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Apostila Planejamento Tributario Estrategico e Operacional 1

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Planejamento Tributário Estratégico 
 
Informações da disciplina: 
Nome do curso: 
Nome da disciplina: Planejamento Tributário Operacional e Estratégico 
Carga horária: 36 hrs 
 
Informações da Aula: 
Texto de apresentação da aula 
Título da aula: Planejamento Tributário Estratégico 
Importância e Complexidade do tema 
A carga tributária no Brasil é uma das mais altas do mundo. Além disso, uma das mais 
complexas. Existem milhares de regras já publicadas, e cotidianamente novas regras continuam a 
surgir das diferentes instâncias responsáveis pela tributação (Governos Federal, Estadual e 
Municipal). 
A escolha do melhor regime tributário e a adoção de políticas que reduzam legalmente o 
montante de impostos a pagar impacta diretamente na operação e continuidade das empresas, 
daí a importância de seu estudo. 
 
Teses Tributárias 
Teses tributárias são teorias ou argumentos jurídicos utilizados para que um contribuinte 
possa ter o direito de não recolher ou reduzir o montante de tributos e impostos a recolher. 
Alguns exemplos: 
INSS e verbas indenizatórias: 
O § 1º. do Artigo 201 do Decreto 3048 de 1999 diz o seguinte: 
“§ 1º São consideradas remuneração as importâncias auferidas em uma ou mais 
empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer 
título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, 
inclusive os ganhos habituais sob a forma de utilidades, ressalvado o disposto no § 9º do artigo 
214 e excetuado o lucro distribuído ao segurado empresário, observados os termos do inciso II do 
§ 5º.” 
 
 
 
A discussão entre fisco e contribuintes é sobre a caracterização das verbas pagas aos 
empregados, sendo o entendimento do fisco de que todas as verbas pagas aos empregados 
devem ser tributadas, e o entendimento dos contribuintes de que apenas as verbas destinadas a 
retribuir o trabalho devem compor a base de cálculo do imposto, excluindo-se da base as verbas 
de natureza indenizatória e compensatória. 
 
Cooperativas de trabalho médico: 
O inciso IV do Art. 22 da Lei 8.212/1991 dizia o seguinte: 
"Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do 
disposto no art. 23, é de: 
IV - quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, 
relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de 
trabalho." 
Este inciso teve sua execução suspensa pela Resolução do Senado Federal No. 10 de 2016: 
“Art. 1º É suspensa, nos termos do art. 52, inciso X, da Constituição Federal, a execução do 
inciso IV do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, declarado inconstitucional por 
decisão definitiva proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do Recurso Extraordinário nº 
595.838.” 
Anteriormente, portanto, todas as empresas que tomavam serviços de cooperativas 
médicas deveriam recolher, à título de INSS, 15% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de 
prestação de serviços. Mesmo antes da suspensão da execução determinada pelo Senado Federal, 
vários contribuintes entraram com a tese tributária de que este recolhimento era indevido. 
 
ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS: 
O PIS e a COFINS incidem sobre o faturamento das empresas, assim entendido como a 
receita bruta da pessoa jurídica, qualquer que seja o tipo de atividade por ela exercida, e terá 
como base de cálculo o montante decorrente da venda de mercadorias e serviços. 
A discussão, neste caso, é se o ICMS incluído no montante do faturamento das empresas 
deve compor a base de cálculo do PIS e da COFINS. 
O STF, recentemente, se manifestou no sentido de que o ICMS não deve ser considerado 
como faturamento para fins de base de cálculo do PIS e da COFINS (julgamento do Recurso 
Extraordinário 240.785/MG em 2014): 
 
 
 
“(…)faturamento é a contrapartida econômica, auferida, como riqueza própria, pelas 
empresas, em conseqüência do desempenho de suas atividades típicas. Conquanto nesta 
contrapartida possa existir um componente que corresponde ao ICMS devido, ele não integra, 
nem adere, ao conceito de que ora se está cuidando”. 
Porém, este julgamento teve efeito específico para o caso e a repercussão geral ainda está 
pendente de julgamento, motivo pelo qual as empresas que recolhem o ICMS e incluem estes 
valores na base de cálculo do PIS e da COFINS devem procurar o judiciário caso queiram discutir 
o assunto. 
 
Operações Preocupantes 
Este tipo de operação, embora não sejam proibidas, devem ser objeto de atenção por parte 
dos contribuintes que queiram utilizá-las para fins de planejamento tributário. 
Alguns exemplos de operação preocupante: reorganizações societárias, operações entre 
partes relacionadas e criação de centros de distribuição. 
Para fins de comprovação de que a operação não foi realizada meramente com o objetivo 
de reduzir o pagamento de tributos, é muito importante estarem comprovados os aspectos 
operacionais que justifiquem a realização da operação. 
 
Interpretações da Norma Tributária 
Todas as normas jurídicas devem ser interpretadas, por mais claro que seja seu texto. 
Sobre as normas tributárias, especificamente, temos um capítulo específico no Código 
Tributário Nacional que trata do assunto. Diz o seguinte: 
 “Art. 107. A legislação tributária será interpretada conforme o disposto neste Capítulo. 
 Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a 
legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada: 
 I - a analogia; 
 II - os princípios gerais de direito tributário; 
 III - os princípios gerais de direito público; 
 IV - a eqüidade. 
 § 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto 
em lei. 
 § 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de 
tributo devido. 
 
 
 
 Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da 
definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para 
definição dos respectivos efeitos tributários. 
 Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de 
institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela 
Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal 
ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias. 
 Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: 
 I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; 
 II - outorga de isenção; 
 III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. 
 Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-
se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto: 
 I - à capitulação legal do fato; 
 II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos 
seus efeitos; 
 III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade; 
 IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.” 
 
A prova no planejamento tributário 
Quando há ato administrativo de lançamento tributário, o fisco é obrigado a comprovar as 
razões deste lançamento e consequentemente provar a ocorrência dos fatos que o levaram a 
constituir uma obrigação tributária até então inexistente ou de valor pecuniário menor. O ônus da 
prova pertence sempre ao fisco. 
 
SÍNTESE DA AULA 
Nesta aula: 
 Você percebeu a relevância do planejamentotributário estratégico 
 Compreendeu algumas teses tributárias atualmente discutidas 
 Conheceu algumas operações preocupantes do ponto de vista do planejamento tributário 
 
Pergunta 1: O que são teses tributárias? 
 Opção a: Teses utilizadas pelo fisco para aplicar lançamentos administrativos contra os contribuintes 
 
 
 
 Opção b: Teses tributárias são teorias ou argumentos jurídicos utilizados para que um contribuinte 
possa ter o direito de não recolher ou reduzir o montante de tributos e impostos a recolher. 
 Opção c: Teses relacionadas ao lançamento tributário nas esferas federal, estadual e municipal. 
 Opção d: Entendimento já pacificado sobre determinado assunto que leva à autuação de contribuintes. 
 Opção e: Teses julgadas pelo STF com aplicação de repercussão geral. 
Gabarito: B 
Feedback: Teses tributárias são teorias ou argumentos jurídicos utilizados para que um contribuinte possa 
ter o direito de não recolher ou reduzir o montante de tributos e impostos a recolher 
 
Pergunta 2: Sobre a prova no planejamento tributário, é correto afirmar que: 
 Opção a: A prova de que não houve evasão fiscal deve ser apresentada pelo contribuinte após o 
lançamento administrativo. 
 Opção b: A prova deve conferir neutralidade tributária aos novos métodos e critérios contábeis 
introduzidos pela Lei 11.638/2007. 
 Opção c: O ônus da prova pertence sempre ao contribuinte. 
 Opção d: O fisco é obrigado a comprovar as razões deste lançamento e consequentemente provar a 
ocorrência dos fatos que o levaram a constituir uma obrigação tributária até então inexistente ou de 
valor pecuniário menor. 
 Opção e: O ônus da prova é de ambas as partes. 
Gabarito: D 
 Feedback: O fisco é obrigado a comprovar as razões deste lançamento e consequentemente provar a 
ocorrência dos fatos que o levaram a constituir uma obrigação tributária até então inexistente ou de 
valor pecuniário menor. 
 
APRENDA MAIS 
 Acesse o Código Tributário Nacional 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5172Compilado.htm 
 
 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, M. C.; ALMEIDA, R. J. Regulamentação Fiscal das Normas Contábeis do 
IFRS e CPC – Lei Nº 12.973/14: Aspectos Contábeis e Fiscais. São Paulo: Atlas, 
2015. 
OLIVEIRA, Luís Martins et al. Manual de Contabilidade Tributária: Textos e testes 
com respostas. São Paulo: Atlas, 2015. 
 
 
 
 
Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) – Lucro 
Presumido e Lucro Arbitrado 
 
Informações da disciplina: 
Nome do curso: 
Nome da disciplina: Planejamento Tributário Operacional e Estratégico 
Carga horária: 36 hrs 
 
Informações da Aula: 
Texto de apresentação da aula 
Título da aula: Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) – Lucro Presumido e Lucro 
Arbitrado 
Legislação Base 
A legislação base do imposto de renda é o Decreto N º. 3.000, de 1999, que em seu artigo 
1º. diz: 
Art. 1º. O imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza será cobrado e 
fiscalizado de conformidade com o disposto neste Decreto. 
 
Lucro Presumido 
Regras para a Opção 
Poderão optar pelo lucro presumido as pessoas jurídicas não obrigadas à apuração do 
Lucro Real cuja receita bruta no ano anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 
(setenta e oito milhões de reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) 
multiplicado pelo número de meses de atividade, quando inferior a 12 meses. 
 
Periodicidade e Prazo de Pagamento 
No Lucro Presumido, o imposto apurado em cada trimestre deverá ser pago em quota única 
até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de sua apuração ou, por 
opção da empresa, em até 3 quotas mensais, iguais e sucessivas, observando-se o seguinte: 
 
 
 
 a) as quotas deverão ser pagas até o último dia útil dos meses subsequentes ao de 
encerramento do período de apuração; 
 b) nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00, e o imposto de valor inferior a 
R$ 2.000,00 será pago em quota única; 
 c) o valor de cada quota (excluída a 1ª, se paga no prazo) será acrescido de juros 
equivalentes à taxa Selic para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do 1º dia do 
segundo mês subsequente ao do encerramento do período de apuração até o último dia do mês 
anterior ao do pagamento, e de 1% no mês do pagamento. 
 
 Base de Cálculo e Alíquotas IRPJ 
 Para fins de IRPJ, o lucro presumido será determinado aplicando-se sobre a receita bruta 
de vendas de mercadorias, produtos e/ou da prestação de serviços, apurada em cada trimestre, 
os percentuais constantes da tabela a seguir, conforme a atividade geradora: 
Atividade Geradora de Receita Percentual 
Aplicável 
- Revenda, para consumo, de combustível derivado de 
petróleo, álcool etílico carburante e gás natural 
1,6% 
- Venda de mercadorias ou produtos (exceto revenda de 
combustíveis para consumo) 
8% 
- Transporte de cargas 
- Serviços hospitalares (veja o subitem 6.1.5) 
- Atividade rural 
- Industrialização 
- Atividades imobiliárias (veja o subitem 6.2.3) 
- Construção por empreitada, quando se tratar de 
contratação por empreitada de construção civil, na 
modalidade total, fornecendo o empreiteiro todos os 
materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais 
materiais incorporados à obra 
- Qualquer outra atividade (exceto prestação de serviços) 
para a qual não esteja previsto percentual especificado 
- Industrialização de produtos em que a matéria-prima ou o 
produto intermediário ou o material de embalagem tenham 
sido fornecidos por quem encomendou a industrialização 
- Serviços de transporte (exceto o de cargas) 
16% 
- Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de 
sociedades civis de profissões regulamentadas) prestados 
com exclusividade por empresas com receita bruta anual 
não superior a R$ 120.000,00 (veja o subitem 6.1.2) 
 
 
 
- Serviços em geral para os quais não esteja previsto 
percentual específico, inclusive os relativos ao exercício de 
profissão legalmente regulamentada 
32% 
- Intermediação de negócios 
- Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis 
e direitos de qualquer natureza 
- Construção por administração ou por empreitada 
unicamente de mão de obra ou com emprego parcial de 
materiais 
- Construção, recuperação, reforma, ampliação ou 
melhoramento de infraestrutura, no caso de contratos de 
concessão de serviços públicos, independentemente do 
emprego parcial ou total de materiais 
- Prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria 
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de 
riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra 
de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a 
prazo ou de prestação de serviços (factoring) 
- Coleta e transporte de resíduos até aterros sanitários ou 
local de descarte 
 
 Ao valor determinado mediante a aplicação dos percentuais informados acima sobre a 
receita bruta deverão ser adicionados, por inteiro, as demais receitas ou resultados positivos 
decorrentes de operações não enquadradas no conceito de receita bruta e os ganhos de capital, 
recebidos no período, tais como: 
 a) rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e ganhos líquidos de operações 
financeiras de renda variável, observado o seguinte: 
 a.1) os rendimentos percebidos serão computados na base de cálculo do imposto somente 
no período de apuração em que ocorrer a alienação, o resgate ou a cessão do título ou aplicação 
(regime de caixa); 
 a.2) as perdas apuradas nas operações nos mercados de renda variável somente poderão 
ser compensadas com os ganhos líquidos de outras operações de renda variável, exceto as 
apuradas em operações iniciadase encerradas no mesmo dia (day trade), que somente poderão 
ser compensadas com ganhos líquidos de outra operação dessa natureza; 
 b) juros remuneratórios do capital próprio que houverem sido pagos ou creditados por 
outra pessoa jurídica da qual a empresa seja sócia ou acionista; 
 c) juros, calculados pela taxa Selic, incidentes sobre impostos e contribuições pagos 
indevidamente ou a maior que o devido, a serem restituídos ou compensados; 
 
 
 
 d) rendimentos obtidos nas operações de mútuo entre pessoas jurídicas controladoras e 
controladas, coligadas ou interligadas; 
 e) ganhos de capital (lucros) na alienação de bens do Ativo Não Circulante (investimentos, 
imobilizados e intangíveis), inclusive os obtidos: 
 e.1) na alienação de participações societárias permanentes em sociedades coligadas e 
controladas e de participações societárias que permaneceram no Ativo da empresa até o término 
do ano-calendário seguinte ao de suas aquisições; e 
 e.2) na devolução de capital, a sócios ou acionistas, em bens ou direitos avaliados a preço 
de mercado. 
 O imposto trimestral será calculado mediante a aplicação: 
 a) da alíquota de 15% sobre a totalidade do lucro presumido apurado no trimestre; 
 b) da alíquota adicional de 10% sobre a parcela do lucro presumido trimestral que exceder 
a R$ 60.000,00 ou, no caso de início ou encerramento de atividades no trimestre, sobre o limite 
equivalente ao resultado da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período de 
apuração. 
 
Base de Cálculo e Alíquotas CSL 
A base de cálculo da CSL devida pelas empresas submetidas à apuração do IRPJ com base 
no lucro presumido corresponde ao somatório dos seguintes valores, apurados em cada trimestre: 
 a) 12% da receita bruta da venda de mercadorias/produtos e/ou da prestação de serviços, 
exceto para as pessoas jurídicas referidas posteriormente, na forma definida na legislação do 
Imposto de Renda; 
 b) os ganhos de capital (lucros na alienação de bens do Ativo não Circulante), os 
rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou renda 
variável, as demais receitas, os resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas na 
letra "a" deste subtópico, com os seus respectivos valores decorrentes do ajuste a valor presente, 
e demais valores determinados na Lei nº 9.430/1996. 
Para fins de cálculo da CSL, o percentual a ser aplicado sobre a receita bruta auferida é de 
32% para aquelas que exercem as seguintes atividades: 
 a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de transportes, 
inclusive de carga; 
 b) intermediação de negócios; 
 
 
 
 c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer 
natureza; 
 d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, 
gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de 
direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços 
(factoring). 
 A alíquota da CSL devida pelas pessoas jurídicas em geral é de 9%. 
Limites de Distribuição de Lucros 
Poderão ser distribuídos, a título de lucros sem incidência do Imposto sobre a Renda Retido 
na Fonte (IRRF), os seguintes valores apurados pela pessoa jurídica tributada pelo lucro 
presumido: 
 a) o valor da base de cálculo do imposto, diminuída de todos os impostos e 
contribuições a que estiver sujeita a pessoa jurídica; e 
 b) a parcela dos lucros ou dividendos excedente ao valor determinado na letra "a", 
desde que a empresa demonstre, através de escrituração contábil fiscal feita com observância da 
lei comercial, que o lucro efetivo é maior que o determinado segundo as normas para apuração da 
base de cálculo do imposto pela qual tiver optado, ou seja, o lucro presumido 
 
Contabilização de IR/CSLL por Lucro Presumido 
Pelo provisionamento do IRPJ: 
D- Provisão para o IRPJ (Conta de Resultado) 
C- Provisão para o IPRJ (Passivo Circulante) 
Pelo provisionamento da CSL 
D- Provisão para a CSL (Conta de Resultado) 
C- Provisão para a CSL (Passivo Circulante) 
A legislação do Imposto de Renda não exige que as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro 
presumido mantenham escrituração contábil. Contudo, o atual Código Civil (Lei nº 10.406/2001, 
art. 1.179) estabelece que o empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um 
sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, 
em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço 
patrimonial e o de resultado econômico. 
Portanto, a exigência da manutenção de escrituração contábil independe do regime de 
tributação adotado pela pessoa jurídica. 
 
 
 
 
 Lucro Arbitrado 
De acordo com o RIR/1999 , o Imposto de Renda devido pela pessoa jurídica será 
determinado com base nos critérios do lucro arbitrado quando: 
 a) o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração 
na forma das leis comerciais e fiscais ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas 
pela legislação fiscal; 
 b) a escrituração, a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de 
fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para: 
 b.1) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive a bancária; 
 b.2) determinar o lucro real; 
 c) o contribuinte: 
 c.1) não obrigado à tributação com base no lucro real (caso seja optante pela tributação 
com base no lucro presumido), deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e os 
documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o livro Caixa, nos quais deverá estar escriturada 
toda a movimentação financeira, inclusive bancária; 
 c.2) optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido, por estar obrigada 
à tributação com base no lucro real; 
 c.3) não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, livro 
Razão ou fichas utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos 
efetuados no Diário, exceto se, tendo optado pela tributação com base no lucro presumido, 
escriturar no livro Caixa toda a sua movimentação financeira, inclusive a feita por via bancária; 
 d) o comissário ou representante de pessoa jurídica estrangeira não apurar o lucro da sua 
atividade separadamente do lucro do comitente residente ou domiciliado no exterior. 
 e) o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária as 
informações necessárias para gerar o Fcont por meio do Programa Validador e Assinador da 
Entrada de Dados para o Fcont de que trata a Instrução Normativa RFB nº 967/2009 , no caso de 
pessoas jurídicas sujeitas ao Regime Tributário de Transição (RTT); 
 f) o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária a 
Escrituração Contábil Fiscal (ECF). 
O Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro apurados, trimestralmente, 
pelas empresas submetidas ao arbitramento do lucro deverão ser pagos em quota única, até o 
 
 
 
último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento do período de sua apuração ou, à opção 
da empresa, em até 3 quotas mensais, iguais e sucessivas, observado o seguinte: 
 a) as quotas deverão ser pagas até o último dia útil dos meses subseqüentes ao do 
encerramento do período de apuração; 
 b) nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00; se o imposto ou a contribuição a 
pagar for de valor inferior a R$ 2.000,00, o pagamento deverá ser feito em quota única, até o 
último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração; 
 c) o valor de cada quota(excluída a primeira, se paga no prazo) será acrescido de juros, 
equivalentes à taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) para títulos federais, 
acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do segundo mês subseqüente ao do 
encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento, e de 
1% no mês do pagamento. 
 
 
 
SÍNTESE DA AULA 
Nesta aula: 
 Você conheceu com maior profundidade a sistemática do Lucro Presumido e do Lucro 
Arbitrado 
 Entendeu as formas de enquadramento 
 
Pergunta 1: O limite para adoção do lucro presumido em caso de atividade inferior a 12 meses 
é de? 
 Opção a: acima de R$ 6.500.000,00 mensais 
 Opção b: até R$ 6.500.000,00 mensais 
 Opção c: Abaixo de R$ 78.000.000,00 anuais 
 Opção d: Acima de R$ 78.000.000,00 anuais 
 Opção e: NDA 
Gabarito: b 
Feedback: R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de 
atividade, quando inferior a 12 meses. 
 
Pergunta 2: No lucro arbitrado os pagamentos são realizados com qual periodicidade? 
 Opção a: Mensal. 
 
 
 
 Opção b: Quinzenal. 
 Opção c: Trimestral com possibilidade de parcelamento. 
 Opção d: Trimestral sem possibilidade de parcelamento. 
 Opção e: Mensal a medida com que as receitas são realizadas. 
Gabarito: C 
 Feedback: O Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro apurados, trimestralmente, 
pelas empresas submetidas ao arbitramento do lucro deverão ser pagos em quota única, até o último 
dia útil do mês subseqüente ao do encerramento do período de sua apuração ou, à opção da empresa, 
em até 3 quotas mensais, iguais e sucessivas. 
 
APRENDA MAIS 
 Acesse o Regulamento do Imposto de Renda em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3000.htm 
 
 
REFERÊNCIAS 
SANTOS, M. A. C. Contabilidade Tributária: um enfoque nos IFRS e na legislação do 
IRPJ. São Paulo: Atlas, 2015. 
ALMEIDA, M. C.; ALMEIDA, R. J. Regulamentação Fiscal das Normas Contábeis do 
IFRS e CPC – Lei Nº 12.973/14: Aspectos Contábeis e Fiscais. São Paulo: Atlas, 
2015. 
OLIVEIRA, Luís Martins et al. Manual de Contabilidade Tributária: Textos e testes 
com respostas. São Paulo: Atlas, 2015. 
 
PRÓXIMA AULA 
Na próxima aula, você estudará os seguintes assuntos: 
 Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (Lucro Real) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) – Lucro Real 
 
Informações da disciplina: 
Nome do curso: 
Nome da disciplina: Planejamento Tributário Operacional e Estratégico 
Carga horária: 36 hrs 
 
Informações da Aula: 
Texto de apresentação da aula 
Título da aula: Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) – Lucro Real 
Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou 
compensações prescritas ou autorizadas pelo Regulamento. 
Na tributação com base no lucro real, o Imposto de Renda incide sobre o resultado (lucro) 
efetivamente apurado pela pessoa jurídica segundo sua escrituração contábil (feitos alguns 
ajustes determinados pela legislação fiscal). É obrigatório para pessoas jurídicas com faturamento 
superior a R$ 78.000.000 (setenta e oito milhões de reais) ano ano, ou a R$ 6.500.000,00 (seis 
milhões e quinhentos mil reais) ao mês de atividade, quando inferior a 12 meses. 
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real podem adotar uma das seguintes 
formas de pagamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre 
o Lucro (CSL): 
 
 
 
a) pagamento trimestral, mediante apuração de lucro real trimestral definitivo; ou 
b) pagamento mensal por estimativa e apuração anual do lucro real (em 31 de dezembro). 
Após a opção, realizada no primeiro recolhimento do exercício social, a pessoa jurídica não 
poderá optar por outra forma de recolhimento no mesmo exercício social. 
As adições e exclusões realizadas na apuração do lucro real são necessárias para ajustar o 
valor apurado via normas de contabilidade à legislação do imposto de renda, e serão estudadas 
mais profundamente nos próximos capítulos. 
 
Cálculo do Lucro Real Anual 
 As pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do Imposto de Renda por 
estimativa podem, mediante levantamento de balanços ou balancetes periódicos: 
a) suspender o pagamento do imposto relativo ao mês em que levantarem balanço ou 
balancete quando o valor do imposto devido, inclusive o adicional, calculado com base no lucro 
real do ano-calendário em curso, até esse mês, for igual ou inferior à soma do imposto pago, 
correspondente aos meses anteriores do mesmo ano-calendário; ou 
b) reduzir o valor do imposto a pagar ao montante correspondente à diferença positiva 
entre o imposto devido sobre o lucro real do ano-calendário em curso, até o mês em que 
levantarem balanço ou balancete, e a soma dos impostos pagos, correspondente aos meses 
anteriores do mesmo ano-calendário. 
Observe-se que, inclusive o pagamento do imposto mensal relativo ao mês de janeiro do 
ano-calendário pode ser suspenso ou reduzido, com base em balanço ou balancete levantado 
nesse mês, caso tenha sido apurado prejuízo fiscal ou o imposto calculado sobre o lucro real 
apurado tenha sido inferior ao calculado por estimativa, com base na receita bruta e nos 
acréscimos de que tratam os arts. 4º. a 9º. da Instrução Normativa RFB nº. 1.515/2014. 
O balanço ou balancete levantado para fins de suspensão ou redução do imposto de renda 
deve abranger o período de 1º. de Janeiro do ano-calendário em curso até o último dia do mês 
cujo imposto se pretende suspender ou reduzir, ou seja, a apuração sempre será feita de forma 
acumulada, e não com base no resultado do mês em curso. 
Mensalmente, haverá a necessidade de a pessoa jurídica optante pelo lucro real anual de 
se calcular as duas formas de recolhimento do imposto: por balancete de suspensão/redução ou 
por estimativa, optando-se pela melhor alternativa para a empresa. 
 
Cálculo do Lucro Real Trimestral 
 
 
 
O lucro real trimestral é definitivo. A apuração deverá ser feita partindo-se do resultado 
líquido de cada trimestre (encerrado nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de 
dezembro do ano-calendário), determinado por meio de levantamento de balanço com 
observância das normas estabelecidas pela legislação comercial e fiscal. 
Esse resultado será ajustado mediante escrituração do Livro de Apuração do Lucro Real 
(Lalur) por todas as adições, exclusões e compensações determinadas ou autorizadas pela 
legislação do Imposto de Renda. 
Do mesmo modo, a Contribuição Social sobre o Lucro devida em cada trimestre deve ser 
determinada com base no resultado trimestral apurado contabilmente, ajustado pelas adições, 
exclusões e compensações determinadas ou autorizadas pela legislação vigente. 
O imposto e a contribuição devidos, apurados ao final de cada trimestre, deverão ser: 
I - pagos em quota única, até o último dia útil do mês subseqüente ao do encerramento do 
período de apuração; ou 
II - à opção da pessoa jurídica, pagos em até três quotas mensais, iguais e sucessivas, 
vencíveis no último dia útil dos três meses subseqüentes ao do encerramento do período de 
apuração a que corresponder, observando-se que: 
a) nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 e o imposto ou a contribuição de 
valor inferior a R$ 2.000,00 será pago em quota única, até o último dia útil do mês subseqüente 
ao do encerramento do período de apuração; 
b) as quotas serão acrescidas de juros equivalentes à taxa SELIC, acumulada mensalmente, 
calculados a partir do primeiro dia do segundo mês subseqüenteao do encerramento do período 
de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% no mês do pagamento; 
c) a primeira quota ou quota única, quando paga até o vencimento, não sofrerá 
acréscimos. 
 
 Compensação de Prejuízos Fiscais 
 Os prejuízos fiscais apurados na apuração do LALUR poderão ser compensados pela pessoa 
jurídica tributada pelo lucro real. 
 Importante lembrar que prejuízo fiscal é diferente de prejuízo contábil, apurado em 
conformidade com as normas da contabilidade societária. 
 Os prejuízos que podem ser compensados devem ser apurados na parte B do LALUR, e sua 
utilização em períodos subsequentes poderá ser efetuada total ou parcialmente, 
 
 
 
independentemente de prazo, devendo ser observado em cada período de apuração o limite de 
30% do respectivo lucro líquido ajustado (lucro líquido do período mais adições menos exclusões). 
 
Sendo assim, esta aula tem como objetivos: 
 Entender o conceito de lucro real 
 Compreender as principais diferenças entre o lucro real anual e o lucro real trimestral. 
 
 
 
 
SÍNTESE DA AULA 
Nesta aula: 
 Você conheceu com maior profundidade a apuração do Lucro Real 
 Compreendeu as diferenças entre lucro real x lucro societário 
 Entendeu as formas de cálculo e opção do lucro real 
Pergunta 1: Qual a mecânica de apuração do Lucro Real? 
 Opção a: Lucro líquido + Exclusões – Adições = Lucro Tributável 
 Opção b: Lucro Líquido + Ajustes RTT + Adições – Exclusões = Lucro Tributável 
 Opção c: Lucro Líquido – Ajustes RTT + Adições – Exclusões = Lucro Tributável 
 Opção d: Lucro Líquido + Adições – Exclusões = Lucro Tributável 
 Opção e: Lucro Tributável + Adições – Exclusões = Lucro Líquido 
Gabarito: D 
Feedback: Lucro Líquido + Adições – Exclusões = Lucro Tributável 
 
Pergunta 2: As adições ao lucro líquido se justificam pois: 
 Opção a: É necessário adicionar quaisquer valores deduzidos na apuração do lucro líquido que não 
sejam legalmente dedutíveis da apuração do lucro real. 
 Opção b: Conferir neutralidade tributária aos novos métodos e critérios contábeis introduzidos pela Lei 
11.638/2007. 
 Opção c: Com o fim do RTT não há mais necessidade de ajustes referentes ao RTT na apuração do 
lucro real. 
 Opção d: Regulamentar a adoção das IFRS no Brasil via regime de transição. 
 Opção e: Aumentam a arrecadação do governo federal. 
Gabarito: A 
 
 
 
 Feedback: É necessário adicionar quaisquer valores deduzidos na apuração do lucro líquido que não 
sejam legalmente dedutíveis da apuração do lucro real. 
 
APRENDA MAIS 
 Acesse o site do CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
https:// http://www.cpc.org.br 
 
 
REFERÊNCIAS 
SANTOS, M. A. C. Contabilidade Tributária: um enfoque nos IFRS e na legislação do 
IRPJ. São Paulo: Atlas, 2015. 
ALMEIDA, M. C.; ALMEIDA, R. J. Regulamentação Fiscal das Normas Contábeis do 
IFRS e CPC – Lei Nº 12.973/14: Aspectos Contábeis e Fiscais. São Paulo: Atlas, 
2015. 
OLIVEIRA, Luís Martins et al. Manual de Contabilidade Tributária: Textos e testes 
com respostas. São Paulo: Atlas, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Despesas Dedutíveis e Indedutíveis – IR/CSLL 
 
Informações da disciplina: 
Nome do curso: 
Nome da disciplina: Planejamento Tributário Operacional e Estratégico 
Carga horária: 36 hrs 
 
Informações da Aula: 
Texto de apresentação da aula 
Título da aula: Despesas Dedutíveis e Indedutíveis – IR/CSLL 
 
4.1. LALUR: Do Lucro Contábil ao Lucro Tributável 
 
A contabilidade no Brasil sempre teve um viés tributário, principalmente para fins de 
apuração de Imposto de Renda e de Contribuição Social. 
A promulgação da Lei 11.638 em 12/2007 e o início da adoção das IFRS no país ocasionou 
um descasamento maior entre a contabilidade fiscal e a societária, gerando por exemplo 
diferenças temporais de reconhecimento de despesas – o controle das despesas que não são 
 
 
 
aceitas no presente, mas poderão ser aceitas no futuro, surgem como figura importante para 
redução dos tributos a serem pagos. 
Desta forma, surge a partir de 2008 o RTT – Regime Tributário de Transição, que foi criado 
pela Medida Provisória 449/2008 e convertido em 27/05/2009 na Lei 11.941/2009. Pelo RTT, as 
empresas apuravam o lucro societário pelas normas contábeis internacionais e faziam ajustes 
ignorando todos os pronunciamentos contábeis emitidos desde 2008, para aí então fazer as 
adições e exclusões tradicionais de receitas e despesas no livro de apuração do Lucro Real. 
O RTT perdurou até a promulgação da MP 627/2013, convertida na Lei 12.973/2014, e 
trouxe o entendimento e aceitação, à legislação fiscal, das alterações trazidas pela padronização 
da contabilidade brasileira às normas IFRS. 
Até a edição da Lei 11.941/2009 tínhamos a seguinte situação para fins de apuração do 
IRPJ e da CSLL: 
Lucro Contábil (padrão 2007) 
(+ -) Ajustes na apuração do Lucro Real 
( = ) Lucro Tributável ou Lucro Real 
Com a adoção das normas internacionais de contabilidade para fins de escrituração 
comercial, e a adoção da Lei 11.941/2009, passamos a ter a seguinte situação: 
Lucro Contábil (padrão IFRS) 
(+ - ) Ajustes do Regime Tributário de Transição 
( = ) Lucro Contábil (padrão 2007) 
(+ - ) Ajustes no LALUR 
( = ) Lucro Tributável ou Lucro Real. 
Como podemos observar, a principal função do RTT foi a de anular os efeitos da adoção 
das normas internacionais de contabilidade para fins tributários. 
Com o fim do RTT, promovida pela publicação da Lei 12.973/2014, volta-se à mecânica 
anterior de apuração do Lucro Real: 
Lucro Contábil 
(+-) Adições/Exclusões 
= Lucro Tributável 
Na determinação do Lucro Real, serão adicionados ao lucro líquido: 
I – os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros 
valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não 
sejam dedutíveis na determinação do lucro real; 
 
 
 
II – os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na 
apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, devam ser computados na 
determinação do lucro real. 
 
4.2. Comprovação das Despesas 
 
 Para fins da legislação do imposto de renda da pessoa jurídica, fica o contribuinte sujeito a 
comprovar o ato ou fato econômico que serviu de base aos lançamentos contábeis em 
conformidade com o estabelecido nas leis comerciais e fiscais. As despesas operacionais admitidas 
são as usuais ou normais no tipo de transações, operações ou atividades da empresa, 
intrinsicamente relacionadas com a produção ou comercialização dos bens e serviços. 
 Essas despesas devem, ainda, estar devidamente suportadas por documentos hábeis e 
idôneos a comprovarem sua natureza, a identidade do beneficiário, a quantidade, o valor da 
operação, etc. 
 As despesas podem ser comprovadas por meio de nota fiscal ou cupom emitido por 
equipamento emissor de cupom fiscal, os quais deverão conter (Lei 9.532/1997, art. 61, § 1º e 
81, II): 
a) Identificação da pessoa jurídica compradora ou tomadora dos serviços mediante 
identificação do CNPJ; 
b) Descrição dos bens ou serviços objeto da operação; e 
c) Data e valor da operação. 
 
 Em caso de despesas com alimentação do colaborador em viagens a trabalho, o fisco 
admite como despesa dedutível, independentemente de comprovação por meio de nota ou cupom 
fiscal, valores que não excedam a R$ 16,57 por dia de viagem, que deverá ser comprovada por 
recibo de estabelecimentohoteleiro, ou bilhete de passagem quando não incluir qualquer 
pernoite, que mencione o nome do funcionário a serviço da pessoa jurídica. 
 
4.3. Despesas Dedutíveis 
 
 Despesas dedutíveis para fins de elaboração do livro de apuração do lucro real (LALUR) são 
aquelas admitidas como operacionais, ou seja, se forem necessárias, usuais, e normais para a 
realização das atividades do contribuinte e se forem adequadamente documentadas. 
 
 
 
 
4.4. Despesas Indedutíveis 
 
 Devem ser adicionados ao lucro real todos os custos, despesas, provisões, encargos e 
participações que de acordo com a legislação não sejam dedutíveis para fins de apuração de 
imposto de renda. 
 Despesas que não façam parte das atividades normais da empresa, como por exemplo uma 
multa de trânsito, apesar de estarem devidamente documentadas e escrituradas na contabilidade, 
não são aceitas como dedutíveis para fins de apuração do lucro real e devem ser adicionadas ao 
lucro líquido influenciando na apuração do LALUR. 
 Além disso, diferenças temporárias de reconhecimento motivadas por diferenças entre a 
contabilidade fiscal e a societária, podem não ser aceitas fiscalmente no presente, mas podem ser 
aceitas no futuro. Exemplos de diferenças temporárias: 
 Ajustes de estoques ao valor realizável líquido; 
 Provisão para ações trabalhistas, ambientais e cíveis; 
 Ajuste de incobráveis; 
 Provisão para garantia de produtos; 
 Impairment; 
 Depreciação. 
Em uma operação de aquisição de imobilizado com incentivo de depreciação acelerada 
integral para fins fiscais, teríamos a seguinte situação: 
Custo do Ativo: $ 100,00 
Depreciação ao ano: $ (20,00) 
Lucro Antes do IR: $ 1.000,00 
( - ) Depreciação Acelerada: $ (80,00)_ 
Lucro Tributável: $ 920,00 
 Outro modo de analisarmos a depreciação acelerada: 
 
 Divulgação Tributação 
Imobilizado 100,00 100,00 
( - ) Depreciação Acumulada _ (20,00) _ _ (100,00) _ 
 80,00 0,00 
 
 
Sendo assim, esta aula tem como objetivos: 
 Aprofundar o conhecimento sobre a escrituração do LALUR 
 
 
 
 Compreender as principais adições ao lucro contábil que comporão o lucro real. 
 
SÍNTESE DA AULA 
Nesta aula: 
 Você conheceu com maior profundidade a apuração do Lucro Real 
 Compreendeu as medidas adotadas para que fosse possível a adoção das IFRS sem 
impactos na apuração do Imposto de Renda 
 Aplicou o conhecimento adquirido 
 Analisou as principais adições ao lucro líquido 
 
Pergunta 1: Com o fim do RTT, qual a mecânica de apuração do Lucro Real? 
 Opção a: Lucro líquido + Exclusões – Adições = Lucro Tributável 
 Opção b: Lucro Líquido + Ajustes RTT + Adições – Exclusões = Lucro Tributável 
 Opção c: Lucro Líquido – Ajustes RTT + Adições – Exclusões = Lucro Tributável 
 Opção d: Lucro Líquido + Adições – Exclusões = Lucro Tributável 
 Opção e: Lucro Tributável + Adições – Exclusões = Lucro Líquido 
Gabarito: D 
Feedback: Lucro Líquido + Adições – Exclusões = Lucro Tributável 
 
Pergunta 2: As adições ao lucro líquido se justificam pois: 
 Opção a: É necessário adicionar quaisquer valores deduzidos na apuração do lucro líquido que não 
sejam legalmente dedutíveis da apuração do lucro real. 
 Opção b: Conferir neutralidade tributária aos novos métodos e critérios contábeis introduzidos pela Lei 
11.638/2007. 
 Opção c: Com o fim do RTT não há mais necessidade de ajustes referentes ao RTT na apuração do 
lucro real. 
 Opção d: Regulamentar a adoção das IFRS no Brasil via regime de transição. 
 Opção e: Aumentam a arrecadação do governo federal. 
Gabarito: A 
 Feedback: É necessário adicionar quaisquer valores deduzidos na apuração do lucro líquido que não 
sejam legalmente dedutíveis da apuração do lucro real. 
 
APRENDA MAIS 
 Acesse o site do CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
 
 
 
https:// http://www.cpc.org.br 
 
REFERÊNCIAS 
SANTOS, M. A. C. Contabilidade Tributária: um enfoque nos IFRS e na legislação do 
IRPJ. São Paulo: Atlas, 2015. 
ALMEIDA, M. C.; ALMEIDA, R. J. Regulamentação Fiscal das Normas Contábeis do 
IFRS e CPC – Lei Nº 12.973/14: Aspectos Contábeis e Fiscais. São Paulo: Atlas, 
2015. 
OLIVEIRA, Luís Martins et al. Manual de Contabilidade Tributária: Textos e testes 
com respostas. São Paulo: Atlas, 2015. 
 
 
Incentivos Fiscais – IR/CSLL (Rouanet, PAT, Incentivo ao 
Esporte, Depreciação Acelerada) e Exclusões do Lucro 
 
Informações da disciplina: 
Nome do curso: 
Nome da disciplina: Planejamento Tributário Operacional e Estratégico 
Carga horária: 
 
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Texto de apresentação da aula 
Título da aula: Incentivos Fiscais – IR/CSLL (Rouanet, PAT, Incentivo ao Esporte, 
Depreciação Acelerada) e Exclusões do Lucro 
Como visto na aula anterior, após a apuração do lucro líquido contábil, é necessário que 
sejam realizados ajustes a fim de se obter o valor do lucro real, que é a base de cálculo para 
apuração do IRPJ e da CSLL. 
As adições, como anteriormente tratado, são somadas ao valor do lucro líquido pois não há 
previsão legal para sua dedutibilidade na apuração dos impostos, a exclusão, por sua vez, deve 
ser subtraída pois, apesar de haverem parâmetros legais para sua inclusão no lucro líquido 
contábil, não há a mesma previsão para fins tributários. São deduções legalmente aceitas: 
 
 
 
 
a) Os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não tenham 
sido computados na apuração do lucro líquido no período de apuração; 
b) Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração 
do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam computados no 
lucro real. 
 
Ainda sobre a apuração do imposto de renda e da contribuição social, temos a possibilidade 
de reduzir e/ou direcionar parte do IRPJ e da CSLL utilizando incentivos fiscais, como doações e 
patrocínios, que são direcionados a setores que necessitem de apoio federal para seu 
desenvolvimento. 
Existem diversos tipos de incentivos, tais como: 
- Doações aos fundos dos direitos da criança e do adolescente; 
- Programa de alimentação do Trabalhador (PAT); 
- PDTI e PDTA; 
- Incentivos à inovação tecnológica; 
- Atividade audiovisual; 
- Atividade cultural e artística; 
- Incentivos ao esporte; 
- Finam e Finor. 
Falaremos a seguir sobre cada um deles: 
 
Doações aos fundos dos direitos da criança e do adolescente 
As doações aos fundos nacional, estaduais, distrital e municipais dos Direitos da Criança e 
do Adolescente, podem ser deduzidas do imposto de renda devido pela pessoa jurídica optante 
pelo lucro real desde que observado o limite global de 1% do imposto normal de 15% (sem a 
inclusão do adicional), diminuído do imposto incidente sobre lucros, rendimentos e ganhos de 
capital auferidos no exterior. A dedução dessas doações está sujeita apenas ao limite de 1% do 
imposto devido, não lhes sendo aplicável qualquer outro limite cumulativo, caso haja dedução de 
outros incentivos fiscais, conforme IN SRF 267/2002, art. 54. 
As doações aos fundos dos direitos da criança e do adolescente devem ser deduzidas 
diretamente do imposto, não sendo passíveis de dedução como despesa operacional para 
determinação do lucro real e da base de cálculo da contribuição social – devem, portanto, ser 
adicionadas. 
 
 
 
Para fins de comprovação da doação, os conselhos nacional, estaduais, distrital e 
municipais dos direitos da criança e do adolescente deverão emitir comprovante em favor do 
doador, assinado por pessoa competente e pelopresidente do conselho correspondente, devendo 
apresentar: 
a) Número de ordem, nome, número de inscrição no CNPJ e endereço do emitente; 
b) O nome, número de inscrição no CNPJ e demais dados do doador; 
c) A data de doação e o valor recebido; 
d) O ano a que se refere a doação. 
 
No caso de doação em bens, esse documento deverá conter também a identificação dos 
bens, mediante sua descrição em campo próprio ou em relação anexa que informe, ainda, se 
houve avaliação e, em caso positivo, identificar os responsáveis pela avaliação com indicação do 
CPF (se pessoa física) ou CNPJ (se pessoa jurídica). 
 
 
Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) 
Os desembolsos com o fornecimento de alimentação, desde que concedidos 
indistintamente a todos os colaboradores, são dedutíveis como custos ou despesas para fins de 
apuração do lucro real, e se a pessoa jurídica aderir ao Programa de Alimentação do Trabalhador 
do Ministério do Trabalho e Emprego poderá deduzir, também, diretamente do imposto de renda 
devido com base no lucro real, o incentivo fiscal concedido. 
O valor do incentivo corresponde ao menor dos seguintes valores: 
a) 15% das despesas realizadas com o fornecimento de alimentação dos empregados, 
deduzida da parcela cobrada dos mesmos; 
b) O resultado da multiplicação de R$ 0,30 (15% de R$ 1,99 – custo máximo de refeição 
admitido para o cálculo do incentivo, de R$ 2,49, menos a participação cobrável do 
trabalhador, de 20% = R$ 0,50) pelo número de refeições fornecidas no período. 
 
Adicionalmente, há que se observar que a parcela do incentivo dedutível, em cada período 
de apuração do imposto, fica limitada a 4% do imposto devido à alíquota de 15%, conforme 
artigo 582 do RIR/1999. A parcela do incentivo que exceder a esse limite de 4% do imposto 
devido no período de realização dos gastos poderá ser deduzida até o segundo ano-calendário 
subsequente, sempre respeitando esse limite. 
Há uma série de regras, inclusive relativas à valor nutricional dos alimentos, que a empresa 
precisa cumprir para se enquadrar ao PAT, devendo observar o disposto na Lei 6.321 de 
14/04/1976. 
 
 
 
 
PDTI e PDTA 
Os Programas de Desenvolvimento Tecnológico Industrial (PDTI) ou Agropecuário (PDTA) 
vigeram até a publicação da Lei 11.196/2005, art. 133, I, “a”, com efeitos desde 01/01/2006. O 
objetivo do PDTI/PDTA era a capacitação tecnológica da indústria e da agropecuária no Brasil, 
visando a geração de novos produtos, processos ou aprimoramento de suas características. 
Para que as empresas pudessem usufruir destes incentivos fiscais era preciso apresentar, 
formalmente, a uma das agências credenciadas pelo MCT, um programa de desenvolvimento 
tencológico industrial ou agropecuário com duração de até 5 anos, em formulário próprio 
fornecido pelas agências. As empresas que já tivessem aderido ao programa poderiam migrar 
para o regime de que trata a Lei 11.196/2005, arts. 17, § § 1º e 7º, 22 a 26, e 132, IV, “b”. 
 
Incentivos à Inovação Tecnológica 
Como visto anteriormente, os Programas de Desenvolvimento Tecnológico Industrial (PDTI) 
ou Agropecuário (PDTA) foram aperfeiçoados com a publicação da Lei n º 11.196/2005, também 
conhecida como “Lei do Bem”, com o objetivo de estimular investimentos privados em pesquisa e 
desenvolvimento tecnológico, quer na concepção de novos produtos como no processo de 
fabricação, bem como na agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou 
processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, 
resultando maior competitividade no mercado. 
Atualmente, com as modificações acima mencionadas, a pessoa jurídica pode usufruir dos 
seguintes incentivos fiscais: 
I – dedução, para efeitos de apuração do lucro líquido, de valor correspondente à soma dos 
dispêndios realizados no período de apuração com pesquisa tecnológica e desenvolvimento de 
inovação tecnológica classificáveis como despesas operacionais pela legislação do imposto sobre a 
renda da pessoa jurídica – IRPJ ou como pagamento na forma prevista no § 2º deste artigo; 
II – redução de 50% do IPI incidente sobre equipamentos, máquinas, aparelhos e 
instrumentos, bem como os acessórios sobressalentes e ferramentas que acompanham esses 
bens, destinados à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico; 
III – depreciação integral, no próprio ano da aquisição, de máquinas, equipamentos, 
aparelhos e instrumentos, novos, destinados à utilização nas atividades de pesquisa tecnológica e 
desenvolvimento de inovação tecnológica, para efeito de apuração do IRPJ e da CSLL; 
 
 
 
IV – amortização acelerada, mediante dedução como custo ou despesa operacional, no 
período de apuração em que forem efetuados, dos dispêndios relativos à aquisição de bens 
intangíveis, vinculados exclusivamente às atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento 
de inovação tecnológica, classificáveis no ativo diferido do beneficiário, para efeito de apuração do 
IRPJ; 
V – revogado pela Lei 12.350 de 20/12/2010; 
VI - redução a 0 (zero) da alíquota do imposto de renda retido na fonte nas remessas 
efetuadas para o exterior destinadas ao registro e manutenção de marcas, patentes e cultivares. 
 
Atividade Audiovisual 
Os incentivos às atividades audiovisuais estão regulamentados pelo Decreto 6.304/2007. 
Para fins de utilização dos benefícios, entende-se por obra audiovisual: 
a) Obra audiovisual; 
b) Obra cinematográfica; 
c) Obra videofonográfica; 
d) Obra cinematográfica e videofonográfica de produção independente; 
e) Obra cinematográfica brasileira e videofonográfica brasileira; 
f) Segmento de mercado (mercados de salas de exibição, vídeo doméstico em qualquer 
suporte, radiodifusão de sons e imagens, comunicação eletrônica de massa por 
assinatura, mercado publicitário audiovisual ou quaisquer outros mercados que veiculem 
obras cinematográficas e videofonográficas); 
g) Obra cinematográfica ou videofonográfica de curta metragem; 
h) Obra cinematográfica ou videofonográfica de média metragem; 
i) Obra cinematográfica ou videofonográfica de longa metragem; 
j) Obra cinematográfica ou videofonográfica seriada; 
k) Telefilme; 
l) Minissérie; 
m) Programadora (empresa que oferece, desenvolve ou produz conteúdo, na forma de 
canais ou de programações isoladas, destinado às empresas de serviços de 
comunicação eletrônica de massa por assinatura ou de quaisquer outros serviços de 
comunicação, que transmitam sinais eletrônicos de som e imagem que sejam gerados e 
transmitidos por satélite ou por qualquer outro meio de transmissão ou veiculação); 
n) Programação internacional; 
o) Programação nacional. 
 
Mediante a aquisição de quotas representativas de direitos de comercialização sobre as 
referidas obras, poderá a pessoa jurídica deduzir do imposto de renda devido as quantias 
referentes aos investimentos, desde que estes sejam realizados no mercado de capitais, em ativos 
previstos em lei e autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários, observado o limite de 1% do 
 
 
 
imposto devido. Adicionalmente, o total dos investimentos poderá ser abatido como despesa 
operacional na apuração do lucro líquido contábil. 
 
Atividade Cultura e Artística 
As doações e patrocínios em favor de projetos culturais e artísticos somente poderão ser 
objeto de incentivo fiscal se o projeto houver sido previamente aprovado pelo Ministério da 
Cultura, observando-se que a aprovação de projetos e a sua publicação no Diário Oficial da União 
deveráa conter: 
a) O título do projeto; 
b) O número de registro no Ministério da Cultura; 
c) O nome do proponente e respectivo CNPJ ou CPF; 
d) O extrato da proposta aprovada no Ministério da Cultura; 
e) O valor e prazo autorizadospara captação de recursos; 
f) O enquadramento quanto às disposições da Lei 8.313/1991. 
 
O limite individual de doação para esta modalidade de incentivo é de 4% do IRPJ devido, 
não sendo permitida qualquer dedução a título de incentivo fiscal do adicional do IRPJ (Lei 
9.249/1995, art 3º, § 4º. 
 
Incentivos ao Esporte 
Para fins de incentivo ao esporte, considera-se projeto desportivo o conjunto de ações 
organizadas e sistematizadas por entidades de natureza esportiva, destinada à implementação, à 
prática, ao ensino, ao estudo, à pesquisa e ao desenvolvimento do esporto, atendendo a pelo 
menos uma das manifestações desportivas a seguir: 
a) Educacional; 
b) De participação; 
c) De rendimento. 
 
Os valores dispendidos pela PJ destinados a patrocínio ou doação em favor de projetos 
desportivos não poderão ser deduzidos como custo ou despesa operacional do lucro real e da 
base de cálculo da contribuição social. O limite de redução possível do valor do IRPJ será de 1% 
do montante total, não sendo considerado o adicional de IRPJ como base de cálculo. 
 
Finam e Finor 
Os Fundos de Investimentos da Amazônia (Finam) e do Nordeste (Finor) foram criados com 
o objetivo de efetivas as políticas de investimento em instalações de empreendimentos 
 
 
 
considerados prioritários ao desenvolvimento socioeconômico das regiões Norte e Nordeste do 
Brasil, visando minorar as disparidades existentes entre essas regiões e a região mais ao sul do 
Brasil. 
As pessoas jurídicas optantes pelo regime de apuração pelo Lucro Real podem deduzir 
parte do imposto de renda devido como forma de incentivo fiscal para aplicação em projetos 
destinados àquelas regiões do país, recebendo em troca as cotas de participação daqueles fundos. 
Por outro lado, as empresas que pretendiam se instalar nas regiões Norte e Nordeste do 
Brasil poderiam ter acesso a esses recursos e, em contra-partida, emitir ações ou debêntures 
conversíveis em ações até o ano fiscal de 2013. 
Desde 26.05.2001, somente a pessoa jurídica tributada pelo lucro real que mantiver projeto 
próprio aprovado com base na Lei nº 8.167/1991 , art. 9º, poderá optar pela aplicação de parte 
do imposto mensal no Finor, no Finam ou no Funres (este último restrito às empresas domiciliadas 
no Estado do Espírito Santo), observando-se o seguinte ( RIR/1999 , art. 601 , com a redação da 
Medida Provisória nº 2.199-14/2001 ): 
 
a) a opção é exercida mediante recolhimento, em Darf específico, no mesmo prazo do 
Imposto de Renda, da parcela do imposto mensal de valor equivalente a até: 
 
a.1) 18% para o Finor ou para o Finam e 25% para o Funres, no período de 
1º.01.1998 até 12.2003; 
 
a.2) 12% para o Finor ou para o Finam e 17% para o Funres, no período de 
1º.01.2004 até 12.2008; 
 
a.3) 6% para o Finor ou para o Finam e 9% para o Funres, no período de 
1º.01.2009 até 12.2017. 
 
 
Exclusões ao Lucro Líquido 
Podem ser excluídos do lucro líquido contabilmente apurado no período: 
a) Os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não tenham 
sido computados na apuração do lucro líquido do período (ex: depreciação acelerada 
incentivada); 
b) Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração 
do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam computados no 
lucro real (exemplo: resultados positivos de equivalência patrimonial, dividendos). 
 
Receitas Contabilizadas e Não Exigidas pelo Fisco 
 
 
 
São valores contabilizados no lucro líquido da empresa mas que, por determinação da 
legislação tributária, não fazem parte da composição do valor do lucro real. 
a) Resultado credor da equivalência patrimonial (art. 389 do Decreto-Lei n 3.000/1999); 
b) Lucro e dividendos recebidos que tenham sido tributados nas pessoas jurídicas que os 
distribuíram (art. 379 do Decreto-Lei n. 3.000/1999; 
c) Ganho de capital obtido nas operações de transferência de imóveis desapropriados para 
fins de reforma agrária (art. 423); 
d) Acréscimo do valor de patrimônio líquido de investimento, decorrente de ganho de 
capital por variação na percentagem de participação no capital social de controlada ou 
coligada (art. 428); 
e) Capital das apólices de seguro ou pecúlio em favor da empresa, pago por morte do 
sócio segurado (art. 445). 
 
Reversão de Provisões Constituídas 
Os valores que, por competirem a outro período de apuração, forem, para efeito de 
determinação do lucro real, adicionados ao lucro líquido no período de apuração, ou dele 
excluídos, serão, na determinação do lucro real do período de apuração competente, excluídos do 
lucro líquido ou a ele adicionados, respectivamente (Art. 247, § 2º, Decreto 3.000/1999) 
 
Depreciação Acelerada 
A depreciação acelerada incentivada é uma forma de incentivo fiscal para ganho de 
competitividade e eficiência em setores selecionados pelo Governo Federal. Nesta modalidade há 
postergação da tributação do lucro da atividade, uma vez que a aquisição das máquinas, 
aparelhos e equipamentos possibilita sua dedução de forma mais ágil do que a admitida 
contabilmente. 
Observe o exemplo a seguir: 
Ano Na escrituração comercial No LALUR 
Custo/Despesa Depreciação Depreciação Acumulada Exclusão Adição 
20X1 10.000,00 10.000,00 40.000,00 - 
20x2 10.000,00 20.0000,00 - 10.000,00 
20x3 10.000,00 30.0000,00 - 10.000,00 
20x4 10.000,00 40.0000,00 - 10.000,00 
20x5 10.000,00 50.0000,00 - 10.000,00 
Totais 50.000,00 - 40.000,00 40.000,00 
 
Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial 
 
 
 
A contra-partida do ajuste por aumento ou redução no valor do patrimônio líquido do 
investimento não será computada na determinação do lucro real (Art. 389 do Decreto 3.000/1999) 
 
Dividendos Recebidos 
Ressalvado o disposto nos artigos 380 e 388 do Dcreto 3.000/1999, os lucros e dividendos 
recebidos de outra pessoa jurídica integrarão o lucro operacional da empresa, mas serão excluídos 
do lucro líquido para efeitos de determinação do lucro real quando estiverem sujeitos à tributação 
nas firmas ou sociedades que os distribuíram 
 
Lucro obtido na venda para empresas públicas 
Conforme Art. 409 do RIR/1999 (Decreto 3.000/1999), no caso de fornecimento de bens ou 
serviços de construção por empreitada ou fornecimento, a serem produzidos com prazo de 
execução superior a um ano, contratados por empresa pública, sociedade de economia mista ou 
sua subsidiária, o contribuinte poderá diferir a tributação do lucro até a sua realização. 
 
Sendo assim, esta aula tem como objetivos: 
 Terminar o entendimento sobre a composição das variações do lucro líquido contábil que 
levam ao lucro real. 
 Compreender as principais exclusões ao lucro líquido. 
 Conhecer os incentivos fiscais que podem ser utilizados para fins de apuração do imposto 
de renda e da contribuição social. 
 
 
 
 
SÍNTESE DA AULA 
Nesta aula: 
 As principais exclusões ao lucro líquido. 
 Compreendeu as formas de incentivos fiscais que podem ser utilizados na apuração do 
imposto de renda e da contribuição social. 
 Aplicou o conhecimento adquirido 
 
Pergunta 1: As deduções legalmente aceitas decorrem principalmente de: 
 
 
 
 Opção a: Valores computados no lucro líquido que não tem previsão legal de tributação no lucro real. 
 Opção b: Decretos do presidente da república. 
 Opção c: Incentivos fiscais de apoio ao esporte. 
 Opção d: Valores computados no lucro real que tem previsão legal de tributação. 
 Opção e: Decretos da Receita Federal do Brasil. 
Gabarito: A 
Feedback: Valores computados no lucro líquido que não tem previsão legal de tributação no lucro real.Pergunta 2: Dentre os incentivos que podem ser utilizados na apuração do imposto de renda e 
da contribuição social, destacam-se: 
 Opção a: PAT e Funrural. 
 Opção b: Atividade cultural e artística e doações aos direitos da criança e do adolescente. 
 Opção c: Adições realizadas ao lucro líquido. 
 Opção d: PAT, Funrural e Incentivos à Inovação Tecnológica. 
 Opção e: todas as alternativas estão incorretas. 
Gabarito: C 
Feedback: Adições realizadas ao lucro líquido. 
 
APRENDA MAIS 
 Acesse o site do CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis 
https:// http://www.cpc.org.br 
 
 
REFERÊNCIAS 
SANTOS, M. A. C. Contabilidade Tributária: um enfoque nos IFRS e na legislação do 
IRPJ. São Paulo: Atlas, 2015. 
ALMEIDA, M. C.; ALMEIDA, R. J. Regulamentação Fiscal das Normas Contábeis do 
IFRS e CPC – Lei Nº 12.973/14: Aspectos Contábeis e Fiscais. São Paulo: Atlas, 
2015. 
OLIVEIRA, Luís Martins et al. Manual de Contabilidade Tributária: Textos e testes 
com respostas. São Paulo: Atlas, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juros sobre o Capital Próprio (JSCP) 
 
Informações da disciplina: 
Nome do curso: 
Nome da disciplina: Planejamento Tributário Operacional e Estratégico 
Carga horária: 36 hrs 
 
Informações da Aula: 
Texto de apresentação da aula 
Título da aula: Juros sobre o Capital Próprio (JSCP) 
O Artigo 9º. da Lei 9.249/1995 trouxe a seguinte possibilidade à apuração do imposto de 
renda: 
“Art. 9º A pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos da apuração do lucro real, os juros 
pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração 
do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro 
rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP.” 
 
 
 
As pessoas jurídicas submetidas à tributação com base no lucro real podem considerar 
dedutíveis, para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre 
o Lucro (CSL), os juros pagos ou creditados individualmente a titular, sócios ou acionistas, a título 
de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados a 
variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). 
 
Custo de Oportunidade do Capital Próprio 
O custo de oportunidade é um termo usado em economia para indicar o custo de algo em 
termos de uma oportunidade renunciada, ou seja, o custo, até mesmo social, causado pela 
renúncia do ente econômico, bem como os benefícios que poderiam ser obtidos a partir desta 
oportunidade renunciada ou, ainda, a mais alta renda gerada em alguma aplicação alternativa. 
Para efeitos de custo de oportunidade do capital próprio, considera-se que o sócio da 
pessoa jurídica optante pelo lucro real poderia utilizar o montante investido na empresa em outros 
negócios ou aplicações, daí a necessidade de remuneração dos juros sobre capital próprio. 
 
Características do Juros Sobre Capital Próprio 
Os Juros Sobre Capital Próprio podem ser utilizados pelas empresas como uma das formas 
de distribuição de lucros entre os seus acionistas, titulares ou sócios, sendo permitido que estes 
valores sejam lançados como despesas dedutíveis no resultado da empresa e o pagamento do 
imposto de renda fique sob a responsabilidade do investidor/acionista que recebeu o montante – 
sendo o imposto retido no próprio ato do pagamento do montante. 
A escolha deste tipo de distribuição compete à Assembléia Geral, ao Conselho de 
Administração ou à diretoria da empresa. 
 
Cálculo dos Juros Sobre Capital Próprio 
A partir do ano-calendário de 2015 (ou a partir do ano-calendário de 2014, para as pessoas 
jurídicas que optarem pela adoção antecipada das disposições da Lei nº 12.973/2014 ), para fins 
de cálculo da remuneração dos juros sobre o capital próprio, serão consideradas exclusivamente 
as seguintes contas do Patrimônio Líquido: 
a) capital social; 
b) reservas de capital; 
c) reservas de lucros; 
d) ações em tesouraria; e 
 
 
 
e) prejuízos acumulados. 
Os Juros Sobre Capital Próprio devem ser calculados com base na variação da Taxa de 
Juros de Longo Prazo (TJLP). 
 
Limites de dedutibilidade 
A dedução dos juros remuneratórios do capital próprio, na apuração do lucro real e da base 
de cálculo da CSL, fica limitada a 50% do maior entre os seguintes valores (Instrução Normativa 
RFB nº 1.515/2014 , art. 28º , § 2º): 
a) lucro líquido correspondente ao período de apuração dos juros, após a dedução da CSL e 
antes da dedução da provisão para o Imposto de Renda e dos juros remuneratórios; ou 
b) saldo de lucros acumulados e reservas de lucros. 
 
Contabilização do JSCP 
A Lei nº 9.249/1995 , art. 9º, alterada pela Lei nº 12.973/2014 , autoriza a dedução, para 
efeitos fiscais, dos juros pagos ou creditados individualizadamente ao titular, sócios ou acionistas,, 
tendo a Instrução Normativa SRF nº 11/1996 , arts. 29 e 30 , parágrafo único, mencionado que, 
para efeito de dedutibilidade na determinação do lucro real, observado o regime de competência, 
os juros pagos ou creditados deverão ser registrados em contrapartida a débito em conta de 
despesa financeira. 
Segundo a Instrução Normativa SRF nº 41/1998 , para atendimento ao disposto na Lei nº 
9.249/1995 , art. 9º, considera-se creditado, individualizadamente, o valor dos juros sobre o 
capital próprio quando a despesa é registrada, na escrituração contábil da pessoa jurídica, em 
contrapartida a conta ou subconta do seu passivo exigível, representativa de direito de crédito do 
sócio ou acionista da sociedade ou do titular da empresa individual (atualmente empresário). 
 
 
Sendo assim, esta aula tem como objetivos: 
 Conhecer como funcionam os JSCP 
 Compreender seus efeitos. 
 
 
 
 
 
 
 
SÍNTESE DA AULA 
Nesta aula: 
 Você conheceu Juros Sobre Capital Próprio 
 Compreendeu seus efeitos. 
 Analisou como contabilizar os JSCP. 
 
Pergunta 1: Os Juros Sobre Capital Próprio podem ser considerados como despesas dedutíveis 
para fins de apuração do imposto de renda devido pelas empresas optantes por qual regime 
de tributação? 
 Opção a: Lucro Real Anual ou Trimestral 
 Opção b: Apenas Lucro Real Anual 
 Opção c: Apenas Lucro Real Trimestral 
 Opção d: Lucro Presumido 
 Opção e: Simples 
Gabarito: A 
Feedback: Lucro Real Anual ou Trimestral 
 
Pergunta 2: Os Juros Sobre Capital Próprio devem ser calculados com a utilização da: 
 Opção a: Taxa Selic. 
 Opção b: IGPM-DI. 
 Opção c: Inflação. 
 Opção d: Correção Monetária. 
 Opção e: TJLP 
Gabarito: E 
 Feedback: Os Juros Sobre Capital Próprio devem ser calculados com a utilização da Taxa de Juros de 
Longo Prazo, ou TJLP. 
 
APRENDA MAIS 
 Acesse o site 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9249.htm 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
SANTOS, M. A. C. Contabilidade Tributária: um enfoque nos IFRS e na legislação do 
IRPJ. São Paulo: Atlas, 2015. 
ALMEIDA, M. C.; ALMEIDA, R. J. Regulamentação Fiscal das Normas Contábeis do 
IFRS e CPC – Lei Nº 12.973/14: Aspectos Contábeis e Fiscais. São Paulo: Atlas, 
2015. 
OLIVEIRA, Luís Martins et al. Manual de Contabilidade Tributária: Textos e testes 
com respostas. São Paulo: Atlas, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reorganizações Societárias e seus Efeitos Tributários 
 
Informações da disciplina: 
Nome do curso: 
Nome da disciplina: Planejamento Estratégico e Operacional de Tributos 
Carga horária: 
 
Informações da Aula: 
Texto de apresentação da aula 
Títuloda aula: Reorganizações Societárias e seus Efeitos Tributárias 
As operações de reorganização societária que envolvem processos de incorporação, cisão e 
fusão geralmente envolvem grandes grupos e, consequentemente, valores elevados. Por este 
motivo no processo são necessárias várias medidas de precaução. 
No aspecto tributário, o IRPJ e a CSL relativos ao ano-calendário do evento podem ser 
calculados com base nas regras do lucro real ou do lucro presumido, desde que atendidas as 
 
 
 
condições necessárias à opção. Além disso, existem outros relevantes fatores tributários a 
considerar neste tipo de operação que serão estudados neste tópico. 
 
Incorporação 
A incorporação de empresas é o negócio plurilateral que tem por finalidade agregar todas 
as ações de uma sociedade ao patrimônio de outra que sucede a incorporada em todos os seus 
direitos e obrigações. Assim ocorre a sucessão universal com a extinção de uma delas, nos termos 
do art. 227 da Lei 6.404/76. 
 
 
Figura 1 Operação de Incorporação 
 
 
A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, 
que lhes sucede em todos os direitos e obrigações. Desaparecem as sociedades incorporadas, 
permancendo apenas a incorporadora. 
 
Fusão 
A fusão de empresas é o negócio plurilateral que tem por finalidade a união de ações de 
duas ou mais sociedades na formação de uma nova sociedade, que lhes sucederá em todos os 
direitos e obrigações. 
 De modo similar a incorporação, a fusão consubstancia um ato constitutivo e 
desconstitutivo simultaneamente, pois ocorre a agregação dos patrimônios de duas ou mais 
empresas existentes em uma nova empresa. 
 
 
 
 
Figura 2 – Operação de Fusão 
 
Como já informado, a fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para 
formar uma nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações, observando-se que: 
a) Com a fusão, extinguem-se todas as sociedades anteriores para dar lugar a uma só, na 
qual todas elas se fundem; 
b) A sociedade que surge assumirá todas as obrigações ativas e passivas das sociedades 
fusionadas. 
 
Cisão 
A cisão de empresas é o negócio plurilateral que tem por finalidade a transferência de 
parcelas ou totalidade do patrimônio de uma sociedade uma ou mais sociedades, dividindo-se o 
capital da empresa cindida ou extinguindo-se a mesma, no caso da transferência da totalidade do 
patrimônio líquido, nos termos do art. 229 da Lei 6.404/76. A cisão pode ser total ou parcial, 
sendo que na cisão total ocorre a extinção da empresa cindida, enquanto na parcial a 
personalidade jurídica da empresa cindida não é afetada. 
 
Figura 3: Cisão Total
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Cisão Parcial 
 
A cisão, por sua vez, é a operação pela qual a sociedade transfere todo ou somente uma 
parcela do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já 
existentes, extinguindo-se a sociedade cindida – se houver versão de todo seu patrimônio – ou 
dividindo-se o seu capital, se a versão for parcial. 
 
Ágio e Deságio 
O ágio e outros ativos intangíveis com prazo de vida útil indefinida não são amortizados. 
Devem ter seu valor de recuperação avaliados anualmente, e também quando houver uma 
indicação de que o valor contábil do ativo não será recuperado pela entidade ao longo do 
exercício social. Sempre que o valor de recuperação do ágio ou de qualquer outro ativo for inferior 
ao valor contábil, uma perda deve ser reconhecida no resultado do exercício. 
Com as recentes mudanças introduzidas nas regras contábeis no Brasil, o ágio a ser 
reconhecido pelo adquirente na data de aquisição corresponde ao montante que excede a 
contraprestação transferida para a aquisição do investimento e o valor do acervo líquido da 
adquirida (ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos) avaliado a valor justo – até 
então, o ágio correspondia ao valor pago pelo investimento menos o valor do patrimônio líquido 
da investida. Com base nestas novas regras, o ágio reconhecido pela empresa investidora 
decorrente da aquisição de participação societária avaliada pelo MEP poderá ser excluído nas 
apurações de IRPJ e CSLL no período mínimo de cinco anos após o evento de incorporação, fusão 
ou cisão. 
 
Incorporação reversa e empresa veículo 
A incorporação reversa surgiu como forma de incentivo aos movimentos de privatização de 
empresas estatais surgidos na década de 90, principalmente após a promulgação da Lei 
9.532/1997. 
 
 
 
Esse incentivo baseava-se, fundamentalmente, na permissão da dedutibilidade na base de 
cálculo do imposto de renda da pessoa jurídica e da contribuição social sobre o lucro do valor do 
ágio proveniente de reestruturação societária. 
A chamada "incorporação reversa" fica evidente ao analisarmos os arts. 7º e 8º da Lei nº 
9.532/1997 , mais especificamente o art. 8º, alínea "b", a seguir reproduzido: 
Art. 8º O disposto no artigo anterior aplica-se, inclusive, quando: 
[...] 
b) a empresa incorporada, fusionada ou cindida for aquela que detinha a propriedade da 
participação societária. 
Este dispositivo permite, na prática, que a empresa controlada incorpore a controladora. 
Na incorporação reversa normalmente surge a figura da empresa veículo, que na prática é 
o instrumento facilitador da operação. A incorporadora, que possui participação acionária 
adquirida com ágio, tem seu patrimônio incorporado pela controlada, proporcionando a 
dedutibilidade desse ágio na apuração do imposto de renda da pessoa jurídica e da contribuição 
social. Em outras palavras, tal incentivo foi criado com o objetivo de proporcionar a recuperação 
do custo de aquisição por meio de renúncia fiscal proporcionada pela amortização, o que significa 
dizer que o ágio gerado em operações de privatização poderia ser aproveitado nas próprias 
empresas privatizadas, com o lucro por elas gerado. 
Sendo assim, esta aula tem como objetivos: 
 Entender as reorganizações societárias e seus efeitos tributários. 
 Compreender as figuras decorrentes das reorganizações societárias e suas particularidades. 
 
 
 
 
SÍNTESE DA AULA 
Nesta aula: 
 Você conheceu os tipos de reorganizações societárias. 
 Compreendeu as figuras decorrentes das reorganizações societárias e suas 
particularidades. 
 Aplicou o conhecimento adquirido 
 Analisou o surgimento do ágio e da mais ou menos-valia. 
 
 
 
 
Pergunta 1: A fusão é a operação na qual: 
 Opção a: a sociedade transfere todo ou somente uma parcela de seu patrimônio para sociedades, 
constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a sociedade cindida – se houver versão de 
todo seu patrimônio – ou dividindo-se o seu capital, se a versão for parcial 
 Opção b: uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e 
obrigações. Desaparecem as sociedades incorporadoras, permancendo apenas a incorporada. 
 Opção c: se unem duas ou mais sociedades para formar uma nova, extinguindo-se todas as anteriores 
e com a nova sociedade assumindo todas as obrigações ativas e passivas das sociedades fusionadas. 
 Opção d: se unem duas ou mais sociedades para formar uma nova, extinguindo-se todas as anteriores 
e com a nova sociedade não assumindo as obrigações ativas e passivas das sociedades fusionadas. 
 Opção e: nenhuma das alternativas está correta. 
Gabarito: C 
Feedback: se unem duas ou mais sociedades para formar uma nova, extinguindo-se todas as anteriores e 
com a nova sociedade assumindo todas as obrigações ativas e passivas das sociedades fusionadas. 
 
Pergunta 2: A incorporação é a operação na qual: 
 Opção a: a sociedade

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