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SERVIÇO SOCIAL TCC

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universidade PAULISTA - unip
curso de bacharel em serviço social
trabalho de conclusão de curso
SERVIÇO SOCIAL E SUA ATUAÇÃO NAS MÚLTIPLAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL: Violência doméstica contra a mulher e suas consequências.
Santarém/Pá 
2019
�
universidade PAULISTA - UNIP
curso de bacharel em serviço social
trabalho de conclusão de curso
JOSÉ MONTEIRO FILHO
SERVIÇO SOCIAL E SUA ATUAÇÃO NAS MÚLTIPLAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL: Violência doméstica contra a mulher e suas consequências.
Trabalho apresentado como requisito parcial para a Conclusão do Curso de Bacharelado em Serviço Social da Universidade Paulista - UNIP. Sob orientação da orientadora Professora Alice Vasconcelos.
DEDICATÓRIA
Agradeço a Deus, por ser extremamente paciente e piedoso comigo Aos meus familiares que foram companheiros em todas as horas me dando força para continuar em momentos difíceis. 
AGRADECIMENTOS
A Professora Alice Vasconcelos, Orientadora, braço amigo de todas as etapas deste trabalho.
A minha família, pela confiança e motivação.
Aos amigos e colegas, pela força e pela vibração em relação a esta jornada.
Aos professores e colegas de Curso, pois juntos trilhamos uma etapa importante de nossas vidas.
A todos que, com boa intenção, colaboraram para a realização e finalização deste trabalho.
A professora coordenadora de TCC que sempre nos incentivando a fazer o correto e a estudar mais para dar maior qualidade em nosso trabalho. 
EPÍGRAFE
“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência”. 
Provérbios 9.10 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO. .........................................................................................................09
1. - SERVIÇO SOCIAL E SUA ATUAÇÃO NAS MÚLTIPLAS EXPRESSÕES DA QUESTÃO SOCIAL: VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E SUAS CONSEQUÊNCIAS....................................................................................................14
 1.1 - Forma de violência contra a mulher.............................................................16
 1.2 - Consequência física e Psicológica. ............................................................19
 1.3 - Características da violência contra mulher. ................................................23
2.0 - A IMPORTÂNCIA DO CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL PARA OS CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. ...............................................................................................................24 
 2.1 - A atuação do Assistente Social junto às vítimas da violência doméstica contra mulher..............................................................................................................26
 2.2 Caracterização das Mulheres Vitimas de Violência Doméstica e dos agressores atendidos pelo CEVIC .......................................................................39
 2.3 Principais Motivos que as Mulheres Atendidas Apontam como Desencadeadores da Violência ...........................................................................47
 2.3.1 Ciúme ..................................................................................................48
 2.3.2 Negligência no cumprimento das tarefas domésticas ........................49
 2.3.3 Falta de comunicação ........................................................................50
 2.3.4 A utilização do álcool .........................................................................51
 2.4 Fatores Determinantes que Levam as Mulheres a se Sujeitarem à Violência
Doméstica ..........................................................................................................51
 2.5 Intervenção da Categoria do Serviço Social na Prevenção e no Combate à Violência Doméstica Contra a Mulher ...............................................................53
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................60
ANEXOS ..............................................................................................64
�
INTRODUÇÃO 
 A violência doméstica contra mulher ganhou visibilidade, sobretudo pelos movimentos feministas, que denunciaram o poder patriarcal e seus efeitos de opressão dos homens contra as mulheres. Suas ações compreenderam mobilizações sociais em prol da punição exemplar dos agressores; intervenções, como abrigos para mulheres vítimas, grupos de conscientização para mulheres e mais tarde também para agressores; e ainda estudos que comprovaram a alta prevalência da violência contra as mulheres e as severas consequências para a saúde delas. No campo da saúde pública, o tema da violência doméstica contra mulher no espaço privado só ganhou atenção após um percurso que se deu primeiramente pela renovação da perspectiva quanto às diferenças de morbimortalidade entre homens e mulheres, com uso de teorias feministas. Nesse caminho, agora já se defende a ideia de que mulheres e homens, embora de diferentes modos, têm problemas de saúde em razão da violência doméstica contra mulher.
No Brasil, o tema ganhou importância social a partir dos anos 80, quando, segundo Grossi, "vio­lência contra a mulher" tornou-se sinônimo de "violência conjugal". As feministas angariaram, então, principalmente a criação de conselhos municipais e estaduais da mulher por todo o país, bem como as delegacias especializadas em crimes contra a mulher. Na década de 90, os abrigos para as vítimas também surgem como uma política central de combate à problemática. Em 2003, a promulgação da Lei nº 10.778, que estabeleceu a notificação compulsória de casos de violência doméstica contra a mulher, atendidos em serviços de saúde públicos ou privados, foi um passo preciso em direção da maior sensibilização dos profissionais. No ápice dessas conquistas históricas está, em 2006, a promulgação da Lei nº 11.340, a Lei Maria da Penha, que ampliou consideravelmente a visibilidade da problemática. Ela institui penas mais severas para os agressores, a criação de juizados especiais de atenção à "violência familiar e doméstica contra a mulher", bem como programas e centros de atendimentos aos homens agressores, entre outros avanços. Especificamente, sobre homens temos ainda outra lei importante: a 11.489, de 2007, que estabelece o dia 6 de dezembro como Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, reforçando a Campanha Laço Branco, de mesmo tema, trazida do Canadá desde 1999.
A atenção aos homens a partir de uma perspectiva de gênero já vinha se dando desde meados dos anos 80. Só dez anos depois surgiram ações junto ao público masculino, de organizações não governamentais (ONGs) brasileiras e instituições públicas da saúde coletiva no Rio de Janeiro, que sustentadas em perspectivas e movimentos feministas, embora sofrendo resistências destes, vêm discutindo assuntos como saúde sexual e reprodutiva, paternidade, formas de lidar com afetos e emoções e violência entre homens e contra a mulher. Na área da saúde, há um passo ainda mais ousado em 2009: a proposta de criação da Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem, submetida à consulta pública no portal do Ministério da Saúde. As primeiras intervenções específicas junto a homens agressores foram em 1998, em forma de grupos de reflexão, no contexto das ONGs Instituto Papai, do Recife, Instituto Promundo e Instituto Noos, do Rio de Janeiro, além do Centro Especial de Orientação à Mulher Zuzu Angel, de São Gonçalo (RJ). Os centros de reeducação de agressores, projetados na Lei Maria da Penha, já começam a sair do papel – o primeiro, em março de 2009, em Nova Iguaçu (RJ).Vale salientar que se desenvolve desde 2006 um projeto multicêntrico com quatro universidades federais brasileiras com o objetivo principal de delinear um modelo de atendimento psicossocial a homens autores de violência numa "perspectiva crítica".
Já no universo acadêmico brasileiro, as pesquisas sobre violência vêm crescendo enormemente, desde os anos 90, de início e majoritariamente bem atreladas à perspectiva feminista. No entanto, as pesquisas sobre homens autores de violência atraem um interesse bem menor, apesar do no âmbito internacional estarem despontando desde a década de 1980. Em Levantamento Nacional de Pesquisas sobre Violência realizado por Grossi, das 286 publicações apresentadas apenas 7% investigam homens ou masculinidades. A presente pesquisa tem como objetivo problematizar as novas expressões da “questão social” e o papel das famílias na gestão e superação da crise de (mal) bem estar social que se vive hoje no Brasil, buscando refletir sobre as práticas cotidianas desenvolvidas pelos Assistentes Sociais em sua luta na garantia dos direitos democráticos e universais dos cidadãos.
Nos últimos anos, as crises dos padrões produtivos, da gestão do trabalho e as recentes transformações societárias têm repercutido diretamente nas políticas públicas de proteção social. E, nesse quadro a família é redescoberta como agente de proteção social privado de proteção. Para Pereira (2004), a antiga conjunção de circunstâncias favoráveis às conquistas sociais pelas classes não possuidoras, especialmente após a Segunda Grande Guerra, deixou de existir desde meados dos anos 1970. A expansão do consumo de massa, com a ajuda da industrialização, do crescimento das atividades produtivas e da distribuição de bens e serviços, realizada por um Estado garantidor de direitos sociais e trabalhistas, entrou em declínio. Da mesma forma, o compromisso estatal com o pleno emprego (fortalecedor dos sindicatos), com a segurança no trabalho, com a oferta de políticas sociais universais e com a garantia geral de estabelecimento de um patamar mínimo de bem estar, vem se desfazendo a passos largos.
 No período pós década de 1990, em especial, as crises dos sistemas estatais de bem-estar social afetam e ameaçam mais radicalmente as garantias de níveis mínimos de emprego e seus sistemas protetivos, acesso aos direitos assistenciais, à qualidade de saúde pública, educação gratuita como direitos universais. O projeto neoliberal ganhou força e priorizaram ações como as de privatização do Estado, internacionalização da economia, desproteção social, sucateamento dos serviços públicos, concentração da riqueza e aumento da pobreza e indigência. Nas palavras de Netto (2006), isso acontece em nome da racionalização, da modernidade, dos valores do Primeiro Mundo etc., vem promovendo (ao arrepio da Constituição de 1988), a liquidação de direitos sociais (denunciados como ‘privilégios’), a privatização do Estado, o sucateamento dos serviços públicos e a implementação sistemática de uma política macroeconômica que penaliza a massa da população. Vivenciamos, assim, um quadro de retração e liquidação dos direitos sociais dos cidadãos, ocasionando no aumento do número de indivíduos, famílias e comunidades que vivem em condições precárias por causa da grande desigualdade social e da redução da qualidade de vida. Com isso, temos o crescimento das desigualdades dos direitos básicos civis, políticas e sociais de massa significativa da sociedade brasileira. Deste modo, no atual contexto de retração dos direitos cidadãos, principalmente dos direitos sociais, outros atores, dentre eles, indivíduos, a família e a comunidade são chamados a intervir e são responsabilizados por todos os problemas que estão fora da ação do estado. 
Segundo IAMAMOTO, “a contrapartida tem sido a difusão da ideia liberal de que o ‘bem-estar social’ pertence ao foro dos indivíduos, famílias e comunidades” (2006, p.3). Assim, a privatização dos sistemas de proteção social e a responsabilização das famílias tornam-se fato. E é neste cenário, que a família é (e sempre esteve) compreendida como instância de gestão e superação da crise de (mal) bem-estar social que se vive hoje nos países desenvolvidos ou em desenvolvimento. A família, além de assumir suas tradicionais atribuições na sociedade, torna-se responsável por promover cuidados e serviços que deveriam ser ofertados pelo estado de bem estar social.
I – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA MULHER E SUAS CONSEQUÊNCIAS.
A violência psicológica se caracteriza por comportamentos sistemáticos que seguem um padrão específico, objetivando obter, manter e exercer controle sobre a mulher. Tem início com as tensões normais dos relacionamentos, provocadas pelos empregos, preocupações financeiras, hábitos irritantes e meras diferenças de opinião. Nestes tipos de relacionamentos, as tensões aumentam, começando então uma série de agressões psicológicas, até chegarem às vias de fato. Em contrapartida, nos relacionamentos não violentos, as pessoas discutem sobre as tensões ou as ignoram, e estas tendem a diminuir (MILLER, 1999).
A autora citada considera que as interações violentas de um casal estão vinculadas ao aumento de tensão nas relações de poder estabelecidas e que a relação de dominação e subordinação necessita ser confirmada. A situação de violência pode ser, então, uma tentativa de restaurar o poder perdido ou nunca alcançado, ou ainda confirmação da identidade.
Azevedo (1985) apoia-se em Gregori para enunciar dois grandes fatores responsáveis por tais condições de violência: constituem o primeiro os fatores condicionantes, que se referem à opressão perpetrada pelo sistema capitalista, pelo machismo e pela educação diferenciada; o segundo fator é formado pelos precipitantes como álcool e drogas ingeridos pelos agentes nos episódios de violência, além do estresse e cansaço, que podem desencadear o descontrole emocional e os atos agressivos.
Segundo Miller (1999), por mais que a sociedade estabeleça estereótipos para o homem agressivo – como rude, de classe social inferior, grosseiro, valentão na aparência e nas atitudes – não há um perfil único. Assim, um homem que em sociedade pode parecer acima de qualquer suspeita, pode, muito bem, ser um agressor na relação conjugal. Miller (1999) cita ainda a lista de características que os distinguem, elaborada por Boyd e Klingbeil, que incluem, dentre outras, pessoas com fraco controle do impulso, apresentando necessidade de satisfação imediata e insaciáveis necessidades do ego; dependência emocional; frequentes quadros de estresse, mas, geralmente, bem dissimulados; baixa autoestima; ciúmes excessivos, que os levam a uma vigilância demasiada da parceira e repetidas promessas de mudança.
Estas constantes promessas de mudança dão à violência um caráter cíclico, traduzido por momentos intercalados de agressões e amor, fato que contribui para que a mulher permaneça durante anos vivenciando uma relação violenta. Por esta razão, é importante que a mulher conheça as especificidades do ciclo em que está envolvida, a fim de encontrar meios de sair da situação (MILLER, 1999).
Walker (1979 apud AGUIAR, 2002) aponta três fases distintas, constituintes do ciclo da violência, as quais variam tanto em intensidade como no tempo, para o mesmo casal e entre diferentes casais, não aparecendo, necessariamente, em todos os relacionamentos. A primeira fase é de construção, em que ocorrem incidentes verbais e espancamentos em menor escala, como chutes e empurrões. Nesse momento, as vítimas, usualmente, tentam acalmar o agressor, aceitando a responsabilidade pelos problemas dele, esperando, com isso, ganhar algum controle sobre a situação e mudar seu comportamento. A segunda fase é caracterizada por uma incontrolável descarga de tensão, sendo a mulher espancada, independente de seu comportamento diante do homem, que utiliza armas e objetos para agredi-la. Já a terceira fase corresponde a uma temporária reconciliação, que é marcada por um extremo amore comportamento gentil do agressor, que tem consciência de ter exagerado em suas ações e, subsumindo-se no arrependimento, pede perdão, prometendo controlar sua raiva e não feri-la novamente.
 1.1 - Formas de violência contra a mulher.
Quanto às formas de violência contra a mulher, as mais comuns são a física, que é o ato de provocar lesões corporais possivelmente diagnosticáveis, tais como cutâneas, neurológicas, oculares e ósseas, provocadas por queimaduras, mordidas, tapas, espancamentos, ou qualquer ação que ponha em risco a integridade física da mulher. Outra forma de violência praticada contra a mulher é a sexual, que corresponde a qualquer forma de atividade e prática sexual sem seu consentimento, com uso de força, intimidações, chantagens, manipulações, ameaças ou qualquer outro mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal, como, por exemplo, forçar a prática de atos sexuais que lhe desagradem ou criticar seu desempenho sexual, e até obrigá-la a ter relações sexuais com outras pessoas. 
A violência emocional ou psicológica é evidenciada pelo prejuízo à competência emocional da mulher, expresso através da tentativa de controlar suas ações, crenças e decisões, por meio de intimidação, manipulação, ameaças dirigidas a ela ou a seus filhos, humilhação, isolamento, rejeição, exploração e agressão verbal. Sendo assim, é considerado violento todo ato que cause danos à saúde psicológica, à autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal, como por exemplo, negar carinho, impedi-la de trabalhar, ter amizades ou sair de casa. São atos de hostilidade e agressividade que podem influenciar na motivação, na autoimagem e na autoestima feminina.
Outro tipo de violência é a patrimonial, que resulta em danos, perdas, subtração ou retenção de objetos, documentos pessoais, bens e valores da mulher. Esta forma de violência pode ser visualizada através de situações como quebrar móveis ou eletrodomésticos, rasgar roupas e documentos, ferir ou matar animais de estimação, tomar imóveis e dinheiro, ou, até, não pagar pensão alimentícia. No que se refere à violência psicológica, o isolamento é uma de suas principais formas de manifestação. Nesta prática, o homem busca, através de ações que enfraqueçam sua rede de apoio, afastar a mulher de seu convívio social, proibindo-a de manter relacionamentos com familiares e amigos, trabalhar ou estudar. O objetivo primário do isolamento social é o controle absoluto da mulher, já que, ao restringir seu contato com o mundo externo, ela dependerá ainda mais de seu parceiro, tornando-se submissa a ele. As primeiras tentativas do homem para efetuar o isolamento da mulher se dão por meio da manipulação, arranjando situações como, por exemplo, marcar outros compromissos para impedi-la de ir a reuniões familiares ou de amigos, ou por meio de acusações de não estar cuidando bem da casa ou dos filhos. Quando a manipulação não funciona, o agressor recorre ao despotismo, dando ordens expressas do que ela deve ou não fazer e, por fim, apela para a intimidação, ameaçando espancá-la, quebrar seus pertences ou matá-la.
Os períodos em que estão longe do marido são aqueles considerados de maior tranquilidade para a mulher, e são proporcionados, geralmente, por seu emprego, ou quando ele sai para trabalhar. O trabalho, para muitas mulheres, constitui-se em uma válvula de escape. Nele ela se sente importante e respeitada. Para aquelas que exercem apenas a função de dona-de-casa, a saída do parceiro representa momentos de liberdade, nos quais ela poderá assistir a seus programas preferidos, falar com amigos ao telefone e fazer suas atividades sem maiores cobranças. Esta tranquilidade, no entanto, acaba antes mesmo do marido retornar, já que a tensão se inicia até mesmo com a lembrança, com a expectativa de sua chegada. A partir do momento de sua chegada, a casa passa a girar em torno das vontades dele. Quando há uma dependência financeira da mulher em relação ao homem, seja pelo fato de ter se submetido à proibição de trabalhar imposta por ele, ou mesmo pela dificuldade ou comodidade de não ter um emprego, esta se torna obrigada a recorrer ao marido, sempre que necessitar de dinheiro, situação que favorece a violência, pois, em muitos casos, o homem utiliza seu poder econômico como forma de ameaçá-la e humilhá-la. Asseverava o jurista baiano Gomes (1981, p.9): “Enquanto a mulher permaneceu sob a total dependência do homem, aceitou sua dominação absoluta.”
 Ressalta-se que a violência psicológica, através de ameaças, é dirigida tanto à mulher como a outros membros da família, fazendo-se por meio de promessas de agressões e gestos intimidativos. Uma característica comum àqueles que praticam este tipo de violência é a habilidade de encontrar o ponto fraco da mulher, que, em muitos casos, são os filhos, utilizando-os como alvo todas as vezes que desejar feri-la.
A violência física, em toda sua enormidade e horror, não é mais um segredo. Porém, a psicológica, em função de não envolver danos físicos ou ferimentos corporais, ainda se mantém num canto escuro do armário, para onde poucos querem olhar. Apenas muito recentemente, nota-se um movimento em direção à conscientização e reação por parte de algumas mulheres, confrontando esta modalidade sutil de violência perpetrada pelos homens com a conivência da sociedade machista.
 1.2 - Consequência física e Psicológica. 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a violência doméstica contra a mulher como uma questão de saúde pública, que afeta negativamente a integridade física e emocional da vítima, seu senso de segurança, configurada por círculo vicioso de “idas e vindas” aos serviços de saúde e o consequente aumento com os gastos neste âmbito (GROSSI, 1996).
Cada tipo de violência gera, segundo Kashani e Allan (1998), prejuízos nas esferas do desenvolvimento físico, cognitivo, social, moral, emocional ou afetivo. As manifestações físicas da violência podem ser agudas, como as inflamações, contusões, hematomas, ou crônicas, deixando sequelas para toda a vida, como as limitações no movimento motor, traumatismos, a instalação de deficiências físicas, entre outras.
Os sintomas psicológicos frequentemente encontrados em vítimas de violência doméstica são: insônia, pesadelos, falta de concentração, irritabilidade, falta de apetite, e até o aparecimento de sérios problemas mentais como a depressão, ansiedade, síndrome do pânico, estresse pós-traumático, além de comportamentos autodestrutivos, como o uso de álcool e drogas, ou mesmo tentativas de suicídio (KASHANI; ALLAN, 1998).
Objetivando compreender a interface entre tais aspectos teóricos e sua realidade no âmbito social, iniciou-se a segunda etapa desta pesquisa, caracterizada pela realização de 25 entrevistas com mulheres vítimas de violência doméstica, de faixa etária entre 18 e 55 anos. Quanto à escolaridade destas mulheres, 84% não chegaram a concluir o Ensino Médio. No tocante à situação conjugal, 72% já estavam separadas de seus parceiros no momento da pesquisa.
Um percentual de 96% das entrevistadas relataram sofrer algum tipo de consequência decorrente da situação de violência. Dentre estas, o aumento da pressão arterial, dores no corpo, principalmente de cabeça, e dificuldades para dormir, foram os sintomas físicos mais relatados, correspondendo a um total de 66,6%. Em alguns casos, a presença de algum, ou até mais de um, desses sintomas contribuiu para a procura de acompanhamento médico.
Um grande número de mulheres, que corresponde a um total de 41,6%, relatou como principal consequência psicológica decorrente da violência sofrida, o sentimento de tristeza, que influencia no cumprimento de suas atividades. Muitas afirmaram sentir menos vontade de exercer seus afazeres diários, desejo de chorar frequentemente, além de querer consumir bebidas alcoólicas mais do que o habitual.
Vivo triste, não me dá vontade de fazer nada. Antes eu vivia arrumada. Estou em ponto de ter um derrame, tenho mais vontade de beber. (38 anos, 7ªsérie, 2 anos de convivência, separada). Estados de ansiedade, estresse e agressividade também foram mencionados por 16,6% das entrevistadas, que admitiram estar mais nervosas e impacientes com amigos, familiares e até mesmo com os filhos.
Fiquei mais agressiva com meus colegas de trabalho, com meus irmãos, com meus pais, porque eu achava que todos iam agir igual. (25 anos, 2º incompleto, 9 anos de convivência, separada). 
A insegurança foi uma característica encontrada nas falas de 12,5% das vítimas, uma vez que se sentiam indefesas e acuadas, em função de não terem a quem recorrer para obter um apoio nesta situação.
[...] agora estou me sentido acuada, sem saída. Algo tem que acontecer; ele está me ameaçando de morte. Estou vivendo um terrorismo psicológico dentro de casa e isso tem que acabar. É difícil, você acha que não tem ninguém para lhe ajudar. (55 anos, 1º grau incompleto, 35 anos de convivência, casada).
A violência psicológica compromete a saúde mental, ao interferir na crença que a mulher possui sobre sua competência, isto é, sobre a habilidade de utilizar adequadamente seus recursos para o cumprimento das tarefas relevantes em sua vida. A mulher pode apresentar distúrbios na habilidade de se comunicar com os outros, de reconhecer e comprometer-se, de forma realista, com os desafios encontrados, além de desenvolver sentimento de insegurança concernente às decisões a serem tomadas. Ocorrências expressivas de alterações psíquicas podem surgir em função do trauma, entre elas, o estado de choque, que ocorre imediatamente após a agressão, permanecendo por várias horas ou dias (BRASIL, 2001).
Para tentar suportar essa realidade, a mulher precisa abdicar não somente de seus sentimentos, mas também de sua vontade. Com isso, ela passa a desenvolver uma auto percepção de incapacidade, inutilidade e baixa autoestima pela perda da valorização de si mesma e do amor próprio (MILLER, 1999).
Me sinto incapaz, impotente, não tenho reação para nada. (19 anos, 2º grau incompleto, 1 ano e seis meses de convivência, separada). Viver em um estado de constante medo foi uma experiência relatada por 12,5% das mulheres entrevistadas, que, constantemente, imaginam o momento em que seu parceiro poderá voltar a agredi-la, deixando, até mesmo, de desfrutar de seus instantes de lazer, como sair com amigos e receber familiares, pois tudo isto pode soar como provocação e consequente retorno às agressões. 
Eu não tenho mais sossego. Eu trabalho mal, fico assustada em casa, na rua. Quando saio do trabalho, não me sinto mais bem, tenho medo de encontrar ele qualquer hora (44 anos, 4ª série, 11 anos de convivência, separada).
Cabe ressaltar que nenhum dos sintomas referidos pelas entrevistadas ocorreu de forma isolada. As mulheres chegaram a afirmar que o fato de vivenciarem uma relação violenta favoreceu o surgimento concomitante de diferentes danos físicos e psíquicos. 
 1.3 Características da violência contra mulher.
A violência psicológica se caracteriza por comportamentos sistemáticos que seguem um padrão específico, objetivando obter, manter e exercer controle sobre a mulher. Tem início com as tensões normais dos relacionamentos, provocadas pelos empregos, preocupações financeiras, hábitos irritantes e meras diferenças de opinião. Nestes tipos de relacionamentos, as tensões aumentam, começando então uma série de agressões psicológicas, até chegarem às vias de fato. Em contrapartida, nos relacionamentos não violentos, as pessoas discutem sobre as tensões ou as ignoram, e estas tendem a diminuir (MILLER, 1999).
A autora citada considera que as interações violentas de um casal estão vinculadas ao aumento de tensão nas relações de poder estabelecidas e que a relação de dominação e subordinação necessita ser confirmada. A situação de violência pode ser, então, uma tentativa de restaurar o poder perdido ou nunca alcançado, ou ainda confirmação da identidade.
Azevedo (1985) apóia-se em Gregori para enunciar dois grandes fatores responsáveis por tais condições de violência: constituem o primeiro os fatores condicionantes, que se referem à opressão perpetrada pelo sistema capitalista, pelo machismo e pela educação diferenciada; o segundo fator é formado pelos precipitantes como álcool e drogas ingeridos pelos agentes nos episódios de violência, além do estresse e cansaço, que podem desencadear o descontrole emocional e os atos agressivos.
Segundo Miller (1999), por mais que a sociedade estabeleça estereótipos para o homem agressivo – como rude, de classe social inferior, grosseiro, valentão na aparência e nas atitudes – não há um perfil único. Assim, um homem que em sociedade pode parecer acima de qualquer suspeita, pode, muito bem, ser um agressor na relação conjugal.
Miller (1999) cita ainda a lista de características que os distinguem, elaborada por Boyd e Klingbeil, que incluem, dentre outras, pessoas com fraco controle do impulso, apresentando necessidade de satisfação imediata e insaciáveis necessidades do ego; dependência emocional; frequentes quadros de estresse, mas, geralmente, bem dissimulados; baixa autoestima; ciúmes excessivos, que os levam a uma vigilância demasiada da parceira e repetidas promessas de mudança.
Walker (1979 apud AGUIAR, 2002) aponta três fases distintas, constituintes do ciclo da violência, as quais variam tanto em intensidade como no tempo, para o mesmo casal e entre diferentes casais, não aparecendo, necessariamente, em todos os relacionamentos. A primeira fase é de construção, em que ocorrem incidentes verbais e espancamentos em menor escala, como chutes e empurrões. Nesse momento, as vítimas, usualmente, tentam acalmar o agressor, aceitando a responsabilidade pelos problemas dele, esperando, com isso, ganhar algum controle sobre a situação e mudar seu comportamento. A segunda fase é caracterizada por uma incontrolável descarga de tensão, sendo a mulher espancada, independente de seu comportamento diante do homem, que utiliza armas e objetos para agredi-la. Já a terceira fase corresponde a uma temporária reconciliação, que é marcada por um extremo amor e comportamento gentil do agressor, que tem consciência de ter exagerado em suas ações e, subsumindo-se no arrependimento, pede perdão, prometendo controlar sua raiva e não feri-la novamente.
A IMPORTÂNCIA DO CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL PARA OS CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.
 O Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS - constitui-se numa unidade pública e estatal onde se ofertam serviços especializados e continuados as famílias e indivíduos nas diversas situações de violação de direitos. Como unidade de referência deve promover a integração de esforços, recursos e meios para enfrentar a dispersão dos serviços e potencializar ações para os usuários, onde é de fundamental importância articular os serviços de média complexidade e operar a referência e a contra referência com a rede de serviços sócio assistenciais da proteção social básica e especial, com as demais políticas públicas e órgãos do Sistema de Garantia de Direitos ao cidadão (MDS, 2011). O objetivo do CREAS é ofertar serviços especializados e continuados que possam contribuir para:
Assegurar proteção social imediata e atendimento interdisciplinar às pessoas em situação de violência visando sua integridade física, mental e social: Fortalecer os vínculos familiares e a capacidade protetiva da família; Fortalecer as redes sociais de apoio da família; Processar a inclusão das famílias no sistema de proteção social e nos serviços públicos, conforme necessidades. Reparar de danos e da incidência de violação de direitos. Prevenir a reincidência de violações de direitos. (MDS, 2011).
O atendimento é prestado no CREAS ou pelo deslocamento de equipes em territórios e domicílios, e os serviços devem funcionar em estreita articulação com o Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e outras Organizações de Defesa de Direitos. É articulado ainda aosdemais serviços sócios assistenciais e outras políticas públicas no intuito de estruturar uma rede efetiva de proteção social.
As mulheres violentadas o atendimento no CREAS é feito através de acompanhamento a ela e aos seus filhos, visando à garantia dos direitos, prevenção e enfrentamento da violência. O CREAS também tem como objetivo contribuir com ações de prevenção, atendimento integral e humanizado às mulheres em situação de violência; bem como com a articulação entre o Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
 2.1 - A atuação do Assistente Social junto às vítimas da violência doméstica contra mulher. 
Desde a origem da profissão do Serviço social se observa que tanto o profissional quanto as conquistas dos movimentos feministas caminham juntos na busca de melhorias para as condições de vidas das mulheres sempre priorizando seu valor na sociedade, onde aos poucos foram conquistando seu espaço. É nesta linha de pensamento que até hoje os Assistentes Sociais trilham sua atuação e cada vez mais se atualizando frente às transformações da sociedade.
Diante disto a entrevista realizada com a Assistente Social do CREAS essa informou que em relação à violência contra a mulher o profissional orienta, discute estratégias e encaminhando as mulheres para onde possam receber atendimento eficiente e ter os seus direitos garantidos. O assistente social utiliza alguns instrumentos técnicos para uma melhor avaliação dos casos de violência contra a mulher. Pode-se citar a entrevista, que é feita com a mulher vítima da violência, onde se desenvolve através do processo de escuta e observação, sempre priorizando a atenção aos sentimentos expressos pela mulher. Também a visita domiciliar é utilizado para conhecer a realidade da qual a mulher vive. A reunião com grupos de mulheres que sofrem violência tem contribuído muito para retirá-las do processo de angústia e baixa estima onde elas acabam sendo inseridas depois da violência sofrida. A troca de informações entre elas é fundamental para a fortificação dos sentimentos e encorajamento para levarem adiante as denúncias.
As mulheres que estão em situação de violência doméstica contra mulher devem ter prioridades nos critérios de seleção para ela e seus filhos, devido à situação de vulnerabilidade social. É importante destacar que as melhorias na qualidade dos serviços oferecidos as mulheres em situação de violência bem como mudanças na legislação, a criação de novas leis que atendam a essa dificuldade, as campanhas, eventos, seminários e passeatas destinadas à defesa da mulher, tudo isso fez com que sensibilizasse a sociedade nesta luta pelos direitos das mulheres, contribuindo muito para as vitórias já alcançadas. 
Segundo Sarmento:
[..] o assistente social entra em contato com um cliente ele estabelece uma dada relação, a qual é sempre consequência das relações sociais de produção. O relacionamento é esta ação profissional intencional na relação, isto é, processo de mediação de relações sociais [...] (1994:264).
Os grandes desafios enfrentados pelo profissional são de auxiliar a vitima de violência doméstica contra mulher na questão de abrigá-la em local seguro no primeiro momento da violência ocorrida, logo após garantir que levando em frente o boletim ocorrência não mais sofrerá agressões. Outro desafio é a independência emocional e financeira que a vítima tem com o agressor, fazendo com que a mesma fique acorrentada ao sendo sujeitada a constantes humilhações. Sem este porto seguro a vítima volta para a mesma condição de vida, pois não tem nenhuma garantia de que estará segura ou que possa garantir segurança aos filhos.
CRONOGRAMA
	ETAPAS
	2019
	
	FEV
	MAR
	ABR
	MAI
	JUN
	Levantamento bibliográfico
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	Elaboração do pré-projeto
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	Coleta de dados
	
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	Análise dos dados
	
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	Revisão teórica
	
	
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	Elaboração e divulgação
	
	
	
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	Avaliação do projeto
	
	
	
	
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REFERÊNCIAS
AGUIAR, Cristina et al. Guia de serviços de atenção a pessoas em situação de violência. Salvador: Fórum Comunitário de Combate a Violência/Grupo de Trabalho Rede de Atenção, 2002.
MILLER, Mary Susan. Feridas invisíveis: abuso não-físico contra mulheres. Tradução Denise Maria Bolanho. São Paulo: Summus, 1999.
AZEVEDO, Maria Amélia. Violência física contra a mulher: dimensão possível da condição feminina, braço forte do machismo, face oculta da família patriarcal ou efeito perverso da educação diferenciada? Mulheres espancadas: a violência denunciada. São Paulo: Cortez, 1985. p. 45-75.
KASHANI, Javad H.; ALLAN, Wesley D. The impact of family violence on children and adolescents. Thousand Oaks, Ca: Sage,1998.
WALKER, Leonore E.A. The battered woman. New York: Harper and How, 1979. 
BRASIL. Lei nº 11.340/2006. Lei Maria da Penha: a luta fazendo a lei. Brasília, 2007.
SARMENTO, Helder Bosca. Instrumentos e Técnicas do Serviço Social. São Paulo: PUC, 1994. Dissertação de Mestrado.

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