado pelas economias de escala,
na busca da produtividade, o transporte marítimo de carga cresceu tanto em
qualidade quanto em quantidade. Houve uma evolução dos veículos de
transporte de carga. A produtividade cresceu consideravelmente. O porto foi
impelido a desenvolver-se e repassar funções antigas, dando-lhes uma nova
roupagem.
Função industrial de um porto
A presença da indústria na área portuária não é nenhuma novidade. Após a
Segunda Guerra Mundial, houve uma intensificação do processo de
industrialização das áreas portuárias, com a instalação de novas indústrias na
faixa costeira junto às já existentes.
O processo de migração de indústrias para a zona costeira criou naquela faixa
de território novas regiões industriais que foram batizadas de Áreas Marítimas
destinadas ao Desenvolvimento Industrial — MIDA (Maritime Industrial
Developement Areas).
Além do crescimento mundial do comércio, outro fenômeno contribuiu para o
surgimento das MIDA. A rearrumação dos parques industriais, em que as
indústrias passaram a migrar para a zona costeira em busca de matérias-
primas, áreas a preços acessíveis e facilidades de manuseio de grandes
volumes de cargas. Além disso, passaram a ficar mais próximas dos seus
mercados consumidores.
Função comercial de um porto
O porto é um vendedor de serviços referente ao trânsito portuário, voltado
para entradas e saídas de cargas e pessoas, originárias de um modal terrestre
para outro modal aquaviário e vice-versa. Além disso, presta serviços à
embarcação. Todos esses serviços realizados por agentes locais, dentro ou no
seu entorno, do porto com suas especialidades e formas de funcionamento,
criam o que convenciona chamar de atividade portuária.
Diferentemente de como ocorria no passado, quando as trocas comerciais das
mercadorias eram concretizadas no próprio cais do porto, hoje os portos não
desenvolvem essa atividade de modo tão direto, uma vez que a
movimentação é tão intensa que não os permite.
O comércio de carga deu lugar na área física do porto ao comércio de serviços
portuários, à vasta gama de produtos de transportes que se associou à
atividade portuária. São serviços de apoio à carga e embarcação, cobrados em
uma relação entre agentes privados e entre estes e agentes públicos. No
porto, hoje, se há mercado, há produtos portuários, na forma de serviços.
O crescimento acentuado do transporte de carga por via marítima, com
unidades de transporte carregando cada vez mais, obrigou o porto a exercer a
função de regulador de fluxo de mercadorias, ou seja, passou a promover a
estocagem delas em volumes superiores ao transportado por uma
embarcação de grande porte. Essa função atende à necessidade de imediata
liberação da embarcação.
De modo a exercer a função comercial, um porto deve atender algumas
condições. Uma delas é quanto à sua localização. Apesar da
internacionalização da economia mundial e do consequente crescimento da
atividade portuária, principalmente como elemento realizador da
intermodalidade que a caracteriza, de nada adiantaria ter um porto próximo
ao nada. Por mais que o transporte venha cumprindo sua função de levar
carga a qualquer parte do mundo, isso tem um preço e quem paga é o
consumidor.

Comentário
Um porto próximo a centros altamente consumidores quer seja de
matéria-prima, quer seja de produtos semiacabados ou acabados, é
potencialmente competitivo. Torna-se importante o fato de o porto
possibilitar que se tenham as mercadorias desejadas pelos centros
consumidores, quaisquer que sejam elas. As grandes profundidades para
navegação e extensas áreas de estocagem com fácil e mecanizado
manuseio são exemplos das exigências que as cargas granelizadas
impõem aos portos.
Conhecedor de sua função promotora do comércio, o porto procura ser uma
estrutura de fácil trânsito da carga que por ele circula, visto que ela não é
destinada a ele. Ele não é o ponto final da carga, mas de transbordo para
outro meio de transporte.
Em consonância com essa concepção, a postura dos exploradores portuários
deve ser de agilidade na prestação do trânsito portuário — agilidade em uma
série de atributos. Esse aspecto deve modelar a forma como o porto á
administrado.
No Brasil, embora ainda incipientes, os Conselhos de Autoridade Portuária
(CAP) são elementos no auxílio da Administração Portuária na busca da
agilidade na prestação dos serviços (PORTO, 2007, p.136).
Função transporte de um porto
Promover o transbordo da carga é a função do porto.
Há muito tempo o transporte de carga marítima passou a não mais ser visto
somente no binômio porto-navio, uma vez que passou ao status de elo na
cadeia dos meios de transporte que inclui o marítimo, o rodoviário, o
ferroviário, o hidroviário,o transporte por dutos e também o aeroviário.
A intermodalidade está plenamente inserida nos meios de transporte. Hoje,
não se pensa em despacho de mercadoria que não considere necessidades e
possibilidades de uso de todos os modais combinados, da origem até o
destino.
Política portuária
A atividade portuária deve ser planejada dentro de um contexto espacial e
comercial, o que implica tratá-la de acordo com o seu meio ambiente, que
envolve tudo que o condiciona, aspectos culturais, tecnológicos, institucionais,
entre outros. 
O objetivo da política portuária é desenvolver o sistema dentro da sua rede ou
conexões, usufruindo e promovendo todos os seus agentes de
desenvolvimento, possibilitando, assim, criar as condições ideais para se
atingir esse desenvolvimento na sua total potencialidade. 
O planejamento da atividade portuária é função de Estado, para defender o
interesse da sociedade como um todo, da universalidade dos serviços,
cabendo estabelecer e fazer acontecer um sistema que funcione da melhor
forma possível, o que significa fazê-lo a baixo custo social.
Esse sistema deve considerar a influência da atividade no desenvolvimento
territorial, nacional, regional e local.
Um dos principais elementos desse sistema é a destinação
de faixas em terra e em mar para fins de instalações
portuárias específicas, a agregação de aspectos
industriais à atividade e de serviços de infraestrutura,
comerciais e de transportes complementares, despachos,
corretagem de cargas, vias de acesso, áreas de
armazenagem, pátios de manobra, entre outros.
Outro aspecto importante do planejamento da atividade está na sua relação
com a criação de empregos, tanto na forma direta como na indireta,
relacionados à força de trabalho portuária e sua fixação nas proximidades do
porto. Ainda importante é o fomento a uma série de atividades econômicas
não portuárias especificamente, como o comércio, a indústria, os serviços
sociais, o lazer, entre outros, essenciais como infraestrutura para o setor.
Política do desenvolvimento
portuário
Os portos são importantes em uma avaliação socioeconômica pelos benefícios
proporcionados com a geração de emprego, de receita para o setor privado e
com relação a ganhos no comércio exterior, como é o caso do Brasil que tem
conseguido sucessivos superávits em sua balança comercial com auxílio das
cargas portuárias, vitais para o pagamento de sua dívida externa.
No país, o desenvolvimento ocorre em setores vinculados à atividade
portuária como: transporte, comércio, ciência e tecnologia, planejamento
urbano e outros. No contexto internacional, a atividade portuária, contribuindo
para o comércio externo, não só participa de seu desenvolvimento, como
possibilita o estabelecimento de uma economia desnacionalizada.
Além de cruciais para o equilíbrio da balança comercial do Brasil, as atividades
portuárias são indutoras de desenvolvimento dos municípios, visto que geram
emprego e renda, podem impulsionar o desenvolvimento da pesca, do
ecoturismo e das atividades dos pequenos produtores rurais, desde que as
ações sejam planejadas nessa perspectiva.
Atualmente, muito se discute sobre os hub ports e para verificar se um porto
tem potencial para concentrar cargas ou ser um Hub Port, inicialmente devem
ser analisados três aspectos: seu Hinterland, seu Vorland e seu Umland, já
estudados na aula 2.
 Porto de Suape: Vocação para hub-port
Analisando-se esses três aspectos, podemos chegar a algumas conclusões em
relação a alguns portos brasileiros:
Porto de Santos
O Porto de Santos, mesmo apresentando problemas de custos, baixa
eficiência em algumas operações e conflitos laborais, possui um
hinterland privilegiado, representado pelo Estado de São Paulo. No
entanto, possui limitações de calado.
Porto de Rio Grande
O Porto de Rio Grande, embora localizado em uma área de menor
desenvolvimento e mais distante dos grandes centros de produção e
consumo, tem aspectos que o favorecem, principalmente em relação a
seu umland, como a existência de grande retroárea, infraestrutura e
superestrutura adequadas.
Gestão portuária
A organização portuária e seus modelos de gestão surgiram a partir da
influência de vários fatores, como a estrutura socioeconômica do país,
localização geográfica, a natureza das cargas operadas e as características
históricas do país, entre outros fatores.
Nesse processo formaram-se, ao longo do tempo, quatro modelos referenciais
de gestão portuária.
Porto de serviço (operating port)
Caracteriza-se por ser administrado e operado pela Autoridade Portuária
que também é proprietária da área e dos ativos do porto.
A principal característica desse tipo de porto é o papel do setor público
exercer diretamente e exclusivamente a responsabilidade pela operação
portuária, pelo investimento em equipamentos para os terminais
portuários e pela administração de todas as atividades correlatas.
Porto de instrumento ou porto de equipamento (tool
port)
Tem em comum com o porto de serviço o papel da Autoridade Portuária,
que é proprietária da área portuária e responsável pelo desenvolvimento
e manutenção de sua infraestrutura e equipamentos de terra, inclusive
guindastes, empilhadeiras etc.
Entretanto, difere do porto de serviço pelo fato de as empresas privadas
poderem, sob autorização, movimentar cargas privadas, usando
equipamentos portuários mediante locação. Esse é o modelo dos portos
autônomos franceses.
Esse tipo de gestão portuária vem sendo progressivamente abandonado
por causa dos problemas que acarretam nas relações entre os
operadores públicos e privados.
 Porto de serviço privado (fully privatized port)
São caracterizados por serem de responsabilidade exclusivamente da
iniciativa privada, tanto o funcionamento como a gestão. Em alguns
casos extremos, até mesmo a área portuária é de propriedade privada,
muito comum na Nova Zelândia e na Grã-Bretanha.
Na Grã-Bretanha não há qualquer agência responsável por sua
regulação, caracterizando-se como um modelo extremo de desregulação
ou autorregulação.
Porto proprietário ou porto locador (landlord port)
A Autoridade Portuária é proprietária da área do porto e da sua
infraestrutura, mas terrenos e instalações na área do porto, assim como
a infraestrutura portuária, são arrendados para operadores privados que
passam a ser responsáveis não só por instalar e modernizar os
equipamentos portuários (como porteiners, guindastes e empilhadeiras),
mas também por assumir as instalações prediais, depósitos, oficinas etc.
Neste modelo, os operadores portuários são responsáveis pela gestão de
seus negócios, inclusive a contratação da mão de obra que opera nas
docas, em atividades administrativas, na segurança de suas instalações,
bem como em outras atividades relacionadas ao desenvolvimento de
seus negócios.
Este é o modelo de gestão portuária utilizado no Brasil, nos termos da
Lei 12.815/13
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2013/lei/l12815.htm> .
A justificativa para um modelo misto público-privado baseia-se no fato de
que o setor público, detentor de uma visão ampla da atividade portuária,
deve arbitrar conflitos e regular a concorrência intraporto para alcançar
objetivos estratégicos por ele definidos.
Este modelo só funciona adequadamente com ativa atuação regulatória
do setor público. A intervenção da autoridade de defesa da concorrência
opera, principalmente, em situações em que o vazio regulatório leva ao
surgimento de problemas concorrenciais.
Comercialização e exploração
portuária
Geralmente, em um porto distinguimos cinco funções básicas:
Estiva/Desestiva;
Carga/Descarga;
Transferência;
Armazenagem;
Recepção/Entrega.
Operações Usuais — Para atender às suas funções básicas, um porto ou
terminal efetua diversas operações conforme os produtos que manipule.
A partir da chegada da carga, podemoslistar uma sequência lógica e genérica
destas operações:
Recepção da carga
Verificação da documentação do veículo, tripulação e carga, e permissão
de autorização de ingresso ao terminal, segundo a norma vigente;
Pesagem de controle
Para evitar futuros questionamentos e indenizações, sugere-se a
pesagem que pode ser automática, manual ou por estimativa;
Classificação do produto
Documental e/ou experimental para verificação de conformidade com a
documentação;
Pré-tratamento
Quando necessário, por meio físico, químico ou biológico, com
certificação se for o caso, podendo ser total, parcial por amostragem, ou
nulo;
Armazenagem
Operação automática, mecânica ou manual, em silos, armazéns,
depósitos, tancagens ou pátios, sempre que não for efetuada
transferência direta entre os veículos no terminal;
Conservação
Para evitar deterioração e perdas, naturais, por negligência, ou mesmo
criminosas;
Retirada para embarque
Pode ser realizada por via automatizada, mecânica ou manual;
Contrapesagem e controle
Feita por estimativa, amostragem ou sistema automatizado;
Manejo e carregamento
Por execução manual, mecânica ou automatizada, utilizando os
equipamentos disponíveis no terminal;
Emissão de conhecimento de embarque e
anexos
Segundo as normas legais e do modal de saída;
Despacho do(s) veículo(s)
De acordo com as instruções locais da modalidade, para início da
execução da operação de transporte externo.
Operadores portuários
Os operadores portuários contratam os serviços de carga e descarga de
navios com as companhias de navegação. Dirigem o trabalho no cais e
planejam a ordem de carga para cada lote de mercadorias e o número de
especialistas que possam ser requeridos.
Também são responsáveis pela obtenção da informação (com as instruções do
embarcador) sobre um movimento de carga em particular, o momento de
chegada ou partida de um navio, o tipo de navio a ser operado, o lugar onde a
carga será depositada no cais, o tipo de carga e a ordem na qual os lotes vão
ser carregados ou descarregados.
Praticagem
Como já estudamos, os serviços de praticagem estão regulados pela
autoridade competente e assessoram o capitão para garantir uma
navegação segura entre os pontos determinados pela norma local e o
cais. Os práticos, com licenças aprovadas pela autoridade, atuam como
representantes da autoridade pública para assegurar que se cumpram
todas as normas relativas à navegação no trecho estipulado.
O prático é um assessor do capitão que é o responsável pela manobra. A
única exceção ocorre no Canal do Panamá, mas, eventualmente, o
capitão pode assumir o controle quando em movimento.
Surveyors
Os surveyors são empresas dedicadas à inspeção de carga e navios que
têm como objetivo estabelecer a condição dos embarques e analisar sua
segurança em qualquer ponto do transporte.
Os surveyors, de forma objetiva e imparcial, podem avaliar a condição do
casco e maquinaria do navio, diagnosticar o grau do dano da carga e
estabelecer suas causas, emitindo informe que pode servir de referência
para o acionamento de seguro.
Fornecedores de navios
São empresas que se empenham no abastecimento de navios dentro de
uma ampla categoria: motores, alimentos, água, peças de reposição,
mantendo inventário de provisões quando trabalham com contratos de
longo prazo.
Operam mediante avisos prévios, tanto do navio como de seus agentes e
geralmente, necessitam do apoio da autoridade portuária, pois os navios
requerem rapidez nos serviços, já que permanecem poucas horas nos
portos.
Clientes do porto
Companhias de navegação ou clientes diretos
Proporcionam um navio completamente equipado e tripulado em
condições de navegabilidade para a realização de uma travessia. A
companhia de navegação é dona ou freta navios e os opera sendo, neste
último caso, armador e portador.
Clientes indiretos
São os representantes dos clientes diretos, tais como agentes de
navios e agentes marítimos.
Clientes intermediários
1
São aqueles que organizam a cadeia do transporte, elegendo ou
selecionando os portos, rotas, modos de transporte para a carga desde a
origem ao destino. São também conhecidos como agentes transitários
(freight forwarder) ou operadores de transporte multimodal.
Clientes finais
Os clientes finais são os que efetivamente pagam pelos serviços
portuários, porque as tarifas portuárias pagas pelos navegadores são
transferidas, através dos importadores e exportadores, aos produtores
das mercadorias exportadas e, por consequência, aos consumidores das
mercadorias. Logo, os consumidores e produtores são os clientes finais
do porto.

Saiba mais
Antes de continuar seus estudos, leia sobre os indicadores de
desempenho na gestão portuária e ANTAQ
<galeria/aula5/docs/Indicadores-de-desempenho-na-gestão-
portuaria-e-ANTAQ.pdf> .
Atividade
1 - Para verificar se um porto tem potencial para concentrar cargas ou
configurar-se um hu -port, inicialmente devem ser analisados os
seguintes aspectos:
 Seu hinterland, vorland e umland.
 Seu tamanho e custo de manutenção
 Suas tarifas e lista de serviços
 Seus concorrentes e facilidades
 Suas funções: industrial, comercial e transporte
2- Modelo de Gestão Portuária, adotado no Brasil, caracterizado pela
administração do Porto Organizado:
 Operating Port
 Tool Port
 Landlord Port
 Fully Privatized Port
 Surveyors
3 - Empresas dedicadas à inspeção de carga e de navios que têm como
objetivo estabelecer a condição dos embarques e analisar sua segurança
em qualquer ponto do transporte:
 Surveyors
 Companhias de Navegação
 Praticagem
 Freight Forwarder
 ANTAQ
4 - Entre os diversos modelos de gestão portuária existentes, assinale a
alternativa que contempla o modelo adotado pelo Brasil:
 Porto de instrumento ou porto de equipamento
 Porto de serviço
 Porto público
 Porto proprietário ou porto locador
 Porto de serviço privado
Notas
Agentes 
Agência é a relação existente entre duas partes, na qual uma (o agente) está
autorizada pela outra (o principal) para realizar, em seu nome, certos atos que
afetam os deveres e direitos do principal em relação a terceiros. Logo, um agente
1
tem autoridade, expressa ou implícita, para atuar por outro como o principal, de tal
forma que o principal é legalmente responsável por todos os atos desenvolvidos.
Referências
ALFREDINI, Paolo; ARASAKI, Emilia. Obras e gestão de portos e costas, 2.ed. São
Paulo: Edgar Blucher, 2009. 
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia de Assuntos Jurídicos.
Decreto Nº 8.033 de 27 de junho de 2013. Regulamenta o disposto na Lei no
12.815, de 5 de junho de 2013, e as demais disposições legais que regulam a
exploração de portos organizados e de instalações portuárias. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2013/Decreto/D8033.htm#art48
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2013/Decreto/D8033.htm#art48> Acesso em: 25 maio 200218. 
PORTO, Marcos Maia. Portos e o Desenvolvimento. São Paulo: Aduaneiras, 2007. 
_______; TEIXEIRA, Sergio Grein. Portos e Meio Ambiente. São Paulo: Aduaneiras,
2002. 
SECRETARIA DOS PORTOS (SEP). Gestão 2018. Disponível em:
http://www.portosdobrasil.gov.br/assuntos-1/gestao
<http://www.portosdobrasil.gov.br/assuntos-1/gestao> . Acesso em 25
maio. 2018.
Próximos Passos
Orientação geográfica dos grandes fluxos internacionais de commodities e
produtos industrializados;
Pontos críticos da navegação.
Explore Mais
Visite a página da ANTAQ e conheça as principais estatísticas do setor aquaviário.
Disponível em: http://portal.antaq.gov.br/index.php/estatisticas/
<http://portal.antaq.gov.br/index.php/estatisticas/> . Acesso em 25 maio
2018.
Visite a página da ANTAQ e saiba mais sobre o Sistema de Desempenho Portuário
Brasileiro. Disponível em:
http://portal.antaq.gov.br/index.php/portos/sistema-de-desempenho-portuario/ <http://portal.antaq.gov.br/index.php/portos/sistema-de-
desempenho-portuario/> . Acesso em 25 maio 2018.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes