Buscar

Células e tecidos do sistema imune

Prévia do material em texto

José Eduardo Palacio Soares – Bloco Febre – GT1 
CÉLULAS E TECIDOS DO SISTEMA IMUNE - INTRODUÇÃO 
As células do sistema imune inato e adaptativo normalmente estão presentes como células circulantes no sangue e 
na linfa, como coleções anatomicamente definidas nos órgãos linfoides e como células dispersas em praticamente 
todos os tecidos. 
 
O sistema imune enfrenta numerosos desafios para gerar respostas protetoras efetivas contra patógenos infecciosos: 
 
1)O sistema deve ser capaz de responder rapidamente a pequeno número de muitos microrganismos diferentes que 
podem ser introduzidos em qualquer local do corpo. 
 
2) Na resposta imune adaptativa, muito poucos linfócitos imaturos reconhecem especificamente e respondem a 
qualquer antígeno. 
 
3) Os mecanismos efetores do sistema imune adaptativo (anticorpos e células T efetoras) podem ter que localizar e 
destruir microrganismos em locais que são distantes da região onde a resposta imune foi induzida. 
 
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE 
As células que servem a papéis especializados nas respostas imunes inata e adaptativa incluem: fagócitos, células 
dendríticas, linfócitos específicos para antígeno e vários outros leucócitos que agem para eliminar os antígenos. 
 
FAGÓCITOS 
Os fagócitos, incluindo neutrófilos e macrófagos, são as células cuja FUNÇÃO PRIMÁRIA é: ingerir e destruir 
microrganismos e se livrar dos tecidos danificados. 
 
As respostas funcionais dos fagócitos na defesa do hospedeiro consistem em PASSOS SEQUENCIAIS: 
 
→Recrutamento das células para locais de infecção, reconhecimento e ativação pelos microrganismos, ingestão dos 
microrganismos por processo de fagocitose e destruição dos microrganismos ingeridos. 
 
→Além disso, pelo contato direto e pela secreção de citocinas, os fagócitos se comunicam com outras células de modo 
a promover ou regular as respostas imunes. 
 
Obs: Essas funções dos fagócitos são importantes na imunidade inata. 
 
1)NEUTRÓFILOS: Também chamados de leucócitos polimorfonucleares. 
 
→Constituem a população mais abundante de células brancas sanguíneas circulantes e medeiam as fases iniciais das 
reações inflamatórias. 
 
NÚCLEO de um neutrófilo é: segmentado em três a cinco lóbulos conectados, por isso o sinônimo de leucócito 
polimorfonuclear. 
 
CITOPLASMA contém grânulos de dois tipos: 
 
I) A maioria, chamada de GRÂNULOS ESPECÍFICOS, é preenchida com enzimas tais como lisozima, colagenase e 
elastase. 
 
II) O restante dos grânulos dos neutrófilos, denominados GRÂNULOS AUROFÍLICOS, consiste em lisossomas que 
contêm enzimas e outras substâncias microbicidas, incluindo defensinas e catelicidinas. 
 
Os neutrófilos são PRODUZIDOS NA MEDULA ÓSSEA e surgem de precursores que também dão origem a fagócitos 
mononucleares. A PRODUÇÃO dos neutrófilos é estimulada pelo fator estimulador de colônias. 
 
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Febre – GT1 
Os neutrófilos PODEM MIGRAR rapidamente para locais de infecção após a entrada de microrganismos. Após a 
entrada nos tecidos, os neutrófilos funcionam por somente 1 a 2 dias e, então, morrem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neutrófilo 
 
 
2) FAGÓCITOS MONONUCLEARES: 
Inclui: as células circulantes denominadas MONÓCITOS e células residentes teciduais denominadas MACRÓFAGOS 
 
I) MONÓCITOS: apresentam UM NÚCLEO em formato de feijão com citoplasma finamente granular contendo 
lisossomas, vacúolos fagocíticos e filamentos de citoesqueleto. 
 
Os monócitos mais numerosos, algumas vezes denominados MONÓCITOS CLÁSSICOS, produzem abundantes 
mediadores inflamatórios e são rapidamente recrutados para locais de infecção e tecido danificado. Em humanos, 
esses monócitos são identificáveis pela alta expressão na superfície celular de CD14 e não têm a expressão de CD16. 
 
Os MONÓCITOS NÃO CLÁSSICOS, que constituem a minoria dos monócitos sanguíneos contribuem para o reparo 
tecidual após a lesão e são conhecidas por rolar ao longo das superfícies endoteliais (descrito como patrulhamento). 
 
II) MACRÓFAGOS: são amplamente distribuídos nos órgãos e tecido conectivo, têm papel central na imunidade inata 
e adaptativa. 
 
→Muitos tecidos são povoados com macrófagos residentes com vida longa e derivados do saco vitelino ou precursores 
hepáticos fetais durante o desenvolvimento fetal que assumem fenótipos especializados dependendo do órgão. 
 
Exemplos são: 
 
As células de Kupffer que recobrem os sinusoides no fígado, 
 
Macrófagos sinusoides no baço, 
 
Macrófagos alveolares nos pulmões e Células da microglia no cérebro. 
 
→Nos adultos, as células da linhagem de macrófago surgem a partir de células precursoras na medula óssea, 
direcionadas por uma proteína denominada fator estimulador de colônia de monócito (ou macrófago). 
 
Esses precursores evoluem para monócitos, que entram e circulam no sangue e, então, migram para os tecidos, 
especialmente durante as reações inflamatórias, onde eles então amadurecem em macrófagos. 
 
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Febre – GT1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNÇÕES: Estes macrófagos teciduais realizam várias funções importantes na imunidade inata e adaptativa: 
 
→A principal função dos macrófagos na defesa do hospedeiro é ingerir e matar microrganismos. Os mecanismos de 
morte incluem a geração enzimática de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio que são tóxicas aos microrganismos 
e digestão proteolítica. 
 
→ Em adição aos microrganismos ingeridos, os macrófagos também ingerem células mortas do hospedeiro, incluindo 
células que morrem nos tecidos por causa de trauma ou suprimento sanguíneo interrompido e neutrófilos que se 
acumulam nos locais de infecção. 
 
Esta é a parte do processo de limpeza após a infecção ou lesão tecidual. Os macrófagos também reconhecem e 
engolfam células apoptóticas antes que as células mortas possam liberar seus conteúdos e induzir respostas 
inflamatórias. 
 
Obs: Em todo o corpo e durante toda a vida de um indivíduo, as células indesejadas morrem por apoptose como parte 
de muitos processos fisiológicos, tais como desenvolvimento, crescimento e renovação dos tecidos saudáveis, e as 
células mortas são eliminadas pelos macrófagos. 
 
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Febre – GT1 
→ Macrófagos ativados secretam várias citocinas diferentes que agem nas células endoteliais que recobrem os vasos 
sanguíneos para aumentar o recrutamento de mais monócitos e outros leucócitos do sangue para os locais de 
infecções, amplificando, assim, a resposta protetora contra os microrganismos. 
 
→ Macrófagos servem como APCs (antigen-presenting cells) que apresentam antígenos e ativam os linfócitos T. Esta 
função é importante na fase efetora das respostas imunes mediadas por células T. 
 
→ Macrófagos promovem o reparo de tecidos danificados pela: 
 
i) Estimulação do crescimento de novos vasos sanguíneos (angiogênese) e 
 
ii) Síntese de matriz extracelular rica em colágeno (fibrose). 
 
Estas funções são mediadas por citocinas secretadas pelos macrófagos que agem em várias células teciduais. 
 
 
Os macrófagos são ativados para realizarsuas funções por meio do reconhecimento de muitos tipos diferentes de 
moléculas microbianas, bem como moléculas do hospedeiro produzidas em resposta a infecções e lesão: 
 
 
 
→Estas várias moléculas ativadoras se ligam a receptores de sinalização específicos localizados na superfície ou dentro 
do macrófago (ex: receptores do tipo Toll) 
 
→Os macrófagos também são ativados quando receptores em suas membranas plasmáticas ligam a opsoninas na 
superfície dos microrganismos (ex: receptores do complemento e os receptores para anticorpo Fc. 
 
Obs: As opsoninas são substâncias que recobrem partículas para a fagocitose. 
 
→ Na imunidade adaptativa, os macrófagos são ativados pelas citocinas secretadas e por proteínas de membrana nos 
linfócitos T. 
 
Os macrófagos podem adquirir capacidades funcionais distintas, dependendo dos tipos de estímulos ativadores aos 
quais são expostos: 
 
O exemplo mais claro disto é a resposta dos macrófagos a diferentes citocinas produzidas pelos subgrupos de células 
T. 
 
ATIVAÇÃO CLÁSSICA: Algumas destas citocinas ativam macrófagos para estes se tornarem eficientes em matar 
microrganismos. 
 
ATIVAÇÃO ALTERNATIVA: Outras citocinas ativam os macrófagos para promover o remodelamento e reparo tecidual. 
 
Essas diferentes vias de ativação e as citocinas envolvidas também podem assumir diferentes formas morfológicas 
após a ativação por estímulos externos, tais como microrganismos. Alguns desenvolvem um citoplasma abundante 
e são chamados de células epitelioides porque são semelhantes às células epiteliais da pele. 
 
Os macrófagos ativados podem se fundir para formar células gigantes multinucleadas. 
 
Os macrófagos respondem tipicamente aos microrganismos mais próximos tão rapidamente quanto os neutrófilos o 
fazem, mas os MACRÓFAGOS SOBREVIVEM POR MUITO MAIS TEMPO NOS LOCAIS DE INFLAMAÇÃO. 
 
Diferentemente dos neutrófilos, os macrófagos não são terminalmente diferenciados e podem sofrer divisão celular 
nos locais de inflamação. 
 
Dessa maneira, os MACRÓFAGOS SÃO AS CÉLULAS EFETORAS DOMINANTES DOS ESTÁGIOS FINAIS NA RESPOSTA 
IMUNE INATA, vários dias após uma infecção se iniciar. 
 
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Febre – GT1 
MASTÓCITOS, BASÓFILOS E EOSINÓFILOS 
Mastócitos, basófilos e eosinófilos são três células adicionais que têm papel nas respostas imunes inata e adaptativa. 
 
Todos os três tipos de células apresentam em comum a característica de grânulos citoplasmáticos contendo vários 
mediadores inflamatórios e antimicrobianos. 
 
Outra característica em comum destas células é seu envolvimento nas respostas imunes que protegem contra 
helmintos e reações que causam doenças alérgicas. 
 
MASTÓCITOS: 
 
→São células derivadas da medula e presentes na pele e mucosa epitelial, contendo abundantes grânulos 
citoplasmáticos cheios de histamina e outros mediadores. 
 
O fator de citocina de célula-tronco (também denominado ligante c-Kit) é essencial para o desenvolvimento do 
mastócito. 
 
Normalmente, os mastócitos maduros não são encontrados na circulação, mas estão presentes nos tecidos, em geral 
adjacentes a pequenos vasos sanguíneos e nervos. 
 
Seus citoplasmas contêm numerosos grânulos ligados à membrana, que estão cheios de proteoglicanos acídicos que 
se ligam a corantes básicos. 
 
Os mastócitos expressam receptores de alta afinidade na membrana plasmática para um tipo de anticorpo 
denominado IgE e, geralmente, são recobertos com esses anticorpos. 
 
Quando os anticorpos na superfície dos mastócitos se ligam ao antígeno, eventos de sinalização são induzidos e levam 
à liberação dos conteúdos dos grânulos citoplasmáticos para dentro do espaço extravascular. 
 
A liberação do conteúdo do grânulo, incluindo histamina, promove mudanças nos vasos sanguíneos que causam 
inflamação. Os mastócitos funcionam como sentinelas nos tecidos, onde eles reconhecem produtos microbianos e 
respondem produzindo citocinas e outros mediadores que induzem inflamação. 
 
Estas células fornecem defesa contra helmintos e outros microrganismos, mas também são responsáveis pelos 
sintomas das doenças alérgicas. 
 
BASÓFILOS: 
 
→ São granulócitos sanguíneos com muitas similaridades estruturais e funcionais com os mastócitos. 
 
Assim como os granulócitos, os basófilos são derivados de progenitores da medula óssea (uma linhagem diferente da 
dos mastócitos), amadurecem na medula óssea e circulam no sangue. 
 
Os basófilos constituem menos de 1% dos leucócitos sanguíneos. 
 
Embora normalmente não estejam presentes nos tecidos, os basófilos podem ser recrutados para alguns locais 
inflamatórios. 
 
Os basófilos contêm grânulos que se ligam a corantes básicos e são capazes de sintetizar muitos dos mesmos 
mediadores dos mastócitos. 
 
Assim como os mastócitos, os basófilos expressam receptores para IgE, ligam IgE e podem ser ativados por antígeno 
ligado a IgE. 
 
Como o número de basófilos é pequeno nos tecidos, sua importância na defesa do hospedeiro e nas reações alérgicas 
é incerta. 
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Febre – GT1 
EOSINÓFILOS: 
 
→São granulócitos sanguíneos que expressam grânulos citoplasmáticos contendo enzimas que são danosas às paredes 
celulares de parasitas, mas também podem danificar os tecidos do hospedeiro. 
 
Os grânulos dos eosinófilos contêm proteínas básicas que ligam corantes acídicos tais como eosina. 
 
Assim como os neutrófilos e basófilos, os eosinófilos são derivados da medula óssea. 
 
Alguns eosinófilos normalmente estão presentes nos tecidos periféricos, especialmente nas coberturas mucosas dos 
tratos respiratório, gastrintestinal e geniturinário, e seus números podem aumentar com o recrutamento a partir do 
sangue em uma situação de inflamação. 
 
CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENOS (APCs) 
→Capturam microrganismos e outros antígenos, os apresentam aos linfócitos e fornecem sinais que estimulam a 
proliferação e diferenciação dos linfócitos. 
 
Por convenção, APC normalmente se refere à célula que apresenta antígenos aos linfócitos T. 
 
O principal tipo de APC que está envolvido na iniciação das respostas da célula T é a célula dendrítica. 
 
Os macrófagos apresentam os antígenos aos linfócitos T nas respostas imunes mediadas por células. 
 
As células B apresentam os antígenos aos linfócitos T nas respostas imunes humorais. 
 
Um tipo celular especializado, chamado de célula dendrítica folicular, apresenta antígenos aos linfócitos B durante 
fases particulares das respostas imunes humorais. 
 
Muitas APCs, tais como células dendríticas e macrófagos, também reconhecem e respondem aos microrganismos 
durante as reações imunes inatas e, assim, ligam as reações imunes inatas às respostas do sistema imune adaptativo. 
 
CÉLULAS DENDRÍTICAS: 
 
→São as APCs mais importantes para a ativação das células T imaturas e têm papel principal nas respostas inatas às 
infecções e na ligação das respostas imunes inatae adaptativa. 
 
Elas têm longas projeções membranosas e capacidades fagocíticas e são amplamente distribuídas nos tecidos 
linfoides, epitélio mucoso e parênquima de órgãos. 
 
A maioria das células dendríticas é parte de linhagem mieloide de células hematopoéticas e se origina de um precursor 
que também pode se diferenciar em monócitos, mas não em granulócitos. 
 
A maturação das células dendríticas é dependente de uma citocina denominada ligante Flt3, que se liga ao receptor 
tirosinoquinase Flt3 nas células precursoras. 
 
Similarmente aos macrófagos, as células dendríticas expressam receptores que reconhecem moléculas tipicamente 
produzidas pelos microrganismos e não células de mamíferos, e elas respondem aos microrganismos com a secreção 
de citocinas. 
 
CÉLULAS DENDRÍTICAS CLÁSSICAS (OU CONVENCIONAIS): A maioria das células dendríticas na pele, mucosa e 
parênquima de órgãos, que são chamadas de células dendríticas clássicas (ou convencionais), responde aos 
microrganismos migrando para os linfonodos, onde elas apresentam antígenos proteicos microbianos aos linfócitos T. 
 
 
 
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Febre – GT1 
CÉLULAS DENDRÍTICAS PLASMOCITOIDES: Uma subpopulação de células dendríticas, denominadas células dendríticas 
plasmocitoides, consiste em respondedores celulares precoces à infecção viral. Elas reconhecem ácidos nucleicos de 
vírus intracelular e produzem proteínas solúveis chamadas de interferons tipo I, que têm potentes atividades antivirais. 
 
As populações de células dendríticas também podem ser derivadas de precursores embrionários e, durante a 
inflamação, dos monócitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OUTRAS CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENO: 
 
Em adição às células dendríticas, macrófagos e linfócitos B são importantes células apresentadoras de antígenos para 
as células T auxiliares CD4+. 
 
Macrófagos apresentam antígenos para os linfócitos T auxiliares nos locais de infecção, o que leva à ativação da célula 
T auxiliar e produção de moléculas que ativarão os macrófagos. Este processo é importante para a erradicação de 
microrganismos que são ingeridos pelos fagócitos, mas resistem à morte; nestes casos, as células T auxiliares 
aumentam grandemente as atividades microbianas dos macrófagos. 
 
As células B apresentam antígenos às células T auxiliares, o que é um passo importante na cooperação das células T 
auxiliares com as células B para as respostas de anticorpos aos antígenos proteicos. 
 
Os linfócitos T citotóxicos (CTLs) são células T CD8+ efetoras que podem reconhecer antígenos de qualquer tipo de 
célula nucleada e se tornar ativados para matar a célula. Dessa maneira, todas as células nucleadas são potencialmente 
apresentadoras de antígenos (APCs) para os linfócitos T citotóxicos (CTLs). 
 
CÉLULAS DENDRÍTICAS FOLICULARES (FDCs): 
 
São células com projeções membranosas encontradas entremeadas em coleções de células B ativadas nos folículos 
linfoides de linfonodos, baço e tecidos linfoides mucosos. 
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Nota
origem no fígado fetal
dupal
Nota
reconhecem pamps, portanto estão relacionadas com a imunidade inata
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Febre – GT1 
Elas não são derivadas de precursores na medula óssea e não estão relacionadas com as células dendríticas que 
apresentam antígenos aos linfócitos T. 
 
As FDCs ligam e apresentam antígenos proteicos em suas superfícies para o reconhecimento pelos linfócitos B. Isso é 
importante para a seleção dos linfócitos B que expressam anticorpos que ligam antígenos com alta afinidade. 
 
As FDCs também contribuem para a organização estrutural dos folículos. 
 
LINFÓCITOS 
→ Os linfócitos, as únicas células da imunidade adaptativa, são as células exclusivas no corpo que expressam 
receptores de antígenos clonalmente expressos, cada um específico para um determinante antigênico diferente. 
 
Cada clone de linfócitos T e B expressa receptores de antígenos com uma única especificidade, que é diferente das 
especificidades dos receptores em outros clones. 
 
Assim, os receptores de antígenos nestes linfócitos são clonalmente distribuídos. 
 
Existem milhões de clones de linfócitos no corpo, permitindo que o organismo reconheça e responda aos milhões de 
antígenos estranhos. 
 
O papel do linfócito em mediar a imunidade adaptativa foi estabelecido em várias linhas de evidência acumuladas ao 
longo de décadas de pesquisas. Uma das primeiras pistas surgiu da observação de que humanos com estados de 
deficiência imune congênita ou adquirida apresentam números reduzidos de linfócitos na circulação periférica e nos 
tecidos linfoides. 
 
Após a identificação dos linfócitos como os mediadores da imunidade humoral e celular, muitas descobertas foram 
rapidamente feitas sobre os diferentes tipos de linfócitos, suas origens na medula óssea e timo, seus papéis nas 
diferentes respostas imunes e as consequências de sua ausência. Entre os achados mais importantes, está o fato de 
que receptores clonalmente distribuídos, altamente diversos e específicos para antígenos são produzidos pelos 
linfócitos, mas não por quaisquer outros tipos de células. 
 
Uma das questões mais interessantes sobre os linfócitos era como o repertório extremamente diverso de receptores 
de antígenos com diferentes especificidades é gerado a partir de um pequeno número de genes para esses receptores 
que estão presentes na linha germinativa. 
 
Agora é conhecido que os genes que codificam os receptores de antígenos dos linfócitos são formados pela 
recombinação de segmentos de DNA durante a maturação destas células. Existe um aspecto randômico destes eventos 
de recombinação somática que resulta na geração de milhões de diferentes genes de receptores e um repertório 
altamente diverso de especificidades antigênicas dentre os diferentes clones de linfócitos. 
 
LOCALIZAÇÃO: O número total de linfócitos em um adulto saudável é de cerca de 5 × 1011. 
 
Destes, ∼2% estão no sangue, ∼4% na pele, ∼10% na medula óssea, ∼15% nos tecidos linfoides mucosos dos tratos 
gastrintestinal e respiratório e ∼65% nos órgãos linfoides (principalmente baço e linfonodos). 
 
LINFÓCITOS B: 
são as únicas células capazes de produzir anticorpos. Eles reconhecem antígenos extracelulares solúveis e na superfície 
celular e diferenciam em plasmócitos secretores de anticorpos, funcionando, assim, como mediadores da imunidade 
humoral. 
 
Os linfócitos B se referem aos linfócitos derivados da medula óssea. 
 
Tipos: As CÉLULAS B FOLICULARES expressam grupos de anticorpos altamente diversos e clonalmente distribuídos que 
servem como receptores de superfície para antígenos e como moléculas efetoras secretadas e importantes na 
IMUNIDADE HUMORAL ADAPTATIVA. Em contrapartida, AS CÉLULAS B-1 E B DA ZONA MARGINAL produzem 
anticorpos com diversidade muito limitada. 
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realcedupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Nota
célula b-1 e b da zona marginal são mediadores de reconhecimento inato
dupal
Realce
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Febre – GT1 
 
LINFÓCITOS T:as células da imunidade mediada por célula, reconhecem os antígenos dos microrganismos 
intracelulares e as células T ou auxiliam os fagócitos a destruir esses microrganismos ou matam as células infectadas. 
 
As células T não produzem moléculas de anticorpo. Seus receptores de antígenos são moléculas de membrana 
distintas, mas estruturalmente relacionadas com os anticorpos. 
 
Os linfócitos T têm uma especificidade restrita para antígenos; eles reconhecem peptídios derivados das proteínas 
estranhas que estão ligadas às proteínas do hospedeiro e são denominadas moléculas do complexo maior de 
histocompatibilidade (MHC), expressas nas superfícies de outras células. 
 
Como resultado, essas células T reconhecem e respondem aos antígenos associados à superfície celular, mas não aos 
antígenos solúveis. 
 
Os linfócitos T consistem em populações funcionalmente distintas, os mais bem definidos dos quais são as células T 
auxiliares e os linfócitos T citotóxicos. 
 
I) CÉLULAS T AUXILIARES (CD4+): Em resposta à estimulação antigênica, secretam citocinas, que são responsáveis por 
muitas das respostas celulares da imunidade inata e adaptativa, funcionando como “moléculas mensageiras” do 
sistema imune. 
 
As citocinas secretadas pelos linfócitos T auxiliares estimulam a proliferação e diferenciação das próprias células T e 
ativam outras células, incluindo células B, macrófagos e outros leucócitos. 
 
II) LINFÓCITOS T CITOTÓXICOS - CTL (CD8+): matam as células que produzem antígenos estranhos, tais como células 
infectadas por vírus e outros microrganismos intracelulares. 
 
OBS: Alguns linfócitos T, denominados CÉLULAS T REGULATÓRIAS, funcionam principalmente para inibir as respostas 
imunes. 
 
SURGIMENTO E AMADURECIMENTO: Os linfócitos T, os mediadores da imunidade celular, surgem na medula óssea e 
migram para e amadurecem no timo; os linfócitos T se referem aos linfócitos derivados do timo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Nota
WARNING: Linfócitos T intra-epiteliais (IELs): mediadores de imunidade inata. Possui função efetora semelhante aos linfocitos T CD8 (citotóxicos) e estão presente entre as células epiteliais
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Febre – GT1 
 
DESENVOLVIMENTO DOS LINFÓCITOS 
 
Após o nascimento, os linfócitos, assim como as células sanguíneas, surgem a partir das células-tronco na medula 
óssea. 
 
Todos os linfócitos passam por complexos estágios de maturação, durante os quais eles expressam receptores de 
antígenos e adquirem as características funcionais e fenotípicas de células maduras (Fig. 2-5). 
 
Os locais anatômicos onde ocorrem os principais passos no desenvolvimento do linfócito são chamados de órgãos 
linfoides geradores. Estes incluem a medula óssea, onde precursores de todos os linfócitos surgem e as células B 
amadurecem, e o Timo, onde as células T amadurecem. 
 
Estas células B e T maduras são chamadas de linfócitos imaturos. Os linfócitos imaturos são funcionalmente 
quiescentes, mas, após ativação pelo antígeno, eles proliferam e sofrem dramáticas alterações na atividade fenotípica 
e funcional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPOSIÇÃO AO ANTÍGENO: 
 
OS LINFÓCITOS IMATUROS que emergem da medula óssea ou do timo migram para os órgãos linfoides periféricos, 
onde são ativados pelos antígenos para proliferar e se diferenciar em células efetoras e de memória, algumas das 
quais então migram para os tecidos. 
 
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Febre – GT1 
A ativação dos linfócitos segue uma série de etapas sequenciais que se iniciam com a síntese de novas proteínas, tais 
como receptores de citocinas e citocinas, que são necessárias para muitas das alterações subsequentes. As células 
imaturas passam então a proliferar, resultando em tamanho aumentado dos clones específicos para o antígeno, um 
processo chamado de EXPANSÃO CLONAL. 
 
Esta rápida expansão clonal dos linfócitos específicos para microrganismos é necessária para manter o ritmo com a 
habilidade dos microrganismos de rapidamente replicarem. 
 
Em paralelo com a expansão clonal, os linfócitos estimulados por antígeno se diferenciam em CÉLULAS EFETORAS cujas 
funções são eliminar o antígeno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINFÓCITOS IMATUROS: 
 
Os linfócitos imaturos são células T ou B maduras situadas nos órgãos linfoides periféricos e circulação e que nunca 
encontraram antígeno estranho. (O termo imaturo se refere à ideia de que estas células são imunologicamente 
inexperientes porque elas nunca encontraram um antígeno). 
 
Os linfócitos imaturos morrem tipicamente após 1 a 3 meses se não reconhecerem antígenos. Os linfócitos imaturos 
e de memória são ambos chamados de linfócitos em repouso porque eles não estão ativamente em divisão, nem 
realizam funções efetoras. 
 
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Febre – GT1 
A sobrevivência dos linfócitos imaturos depende de sinais gerados pelos receptores de antígenos e pelas citocinas. É 
postulado que o receptor de antígeno das células B imaturas gera sinais de sobrevivência mesmo na ausência de 
antígeno. 
 
Os linfócitos T imaturos reconhecem rapidamente vários dos próprios antígenos, o que é suficiente para gerar sinais 
de sobrevivência, mas sem disparar os sinais mais fortes que são necessários para iniciar a expansão clonal e 
diferenciação em células efetoras. 
 
No estado de equilíbrio, o conjunto de linfócitos imaturos é mantido a um número constante por causa do balanço 
entre a morte espontânea destas células e a produção de novas células nos órgãos linfoides geradores. Qualquer perda 
de linfócitos leva à proliferação compensatória dos remanescentes e ao aumento na saída dos órgãos geradores. 
 
Uma demonstração da habilidade da população de linfócitos em preencher o espaço disponível é o fenômeno da 
proliferação homeostática. Se as células imaturas são transferidas para um hospedeiro que é deficiente em linfócitos 
(dito ser linfopênico), os linfócitos transferidos começam a proliferar e aumentam em número até atingir 
aproximadamente os números de linfócitos nos animais normais. 
 
LINFÓCITOS EFETORES: 
 
Após os linfócitos imaturos serem ativados, eles se tornam maiores e começam a proliferar. Algumas destas células se 
diferenciam em linfócitos efetores que têm a habilidade de produzir moléculas capazes de eliminar antígenos 
estranhos. 
 
Os linfócitos T efetores incluem as células auxiliares e os CTLs, e os linfócitos B são células secretoras de anticorpos, 
incluindo plasmócitos. 
 
As células T auxiliares, que normalmente são CD4+, expressam moléculas de superfície e secretam citocinas que se 
ligam aos receptores nos macrófagos e 
linfócitos B, levando à sua ativação. 
 
Os CTLs possuem grânulos citoplasmáticos cheios de proteínas que, quando liberadas, matam as células que os CTLs 
reconhecem, que normalmente são infectadas com vírus oucélulas tumorais. 
 
A maioria dos linfócitos T efetores diferenciados são de vida curta e não têm autorrenovação. 
 
Muitas células B secretoras de anticorpos são morfologicamente identificáveis como plasmócitos. 
 
Os plasmócitos se desenvolvem nos órgãos linfoides e em locais das respostas imunes, e alguns deles migram para a 
medula óssea, onde podem viver e secretar anticorpos por longos períodos após a resposta imune ser induzida e 
mesmo após o antígeno ser eliminado. 
 
Os plasmoblastos, que são precursores circulantes de plasmócitos de vida longa, podem ser encontrados em baixo 
número no sangue. 
 
LINFÓCITOS DE MEMÓRIA 
 
As células de memória podem sobreviver em um estado funcionalmente quiescente ou com ciclo lento por meses ou 
anos, sem a necessidade de estimulação pelo antígeno e presumivelmente após o antígeno ser eliminado. 
 
As células T de memória também expressam moléculas de superfície que promovem sua migração para os locais de 
infecção em qualquer local do corpo. 
 
 
 
 
 
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Febre – GT1 
CÉLULAS LINFOIDES INATAS (ILCs) 
As principais funções das ILCs são fornecer defesa inicial contra patógenos infecciosos, reconhecer células estressadas 
e danificadas do hospedeiro e auxiliar na eliminação destas células e influenciar a natureza da resposta imune 
adaptativa subsequente. 
 
As primeiras e mais bem caracterizadas células linfoides inatas são as células assassinas naturais (NK, do inglês natural 
killer) que matam células infectadas e danificadas. 
 
As células indutoras de tecidos linfoides são um subgrupo de ILCs que produzem as citocinas linfotoxina e TNF e são 
essenciais para a formação de tecidos linfoides secundários organizados. 
 
TECIDOS LINFOIDES 
Para otimizar as interações celulares necessárias para o reconhecimento do antígeno e ativação do linfócito nas 
respostas imunes adaptativas, os linfócitos e APCs estão localizados e concentrados em tecidos ou órgãos 
anatomicamente definidos, que também são os locais para onde os antígenos estranhos são transportados e 
concentrados. 
 
OBS: Tal compartimentalização anatômica não é fixa porque muitos linfócitos recirculam constantemente e trocam 
entre a circulação e os tecidos. 
 
DEFINIÇÃO: Os tecidos linfoides são classificados como órgãos geradores, também denominados ÓRGÃOS LINFOIDES 
PRIMÁRIOS ou centrais, onde os linfócitos, primeiro expressam os receptores de antígenos e atingem a maturidade 
fenotípica e funcional, e órgãos periféricos, também chamados de ÓRGÃOS LINFOIDES SECUNDÁRIOS, onde as 
respostas dos linfócitos aos antígenos estranhos são iniciadas e se desenvolvem. 
 
ÓRGÃOS LINFOIDES GERADORES (PRIMÁRIOS OU CENTRAIS): 
 
→MEDULA ÓSSEA e o TIMO, os locais de maturação das células B e células T, respectivamente. 
 
Os linfócitos B parcialmente maduros na medula óssea entram na circulação, ocupam os órgãos linfoides secundários, 
incluindo baço e linfonodos, e completam sua maturação principalmente no baço. 
 
 Os linfócitos T amadurecem no timo e, então, entram na circulação e povoam os órgãos linfoides periféricos e tecidos. 
 
Duas importantes funções compartilhadas pelos órgãos geradores são fornecer fatores de crescimento e outros sinais 
moleculares necessários para a maturação do linfócito e apresentar os próprios antígenos para o reconhecimento e 
seleção dos linfócitos em maturação. 
 
MEDULA ÓSSEA: 
 
A medula óssea é o local de geração da maioria das células sanguíneas maduras circulantes, incluindo hemácias, 
granulócitos e monócitos, e o local dos eventos iniciais na maturação da célula B. 
 
A geração de todas as células sanguíneas é chamada de hematopoese. 
 
Obs.: Quando a medula óssea é danificada ou quando uma demanda excepcional para a produção de novas células 
sanguíneas ocorre, o fígado e baço frequentemente se tornam locais de hematopoese extramedular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Nota
O Linfocito B inicia sua maturação na medula ossea com expressão do receptor IgM. E completa sua maturação no baço com expressão do receptor de IgD.nullnullTimo (maturação dos linfócitos T): expressão do TCR
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Febre – GT1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→Hemácias, granulócitos, monócitos, células dendríticas, plaquetas, linfócitos B e T e células NK se originam de uma 
célula-tronco hematopoética comum (HSC) na medula óssea. 
 
As HSCs são pluripotentes, significando que cada HSC individual pode gerar todos os diferentes tipos de células 
sanguíneas maduras. 
 
→A proliferação e maturação das células precursoras na medula óssea são estimuladas pelas citocinas 
 
→Em adição à autorrenovação das células-tronco e sua progênie em diferenciação, a medula contém numerosos 
plasmócitos secretores de anticorpo de vida longa. Estas células são geradas nos tecidos linfoides periféricos como 
uma consequência da estimulação antigênica das células B e, então, migram para a medula óssea. 
 
A medula também contém células B foliculares maturas recirculantes que podem responder aos microrganismos 
originados no sangue. 
 
Além disso, alguns linfócitos T de memória e de vida longa migram para a medula e podem lá residir. 
 
TIMO: 
 
O timo é o local da maturação da célula T. 
 
Os linfócitos no timo, também chamados de timócitos, são linfócitos T em vários estágios de maturação. A maioria das 
células imaturas entra no timo, e sua maturação se inicia no córtex. 
 
À medida que os timócitos amadurecem, eles migram em direção à medula, de tal forma que esta contém 
primordialmente células T maduras. Somente células T virgens maduras existem no timo e entram no sangue e tecidos 
linfoides periféricos. 
 
OBS.: Humanos com a síndrome de DiGeorge sofrem de deficiência da célula T por causa de uma deleção 
cromossômica que elimina genes necessários para o desenvolvimento do timo. 
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Febre – GT1 
ÓRGÃOS LINFOIDES SECUNDÁRIOS (PERIFÉRICOS) 
Os tecidos linfoides periféricos incluem linfonodos, baço, sistema imune cutâneo e sistema imune mucoso. 
 
Todos os órgãos linfoides periféricos também compartilham funções comuns, incluindo a liberação de antígenos e a 
resposta dos linfócitos imaturos à mesma localização, de tal forma que as respostas imunes adaptativas possam ser 
iniciadas, e uma organização anatômica que permita que as células T e células B interajam cooperativamente. 
 
LINFONODOS:agregados nodulares encapsulados de tecido linfoide, localizados ao longo dos canais linfáticos por todo o corpo 
 
Os linfonodos são interpostos ao longo dos vasos linfáticos e agem como filtros que coletam os antígenos solúveis e 
associados às células dendríticas nos linfonodos antes de eles alcançarem o sangue. Os antígenos capturados podem, 
então, ser localizados pelas células do sistema imune adaptativo. 
 
Estão situados ao longo dos canais linfáticos por todo o corpo e, assim, têm acesso aos antígenos encontrados nos 
epitélios e originados no fluido intersticial na maioria dos tecidos. 
 
São preenchidos com linfa, macrófagos, células dendríticase outros tipos celulares. 
 
Fluido é expelido constantemente dos vasos sanguíneos em todos os epitélios e tecidos conjuntivos e na maioria dos 
órgãos parenquimatosos. 
 
Esse fluido, chamado linfa, é drenado pelos vasos linfáticos dos tecidos até os linfonodos, e, por fim, retorna à 
circulação sanguínea. Consequentemente, a linfa contém uma mistura de substâncias absorvidas dos epitélios e dos 
tecidos. 
 
Conforme a linfa passa pelos linfonodos, as APC localizadas nos linfonodos podem identificar os antígenos dos 
patógenos que possam ter entrado nos tecidos. Além disso, as células dendríticas capturam os antígenos dos 
microrganismos do epitélio e outros tecidos e os transportam para os linfonodos. 
 
 O resultado deste processo de captura e transporte de antígenos é que os antígenos dos microrganismos que entram 
através do epitélio ou que colonizam os tecidos se concentram nos linfonodos que drenam a região. 
 
Os linfócitos B e T são sequestrados em regiões distintas do córtex dos linfonodos, cada região com sua própria 
arquitetura de fibras reticulares e células estromais. 
 
Os linfonodos em desenvolvimento, assim como outros órgãos linfoides periféricos, dependem de células indutoras 
de tecido linfoide e das ações coordenadas de várias citocinas, quimiocinas e fatores de transcrição. 
 
A segregação anatômica das células B e T garante que cada população de linfócito esteja em contato com as APCs 
apropriadas, que são células B com células dendríticas foliculares (FDCs) e células T com células dendríticas. 
 
→SISTEMA LINFÁTICO: 
O sistema linfático consiste em vasos especializados que drenam fluido dos tecidos para dentro e para fora dos 
linfonodos e, então, para o sangue. 
 
Drena liquido dos tecidos, que aumenta quando o tecido está lesionado ou infectado. Liquido absorvido é chamado 
de linfa. Capta antígenos (solúveis ou associados às células dendríticas) no sitio inflamatório e transporta para os 
linfonodos, onde podem deflagrar a resposta imune adaptativa. O vaso linfático eferente no final de uma cadeia de 
linfonodos se une a outros vasos linfáticos, culminando em um vaso linfático maior chamado ducto torácico. A linfa 
do ducto torácico é esvaziada na veia cava superior, devolvendo o líquido para o sangue. 
 
Portanto, o sistema linfático coleta antígenos microbianos de seus portais de entrada e liberação para os linfonodos, 
onde eles podem estimular as respostas imunes adaptativas. 
 
As células dendríticas capturam antígenos microbianos e entram nos vasos linfáticos. Outros microrganismos e 
antígenos solúveis podem entrar nos linfáticos independentemente das células dendríticas. 
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Febre – GT1 
BAÇO 
É um órgão altamente vascularizado, cujas principais funções são remover células sanguíneas velhas e danificadas e 
partículas (tais como imunocomplexos e microrganismos opsonizados) da circulação e iniciar as respostas imunes 
adaptativas aos antígenos originados no sangue. 
 
O parênquima esplênico é funcional e anatomicamente dividido em polpa vermelha, que é composta principalmente 
de sinusoides vasculares cheios de sangue, e polpa branca rica em linfócitos. 
 
Os MACRÓFAGOS DA POLPA VERMELHA servem como um importante filtro para o sangue, removendo 
microrganismos, células danificadas, células recobertas de anticorpo (opsonizadas) e microrganismos. 
 
Obs.: Indivíduos que não têm o baço são suscetíveis a infecções disseminadas com bactérias encapsuladas, tais como 
pneumococos e meningococos. Esta pode ser a razão de tais organismos serem normalmente limpos por opsonização 
e fagocitose e esta função ser defeituosa na ausência do baço. 
 
A POLPA BRANCA contém as células que medeiam as respostas imunes adaptativas aos antígenos originados no 
sangue. Na polpa branca, estão situadas muitas populações de LINFÓCITOS. 
 
A arquitetura da polpa branca é análoga à organização dos linfonodos, com zonas de célula T e B segregadas. 
 
A polpa branca contém bainhas linfóides periarteriolares (aglomerados de células T), folículos linfoides (ricos em 
células B) e zona marginal (povoada por células B e macrófagos especializados). 
 
As células B da zona marginal são funcionalmente distintas das células B foliculares e apresentam um repertório 
limitado de especificidades de antígenos 
 
SISTEMAS IMUNES REGIONAIS 
O sistema imunológico cutâneo e o sistema imunológico mucoso são coleções especializadas de tecidos linfoides, 
APCs e moléculas efetoras localizadas no interior e sob o epitélio da pele e tratos gastrointestinal e respiratório, 
respectivamente. 
 
Os componentes dos sistemas imunes relacionados com as mucosas gastrintestinal e brônquica são denominados 
tecido linfoide associado a mucosa (MALT) e estão envolvidos nas respostas imunes aos antígenos e microrganismos 
ingeridos e inalados. 
 
A pele e o MALT contêm uma grande proporção de células dos sistemas imunes inato e adaptativo. 
 
RESUMO DO RESUMO PORQUE TA FODA! 
As células que realizam a maioria das funções efetoras da imunidade inata e 
adaptativa incluem fagócitos (incluindo neutrófilos e macrófagos), APCs (incluindo macrófagos e células dendríticas) 
e linfócitos. 
 
Neutrófilos, o leucócito sanguíneo mais abundante, são rapidamente recrutados para os locais de infecção e tecidos 
lesionados, onde eles realizam funções fagocíticas. 
 
Os monócitos são os precursores circulantes dos macrófagos teciduais. Todos os tecidos contêm macrófagos 
residentes, que são células fagocíticas que ingerem e matam microrganismos e células mortas do hospedeiro e 
secretam citocinas e quimiocinas que promovem o recrutamento de leucócitos do sangue e iniciam o reparo dos 
tecidos danificados. 
 
As APCs funcionam para apresentar os antígenos para o reconhecimento pelos linfócitos e para promover a ativação 
dos linfócitos. Elas incluem células dendríticas, fagócitos mononucleares e células dendríticas foliculares (FDCs). 
 
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
dupal
Realce
José Eduardo Palacio Soares – Bloco Febre – GT1 
Linfócitos B e T expressam receptores de antígenos altamente diversos e específicos e são as células responsáveis pela 
especificidade e memória das respostas imunes adaptativas. 
 
As células linfoides inatas são células efetoras do sistema imune inato, algumas das quais realizam funções similares 
às células T CD4+ ou CD8+ efetoras. Estas células, que incluem as células NK, não expressam receptores de antígenos 
altamente diversos e clonalmente distribuídos. 
 
Ambos os linfócitos B e T se originam de um precursor comum na medula óssea. O desenvolvimento da célula B 
prossegue na medula óssea, ao passo que os precursores da célula T migram e amadurecem no timo. Após a 
maturação, as células B e T deixam a medula óssea e o timo, entram na circulação e povoam os órgãos linfoides 
periféricos. 
 
As células B e T imaturas são linfócitos maduros que não foram estimulados pelo antígeno. Quando encontram o 
antígeno, eles proliferam e se diferenciam em linfócitos efetores que desempenham funções nas respostas imunes 
protetoras. 
 
Os linfócitos B efetores são plasmócitos secretores de anticorpo. As células T efetoras incluem as células T CD4+ 
secretoras de citocina e os linfócitos T citotóxicos CD8+. 
 
Alguns da progênie de linfócitos B e T ativados por antígenos se diferenciam em células de memória que sobrevivem 
por longos períodos em um estado quiescente. Estas células de memória são responsáveis pelas respostas rápidas e 
aumentadas às exposições subsequentes aos antígenos. 
 
Os órgãos do sistema imune podem ser divididos em órgãos linfoides geradores, ou primários (medula óssea e timo), 
onde os linfócitos amadurecem,e órgãos periféricos, ou secundários (linfonodos, baço e sistemas imunes mucosos e 
cutâneos), onde linfócitos imaturos são ativados pelos antígenos. 
 
A medula óssea contém as células-tronco para todas as células sanguíneas, incluindo linfócitos, e é o local de 
amadurecimento de todos esses tipos celulares, exceto as células T, que amadurecem no timo. 
 
O fluido extracelular (linfa) é constantemente drenado dos tecidos, através dos linfáticos, para os linfonodos e, 
eventualmente, para o sangue. Os antígenos microbianos são carreados em forma solúvel e dentro das células 
dendríticas na linfa para os linfonodos, onde eles são reconhecidos pelos linfócitos. 
 
Os linfonodos são os órgãos linfoides secundários encapsulados, localizados por todo o corpo ao longo dos linfáticos, 
onde células B e T imaturas respondem aos antígenos que são coletados pela linfa oriundos dos tecidos periféricos. 
 
O baço é um órgão encapsulado na cavidade abdominal onde células sanguíneas senescentes ou opsonizadas são 
removidas da circulação, e no qual os linfócitos respondem aos antígenos originados do sangue. 
 
O linfonodo e a polpa branca do baço são organizados em zonas de célula B (os folículos) e zonas de célula T. As áreas 
de célula T também são locais de residência das células dendríticas maduras, que são APCs especializadas para a 
ativação das células T imaturas. 
 
As FDCs residem nas áreas de células B e servem para ativar as células B durante as respostas imunes humorais aos 
antígenos proteicos. O desenvolvimento dos tecidos linfoides secundários depende de citocinas e células indutoras de 
tecido linfoide. 
 
 
 
 
 
 
 
dupal
Realce

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes