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DIREITOS SOCIAIS E SUA EFETIVIDADE

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1 
 
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA 
FLÁVIA RAMOS 
DIREITOS SOCIAIS E SUA EFETIVIDADE 
Palhoça 
 
 
 
 
2 
 
2017 
FLÁVIA RAMOS 
DIREITOS SOCIAIS E SUA EFETIVIDADE 
Artigo Científico apresentado ao Curso de Graduação 
em Direito da Universidade do Sul de Santa Catarina 
como requisito parcial para aprovação. 
Prof. Alexandre Botelho, MSC. 
Palhoça 
2017 
 
 
 
 
 
3 
 
RESUMO 
 
O presente artigo tem o objetivo de exemplificar os direitos sociais e de como 
deveriam ser efetivados de fato em sociedade, como está descrito em lei. De fato, os direitos 
sociais são essenciais para a garantia da estabilidade do ser humano e para a sua sobrevivência 
em alguns casos. Esses direitos tem o intuito de manter a igualdade entre os povos que vivem 
em sociedade. São cruciais para que um país consiga crescer em qualidade de vida e em 
desenvolvimento econômico e social. Com a opinião de alguns autores, conseguimos ter 
alguma base de quais necessidades esses direitos são tirados, e de como a sua concessão é 
necessária para garantir condições de uma vida digna, e o surgimento igualdades entre os 
indivíduos. Enfim, nessa proposição os direitos argumentados no exposto, serão o direito à 
educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer, segurança, previdência 
social, maternidade e assistência aos desamparados, previstos no artigo 6º da Constituição da 
República Federativa do Brasil. 
 
 
 
Palavras-chave Direitos Sociais. Igualdade. Social. 
 
 
 
 
 
 
4 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO 5 
2. DESENVOLVIMENTO 5 
2.1 ABORDAGEM HISTÓRICA DOS DIREITOS SOCIAIS 6 
2.2 FINALIDADE DOS DIREITOS SOCIAIS 6 
2.3 DIREITOS SOCIAIS 7 
2.3.1 DIREITOS À EDUCAÇÃO 8 
2.3.2 DIREITO À SAÚDE 8 
2.3.3 DIREITO À ALIMENTAÇÃO 9 
2.3.4 DIREITO AO TRABALHO 10 
2.3.5 DIREITO À MORADIA 10 
2.3.6 DIREITO AO TRANSPORTE 10 
2.3.7 DIREITO AO LAZER 11 
2.3.8 DIREITO À SEGURANÇA 11 
2.3.9 DIREITO À PREVIDÊNCIA SOCIAL E ASSISTÊNCIA SOCIAL 11 
2.3.10 DIREITO E PROTEÇÃO À MATERNIDADE E À INFÂNCIA 12 
2.3.11 ASSISTÊNCIA AOS DESAMPARADOS 13 
3. CONCLUSÃO 15 
REFERÊNCIAS 16 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1 INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem por objeto o estudo da relevância da aplicabilidade dos 
direitos sociais obtidos na promulgação da Constituição Federal de 1988. O tema ao qual me 
propus a analisar com o intuito de reconhecer, dentre os direitos sociais adquiridos, os direitos 
de livre expressão, educação, moradia, atitudes, reunião. Em vista do parâmetro delineado, 
constitui-se como objetivo geral deste trabalho proporcionar dúvidas e possíveis soluções 
quanto a sua efetividade desse direitos diante a sociedade. Por certo não se estabelecerá um 
ponto final em referida discussão, pois hoje, mesmo com esse grande avanço nos direitos, a 
situação continua precária. A análise do objeto do presente estudo incidirá sobre as diretrizes 
teóricas propostas por Norberto Bobbio, na obra Era dos Direitos, José Afonso da Silva, na 
obra Curso de Direito Constitucional Positivo, Ana Paula de Barcellos na obra A Eficácia 
Jurídica dos Princípios constitucionais. O princípio da dignidade da pessoa humana, Cláudia 
Ramalho em sua obra Desafios para o Lazer como prática social cidadã, Jayme Benvenuto 
Lima Junior em sua obra Os Direitos Humanos Econômicos, Sociais e Culturais e Ronei 
Plácido Ribeiro, na Monografia Direitos Sociais na Constituição de 1988 e sua efetividade 
jurisdicional, entre outras fontes de pesquisa. O trabalho em questão irá se desenvolver por 
meio de pesquisas bibliográficas e através destas se estabelecerá uma cronologia didática 
apresentando a trajetória histórica dos direitos sociais, a finalidade de seu surgimento e a 
garantia da eficácia do direito social à sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
DESENVOLVIMENTO
Os direitos sociais são necessários para todos os indivíduos da sociedade, seja ele 
de maior ou menor renda financeira. Eles resguardam a liberdade da pessoa. O direito quando 
efetivado é muito importante para a segurança, a dignidade, a sobrevivência e o lazer. 
2.1 ABORDAGEM HISTÓRICA DOS DIREITOS SOCIAIS 
O surgimento dos direitos sociais, se fez a partir da promulgação da Constituição de 1988. 
Assim, existiu a necessidade de algumas exigências em relação a mão de obra escrava e 
jornadas de trabalho excessivas que existiam, reivindicando assim o fim delas. No século 
XIX, os movimentos socialistas contribuíram significativamente para o fortalecimento desses 
direitos. 
Foi nessa época também, que surgiu a expressão social que era entendida como a busca da 
justificação das dificuldades para a efetivação do justo social e também, a maneira de 
encontrar os meios para a solução do mesmo. 
Enquanto o liberalismo, declarado pela Revolução Francesa, assegurava a liberdade e o fim 
do Estado absolutista, os movimentos sociais buscavam proporcionar uma vida social digna 
para as pessoas. (LIMA JÚNIOR, 2001) 
No Brasil, os direitos sociais, mesmo que de modo mínimo, surgiram em 1824, com base no 
modelo das declarações de direito da Revolução Francesa de 1789. A constituição de 1934 foi 
a primeira a proclamar uma ordem econômica e social. Apesar disso, somente na Constituição 
de 1988 engrandeceu estes direitos ao plano de direitos fundamentais do cidadão. 
 
2.2 FINALIDADE DOS DIREITOS SOCIAIS 
Os Direitos Sociais são reconhecidos no âmbito internacional em documentos 
como a Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948 e o Pacto Internacional dos 
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, de 1966, bem como pela Constituição de 1988. 
 
Os constituintes americanos relacionaram os direitos do indivíduo ao bem comum da 
 
 
 
 
7 
 
sociedade. Os constituintes franceses pretendiam afirmar primária e exclusivamente 
os direitos dos indivíduos. Bem diversa será a idéia na qual se inspirará a 
Constituição jacobina, que é encabeçada pelo art. 1º, no qual se diz: ''Finalidade da 
sociedade é a felicidade comum''; essa Constituição põe em primeiro plano o que é 
de todos em relação ao que pertence aos indivíduos, o bem do todo em relação ao 
direito das partes. (BOBBIO, 1992, p. 84) 
 
Diante disto, a Constituição deveria ter como objetivo próprio o bem comum da 
sociedade. E a partir do surgimento dos direitos sociais, poderia se alavancar uma esperança 
ao que se chamava de trabalho escravo e vida miserável. Os problemas poderiam desaparecer 
caso tudo corresse da forma em que estava descrito em lei. 
A efetivação dos direitos sociais tem como finalidade proporcionar aos indivíduos 
da sociedade a garantia de respeito à vida, à liberdade, à igualdade e a dignidade, para que 
todos possam desenvolver sua individualidade de maneira estável. 
 
2.3 DIREITOS SOCIAIS 
Os direitos sociais até então, são efeitos de muitos movimentos sociais históricos 
que buscaram pelos direitos e dignidade do ser humano. Com isso, todos têm direito de exigir 
seus direitos sociais, e a sua efetividade. 
Naturalmente a expressão “segurança”, quando citada, assume de forma natural o 
sentido de garantia, proteção e bem estar. Sob a postura da segurança social temos a definição 
expressa que a define através da aplicabilidade de vários meios que garantam aos indivíduos 
e suas famílias condições sociais dignas. (SILVA, 2000). 
 
Em à relação dos direitos sociais, José Afonso da Silva (2011, p. 286-289) 
explica: 
 
 
Assim, podemos dizer que os direitos sociais, como dimensão dos direitos 
fundamentais do homem, são prestações positivas proporcionadas pelo Estado 
direta ou indiretamente, enunciadas em normasconstitucionais, que possibilitam 
melhores condições de vida aos mais fracos, direitos que tendem a realizar a 
igualização de situações sociais desiguais. São portanto, direitos que se ligam ao 
direito de igualdade. 
 
 
 
 
 
8 
 
 
Conforme está descrito no artigo 6º da Constituição Federal do Brasil, são direitos 
da sociedade, a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, 
a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados. 
 
2.3.1 DIREITOS À EDUCAÇÃO 
 
Diante do artigo 205 da Constituição, que garante o direito à educação, é exposto 
que mesmo que o indivíduo tem garantia, mas que é também dever do Estado e da família 
com a cooperação da sociedade, estabelecendo que: 
 
 
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e 
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da 
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o 
trabalho. 
 
 
O direito a educação é um direito fundamental para todos os cidadãos brasileiros 
amparados pela nossa Constituição Federal de 1988, no seu artigo 6º, portanto é um direito 
humano fundamental que tem um lugar de destaque na lista dos direitos humanos, e 
consequentemente é um direito indispensável que os brasileiros exerçam a sua cidadania. 
Entres todos os direitos, o direito a educação é indispensável. 
 
2.3.2 DIREITO À SAÚDE 
A saúde é essencial, pois toda pessoa, independente da sua renda e social, tem 
direito à vida. E nisso, se encaixa o direito à saúde, para situações de tratamentos à doenças e 
acidentes. 
Podemos analisar no artigo 196, da Constituição a forma que o Estado reconhece 
esse direito: 
 
 
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
 
 
 
 
9 
 
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao 
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e 
recuperação. 
 
 
A lei 8.080 de 1990, fala sobre as características para a promoção, assistência e 
recuperação da saúde, a coordenação e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá 
outras providências, e a lei 8.142 de 1990, que dispõe sobre a participação da comunidade no 
Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos 
financeiros na área da saúde. Essas leis regulamentam esses princípios, reafirmando a saúde 
como direito universal e vital do ser humano. 
Há um problema quanto a não efetividade da saúde pública, pois, há uma 
superlotação nos hospitais e nos postos de saúde. Existe também a falta de medicamentos e 
materiais essenciais para esses locais recebam os doentes e os que necessitam de saúde 
pública. 
2.3.3 DIREITO À ALIMENTAÇÃO 
Em 2010 foi aprovada a Emenda Constitucional nº 64, que inclui a alimentação no 
artigo 6º da Constituição Federal. No entanto, isso não quer dizer que necessariamente será 
garantido esse direito na prática. Isso ainda é um desafio a ser encarado. 
Esse direito está inserido na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948: 
 
Art. 25. 1.Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe 
assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à 
alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos 
serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, 
na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de 
subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade. 
 
 
A previsão da alimentação como um direito possui importante conquista para os 
que não possuem renda para sustento. A alimentação passa a ser um direito social, situada na 
Constituição Federal, essa preocupação deve fazer parte de todo programa de saúde pública 
do governo. Isso quer dizer que o Estado não poderá mais ficar parado e terá que encontrar 
um jeito de garantir alimentação para os que necessitam. 
 
 
 
 
10 
 
2.3.4 DIREITO AO TRABALHO 
Ao afirmar o trabalho como direito social, a Constituição ampara o direito ao 
trabalho, mas também e principalmente o direito ao emprego, como garantia de igualdade, 
liberdade e inclusão na sociedade. 
Um marco importante para que o trabalho pudesse ser protegido de forma integral 
por leis estatais foi a Revolução Industrial, onde o trabalho era realizado de forma escrava 
com duração de até dezoito horas diárias, muito mal remunerado e em condições prejudiciais 
na qual o homem tinha que acompanhar o ritmo da máquina de forma constante. 
A Constituição atual incluiu normas trabalhistas no que se diz respeito aos 
Direitos Sociais. Como se percebe, à medida que as Constituições foram se evoluindo, os 
direitos trabalhistas evoluíram também. A Constituição hoje defende o trabalho como 
indispensável e essencial para uma vida com dignidade. 
2.3.5 DIREITO À MORADIA 
Esse direito foi inserido na Constituição pela Emenda Constitucional de nº 26, de 
2000. A busca de um lugar para moradia é desde os tempos antigos uma necessidade do ser 
humano, principalmente aos cidadãos de renda inferior. 
Esse direito foi um avanço para os indivíduos que possuem uma maior 
necessidade de auxílio do Estado para a sobrevivência, e principalmente a moradia. Por isso, a 
efetivação de projetos sociais feitos pelo Estado, ajudam nesse ponto. Famílias que não tem 
renda alguma para sobrevivência própria e familiar. Ainda há muito o que ser feito em relação 
ao auxílio e efetivação de direitos de moradia, pois como podemos observar ainda existem 
muitas famílias sem assistência adequada. 
2.3.6 DIREITO AO TRANSPORTE 
O transporte tem grande importância em nossa sociedade. Pois é com a efetivação 
desse direito que o povo pode chegar ao trabalho, à escola, aos compromissos de lazer. Por 
isso, sua existência e qualidade devem ser cobradas por todos, sejam usuários de transporte 
público ou não. 
O transporte é um direito essencial, que não pode ser visto como qualquer direito 
público, pois, todos precisam ter acesso e o governo tem que disponibiliza esse serviço. 
Assim como os demais direitos que asseguram o 6º artigo da Constituição, o 
 
 
 
 
11 
 
direito ao transporte necessita de mais atenção. Pois como já dito em outro momento, é 
essencial para o acesso dos indivíduos da sociedade. E também, tem que haver uma certa 
atenção do poder público, pois as situações atuais estão precárias e necessitam de mudanças. 
2.3.7 DIREITO AO LAZER 
Além de ser reconhecido como direito social, o direito ao lazer é reconhecido 
como direito urbanístico. O lazer é necessário para que o ser humano possa descansar, se 
relacionar com outras pessoas, realizar atividades físicas, esportes, ou seja, tenha um 
momento de folga após do trabalho para recarregar as energias. Tanto para os adultos, o lazer 
também é destinado às crianças e aos adolescentes, que usam esse direito para criar, brincar, 
incentivando assim a sua criatividade e ajudando no seu desenvolvimento. 
Cláudia Ramalho (2008) declara que é dever das instituições sociais garantir o 
direito ao lazer. 
 
 
As instituições, como família, escola, empresa, igreja, clube, centro cultural e 
outras, tem o dever de criar oportunidades de diferentes tempos e espaços 
educativos para que elas possam vivenciar diversificados conteúdos culturais do 
Lazer com autonomia. O Estado deve cumprir seu papel na regulamentação do 
Lazer e o dever de prover as condições mínimas necessárias para que todas as 
crianças e suas famílias tenham acesso aos bens culturaisde Lazer disponíveis na 
sociedade. 
 
. 
2.3.8 DIREITO À SEGURANÇA 
A segurança no meio dos direitos sociais mostra a finalidade de induzir o poder 
público a fornecer condições de segurança para que a sociedade exerça suas ações de forma 
segura. 
O problema com a segurança pública tem gerado muita polêmica nos tempos 
atuais. A sociedade não se sente mais segura na própria residência, onde deveria ser o lugar 
mais seguro. Apenas se vê notícias de assaltos, violência e crimes. O Estado tem o poder e a 
obrigação de dar segurança a todos, inserindo atividades de prevenção ao crime. 
2.3.9 DIREITO À PREVIDÊNCIA SOCIAL E ASSISTÊNCIA SOCIAL 
No Brasil, o trabalhador que contribui mensalmente para a Previdência Social é 
 
 
 
 
12 
 
chamado de segurado e tem benefícios e serviços oferecidos pelo Instituto Nacional do 
Seguro Social (INSS), como a aposentadoria, a pensão por morte, salário-maternidade, 
auxílio-doença, entre outros. 
 
O artigo 201 garante ao trabalhador e sua família: 
 
A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter 
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o 
equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa 
renda; 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e 
dependentes, observado o disposto no § 2º. 
 
Esses direitos são assegurados para todos que contribuem para a Previdência 
Social. Atualmente, houve algumas modificações que fizeram com que os cidadãos ficassem 
intrigados. Mas não como não é o foco deste artigo, não irei me prolongar. 
 
A Lei 8.742/93, por meio de seu artigo 2º, estabelece os objetivos da assistência 
social: 
 
 
A assistência social tem por objetivos: 
I - a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção 
da incidência de riscos, especialmente: 
a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes; 
c) a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
d) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua 
integração à vida comunitária; e 
e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência 
e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de 
tê-la provida por sua família; 
Parágrafo único. Para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de 
forma integrada às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimento de 
condições para atender contingências sociais e promovendo a universalização dos 
direitos sociais. 
 
 
O Parágrafo Único desse artigo estabelece a finalidade da assistência social, 
levando à dignidade ao cidadão e direito aos serviços de qualidade. 
 
2.3.10 DIREITO E PROTEÇÃO À MATERNIDADE E À INFÂNCIA 
Esse direito além de constar no 6º artigo da Constituição Federal do Brasil, está 
 
 
 
 
13 
 
descrita no inciso XVIII do 7º artigo, que assegura licença à gestante, sem o prejuízo do 
emprego e do salário, com duração de cento e vinte dias. 
Nesse quesito, dá para que notar o aumento do período que a gestante tem a mais para a 
licença. Além do mais, se assegura também a estabilidade provisória que começa na 
confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. 
É necessário se entender que esse direito é apenas para as mulheres inscritas no 
sistema de previdência social. E não se abrange apenas as que estiverem empregadas, mas 
também, aquelas que são autônomas e estão vinculadas a esse sistema. 
O inciso XIX do 7º artigo se prevê a licença paternidade. Essa lei ainda não foi editada, sendo 
assim, o pai tem fixado cinco dias para afastamento. Houve uma ampliação de licença, pois o 
artigo 473, inciso III, da Consolidação das Leis do Trabalho previa apenas um dia de 
afastamento remunerado. 
 
2.3.11 ASSISTÊNCIA AOS DESAMPARADOS 
Os benefícios de assistência aos desamparados são diferentes dos direitos que tem 
como base a Previdência Social. Esses benefícios são para concedidos aqueles que contribuem 
para o sistema. 
O auxílio-gás e o programa de renda mínima às famílias carentes da Lei 9.533 de 
1997, unidos no Programa Bolsa Família instituído pela Lei 10.836, do ano de 2004, são 
exemplos de benefícios assistenciais, não precisando de contribuição. 
Mesmo esses benefícios sendo essenciais e úteis para tantas famílias que necessitam de 
amparo, muitas famílias não têm esse acesso e nem recebem esse direito. O benefício de 
maior importância é sem dúvida o de prestação continuada. Que está descrito no Artigo 203 
da Constituição: 
 
 
A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de 
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: 
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção 
de sua integração à vida comunitária; 
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de 
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria 
manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. 
 
 
 
 
14 
 
 
 
No inciso V, está mais explicado esse benefício. Que garante ao portador de 
deficiência e ao idoso que não possuem meios de auto sobrevivência, um salário mínimo de 
benefício mensal. 
Esses são apenas alguns benefícios de tantos que podem e precisam ser feitos, 
pois existem muitas pessoas que estão em situações desesperadoras de sobrevivência que 
precisam de amparo do Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 3 CONCLUSÃO 
O presente artigo teve como objetivo único e direto, a compreensão e a definição 
dos direitos sociais quando efetivados na sociedade. Esse tema parece bastante fácil de se 
compreender, pois, poderia eu expressar isso nessa conclusão, mas existe mais do que apenas 
a compreensão de cada um dos direitos para os indivíduos da nossa sociedade. É uma 
ingenuidade pensarmos que cada um desses direitos descritos no 6º artigo da Constituição está 
tendo efetividade na vida do povo da nação brasileira. A ideia de direito social nos da noção 
de um direito que é disponível para todos a qualquer momento de modo simples. Mas não é. 
Existe a dificuldade de o cidadão encontrar a real efetividade de cada um dos seus direitos que 
são expressamente oferecidos pela Constituição. Existiram para que esses direitos existissem, 
muitos movimentos sociais, muita luta. Mas ainda existe muito o que encarar, falta muito o 
que ser feito para que o povo esteja completamente amparado. Não somente o povo de baixa 
renda necessita desses direitos, mas sim, todo e qualquer cidadão. 
É necessário a inclusão de programas de assistência médica mais ampla, 
transporte público adequado a alta demanda dos usuários, assistência aos estudantes que 
necessitam de uma educação de qualidade para um futuro digno, amparo para os necessitados 
que não possuem auto sustento. A lei tem que garantir a efetividade desses direitos que foram 
garantidos a partir da aprovação da Constituição de 1988. Porém, isso não é um caso que será 
corrigido e posto em prática tão facilmente,é necessário a intervenção do estado para que ele 
faça valer seu posicionamento a partir da lei que já foi imposta, mas que por diversos 
momentos não são efetivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
REFERÊNCIAS
BARCELLOS, Ana Paula de. A Eficácia Jurídica dos Princípios constitucionais. O 
princípio da dignidade da pessoa humana. . Rio de Janeiro, Renovar, 3ª ed. 2011. 
 
 
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Rio de 
Janeiro: Campus, 1992. 
 
 
LIMA JUNIOR, Jayme Benvenuto. Os Direitos Humanos Econômicos, Sociais e 
Culturais. Rio de Janeiro: Renovar, 2001. 
 
 
RAMALHO, Claudia. Desafios para o Lazer como prática social cidadã, 2014. 
 
 
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 18. ed. São Paulo: 
Malheiros, 2000. 
 
 
SILVA, José Afonso de. Curso de Direito Constitucional Positivo. 34. ed., São Paulo: 
Malheiros, 2011. 
 
RIBEIRO, Ronei Plácido. DIREITOS SOCIAIS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 E SUA 
EFETIVIDADE JURISDICIONAL.73 f. Monografia - Curso de Direito. Fundação 
Universidade Federal de Rondônia, 2016. 
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: 
promulgada em 5 de outubro de 1988. Organização do texto: Juarez de Oliveira. 4. ed. São 
Paulo: Saraiva, 1990. 
 
 
Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: 
<http://www.ohchr.org/EN/UDHR/Documents/UDHR_Translations/por.pdf> Acesso em: 17 
de junho de 2017. 
 
 
Direito ao transporte. Disponível em: 
<http://guiadedireitos.org/index.php?option=com_content&view=article&id=1246&Itemid=2
90> Acesso em: 17 de junho de 2017. 
 
 
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<http://www4.planalto.gov.br/consea/comunicacao/artigos/2014-1/direito-humano-a-
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17 
 
Direitos sociais: direito à moradia. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12892&revista_cad
erno=9> Acesso em: 23 de junho de 2017. 
 
Planalto. Disponível em 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>

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