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AULA 1 PROCESSUAL CIVIL 1

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PROCESSO CIVIL I 
CCJ 0035 – 2019.1 
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PROCESSO CIVIL I 
CCJ 0035 – 2019.1 
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PROCESSO CIVIL I 
CCJ 0035 – 2019.1 
III regulando os procedimentos especiais. Observa-se, assim, que processo e procedimento são conceitos distintos. 
O QUE É PROCESSO? 
 Na primavera de 1949, em curso realizado na Faculdade de Direito de Paris, o catedrático da Faculdade de Direito de Montevidéu e presidente do Colégio de Advogados do Uruguai, Eduardo J. Couture, na terceira conferência, cujo tema foi “o processo”, faz-nos a seguinte pergunta: “que é o processo?” E ele próprio responde: 
“O processo é, em si mesmo, um método de debate. Nele participam elementos humanos: juízes, auxiliares, partes, testemunhas, peritos, etc. os quais agem segundo certas formalidades preestabelecidas na lei. Essas formalidades regulam a produção de atos jurídicos processuais, isto é, atos humanos dirigidos pela vontade jurídica. 
Por sua vez, esses atos se registram em documentos emanados das partes, dos juízes e de seus auxiliares. Daqui deriva a circunstância de que o processo é, indistintamente, o conjunto de atos e os autos (dossier, expediente) no qual esses atos ficam registrados. O s documentos do processo representam – ou seja, apresentam de novo, a vontade jurídica processual. 
As formalidades processuais variam no tempo e no es paço, quer sob o ponto de vista do método escrito ou oral adotado: quer sob o ponto de vista do princípio inquisitório ou dispositivo: que r sob o ponto de vista da natureza pública ou privada do processo; etc. Mas, nessas formalidades, variáveis no tempo e no espaço, o que constitui a estrutura do processo é a ordem dialética. O processo judicial e o processo dialético aparecem, portanto, ante nós, unidos por um vínculo profundo. Chegase à verdade por oposições e refutações; por teses, por antítese s e por sínteses. 
A justiça se serve da dialética porque o princípio da contradição é o que permite, por confrontação dos opostos, chegar à verdade.” [1: OUTURE. Eduardo J. Introdução ao estudo do processo civil. 3ª ed., Rio de Janeiro: Forense, 1995, p. 43. ]
É o processo, portanto, um método ou sistema utilizado pelos órgãos da jurisdição para a declaração e aplicação do direito. 
PARA QUE SERVE O PROCESSO DE CONHECIMENTO E PARA QUE SERVE O PROCESSO DE EXECUÇÃO? 
 Se a pretensão da parte é que o juiz declare o seu direito, o processo a ser utilizado será o de conhecimento, cujo procedimento pode ser especial ou comum. Caso, porém, a pretensão consista na satisfação de um direito já declarado, valer-se-á do processo de execução, que adotará procedimentos diversos caso a execução seja para entrega de coisa ou de obrigação de fazer. 
	PROCESSO DE CONHECIMENTO 
	Visa declarar de quem é o direito 
	PROCESSO DE 
EXECUÇÃO 
	Visa a satisfação do direito já declarado no título executivo 
(judicial ou extrajudicial) 
 
Por isso, Humberto Theodoro Júnior ensina que o “processo é o método , isto é, o sistema de compor a lide em juízo através de uma relação jurídica vinculativa de direito público, enquanto procedimento é a forma material com que o processo se realiza em cada caso concreto.” [2: THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. Rio de Janeiro: Forense, 1996, p. 43. ]
O processualista capixaba, internacionalmente conhecido, Sérgio Bermudes, citando o processualista paulista do início do século XX, João Mendes de Almeida Júnior, afirma: 
“O sufixo nominal mentum é derivado do grego menos , que significa princípio de movimento, vida, força vital, e to , que é uma partícula expletiva. Como sufixo nominal, exprime o ato em seu modo de fazer e na forma em que é feito, isto é exprime o ato regularmente formalizado”.(...) 
QUAL A DIFERENÇA ENTRE PROCESSO E PROCEDIMENTO? 
A diferença entre processo e procedimento está em que o processo é o conjunto de todos os atos constitutivos da relação jurídica destinada ao exercício da jurisdição (noção estática) ao passo que o procedimento é a ordem ou a maneira de se sucederem os atos processuais (ideia dinâmica). [3: BERMUDES, Sérgio. Introdução ao processo civil. Rio de Janeiro: Forense, 1996, p. 130. ]
Diante das lições supra, resta-nos apenas concluir dizendo que o procedimento é o modo de ser do processo. 
COMO IDENTIFICAR A AÇÃO A SER PROPOSTA? 
Um dos mais tormentosos problemas que o estudante ou o profissional do direito enfrenta ao ser convocado a por em prática os preceitos teóricos é descobrir, diante de uma questão fática, qual a ação a ser proposta em patrocínio à pretensão da parte. 
Essa questão, contudo, não se constitui em óbice intransponível. Basta ao estudante ou profissional observar um critério seguro e, no nosso entender único, que obterá bom êxito. É o critério da eliminação. 
Segundo preceitua o artigo 2° do Código de Processo Civil, “o processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial ”. Deste modo, para que a parte obtenha a prestação jurisdicional deverá valer-se da ação. Contudo, não basta ao interessado requerer a tutela jurisdicional, ele deverá requerê-la nos casos e forma legais. 
 A única forma de provocar a atividade jurisdicional, no processo civil, é a petição inicial, cujos requisitos estão enumerados no artigo 319 do CPC. Realizada a leitura daquele dispositivo verifica-se que a lei processual não exige da parte que indique o nome da ação a ser ajuizada. 
Como visto, o ajuizamento da ação correta se prende ao procedimento a ser adotado, que não pode variar segundo a discricionariedade do interessado, que está obrigado a adequar a sua pretensão ao procedimento que lhe propicie o resultado pretendido. 
Em razão dos tipos de processo são classificadas as ações. Assim temos ações de conhecimento e ações de execução. 
Temos uma ação de conhecimento quando a pretensão da parte consiste na verificação da existência ou da inexistência de uma relação jurídica. A sentença que é decorrente deste tipo de processo, segundo a lição de Chiovenda, classifica-se em meramente declaratória, constitutiva ou condenatória. 
Quando, porém, já se tem certeza da existência da relação jurídica, que por sua vez, impõe a uma das partes o dever de cumprir uma prestação do tipo dar, fazer ou não fazer, mas o devedor se recusa a realizá-la, temos que nos valer de uma ação executiva. 
O primeiro passo, portanto, para se chegar à correta ação a se ajuizada é verificar que tipo de provimento (de processo) atenderá à pretensão da parte, se o de conhecimento ou o de execução. 
Realizada esta operação inicial, verificará o estudante ou profissional que cada tipo de processo comporta vários tipos de procedimentos, a saber: 
Procedimentos pertinentes ao Processo de Conhecimento 
O processo de conhecimento comporta dois tipos de procedimentos: o procedimento comum e os procedimentos especiais. 
Os procedimentos especiais são assim denominados devido ao tratamento diferenciado que lhes dá o Código de Processo Civil. Buscam atender situações específicas. Estes procedimentos estão enumerados no Título III do Livro I da Parte Especial do CPC. Tudo que não se refere a procedimentos especiais pertencerá ao procedimento comum. 
Uma vez que o método aqui proposto para se chegar à correta ação a ser ajuizada é o da eliminação, tendo sido descoberto que o processo a ser adotado é o de conhecimento cumpre observar se o procedimento será especial. Não o sendo será comum. 
Para melhor entendimento, tomemos por base o seguinte exemplo: “A” adquiriu de “B” cem (100) alqueires de terra ao preço de R$ 2.000,00 (dois mil) o alqueire. Após efetuada a transcrição no registro imobiliário “A” determinou que se fizesse uma nova medição da área, vindo a constatar que esta contém noventa (90) alqueires. 
Para estes casos, o Código Civil Brasileiro, no artigo 1.136, dispõe que o comprador poderá exigir o complemento da área, e não sendo isso possível, reclamar a rescisão do contrato ou o abatimentoproporcional do preço. Mas a dúvida persiste: qual a ação a ser ajuizada? 
Adotando-se o critério supra se verifica que a hipótese é de processo de conhecimento. Assim sendo, primeiro observa-se se há nos procedimentos especiais algum que se adeque à espécie. Constatando que não se trata de nenhum dos procedimentos especiais o procedimento é o comum. 
Mas a dúvida ainda persiste: qual a ação a ser ajuizada? Neste caso o Código de Processo Civil não declina o nome da ação, como o faz nos procedimentos. Coube então à doutrina dizer o nome da ação. 
Se a pretensão da parte for o complemento da área a ação a ser proposta será a “ação ex empto ”, isto é, “a que compete ao comprador para obrigar o vendedor a entregarlhe a coisa vendida, tal como a vendeu, na medida, na quantidade ou no conteúdo determinado no contrato, ou a parte da mesma que deixou de ser entregue”. 
Se, todavia, o que deseja o comprador é o abatimento proporcional do preço da coisa vendida ou a rescisão do contrato, deverá propor ação estimatória ou “quanti minoris ”, que é a “ação que compete ao comprador contra o vendedor, para pedir abatimento proporcional do preço da coisa vendida, quando se verifique haver vícios ou defeitos ocultos que lhe diminuam o valor ou não corresponder à quantidade ou dimensão ao estipulado no contrato”. [4: Ibidem, p. 58. Consta ainda no verbete: “Se a venda de um imóvel se estipular o preço por medida de extensão ou se determinar a respectiva área e esta não corresponder, em qualquer dos casos, às dimensões dadas, o comprador terá direito de exigir o complemento da área e não sendo isso possível, o de reclamar a rescisão do contrato ou abatimento proporcional no preço. Não lhe cabe, porém esse direito se o imóvel foi vendido como coisa certa e discriminada, tendo sido apenas enunciativa a referência às suas dimensões. (Cód. Civil, art. 1.136).” ]
 A esta altura o leitor deve estar fazendo a seguinte afirmação: esse critério não soluciona o problema, pois inúmeras são as ações nominadas apenas pela doutrina. Isto, porém, não constitui óbice à solução do problema porque, conforme já afirmamos, a lei processual não exige da parte que indique o nome da ação. Deste modo bastaria ao autor “A” intentar “ação de procedimento comum” em face de “B” ter-lhe vendido o imóvel com área menor que a declarada. 
2. COMPETÊNCIA: CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA. 
 
O QUE É COMPETÊNCIA? 
A jurisdição é a função pública em virtude da qual se determina o direito das partes com o objetivo de dirimir seus conflitos e controvérsias, ou seja, é a atividade de compor a lide. 
Uma vez que não é possível a um juiz ou a um órgão judiciário resolver todos os conflitos, o exercício da jurisdição exige o concurso de vários órgãos. 
A competência é justamente o critério para distribuir entre os vários órgãos judiciários as atribuições relativas ao desempenho da jurisdição. No dizer de Liebman, competência é a quantidade de jurisdição cujo exercício é atribuído a cada órgão ou grupo de órgãos. 
COMO É FEITA A DISTRIBUIÇÃO DA COMPETÊNCIA? 
A distribuição da competência se faz por meio de normas constitucionais, de leis processuais e de organização judiciária. 
3. JURISDIÇÃO INTERNACIONAL EXCLUSIVA E CONCORRENTE. 
 
Em razão da soberania de cada país, há um princípio denominado de princípio da efetividade que preceitua que só deve haver jurisdição até onde o Estado efetivamente consiga executar soberanamente suas sentenças. 
Por meio deste critério, há um conjunto de causas que podem ser propostas tanto no Brasil quanto em Estado estrangeiro e outras cuja competência é exclusiva do Brasil. Temos assim competência exclusiva ou concorrente. 
LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL 
Inicialmente o legislador seleciona algumas espécies de lides que são atribuídas à legislação brasileira (arts. 21 a 25, CPC). Daí resulta o que se chama “competência internacional”. 
A competência da Justiça brasileira, em face dos tribunais estrangeiros, pode ser concorrente (ou cumulativa) ou exclusiva. 
Nos artigos 21 e 22 do CPC estão enumerados os casos em que a ação pode ser ajuizada no Brasil ou no exterior (competência concorrente ou cumulativa). 
No artigo 23 estão listados os casos de competência exclusiva da Justiça Brasileira. 
O artigo 24 resolve o problema da existência simultânea de uma ação no Brasil e outra no estrangeiro envolvendo as mesmas partes, causa de pedir e pedido. 
DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL 
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que: 
- o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; 
- no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; 
- o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. 
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal. 
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: 
I - de alimentos, quando: 
o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; 
o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos; 
- decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil; 
- em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional. 
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: 
- conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; 
- em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; 
- em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. 
Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil. 
Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no 
Brasil. 
Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação. 
§ 1o Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência internacional exclusiva previstas neste Capítulo. 
§ 2o Aplica-se à hipótese do caput o art. 63, §§ 1º a 4º. 
 
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL. DISPOSIÇÕES GERAIS. AUXÍLIO DIRETO. CARTA ROGATÓRIA 
 
O art. 26 do CPC preconiza que a cooperação jurídica internacional será regida por tratado do qual o Brasil seja parte, observados os critérios do respeito às garantias do devido processo legal, da igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, da publicidade processual, da existência de autoridade central para recepção e transmissão dos pedidos de cooperação e da espontaneidade na transmissão de informações. 
O art. 27 do CPC enumera quais atos podem ser solicitados por meio da cooperação jurídica internacional. 
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL 
Seção I 
Disposições Gerais 
Art. 26. A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte e observará: 
- o respeito às garantias do devido processo legal no Estado requerente; 
- a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos processos, assegurando-se assistência judiciária aos necessitados; 
- a publicidade processual, exceto nas hipótesesde sigilo previstas na legislação brasileira ou na do Estado requerente; 
- a existência de autoridade central para recepção e transmissão dos pedidos de cooperação; 
- a espontaneidade na transmissão de informações a autoridades estrangeiras. § 1o Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomática. 
§ 2o Não se exigirá a reciprocidade referida no § 1o para homologação de sentença estrangeira. 
§ 3o Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de atos que contrariem ou que produzam resultados incompatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro. 
§ 4o O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central na ausência de designação específica. 
Art. 27. A cooperação jurídica internacional terá por objeto: 
- citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial; 
- colheita de provas e obtenção de informações; 
- homologação e cumprimento de decisão; 
- concessão de medida judicial de urgência; 
- assistência jurídica internacional; 
- qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira. 
QUAIS SÃO AS MODALIDADES DE COOPERAÇÃO INTERNACIONAL? 
 	 
PROCESSO CIVIL I 
CCJ 0035 – 2019.1 
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A cooperação jurídica internacional pode ser ativa (se o Brasil requer a prática de determinado ato a algum Estado estrangeiro) ou passiva (quando a autoridade estrangeira solicita a realização de ato em território nacional). 
DE QUAIS MODOS PODE SER REALIZADA A COOPERAÇÃO INTERNACIONAL? 
A cooperação jurídica internacional pode ser realizada por meio de auxílio direto ou por meio de carta rogatória. 
QUANDO É CABÍVEL AUXÍLIO DIRETO? 
O auxílio direto é cabível quando a medida pretendida decorrer de ato decisório de autoridade estrangeira não submetido a juízo de delibação no Brasil (art. 28 do CPC), isto é, decisão que, segundo a lei interna nacional, não dependa de homologação pela justiça brasileira. Se houver necessidade de juízo de delibação a cooperação só ocorrerá pelas vias judiciais previstas para a homologação de sentença estrangeira previstas nos arts. 960 a 965. 
A carta rogatória é o instrumento de cooperação utilizado para a prática de ato como a citação, a intimação, a notificação judicial, a colheita de provas, a obtenção de informações e de cumprimento de decisão interlocutória, sempre que o ato estrangeiro constituir decisão a ser executada no Brasil. Os requisitos formais da carta rogatória são os mesmos da carta precatória (art. 260, CPC). 
Seção II 
Do Auxílio Direto 
Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil. 
Art. 29. A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido. 
Art. 30. Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte, o auxílio direto terá os seguintes objetos: 
- obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico e sobre processos administrativos ou jurisdicionais findos ou em curso; 
- colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de competência exclusiva de autoridade judiciária brasileira; 
- qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira. Art. 31. A autoridade central brasileira comunicar-se-á diretamente com suas congêneres e, se necessário, com outros órgãos estrangeiros responsáveis pela tramitação e pela 11|
 
 
execução de pedidos de cooperação enviados e recebidos pelo Estado brasileiro, respeitadas disposições específicas constantes de tratado. 
Art. 32. No caso de auxílio direto para a prática de atos que, segundo a lei brasileira, não necessitem de prestação jurisdicional, a autoridade central adotará as providências necessárias para seu cumprimento. 
Art. 33. Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central o encaminhará à Advocacia-Geral da União, que requererá em juízo a medida solicitada. 
Parágrafo único. O Ministério Público requererá em juízo a medida solicitada quando for autoridade central. 
Art. 34. Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a medida apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade jurisdicional. Seção III Da Carta Rogatória Art. 35. (VETADO). 
Art. 36. O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal. § 1o A defesa restringir-se-á à discussão quanto ao atendimento dos requisitos para que o pronunciamento judicial estrangeiro produza efeitos no Brasil. 
§ 2o Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do mérito do pronunciamento judicial estrangeiro pela autoridade judiciária brasileira. 
Seção IV 
Disposições Comuns às Seções Anteriores 
Art. 37. O pedido de cooperação jurídica internacional oriundo de autoridade brasileira competente será encaminhado à autoridade central para posterior envio ao Estado requerido para lhe dar andamento. 
Art. 38. O pedido de cooperação oriundo de autoridade brasileira competente e os documentos anexos que o instruem serão encaminhados à autoridade central, acompanhados de tradução para a língua oficial do Estado requerido. 
Art. 39. O pedido passivo de cooperação jurídica internacional será recusado se configurar manifesta ofensa à ordem pública. 
Art. 40. A cooperação jurídica internacional para execução de decisão estrangeira darse-á por meio de carta rogatória ou de ação de homologação de sentença estrangeira, de acordo com o art. 960. 
Art. 41. Considera-se autêntico o documento que instruir pedido de cooperação jurídica internacional, inclusive tradução para a língua portuguesa, quando encaminhado ao Estado brasileiro por meio de autoridade central ou por via diplomática, dispensando-se ajuramentação, autenticação ou qualquer procedimento de legalização. 
Parágrafo único. O disposto no caput não impede, quando necessária, a aplicação pelo Estado brasileiro do princípio da reciprocidade de tratamento. 
 
Questão objetiva: 
1) Segundo o NCPC, compete a autoridade judiciária brasileira: 
ações em que o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no 
Brasil. 
em divórcio, separação judicial ou dissolução da união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. 
conhecer de ações relativas a imóveis situados no exterior; 
em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de inventário e à partilha de bens situados no Brasil e no exterior, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. 
2) A cooperação jurídica internacional terá por objeto: 
colheita de provas e obtenção de informações; 
qualquer medida judicial; 
qualquer medida extrajudicial; 
citação, intimação e apenas notificação judicial. 
Questão discursiva: 
1) Maria, brasileira, casou com Glen, americano. Desde a constância do matrimônio o casal passou a residir no Brasil. Na constância do matrimônio nasceu Peter que se encontra hoje com 5 anos de idade. Ano passado o casal resolveu se divorciar. Glen, então, resolveu voltar para cidade onde nasceu, Santa Bárbara Califórnia. Maria procura você, advogado, desejando que Glen pague alimentos ao filho Peter. Diante do caso em tela questiona-se: 
a) a ação de alimentos propostas por Peter, representado por sua mãe, Maria, em face de Glen, deve ser promovida na Justiça do Brasil? Justifique e fundamente a resposta. 
 
 
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QUESTIONÁRIO 
Como está dividido o CPC/15? 
_____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ 
O que é processo? 
_____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________ 
Para que serve o processo de conhecimento e para que serve o processo de execução? 
______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ 
Qual a diferença entre Processo e Procedimento? 
______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ 
Como identificar a ação a ser proposta? 
______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ 
O que é competência? 
______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
Em quais dispositivos do CPC estão enumerados os casos em que a ação pode ser ajuizada no Brasil ou no exterior (competência concorrente ou cumulativa? ______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
Em qual dispositivo do CPC estão listados os casos de competência exclusiva da Justiça Brasileira? 
______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
A cooperação jurídica internacional terá por objeto a prática de quais atos processuais? 
______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________ 
De quais modos pode ser realizada a cooperação jurídica internacional? 
______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________ 
 
Quando é cabível ou auxílio direto na cooperação jurídica internacional? 
______________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________
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______________________________________________________________________________________

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