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aula substancias sólidas em farmacotécnica

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FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS
PÓS
DEFINIÇÃO
Pós são misturas de fármacos e/ ou substâncias químicas, secas e finamente divididas, que podem ser destinadas para uso interno (pós orais) ou externo (pós tópicos)" (USP 23).
DEFINIÇÃO
 Provenientes de drogas naturais e ou substâncias químicas,
 Submetidas a um grau de divisão suficiente para lhes facilitar a administração ou extração dos princípios ativos,
 Pode constituir uma forma de administração direta ou obtenção de outras formas farmacêuticas.
CLASSIFICAÇÃO
Tópico 
Cicatrizantes (óxido de zinco)
Antimicóticos (miconazol) 
Talcos e polvilhos antissépticos ,dentifrícios
Interno 
Preparações em líquidos para administração oral (magistral) 
Intermediários de processo: comprimidos, cápsulas, drágeas. 
VANTAGENS
São mais estáveis na ausência de água;
Acondicionados, transportados, administrados e armazenados mais facilmente;
O sabor indesejável é mais marcante; 
Doses exatas;
A liberação controlada; 
Altas doses de fármaco;  
Velocidade de dissolução mais rápida.
DESVANTAGEM
Mascarar o sabor 
Os pós e grânulos a granel não são adequados para administração de pequenas doses; 
Inativados no estômago ou que possam causar danos na mucosa gástrica, os quais seriam melhor veiculados na forma de comprimidos ou cápsulas com revestimento entérico, por exemplo.
PÓS
Características
Partículas menores (reduzidas) facilitam a preparação de um pó mais homogêneo e aumentam a capacidade adsortiva (importante na formulação e antiácidos, antidiarréicos e pós tópicos, por exemplo)
Homogeneidade.
Tenuidade homogênea das partículas
PÓS
Preparo:
Trituração:
Reduzir o tamanho das partículas das substâncias químicas;
Eficiência obtida com uso do gral de superfície áspera (porcelana);
PÓS
Levigação: 
Reduz-se o tamanho de partículas sólidas pela trituração em um gral ou espatulação em uma placa com pequena quantidade de líquido no qual o sólido não é solúvel;
PÓS
Pulverização por intervenção :
 é empregada para substâncias que não permitem a trituração direta(estruturas cristalinas duras).
Se umedece primeiramente o sólido em um mínimo de solvente volátil adequado (composto interveniente). Tal como o álcool e a acetona. 
PÓS
Pulverização por intervenção :
 
Mistura-se então triturando, o sólido com o solvente até que este último evapore;
Exemplos:
 trituração da cânfora por intermédio do álcool,
 peróxido de benzoíla por intermédio da acetona
 metoxisaleno com álcool
PÓS
Tamisação
Operação farmacêutica que tem por objetivo separar frações de uma mistura em função do tamanho das partículas presentes.
 A finalidade é obter pós com partículas que tenham um determinado tamanho médio (mesma tenuidade). 
PÓS
O instrumento para realizar a tamisação é o tamis.
 Na farmácia, a tamisação é também utilizada na desagregação de pós como forma de otimizar o processo de mistura.
PÓS
CLASSIFICAÇÃO DOS TAMISES
O tamis é constituído por um aro de diâmetro variável que tem as extremidades fechadas com uma tela, aplicada de modo a ficar bem esticada.
PÓS
A tela do tamis é formada por uma trama de fios metálicos ou de náilon entrelaçados, que deixam intervalos quadrados livres denominados aberturas ou malhas.
Esta tela é a parte fundamental do tamis, pois é ela que, de acordo com a abertura das malhas, permite a separação das partículas submetidas à tamisação em função dos diâmetros das partículas.
TAMIS
Cada tamis é designado por um número que corresponde ao quadrado formado pelo espaço vazio interno de cada malha.
Não pode haver reação entre o tamis e o produto a tamisar;
Nº do tamis indica a abertura das malhas em micrômetros.
MESH - Nº de malhas por polegada linear-
1 polegada linear = 2,54 cm 
PÓS
ATENÇÃO:
TAMIS NÃO É PENEIRA.
PÓS
REGRAS GERAIS PARA O PREPARO DOS PÓS
Pulverizar cada componente do pó composto separadamente( granulometria diferente);
Tamisar para que cada pó simples apresente a mesma tenuidade;
A mistura deve ser feita adicionando primeiramente o componente de menor quantidade seguida das quantidades crescentes, como homogeneização após cada adição de pó.
PÓS
A mistura deve ser feita num gral, recipiente de plástico ou aço inox com tampa;
A adição de tinturas e extratos fluídos deve ser feita colocando os pós mais absorventes da mistura para que possam ser fixadas.
Na mistura de drogas que entram numa fórmula em quantidade muito DESIGUAIS, principiar pela trituração da droga MAIS ATIVA COM IGUAL VOLUME DE DILUENTE, reduzindo a pó a mesma tenuidade
PÓS
A operação prossegue adicionando à mistura (droga/diluente), uma quantidade de diluente e aproximadamente igual à somatória droga/diluente inicial já adicionado, e assim prossegue até que todo o diluente seja consumido ( DILUIÇÃO GEOMÉTRICA ).
PÓS
DILUIÇÃO DE FARMACOS POTENTES
Alguns fármacos são perigosos, devendo ser diluídos antes de permanecerem no Laboratório de Produção.
Ex. T3, T4, Colchicina, Capsaicina, Hormônios femininos, vitamina D3, 
Estes fármacos ao adentrarem na empresa, deverão ser imediatamente separados, e identificados devidamente.
PÓS
Algumas empresas optam por realizarem a diluição destes pós potentes e perigosos utilizando corantes 0,01% a 0,25%,0,5% para auxiliar na visualização de homogeneidade.
PÓS
Estes fármacos devem passar pela metodologia de diluição geométrica, que é uma técnica de homogeneização empregada para garantir, durante a mistura, a distribuição uniforme dos componentes da fórmula. 
PÓS
PROCEDIMENTO GERAL PARA DILUIÇÃO GEOMÉTRICA
-Passo 1: Os fármacos sólidos, a serem diluídos são colocados em um gral e reduzidos a um pó fino, um a um.
Passo 2: Com o objetivo de se avaliar visualmente o progresso posterior da mistura, é adicionado um corante, na proporção adequada ao peso total da diluição em pó ou diluído em um solvente volátil.
PÓS
PROCEDIMENTO GERAL PARA DILUIÇÃO GEOMÉTRICA
Passo 3: Um volume equivalente ao dos fármacos a serem diluídos, deve ser acrescentado do diluente no gral, e esta mistura de pó completamente miscigenada por trituração;
PÓS
PROCEDIMENTO GERAL PARA DILUIÇÃO GEOMÉTRICA
Passo 4: Acrescenta-se, então, uma nova quantidade de diluente, correspondente ao volume da mistura do pó contida no gral, repetindo-se a miscigenação por trituração;
PÓS
PROCEDIMENTO GERAL PARA DILUIÇÃO GEOMÉTRICA
Passo 5: O processo continua com a adição de volumes iguais do diluente ao pó contido no gral, repetindo a mistura até que todo o diluente seja incorporado.
EXEMPLO 1:10
1g de princípio ativo para 9g de excipiente.
1g excipiente +1g P.A. + 0,05g corante. (O excipiente é colocado primeiro no gral para fechar os poros): triture; 
 2g de mistura (já no gral) + 2g excipiente: triture;
 4g de mistura (já no gral) + 4g excipiente: triture;
 8g de mistura (já no gral) + 1,95g excipiente (é levada em consideração a soma do corante, pois no final a soma da mistura não deve ultrapassar 10g): triture
PÓS
Identificação do triturado diluído
Ao finalizar a diluição progressiva geométrica, identificar a diluição utilizada.
Ex. 1:10; 1:100; 1:1000.
Após, alimentar o sistema computadorizado, para que este identifique imediatamente o cálculo adequado para a produção de formulações utilizando o produto diluído.
PÓS
Validade do diluído.
Ao ser diluído, o fármaco não terá a mesma validade do
produto de origem.
 Assim sendo, para fármacos diluídos, é conveniente cada empresa realizar a validade conforme legislação vigente.
Algumas empresas colocam 90 dias da data de fabricação
de cada fármaco diluído, descartando-o quando esta validade expirar e realizando nova diluição.
Sugestão de diluições conforme a faixa posológica.
Faixa posológica Diluição sugerida F.C.
Até 0,1mg			1:1000		 1000
De 0,1 a 1 mg		1:100		 100
De 1 a 10mg		1:10		 10	
PÓS
Acondicionamento
Várias formas de embalagens:
Folha de papel manteiga dobrada adequadamente;
Sachês aluminizados com revestimento interno por filme plástico;
Sachês de plástico;
Flaconetes de plástico;
PÓS
ARMAZENAMENTO E ESTOCAGEM
Na rolulagem identificar:
Locais secos;
Protegidos da luz e calor;
PÓS
Pós Higroscópicos
São aqueles que absorvem a umidade do ar.
PÓS
Pós deliqüescentes
São substâncias higroscópicas que absorvem a umidade do ar se liquefazendo parcialmente ou totalmente .
Relação de algumas substâncias higroscópicas e deliqüescentes.
Brometo de Amônio,Cloreto de Amônio,Iodeto de Amônio,Brometo de Cálcio,Cloreto de Cálcio,Sulfato de Efedrina,Bromidrato de Hioscinamina, Citrato de ferro amoniacal,Pepsina,Cloreto de Alumínio,Cloreto de Benzalcônio,Fosfato sódico de betametasona,Pantotenato de cálcio,Carbomeros,Cloral Hidratado,Cromoglicato de sódio,Dexpantenol,Heparina sódica,Fenitoína sódica, Acetato de potássio.
Medidas corretivas
- A higroscopia e a deliqüescência podem ser atenuadas
com o controle da umidade relativa do ar através do uso de
desumidificador e ar condicionado;
Medidas corretivas
Quando se trabalha com pós deliqüescentes ou higroscópicos é aconselhável mantê-los vedados com papel alumínio ou filme plástico durante o processo de manipulação, evitando assim a exposição à atmosfera úmida.
- A adição de substâncias absorventes (ex: carbonato de magnésio,óxido de magnésio leve, dióxido de silício coloidal) pode reduzir a tendência à higroscopia de pós.
PÓS
Pós eflorescentes
 Substâncias cristalinas ou hidratadas que ao serem pulverizadas liberam água de cristalização ou de hidratação. 
Esta água pode ser liberada durante a manipulação ou com a exposição a um ambiente de baixa umidade relativa. 
A água liberada do pó pode torná-lo pastoso ou chegar a liquefazê-lo. 
PÓS
Medidas corretivas 
A eflorescência pode ser atenuada substituindo o sal hidratado pelo sal anidro ou, na impossibilidade da substituição, através da exsicação.
Controle da umidade dos laboratórios, controle da umidade relativa do ar, assim como da embalagem.
PÓS
Relação de algumas substâncias eflorescentes
Acetado de sódio,Acido citrico,Alumen,Borato de sódio , Bromidrato de escopolamina,Bromidrato de quinino,Cafeína monoidratada,Carbonato de sódio (decahidratado),Ciclofosfamida, Cloridrato de quinino,Cafeína monoidrato,Codeína,Fosfato de codeína,Fosfato de cálcio,Lactado de cálcio,Sulfato de atropina, Sulfato de cobre,Sulfato de codeína,Sulfato de quinino,Sulfato ferroso
ALTERAÇÕES E INCOMPATIBILIDADES DOS PÓS
Misturas Eutéticas
É definida como aquela que resulta da mistura de componentes sólidos cuja a proporção lhe confira o ponto de fusão inferior ao de qualquer dos componentes isolados.
Trata-se da mistura sólidos que se liquefaz ou se torna pastosa em temperatura ambiente.
PÓS
Algumas substâncias que quando misturadas formam misturas eutéticas.
 				 	
Ácido acetilsalicilico			 Mentol
Cânfora					Salicilatos
Cloral Hidratado				Benzocaína
PÓS
Medidas Corretivas
- A mistura eutética pode ser evitada interpondo entre os pós incompatíveis um pó absorvente. 
Relação de pós absorventes ( Substâncias que podem evitar a formação de misturas eutéticas)
Carbonato de magnésio
Óxido de magnésio leve
Caolim
Fosfato de calcio dibásico
Fosfato tricálcico
Amido
Talco
Lactose
Dióxido de silício coloida ( Aerosil 200)
PÓS
Misturas explosivas
Podem ocorrer quando um agente oxidante forte é triturado (ex.: trituração em um gral) com um agente redutor forte.
Ex: nitritos com iodetos;ácido nítrico com glicerina, iodo com tiossulfato, nitrato de prata com açúcares.
PÓS
PREPARAÇÕES PARA DISPENSAÇÃO (PÓS)
 Pós a granel
 Pós para uso externo
 Pós secos para inalações
 Pós para reconstituição
FATOR DE CORREÇÃO
Fator de Correção (FCr): fator utilizado para corrigir a diluição de uma substância, o teor de princípio ativo, o teor elementar de um mineral ou a umidade.
 Essas correções são feitas baseando-se nos certificados de análise das matérias-primas ou nas diluições feitas na própria farmácia.
 Para calcular o Fator de Correção (FCr), divide-se 100 pelo teor da substância ou do elemento.

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