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Aula 10 Crescimento e Desenvolvimento

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Aula 10 – Crescimento e Desenvolvimento Econômico
Crescimento Econômico:
É a evolução quantitativa da produção de bens e serviços de uma determinada economia dividida pelo número de indivíduos que formam a população do país, a chamada renda (ou produto) per capita.
O ponto importante a destacar é que pode haver crescimento econômico sem, necessariamente, ocorrer o desenvolvimento econômico. Nesse caso, o crescimento estaria acontecendo, mas sem promover mudanças nos processos de produção e na distribuição da renda que levassem a uma maior inclusão social e redução das desigualdades de renda e riqueza.
Como acontece o crescimento da produção no longo prazo?
A teoria econômica inicia essa explicação apresentando uma função de produção agregada, que pode ser representada da seguinte fórmula:
Y = f (K, L, T)
Onde:
K – estoque de capital
L – quantidade de mão de obra
T – conhecimento tecnológico disponível
O estoque de capital (K) representa a capacidade produtiva de uma economia, isto é, a quantidade de bens e serviços que ela pode produzir a cada período de tempo. A força de trabalho (L) é determinada pelo crescimento da população. Quanto maior a população, maior a força de trabalho. O nível de conhecimento tecnológico (T) depende de todo progresso técnico disponível até os dias de hoje.
Já sabemos que o crescimento econômico a longo prazo ocorre devido ao aumento contínuo dos fatores de produção: capital, trabalho e tecnologia. Agora, vamos entender o que é desenvolvimento econômico.
Desenvolvimento Econômico:
O desenvolvimento econômico vai além de um aumento na quantidade de bens e serviços produzidos, em temos absolutos ou per capita, em um determinado período. Portanto, na análise do desenvolvimento econômico, incluem-se as mudanças de caráter quantitativo e qualitativo.
De acordo com Gremaud (op.cit. 2006), para ocorrer o desenvolvimento econômico devemos observar se o crescimento econômico, que acontece ao longo do tempo, está provendo:
Crescimento do produto por habitante;
Redução dos níveis de pobreza, desemprego e desigualdade social;
Melhoria nas condições de vida, tais como: saúde, nutrição, educação, moradia e transporte.
Assim, para analisar o desenvolvimento de um país é necessário obter não só indicadores de crescimento econômico, como a taxa de crescimento do PIB e do PIB per capita, mas por outros indicadores que reflitam mudanças na qualidade de vida da população de uma economia, os principais indicadores sociais atualmente são o índice de Gini e o índice de desenvolvimento humano (IDH).
Índice de Gini:
É o instrumento comumente utilizado para medir o grau de concentração de renda de um país. Por meio dele, é possível comparar os diferentes graus de concentração de renda entre países.
O índice de Gini mostra a diferença entre a renda dos mais pobres e dos mais ricos de um mesmo país, e varia em uma escala de zero a 1. O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. O valor 1 está no extremo oposto, isto é, uma só pessoa detém toda riqueza. Dessa forma, quanto mais próximo de zero menor será a concentração de renda e desigualdade.
E quanto mais próximo da unidade, maior será a concentração de renda, mostrando que tal nação tem uma desigualdade de renda muito elevada. Quando um país se encontra nesse último cenário, a maior parte da população recebe a menor parte da renda. Veja o gráfico a seguir com a evolução do índice de Gini ao longo dos anos na sociedade brasileira.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH):
Unindo-se o conceito de produto per capita com indicadores sociais, tenta-se avaliar o bem-estar de uma população, ou o seu grau de desenvolvimento social.
A ONU criou um índice que agregou alguns indicadores sociais com o produto per capita. Esse índice é o IDH que vem sendo elaborado desde o início da década de 1990 e construído para mais de 170 países.
O IDH é um índice que vai de 0 a 1, e quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido o país é considerado, ele é a média aritmética de três indicadores:
Um indicador de renda (produto interno bruto per capita);
Um indicador que procura captar a saúde da população (longevidade: a expectativa de vida da população ao nascer) e
Um indicador que retrata as condições educacionais no país (uma média ponderada da taxa de alfabetização dos adultos e da matrícula nos ensinos fundamental, médio e superior).
O conceito de desenvolvimento humano difundido pelo PNUD pressupõe um processo de ampliação das escolhas das pessoas, para que tenham capacidade e oportunidade para ser o que desejarem.
Políticas públicas para promover o desenvolvimento
Já foi mostrado que o padrão de vida da sociedade depende de sua capacidade de produzir bens e serviços, e que sua produtividade depende dos fatores de produção: do capital físico, do capital humano, dos recursos naturais e do conhecimento tecnológico.
Mas o que os formuladores de política podem fazer para estimular o aumento do produto por trabalho, que traz efeitos positivos sobre a renda e a contínua melhoria do padrão de vida da sociedade?
Incentivo a Acumulação de Capital:
O incentivo à acumulação de capital produtivo nada mais é do que estimular o investimento na formação de capital fixo. Isso poderia ser feito, por exemplo, com uma política que concedesse vantagens tributárias para a empresa adquirir novo equipamento ou pelo desenvolvimento de um sistema financeiro (concessão de empréstimos bancários em prazos e condições razoáveis).
Incentivos da Educação e do Direito de Propriedade:
Para um país crescer e se desenvolver ao longo do tempo não basta acumular capital físico, mas também capital humano. Ou seja, são fundamentais políticas públicas que elevem o nível de educação da população. Gasto público para oferecer boas escolas e bolsas de estudos a alunos (ou à sua família), para mantê-lo na escola e evitar a evasão escolar.
O investimento no capital humano gera benefícios para a sociedade como um todo. Uma pessoa com instrução, por exemplo, pode gerar novas ideias dentro da empresa. A “fuga de cérebros” é um problema atual, ou seja, emigração de trabalhadores mais instruídos e preparados para países desenvolvidos a fim de desfrutar de um melhor padrão de vida. A fuga desses “cérebros” reduz ainda mais o estoque de capital humano nos países em desenvolvimento.
Quanto ao Direito de propriedade, é importante que o governo promova a eliminação dos obstáculos ao bom funcionamento do mercado, como garantir os direitos de propriedade de todos os residentes e não residentes no país. A ineficiência do sistema de justiça, por exemplo, poderia desestimular a geração de investimento doméstico e estrangeiro.
Incentivos ao Livre Comércio:
O livre comércio contribui para a melhoria da qualidade e aumenta a quantidade de produto nacional, gerando mais empregos e renda para seus habitantes, bem como o comércio internacional pode melhorar o bem-estar dos cidadãos de um país. Mas é importante destacar que para possibilitar isso, isto é, para que o livre comércio coopere com o desenvolvimento econômico de um país em desenvolvimento, é preciso que o conhecimento e a tecnologia disponíveis sejam acessíveis para todas as nações.
Incentivos à Pesquisa e Desenvolvimento:
Outra política pública é o apoio à Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). O avanço do conhecimento técnico ao longo do tempo pode ser considerado a principal razão para a evolução da qualidade de vida. Assim, o governo poderá adotar políticas que estimulem o desenvolvimento tecnológico, não só criando incentivos para que a iniciativa privada (empresas e universidades particulares) incremente as pesquisas, como também estimulando o desenvolvimento tecnológico por meio das instituições públicas (como os institutos de pesquisa e as universidades públicas).
Concluindo...
As decisões tomadas pelas maiores economias têm forte influência sobre os países menos desenvolvidos.
A condução do sistema político e econômico mundial, arranjados nos subsistemas de comércio, de pagamentos, entreoutros, exerce forte influência sobre as economias locais.
Um exemplo foi o chamado Consenso de Washington. Essa doutrina estabelecia uma série de mediadas de caráter liberal para o ajuste macroeconômico, foi adotado pelo FMI e influenciou a condução das políticas econômicas de muitos países, promovendo o enxugamento da administração pública, a partir dos anos 1990.
O desenvolvimento, que impõe a necessidade de reformas continuadas no Estado brasileiro, mostra-se complexa, como vimos, não se resolvendo apenas de um ponto de vista “técnico”. A questão passa, necessariamente, pela construção de um arranjo político que não tem, a priori, uma direção a ser seguida.
O objetivo genérico de desenvolvimento econômico e social requer que se o defina, antes de tudo. Os objetivos de desenvolvimento tecnológico, da elevação educacional do povo, do fortalecimento das instituições, da preservação ambiental, da afirmação de uma cultura brasileira, da distribuição de renda, entre tantos outros, devem surgir do debate democrático.

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