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CONTRATACAO-DIRETA-SEM-LICITACAO-DISPENSA-E-INEXIGIBILIDADE

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ 
Caio Vinicius Rezende 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTRATAÇÃO DIRETA SEM LICITAÇÃO: 
DISPENSA E INEXIGIBILIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2010 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTRATAÇÃO DIRETA SEM LICITAÇÃO: 
DISPENSA E INEXIGIBILIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2010 
2 
 Caio Vinicius Rezende 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTRATAÇÃO DIRETA SEM LICITAÇÃO: 
DISPENSA E INEXIGIBILIDADE 
 
Monografia apresentada ao curso de Direito da 
Faculdade de Ciências Jurídicas da 
Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito 
parcial para a obtenção do título de bacharel em 
Direito. 
Orientador: Luciano Elias Reis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2010 
3 
TERMO DE APROVAÇÃO 
Caio Vinicius Rezende 
 
 
 
CONTRATAÇÃO DIRETA SEM LICITAÇÃO: 
DISPENSA E INEXIGIBILIDADE 
 
 Essa monografia foi julgada e aprovada para obtenção do título de Bacharel no curso de 
Direito, da Faculdade de Ciências Jurídicas, da Universidade Tuiuti do Paraná. 
 
 
Curitiba, de de 2010. 
 
 
___________________________ 
 
 
 Coordenador: Prof° Eduardo de Oliveira Leite 
Direito 
Universidade Tuiuti do Paraná 
 
 
 
Orientador: Prof° Luciano Elias Reis 
Universidade Tuiuti do Paraná 
 
 
 Prof° 
Universidade Tuiuti do Paraná 
 
 
 
 Prof° 
Universidade Tuiuti do Paraná 
 
 
 
 
4 
DEDICATÓRIA 
 
 Desejo dedicar este trabalho ao meu avô Moacir Rezende, o qual, hoje 
falecido, sempre acreditou em mim e tenho certeza que ficaria muito feliz de 
estar na minha formatura. 
Entretanto, a vida nos reserva algumas coisas, não erradas, mas diferente 
daquilo que estamos esperando, então não temos a oportunidade de mostrar 
algumas conquistas às pessoas que amamos, mas hoje tenho certeza, de que se 
meu avô conseguir sentir o que está acontecendo aqui na vida terrena, ele estará 
muito feliz pela minha vitória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
AGRADECIMENTOS 
 
 Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, pois é Ele quem me 
concedeu a oportunidade de iniciar esta caminhada e me deu força para ir até o 
final. 
 Agradeço minha família e amigos, em especial a meus pais, os quais 
sempre estiveram torcendo por mim. 
 Também quero deixar meus especiais agradecimentos a minha esposa 
Alessandra, a qual sempre me ajudou, com palavras de incentivo e força, e ainda, 
pela paciência que sempre teve em meus momentos de nervosismo em virtude da 
sobrecarga. 
 Deixo meus sinceros agradecimentos a todos aqueles que de uma forma ou 
outra um dia me ajudaram, que estavam dispostos a estender a mão quando eu 
necessitava, bradando em meu coração uma eterna gratidão. 
 
 
 Obrigado. 
 
 
 
 
 
 
6 
SUMÁRIO 
 
 
 
RESUMO 07 
1 INTRODUÇÃO................................................................................ 08 
2 LICITAÇÃO..................................................................................... 10 
2.1 CONCEITO..................................................................................... 10 
2.2 FINALIDADE ................................................................................ 11 
2.3 OBJETO.......................................................................................... 12 
2.4 PRINCÍPIOS................................................................................... 13 
2.4.1 Legalidade.................................................................................... 14 
2.4.2 Impessoalidade............................................................................. 14 
2.4.3 Moralidade................................................................................... 14 
2.4.4 Igualdade...................................................................................... 15 
2.4.5 Publicidade................................................................................... 15 
2.4.6 Probidade Administrativa............................................................. 15 
2.4.7 Da vinculação ao instrumento convocatório................................ 16 
2.4.8 Julgamento objetivo..................................................................... 16 
3 OBRIGATORIEDADE DE LICITAR........................................... 17 
4 BREVE ANÁLISE DAS MODALIDADES DE LICITAÇÃO.... 19 
4.1 CONCORRÊNCIA......................................................................... 20 
4.2 TOMADA DE PREÇOS................................................................. 21 
4.3 CONVITE....................................................................................... 22 
4.4 CONCURSO................................................................................... 23 
4.5 LEILÃO.......................................................................................... 23 
4.6 PREGÃO......................................................................................... 24 
5 CONTRATAÇÃO DIRETA SEM LICITAÇÃO.......................... 25 
5.1 NOÇÕES GERAIS......................................................................... 25 
5.2 DISPENSA...................................................................................... 27 
5.3 INEXIGIBILIDADE....................................................................... 40 
5.3.1 Sistematização de causas de inviabilidade de competição........... 41 
5.3.1.1 Ausência de pluralidade de alternativas.................................... 41 
5.3.1.2 Por ausência de “mercado concorrencial”................................. 41 
5.3.1.3 Por impossibilidade de julgamento objetivo............................. 42 
5.3.1.4 Por ausência da definição objetiva da prestação....................... 42 
5.3.2 Legislação..................................................................................... 43 
5.3.2.1 Inciso I....................................................................................... 44 
5.3.2.2 Inciso II..................................................................................... 45 
5.3.2.3 Inciso III.................................................................................... 46 
5.3.3 Outras hipóteses de inexigibilidade............................................. 47 
CONCLUSÃO............................................................................ 49 
FONTES BIBLIOGRÁFICAS........................................... 51 
 
 
7 
RESUMO 
 
 
 
O objetivo deste trabalho é verificar os casos de exceção à obrigatoriedade de 
licitar, que é a regra capitulada no art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal. 
Ressalta-se que o mesmo dispositivo legal da carta magna que dispõe sobre a 
regra da licitação, prevê também, a possibilidade da existência de exceções por 
meio de legislação específica. Desta forma, a Lei n° 8.666/93 prevê hipóteses em 
que a Administração Pública poderá realizar a contratação direta, matéria, esta, 
que será escopo do presente estudo, em especial a dispensa e inexigibilidade de 
licitação. 
 
Palavras-chave: contratação direta sem licitação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
1. INTRODUÇÃO 
 
A presente monografia tem como escopo trazer uma base relativa ao 
estudo da contratação direta sem licitação, em especial da dispensa e 
inexigibilidade, temas que serão minuciosamente tratados e analisados no 
decorrer deste estudo. 
Preliminarmente será realizada uma distinçãona forma de contratação 
entre as empresas particulares e a Administração Pública, seja para prestação de 
serviços, adquirir ou alienar produtos, e outros. 
Verifica-se que aos particulares é dada total liberdade de contratação, 
podendo para tanto, fazer pesquisa de mercado e ajustar com a empresa que 
melhor lhe convier, possuindo a faculdade de escolha. 
Entretanto, para que o ente governamental possa adquirir ou locar bens, 
alienar, realizar obras ou serviços, entre outros, necessita obedecer a um 
procedimento recheado de princípios, que é denominado de licitação. 
Tal procedimento tem suas normas gerais elencadas na Lei Federal n° 
8.666/93, possuindo seis modalidades, as quais faremos uma breve análise no 
decorrer do estudo. 
A licitação é um procedimento que precisa ser obedecido pela 
Administração, quando a mesma for realizar as contratações acima descritas. 
Todavia, esta regra possui algumas exceções, onde a pessoa governamental não 
necessitará para contratar, passar por todo um procedimento licitatório. 
9 
As exceções são intituladas de contratação direta que será o escopo do 
presente estudo, portanto, será feita analise breve sobre o que vem a ser licitação, 
verificando seus conceitos, finalidades, princípios, modalidades, e, 
posteriormente, um exame minucioso no que se trata de contratação direta dentro 
do procedimento licitatório, observando em especial os casos de dispensa e 
inexigibilidade de licitação. 
Desta forma, neste momento serão analisados separadamente cada ponto 
ora citado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
2. LICITAÇÃO 
Preliminarmente, cabe fazer uma consideração quanto à distinção entre a 
forma de contratação usada pelas empresas particulares e a Administração 
Pública. 
Verifica-se que os particulares possuem liberalidade na hora de contratar 
com terceiros, podendo para tanto, fazer pesquisa de mercado e ajustar com a 
empresa que melhor lhe convier, possuindo a faculdade de escolha. 
Entretanto, para que o ente governamental possa adquirir ou locar bens, 
alienar, realizar obras ou serviços, entre outros, necessita obedecer a um 
procedimento recheado de princípios denominado licitação. 
Observa-se que se faz necessário à realização do procedimento licitatório 
para que a Administração Pública possa contratar, portanto neste momento se 
passa a estudar tal fenômeno. 
 
2.1. CONCEITO 
Com já salientado no presente estudo para que a Administração Pública 
possa adquirir, alienar, locar bens, contratar a execução de obras ou serviços, 
precisa preliminarmente promover um procedimento denominado licitação, em 
que se abre disputa entre interessados no objeto determinado, podendo o ente 
governamental escolher a proposta mais vantajosa e conveniente ao interesse 
público. 
Celso Antonio Bandeira de Mello conceitua licitação como, 
“Procedimento administrativo pelo qual uma pessoa governamental, 
pretendendo alienar, adquirir ou locar bens, realizar obras ou serviços, 
outorgar concessões, permissões de obra, serviço ou de exclusivo de 
11 
bem público, segundo condições por ela estipuladas previamente, 
convoca interessados na apresentação de propostas, a fim de 
selecionar a que se revele mais conveniente em função de parâmetros 
antecipadamente estabelecidos e divulgados”( 2004, p. 485). 
 
Hely Lopes Meireles define licitação como sendo “o procedimento 
administrativo mediante o qual a Administração Pública seleciona a proposta 
mais vantajosa para o contrato de seu interesse”. (2004 - p. 266). 
Lúcia Valle Figueiredo, aduz que “licitação é o procedimento 
administrativo formal, nominado, cuja finalidade é selecionar, o melhor 
contratante para a Administração, contratante, este, que lhe deverá prestar 
serviços, construir-lhe obras, fornecer-lhe ou adquirir-lhe bens” (2008, p. 472). 
A licitação, na ótica de José Cretella Junior é “o processo geral, prévio e 
impessoal empregado pela Administração para selecionar, entre várias propostas 
apresentadas, as que mais atende ao interesse público” (2003, p. 302) 
Portanto, verifica-se que o procedimento licitatório é o instrumento 
utilizado pelo Poder Público para selecionar uma proposta mais vantajosa para 
contratação de seu interesse. 
 
2.2. FINALIDADE 
No que concerne a finalidade do procedimento licitatório, se faz 
necessário previamente fazer menção o art. 3° da Lei Federal n° 8666/93, em 
especial sua primeira parte, conforme segue: 
“Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio 
constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa 
para a Administração e será processada e julgada em estrita 
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da 
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da 
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, 
do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.” (grifo nosso) 
12 
 Com a leitura do dispositivo legal supra citado, verifica-se a existência de 
dois objetivos dentro da licitação. 
 Analisando na ordem disposta acima, vislumbra-se que o primeiro é a 
observância do princípio constitucional da isonomia, ou seja, visa proporcionar a 
todos administrados a possibilidade de disputar aquilo que a Administração 
Pública for contratar com particulares. 
 A segunda finalidade da licitação visa que o ente governamental encontre 
a proposta mais vantajosa para o objeto que se quer contratar, verificando entre 
os interessados, qual possui a melhor oferta à Administração, devendo se 
vislumbrar uma relação de custo benefício, ou seja, analisando a qualidade do 
objeto licitável e seu valor, para se chegar à proposta mais vantajosa. 
 Os participantes e seus produtos deverão obedecer todas as condições 
estabelecidas no instrumento convocatório, para que possam contratar com a 
Administração. 
 
2.3. OBJETO 
Quanto ao objeto licitável é cabível citar o que dispõe o art. 2° da lei n° 
8.666/93, que possui a seguinte redação: 
“Art. 2o As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, 
alienações, concessões, permissões e locações da Administração 
Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente 
precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei.” 
 
 Verifica-se no dispositivo legal uma relação exemplificativa dos objetos 
que poderão ser licitados pela Administração, para que se busque através de 
interessados a proposta mais vantajosa. 
13 
 Portanto, sempre que existir a necessidade do ente governamental 
contratar algum negócio, se para este houver a pluralidade de ofertantes, será 
considerado objeto licitável e deverá ser precedido pelo procedimento de 
licitação para que seja contratado. 
 Por determinação do inciso I do art. 40 do mesmo diploma legal supra, o 
objeto da licitação deverá ser descrito no instrumento convocatório de forma 
sucinta e clara, in verbis: 
“I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;” 
 
Desta forma, a Administração deverá descrever o objeto licitável no edital, a 
fim de que se encontre o maior número de interessados possíveis em oferecer o 
mesmo, para que possa ser atingida a finalidade da licitação. 
 
2.4. PRINCÍPIOS 
Para melhor compreensão ao estudo dos princípios que regem a licitação, 
se faz necessário a citação do art. 3° da Lei de licitações, em especial na sua 
segunda parte, que dispõe com o seguinte texto: 
 
”A licitação destina-se a garantir a observância do princípio 
constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa 
para a Administração e será processada e julgada em estrita 
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da 
impessoalidade,da moralidade, da igualdade, da publicidade, da 
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, 
do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos”. (grifo nosso) 
 
Com a disposição legal acima, segue neste momento a analise de cada 
principio separadamente. 
14 
2.4.1. Legalidade: este princípio obriga que a Administração pública 
pratique todos seus atos em conformidade com a legislação, podendo para tanto, 
qualquer interessado, participante ou não da licitação, acompanhar o 
desenvolvimento do processo licitatório, conforme o art. 4° do mesmo codex, in 
verbis: 
“Todos quantos participem de licitação promovida pelos órgãos ou 
entidades a que se refere o art. 1º têm direito público subjetivo à fiel 
observância do pertinente procedimento estabelecido nesta lei, 
podendo qualquer cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde 
que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos 
trabalhos”. 
 
 Portanto, qualquer cidadão poderá fiscalizar os atos praticados pelo ente 
governamental, devendo este, praticá-los em observância da lei, desde que não 
perturbe e nem impeça a realização dos trabalhos. 
2.4.2. Impessoalidade 
 Uma forma do princípio da igualdade, objetiva trazer a neutralidade entre os 
participantes, para que seja excluído qualquer tipo de favoritismo ou 
discriminação, para um ou para outro. 
2.4.3. Moralidade 
 Estão sujeitos a este princípio tanto os licitantes quanto a administração 
pública, os quais deverão agir de forma a obedecerem aos padrões éticos, tendo 
um comportamento correto, honesto, escorreito, de ambas as partes. 
 
 
15 
2.4.4. Igualdade 
Está ligado ao princípio da isonomia e objetiva dar a todos a oportunidade 
de participarem da licitação, ou seja, abre um leque para que àqueles que se 
interessarem em contratar com o ente governamental um determinado objeto 
licitável, possam participar do certamente de forma em igualdade com todos os 
outros. 
 
2.4.5. Publicidade 
Determina que todos os atos praticados no procedimento licitatório sejam 
públicos, ou seja, expostos a todos os interessados. 
 Neste sentido trata o § 3°, do art. 3° da Lei 8.66/93, com a seguinte 
redação: 
 
 “A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público 
os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, 
até a respectiva abertura”. 
 
 
 
 Portanto, todos os atos exercidos durante tal procedimento deverão estar 
expostos para a consulta de interessados. 
 
2.4.6. Probidade Administrativa 
 Impõe que a pessoa governamental deverá conduzir a licitação dentro dos 
padrões estabelecidos no princípio da moralidade, o qual já foi tratado neste 
estudo, e ainda, obedecerá às exigências de lealdade e boa-fé com os licitantes. 
 
16 
2.4.7. Da vinculação ao instrumento convocatório 
Este princípio obriga a Administração obedecer às condições estabelecidas 
no edital de convocação, para a condução do certame, de acordo com o disposto 
no art. 41 da Lei 8.666/93, como segue: 
 
“A Administração não pode descumprir as normas e condições do 
edital, ao qual se acha estritamente vinculada”. 
 
 
 Desta forma, todo o procedimento licitatório estará vinculado às condições 
estabelecidas no edital. 
 
2.4.8. Julgamento objetivo 
Tem como objetivo aplicar o princípio da impessoalidade, no sentido de 
não favorecer a nenhum dos licitantes, não decidindo de forma subjetiva, o que 
poderia ocasionar grande parcialidade por parte dos julgadores. 
 Entretanto, este princípio só terá aplicação quando tratar de certames 
decididos exclusivamente pelo preço, onde será sagrada vencedora a empresa que 
ofertar o melhor valor à Administração. 
 Nos casos em que se fizer necessário à análise subjetiva da proposta, com 
qualificação técnica e outras, ficará difícil atingir a objetividade na escolha da 
melhor proposta, tornando-se praticamente impossível à aplicação de tal 
princípio. 
 
 
 
17 
3. OBRIGATORIEDADE DE LICITAR 
Esta é uma determinação legal da nossa Constituição Federal, conforme 
segue: 
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:”. 
 ... 
“XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, 
serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo 
de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os 
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de 
pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da 
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e 
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.” 
 
 
Com a menção do dispositivo legal supra citado, tem-se que se trata de um 
imperativo constitucional, a obrigação de o ente governamental realizar o 
procedimento licitatório toda vez que for realizar obras, serviços, compras 
alienações, entre outros, exceto em alguns casos que serão analisados no decorrer 
do estudo. 
Neste mesmo sentido, no tocante da concessão e permissão de serviços 
públicos, tem-se o art. 175 do mesmo diploma legal, que dispõe da seguinte 
forma: 
”Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob 
regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a 
prestação de serviços públicos”. 
 
 Com a disposição legal supra, verifica-se que também nos serviços 
públicos sobre o regime de concessão ou permissão, há a obrigação de licitar. 
18 
 Quanto à obrigatoriedade de licitar, vislumbra-se ainda a determinação 
legal da legislação específica, capitulada no art 2° da Lei Federal 8.666/93, com a 
seguinte redação: 
“ As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, 
concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando 
contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de 
licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei”.(grifo nosso) 
 
 Neste tópico verifica-se a obrigatoriedade da realização do procedimento 
licitatório, para contratação de determinados objetos junto a terceiros. 
Entretanto, para que seja realizada a licitação, se faz necessário 
preliminarmente identificar quais as pessoas obrigadas à realização do mesmo, 
quando forem contratar com terceiros. 
A relação das pessoas obrigadas a obedecerem tal procedimento encontra-
se elencada no parágrafo único, do art. 1° do mesmo diploma legal acima citado, 
in verbis: 
“Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da 
administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações 
públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e 
demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios”. 
 
 Desta forma, por determinação da Carta Magna e legislações afins, o ente 
governamental quando for contratar com terceiros, deverá realizar 
preliminarmente o procedimento licitatório, obedecendo rigorosamente seus 
princípios e buscando atingir sua finalidade, abrindo o direito à contratação a 
todos os interessados e ao mesmo tempo objetivando encontrar a proposta mais 
vantajosa para a Administração Pública. 
19 
 Entretanto, verifica-se que o próprio texto constitucional prevê que poderá 
haver exceções a regra de licitar, as quais deverão ser trazidas por legislação 
específica. 
 Neste sentido, Alexandre de Morais aduz: 
“A exegese constitucional indica que havendo possibilidade de 
concorrência, sem prejuízoao interesse público, deverá haver licitação 
e somente, excepcionalmente, a dispensa ou a inexigibilidade 
previstas na legislação ordinária deverão ser aplicadas” (2002, p. 168). 
 
 
Desta forma, serão demonstradas no decorrer desta pesquisa estas 
exceções, visto são o escopo do presente estudo, criados pela legislação 
específica que propiciam as contratações diretas, previstas na Lei Federal 
8.666/93. 
 
4. BREVE ANÁLISE DAS MODALIDADES DE LICITAÇÃO 
 
Inicialmente cabe esclarecer que a existência de diferentes modalidades de 
licitação motiva-se pelo fato da diferença entre os objetos licitáveis a serem 
contratados pela Administração. Portanto, verifica-se que para cada tipo de 
objeto deverá ser observada a modalidade de licitação adequada a ser realizada. 
Existem seis modalidades diferentes, sendo que a Lei 8.666/93 regula 
cinco delas, senão vejamos: 
“Art. 22. São modalidades de licitação: 
I - concorrência; 
II - tomada de preços; 
III - convite; 
IV - concurso; 
V - leilão.” 
 
20 
A disposição legal acima nos mostra as cinco modalidades de licitação que 
são reguladas pela lei 8.666/93, entretanto, verifica-se a existência de uma sexta 
circunstância denominada de Pregão, que é regulada pela Lei n° 10.520/2002. 
Porém antes da análise de cada uma, cabe ressaltar que as três primeiras 
modalidades a serem analisadas possuem seus limites de valores inseridos no art. 
23, incisos I e II e alíneas, da Lei 8.666/93, com a seguinte redação: 
“Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a 
III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes 
limites, tendo em vista o valor estimado da contratação: 
 
I - para obras e serviços de engenharia: 
a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais); 
b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos 
mil reais); 
c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos 
mil reais); 
 
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior: 
a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); 
b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil 
reais); 
c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil 
reais).” 
 
Feita a menção à denominação das seis modalidades de licitação, e a 
distinção quanto à limitação de valores da concorrência, tomada de preços e 
convite, passa-se neste momento ao exame de forma separada. 
 
4.1. CONCORRÊNCIA 
É definida pela lei de licitações em seu art. 22, § 1°, com a seguinte redação: 
“Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer 
interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem 
possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para 
execução de seu objeto.” 
 
21 
 Esta modalidade possui uma maior amplitude de participantes e possui maior 
complexidade em seu procedimento. Pode ser realizada em qualquer tipo de 
licitação, ou seja, menor preço, maior lance, melhor técnica ou técnica e preço. 
Preliminarmente há a fase de habilitação e posteriormente a análise e o 
julgamento das propostas. 
 O valor correspondente a esta circunstância é de R$ 1.500.000,00 (um 
milhão e quinhentos mil reais) para obras e serviços de engenharia, e acima de 
650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais) para os demais contratos de acordo 
com o artigo 23 da lei 8.666/93, capitulação legal já citada. 
 . 
4.2. TOMADA DE PREÇOS 
Possui sua definição no § 2°, do mesmo dispositivo supra: 
“Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados 
devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições 
exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do 
recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.” 
 
 
 Analisando a disposição legal supracitada, verifica-se a existência de uma 
peculiaridade, referente a participação na modalidade, onde cada licitante deverá 
estar previamente inscrito em cadastro público, ou ainda, aos interessados que 
reunirem as condições exigidas para cadastro até o terceiro dia anterior do 
recebimento das propostas. 
Esta peculiaridade possui a finalidade de simplificar o processo de 
habilitação, tendo em vista que já se possui os requisitos de idoneidade e 
capacitação daqueles que já são cadastrados, e os que ainda não possui tal 
22 
cadastro, terão até três dias antes da apresentação do envelope para atenderem as 
mesmas condições. 
Os valores desta modalidade são de superior a R$ 150.000,00 (cento e 
cinquenta mil reais) e inferior a R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil 
reais) para obras e serviços de engenharia, e superior a R$ 80.000,00 (oitenta mil 
reais) e inferior a R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais) para outros 
tipos de contrato, conforme estabelecido no art. 23 da lei de licitações, 
anteriormente já citado. 
 
4.3. CONVITE 
O § 3° da mesma capitulação legal, aduz: 
“Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo 
pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados 
em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual 
afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o 
estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que 
manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e 
quatro) horas da apresentação das propostas.” 
 
 
Observa-se que está modalidade licitatória é mais simplificada, onde é 
verificado o objeto, e convocados para disputa pelo menos três pessoas que 
trabalham com o mesmo, estando ou não cadastrados, e ainda, juntamente com o 
instrumento convocatório, estendendo o convite aos cadastrados que operam no 
ramo do objeto licitável, tendo que manifestar seu interesse 24 (vinte e quatro) 
horas antes da apresentação das propostas, para sua devida participação. 
Quanto aos valores concernentes a esta modalidade, ressalta-se que a mesma 
refere-se a licitações com valores menores do que as vistas anteriores, portanto 
conforme estabelecido no art. 23 da lei 8.66/93, o valor corresponderá de até R$ 
23 
150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) para obras e serviços de engenharia e até 
R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) para os demais contratos. 
 
4.4. CONCURSO 
Tem sua definição no § 4°, do mesmo dispositivo legal: 
“Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados 
para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a 
instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme 
critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com 
antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.” 
 
Nesta modalidade, não cabe realizar sua definição, uma vez que a disposição 
legal supracitada já o faz muito bem. 
Verifica-se, entretanto, que esta seleção para escolha de trabalho técnico, 
científico ou artístico, pressupões o interesse da Administração para finalidade de 
incentivo cultural ou para obtenção de resultado prático incentivo. 
O maior índice de utilização desta modalidade licitatória é para a contratação 
de pessoas para trabalharem na Administração Pública, vez que para se inserir na 
administração necessita-se ser aprovado num concurso público e preencher as 
condições exigidas no edital, salvo exceções de cargos que não necessitam de tal 
aprovação, como os cargos de confiança. 
 
4.5. LEILÃO 
Cabe ressaltar o que diz o § 5º, in verbis: 
“Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a 
venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos 
legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens 
imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou 
superior ao valor da avaliação.”24 
Com a simples leitura do dispositivo legal supra, vislumbra-se que esta 
modalidade é destinada à venda dos bens estabelecidos na legislação, cujo 
vencedor será aquele que oferecer o maior lance, igual ou superior da avaliação. 
 
4.6. PREGÃO 
A modalidade denominada Pregão é a sexta modalidade de licitação e foi 
criada pela Lei 10.520/2002, sendo oposta ao leilão, posto que, esta, se refere ao 
maior lance, já o pregão se reporta ao tipo menor preço. 
O pregão será utilizado para a aquisição de bens e serviços comuns, 
conforme exposto na legislação supra, in verbis: 
“Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada 
a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei.” 
“Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins 
e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e 
qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de 
especificações usuais no mercado.” 
 
 No que concerne esta modalidade cabe esclarecer que ela se divide em 
duas, uma sendo a presencial, realizada com a presença física dos interessados na 
sessão pública, que é regulamentada no âmbito federal pelo Decreto n° 
3.555/2000, e a outra a forma eletrônica, com a competição sendo realizada via 
Internet, sendo regulamentada pelo Decreto Federal n° 5.420/2005. 
 Assim, realizada a breve análise sobre o procedimento licitatório, resta 
neste momento a necessidade analisar as exceções à regra de licitar. 
 
 
25 
5. CONTRATAÇÃO DIRETA SEM LICITAÇÃO 
 
 Até o presente instante realizou-se uma parte introdutória ao presente 
estudo, onde foi feita uma breve análise sobre o procedimento licitatório, 
referente aos seus conceitos, princípios, obrigatoriedade, modalidades, entre 
outros, para que alcançar o tema desta monografia. 
 Verificou-se que é uma obrigatoriedade da nossa Constituição Federal, a 
realização da licitação como forma de contratação da administração pública com 
particulares, entretanto a carta magna também prevê a existência de exceções em 
legislações específicas, ou seja, haverá momentos que o ente governamental 
poderá contratar sem licitação, fenômeno este, que passaremos a analisar. 
 
 5.1. NOÇÕES GERAIS 
 Verifica-se que a Constituição Federal Brasileira, em seu art. 37, inciso 
XXI, ao mesmo tempo em que coloca como regra geral a pratica do 
procedimento licitatório quando a Administração for contratar com particulares, 
abre também espaço para exceções, as quais bem coloca que deverão ser por 
legislações especificas. 
 As exceções são denominadas de contratação direta e trazidas pela Lei 
Federal n° 8.666/93, possuindo duas vertentes doutrinárias, onde a primeira 
divide a matéria em dispensa e inexigibilidade de licitação, e a segunda em 
licitação dispensada, dispensa e inexigibilidade. 
26 
 Observa-se na segunda corrente que alguns doutrinadores fazem uma 
diferenciação quanto à licitação dispensada tratada no art. 17 e dispensa que é 
mencionada no art. 24, ambas da lei de licitação. 
 Os que defendem tal idéia entendem que na contratação direta tratada no 
art. 17 o próprio legislador dispensou o procedimento licitatório, e já as que 
concernem ao art. 24 o legislador deixou ao administrador a faculdade de 
dispensar para determinados objetos à licitação. 
 Entretanto, há uma segunda corrente que entende errônea tal distinção, e 
ainda, sem utilidade, a qual adota-se no presente estudo. 
 Sobre o assunto Marçal Justen filho aduz: 
“(...) não se afigura procedente a distinção, a nosso ver. Em ambos os 
casos, o legislador autoriza a contratação direta. Essa autorização 
legislativa não é vinculante para o administrador. Ou seja, cabe ao 
administrador escolher entre realizar ou não a licitação. Essa 
competência administrativa existe não apenas nos casos do art. 24. 
Aliás e se não fosse assim, o art. 17 conteria hipóteses de vedação de 
licitação. Significa reconhecer que é perfeitamente possível realizar a 
licitação nas hipóteses do art. 17, desde que o administrador repute 
presentes os requisitos para tanto.” (2002, p. 235) 
 
 Verifica-se, portanto, não ser necessária tal distinção, tendo em vista que 
ambas tratam-se de dispensa de licitação. 
 Vele ressaltar que as matérias tratadas no art. 17 não são objeto especifico 
do presente trabalho, mais sim os casos de dispensa tratados no art. 24 e os de 
inexigibilidade expostos no art. 25, todos da lei 8.666/93. 
 Numa análise sintetizada temos que a inexigibilidade trata-se dos casos 
em que a licitação não for viável a administração, posto a invibialidade de 
competição no caso em concreto. Já os casos de dispensa, são aqueles que 
embora viável a competição, sejam inconvenientes ao interesse público. 
27 
 No tocante da distinção entre dispensa e inexigibilidade, O ilustre 
doutrinador Adilson Abreu Dallari aduz que “os casos de inexigibilidade são 
aqueles em que, logicamente, não existe possibilidade de licitação. Os casos de 
dispensa são aqueles em que, havendo a possibilidade de licitação, uma 
circunstância relevante autoriza a discriminação” (2003, p. 46). 
 Doutrinariamente, seria correto a legislação tratar primeiro dos casos de 
inexigibilidade, tendo em vista se faz necessário preliminarmente analisar se o 
objeto possui exigibilidade de ser licitado. 
 Todavia, a legislação específica trata primeiramente dos casos de dispensa 
e, posteriormente, dos casos de inexigibilidade. 
 
5.2. DISPENSA 
 Com exposto acima, verifica-se que os casos de dispensa tratados pela 
nossa legislação são os que, embora tendo viabilidade de competição, são 
procedidos de forma direta, tendo em vista a conveniência ao interesse público. 
 Petrônio Braz expõe que “a dispensa ocorre quando se verificam situações 
onde a licitação, embora possível em face da viabilidade de competição, não se 
justifica, em presença do interesse público” (1999, p. 255). 
 José dos Santos Carvalho Filho aduz que “a dispensa de licitação 
caracteriza-se pela circunstância de que, em tese, poderia o procedimento ser 
realizado, mas que, pela particularidade do caso, decidiu o legislador não torná-lo 
obrigatório” (2009, p. 238). 
28 
 Para uma melhor análise deste fenômeno ora tratado, neste momento 
segue a citação da legislação específica, onde serão pontuados, alguns incisos e 
expostos os entendimentos sobre estas hipóteses de contratação por dispensa de 
licitação: 
Art. 24. É dispensável a licitação: 
 I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por 
cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, 
desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou 
ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que 
possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; 
 II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por 
cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e 
para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se 
refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de 
maior vulto que possa ser realizada de uma só vez; 
 
 Os dois primeiros incisos tratam dos casos em que o objeto a ser licitado é 
de pequeno valor, onde são afrontados os princípios da licitação e da 
economicidade para a Administração, prevalecendo o segundo, haja vista o 
interesse público. 
O primeiro caso estabelece que para obras e serviços de engenharia de 
valor até R$ 15.000,00 (quinze mil reais), cuja este não se refira a parcelas de 
uma mesma obra, será possível o administrador utilizar o fenômeno da 
contratação direta por dispensa de licitação. 
Para compreensão do que se enquadra nas obras e serviços de engenharia, 
é degrande valia a definição de Jorge Ulisses Jacoby Fernandes: 
“(...) são todos aqueles que a lei exige sejam assinados por 
engenheiro, dentre aqueles declarados privativos da profissão pela 
legislação regulamentadora respectiva; além do que sua execução 
29 
deve estar voltada para bens imóveis, execução e/ou instalação 
incorporáveis ou inerentes ao imóvel;”(2003, p. 292) 
O segundo inciso segue na mesma fundamentação do primeiro, alterando 
apenas o objeto licitável, sendo neste caso para a contratação de outros serviços e 
compras não englobados naquele. O valor máximo para ser possível a realização 
da dispensa no presente caso é de R$ 8.000,00 (oito mil reais). 
No que concerne a outros serviços e compras o doutrinador acima 
mencionado define da seguinte forma: 
“(...) são todos os serviços discriminados no próprio texto do 
dispositivo inquinado, com sua execução voltada precipuamente para 
os bens móveis, ainda que já instalados e incorporados a um bem 
imóvel, além de outros que, embora não descritos expressamente, 
possam suscitar alguma dúvida sobre seu efetivo enquadramento.” 
(2003, p. 292) 
 
 Portanto, os serviços não enquadrados no inciso I deverão obedecer aos 
valores determinados pelo inciso II, para que possam ser procedidos pela 
dispensa de licitação. 
“III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem”; 
 
 O inciso ora citado refere-se a dois casos, primeiro quando houver a 
caracterização do estado de guerra e o segundo com perturbação da ordem, onde 
a doutrina entende que deverá ser equivalente a uma situação de guerra. 
 Nos dois casos há uma confusão dentro da Administração, tornando-se 
anormal as atividades públicas, sendo necessário, portanto, em alguns casos os 
procedimentos licitatórios serem simplificados, dependendo-se exclusivamente 
do grau de urgência e gravidade que poderá ocorrer na segurança nacional, 
30 
podendo, nestes casos, o ente governamental utilizar-se do mecanismo da 
dispensa de licitação. 
 É importante ressaltar que para a devida caracterização do estado de 
guerra, deve-se observar as medidas tomadas pelos Estado, capituladas nos 
artigos 136 e 137 da Constituição Federal, senão vejamos: 
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da 
República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa 
para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e 
determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e 
iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de 
grandes proporções na natureza. 
 
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da 
República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso 
Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: 
 
 Desta forma, verifica-se que não dependerá apenas da existência de 
guerra, mas sim, também da decretação do Estado de Defesa e Estado de Sítio, 
onde a dispensa de licitação deverá ser utilizada para proteger a segurança 
nacional (JUSTEM FILHO, 2002). 
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando 
caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar 
prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, 
equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para 
os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou 
calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser 
concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias 
consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou 
calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos; 
 
 Para melhor entendimento da matéria tratada no dispositivo acima, são de 
grande valia os conceitos de emergência e calamidade pública de Hely Lopes 
Meirelles: 
31 
“A emergência caracteriza-se pela urgência de atendimento de 
situação que possa ocasionar prejuízos ou comprometer a 
incolumidade ou a segurança de pessoas, obras, serviços, 
equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, exigindo rápidas 
providências da Administração para debelar ou minorar suas 
consequencias lesivas à coletividade.” (2004, p. 272, 273) 
“ Calamidade pública é a situação de perigo e de anormalidade social 
decorrente de fatos da natureza, tais como inundações devastadoras, 
vendavais destruidores, epidemias letais, secas assoladoras e outros 
eventos físicos flagelantes que afetem profundamente a segurança ou 
a saúde pública em geral.” (2004, p. 273) 
 
 José Cretella Junior aduz que “calamidade pública é, portanto, a desgraça 
que atinge, de repente, grande número de pessoas, como inundação, peste, 
guerra, incêndio, terremoto, vendaval, devastação ciclônica” (1996, p. ) 
Verifica-se que a emergência e calamidade pública quando analisados no 
caso concreto, e vislumbrar que se encontra em risco o interesse público, os 
serviços, obras, entre outros objetos que servirão para atender ao interesse 
colocado em risco, deverão se contratados por meio da dispensa de licitação, haja 
vista que não suportaria passar por todo um procedimento licitatório. 
 No presente caso, para uma ilustração da hipótese de emergência, 
podemos citar como exemplo, a troca de fiação de fiação elétrica deteriorada de 
um prédio, que causa ameaça de incêndio ( RIGOLIN, BOTTINO, 2002). 
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, 
justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a 
Administração, mantidas, neste caso, todas as condições 
preestabelecidas; 
 
 O caso apresentado no inciso acima para que possa ser realizado na forma 
de dispensa, necessita que haja preliminarmente a existência de um processo 
32 
licitatório, que não acuda interessados, resultando assim infrutífera a licitação pra 
aquele objeto licitável, pela ausência de competitividade. 
 Além de ser precedido de uma licitação frustrada pela ausência de 
interessados, ainda é necessário para que possa proceder tal contratação, que se 
verifique no caso em concreto que um novo procedimento licitatório poderia 
acarretar em prejuízos para a Administração (JUSTEM FILHO, 2002). 
 Preenchendo os três requisitos acima, ou seja, licitação anterior, ausência 
de interessados e acarretamento de prejuízos à Administração em caso de uma 
nova licitação, poderá o ente governamental proceder na forma de dispensa para 
a contratação daquele objeto licitável, o qual deverá estar vinculado com o edital 
da licitação frustrada, obedecendo às mesmas condições da anterior. 
VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para 
regular preços ou normalizar o abastecimento; 
 
 Este é o caso em que a União intervirá no comércio para regular preços ou 
normalizar o abastecimento, quando encontrar certa anormalidade nos mesmos. 
 Tem o intuito de influenciar no mercado de bens e serviços, podendo para 
tanto, ofertar ou adquirir bens de serviços, buscando um equilíbrio do mercado. 
 Vale ressaltar que a forma apresentada no presente inciso de dispensa de 
licitação, somente se aplica para a União. 
VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços 
manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou 
forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais 
competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 
desta Lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta 
dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro 
de preços, ou dos serviços; 
33 
 
 Estes são os casos em que procedida à licitação pelo ente governamental, 
os interessados ofertam valores superiores aos praticados no mercado nacional, 
ou ainda, incompatível com o fixado pelo órgão oficial. 
 Neste caso, observando que todos os interessados ofertaramacima dos 
valores, de uma forma até moralizante, a Administração fica autorizada a utilizar 
o mecanismo da contratação direta com o escopo de encontrar interessados com 
valores inferiores. 
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, 
de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que 
integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim 
específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço 
contratado seja compatível com o praticado no mercado; 
 
 O inciso VIII autoriza a contratação direta por meio de dispensa, nos casos 
em que determinado objeto licitável é prestado por pessoa jurídica de direito 
interno, caso em que não será obrigatória a licitação, desde que o prestador tenha 
seu preço compatível com o praticado no mercado. 
IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança 
nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da 
República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional; 
 
 Marçal Justen filho entende que o assunto de segurança nacional “é aquele 
que envolve interesses permanentes e superiores da sobrevivência do Estado 
Brasileiro. A “segurança nacional” reporta-se exclusivamente ao relacionamento 
do Estado Brasileiro perante a comunidade internacional” (2002, p. 251). 
34 
 Portanto, caberá contratação direta nos casos em que estabelecidos por 
Decreto do Presidente da República, for verificado a possibilidade de 
comprometimento da segurança nacional. 
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das 
finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de 
instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço 
seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia; 
 
 Não se faz necessário muita menção ao presente inciso, visto que o mesmo 
é auto-explicativo, desta forma, as locações de imóvel que atenderem as 
necessidades da Administração e preencherem os requisitos do dispositivo, 
poderão correr por dispensa de licitação. 
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, 
em conseqüência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem 
de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições 
oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, 
devidamente corrigido; 
 
 Este inciso refere-se aos casos em que procedida normalmente à licitação, 
e posteriormente a realização da contratação da empresa vencedora, a mesma 
inicia a prestação do objeto licitado, todavia, em virtude de rescisão contratual o 
serviço é interrompido. 
 Neste caso, identificando a paralisação por meio de rescisão contratual, a 
Administração poderá convocar os demais licitantes, por ordem de classificação, 
buscando aquele que aceite continuar com a prestação daquele objeto licitado, 
dentro das condições estabelecidas com o licitante vencedor, com a correção 
devida do valor. 
35 
XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros 
perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos 
licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base no preço 
do dia; 
 
 Neste caso, há a necessidade de se proceder com a dispensa de licitação, 
posto se tratar de produtos perecíveis, os quais não suportam estocagem sobre 
pena de perecimento, não havendo, portanto, prazo para que corra o 
procedimento licitatório normal. 
 Ainda se tratando dos produtos perecíveis, se faz necessário ressaltar que 
o procedimento licitatório com o objeto perecível em produção tornaria mais 
oneroso ao Estado, posto que não seria possível mensurar o preço futuro. 
 Desta forma, se permite a dispensa neste caso, para que se possa adquirir o 
produto com o preço do dia, atendendo ao interesse público. 
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou 
estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento 
institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, 
desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-
profissional e não tenha fins lucrativos; 
 
 Para que o presente caso possa ser contratado por dispensa de licitação, 
deverão estar preenchidos todas as formalidades e requisitos no presente 
dispositivo. 
 Portanto, esta hipótese de dispensa de licitação poderá ser realizada pelo 
ente governamental, quando este pretender contratar serviço de entidade 
brasileira, não lucrativa, que tenha em seus atos constitutivos algum dos objetos 
sociais descritos no texto, inclusive o “desenvolvimento institucional” 
36 
mencionado, expressão, esta, que pode se referir a infinitos objetos, e também a 
casuística recuperação social do preso (RIGOLIN, BOTTINO, 2002). 
XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo 
internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as 
condições ofertadas forem manifestamente vantajosas para o Poder 
Público; 
XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos 
históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou 
inerentes às finalidades do órgão ou entidade. 
 
 Quanto à aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, 
ressalta-se que se autoriza a dispensa porque a Constituição Federal em seu art. 
216, § 1°, acode a proteção estatal ao patrimônio cultural brasileiro. 
 Para que tais procedimentos possam tramitar dessa forma, deverão ser 
procedidos por órgão que contenham em suas atribuições essa proteção cultural, 
portanto, os entes governamentais que não possuem a proteção cultural em suas 
atribuições, não serão autorizados a proceder com a contratação de forma direta 
para estes objetos. 
 Como título de exemplo, podemos citar as edificações e restaurações de 
monumentos públicos. 
XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários 
padronizados de uso da administração, e de edições técnicas oficiais, 
bem como para prestação de serviços de informática a pessoa jurídica 
de direito público interno, por órgãos ou entidades que integrem a 
Administração Pública, criados para esse fim específico; 
 
 O presente dispositivo traz a possibilidade de contratação direta, para os 
serviços de impressos oficiais prestados por pessoa jurídica de direito público 
interno, ou órgãos ou entidades que integrem a Administração Pública e foram 
criados para este fim. 
37 
 Este é o caso dos diários oficiais, cartilha, envelopes, entre outros, que 
normalmente são impressos pelas Imprensas Oficiais dos Estados. 
XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional 
ou estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante o 
período de garantia técnica, junto ao fornecedor original desses 
equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável 
para a vigência da garantia; 
 
 O caso transcrito no inciso XVII poderá proceder por meio de dispensa, 
devendo-se, para tanto, que o fornecedor do produto constitua manutenção de 
garantia técnica. 
XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento 
de navios, embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de 
deslocamento quando em estada eventual de curta duração em portos, 
aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de 
movimentação operacional ou de adestramento, quando a exiguidade 
dos prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitos 
das operações e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na 
alínea "a" do inciso II do art. 23 desta Lei: 
 
 Este dispositivo possui aplicação discreta, tendo em vista que tais objetos 
estão abrigados por outros meios de contratação direta, tanto por inexigibilidade, 
quanto por outras formas de dispensa. 
XIX - paraas compras de material de uso pelas Forças Armadas, com 
exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver 
necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de 
apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer 
de comissão instituída por decreto; 
XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, 
sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou 
entidades da Administração Pública, para a prestação de serviços ou 
fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja 
compatível com o praticado no mercado. 
 
 A contratação de associação de portadores de deficiência física possui 
duas finalidades dentro da Administração Publica. 
38 
 A primeira é a necessidade do ente governamental da contratação, já a 
outra é o cumprimento de uma função social, ao contratar essas pessoas que 
possuem deficiência. Assim, o Estado incentiva determinadas entidades privadas 
para que continue prestando estas atividades, cumprindo, desta forma, um 
interesse comum. 
XXI - Para a aquisição de bens destinados exclusivamente a pesquisa 
científica e tecnológica com recursos concedidos pela CAPES, 
FINEP, CNPq ou outras instituições de fomento a pesquisa 
credenciadas pelo CNPq para esse fim específico. 
XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de energia 
elétrica e gás natural com concessionário, permissionário ou 
autorizado, segundo as normas da legislação específica; 
 
 Os doutrinadores Rigolin e Bottino têm tal dispositivo com trágico, 
entendendo que não se trata de licitação dispensável, mas sim de contratação 
direta por inexigibilidade, tendo em vista que se depara com um contratação onde 
se verifica a inviabilidade de competição,de acordo com o art. 25 da Lei 
8.666/93. 
XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de 
economia mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição 
ou alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o 
preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. 
XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com 
as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas 
de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão. 
XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e 
Tecnológica - ICT ou por agência de fomento para a transferência de 
tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração 
de criação protegida. 
XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da 
Federação ou com entidade de sua administração indireta, para a 
prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do 
autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de 
cooperação. 
39 
XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização 
de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com 
sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou 
cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa 
renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais 
recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas 
técnicas, ambientais e de saúde pública. 
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou 
prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade 
tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão 
especialmente designada pela autoridade máxima do órgão. 
XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender 
aos contingentes militares das Forças Singulares brasileiras 
empregadas em operações de paz no exterior, necessariamente 
justificadas quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou executante e 
ratificadas pelo Comandante da Força. 
XXX - na contratação de instituição ou organização, pública ou 
privada, com ou sem fins lucrativos, para a prestação de serviços de 
assistência técnica e extensão rural no âmbito do Programa Nacional 
de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na 
Reforma Agrária, instituído por lei federal. 
 Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput 
deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e 
serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de economia 
mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na 
forma da lei, como Agências Executivas. 
 
 O parágrafo único faz menção às dispensas de licitação tratadas nos 
incisos I e II, as quais já foram feitas exposições no presente trabalho. 
 A peculiaridade trazida por este dispositivo é de que quando as 
contratações forem realizadas por consórcios públicos, sociedade de economia 
mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, 
como agências Executivas, o percentual tratado nos incisos I e II de 10% (dez por 
cento), passará para estas ser de 20% (vinte por cento). 
 
 
 
40 
5.3. INEXIGIBILIDADE 
 
 Pela legislação específica sobre as licitações esta é a outra forma de 
contratação direta sem licitação. 
 Verificou-se que na dispensa há competitividade, entretanto por motivos 
de conveniência pública a legislação autoriza a contratação direta, já à 
inexigibilidade deriva da inviabilidade de competição. 
 José Cretella Júnior entende que “inviabilidade de competição, “lato 
sensu”, é o certame em que um dos contendores reúne qualidades tais que torna 
único, exclusivo, su generis, a tal ponto que inibi os demais licitantes, sem 
condições competitivas” (2004, p. 240). 
 Justen Filho aduz que a inviabilidade de competição é “uma consequência, 
que pode ser produzida por várias causas, as quais consistem nas diversas 
hipóteses de ausência de pressupostos necessários à licitação” (2002, p. 269). 
 O ilustre doutrinador Marçal Justen Filho, no intuito de melhor analisar o 
fenômeno da inexigibilidade, utiliza-se de uma sistematização que traz as causas 
que podem fazer uma contratação ter inviabilidade de competição, senão 
vejamos: 
 Por ausência de pluralidade de alternativas 
Inviabilidade de Por ausência de “mercado concorrencial” 
Competição Por impossibilidade de julgamento objetivo 
 Por ausência de definição objetiva da prestação 
(2008, p. 399) 
41 
 Apresentada a sistematização deste tipo de contratação direta, passa-se 
neste momento a analisá-las de forma separada: 
 
5.3.1. Sistematização de causas de inviabilidade de competição 
 
5.3.1.1. Ausência de pluralidade de alternativas 
 Este primeiro caso se refere à ausência de pluralidade de alternativas, 
trata-se daqueles casos que a Administração necessita contratar algo específico, o 
qual é prestado por um único particular, tornando-se inviável o procedimento 
licitatório (JUSTEM FILHO, 2008). 
 Neste sentido, se configura a singularidade do objeto, tendo em vista que 
há apenas um objeto que atende à pretensão do ente governamental, resultando, 
assim, na unidade de ofertantes (MELLO, 2004). 
 
5.3.1.2. Por ausência de “mercado concorrencial” 
 O presente caso refere-se aqueles casos que a Administração Pública 
precisa contratar um determinado serviço, o qual deverá ser prestado por um 
especialista. 
 Verifica-se que em determinados campos, há grande número de 
especialistas de renome que prestam o objeto que o ente governamental 
necessita, entretanto, observa-se que esses especialistas não se sujeitam a 
participarem de processos de licitação. 
42 
 Portanto, se a Administração precisar contratar com particulares 
especializados em determinadas prestações, deverá ir diretamente contratar com 
eles, desta forma, precisará contratar pelo meio da inexigibilidade de licitação. 
 
5.3.1.3. Por impossibilidadede julgamento objetivo 
 Neste caso, a doutrina nos traz os casos em que a Administração fica 
impossibilitada de realizar julgamento por critérios objetivos, ou seja, não poderá 
selecionar pelo menor preço. 
 Ressalta-se que na normalidade dos processos licitatórios, julga-se como 
vencedor aquele que atendendo as condições estabelecidas em no edital de 
convocação, apresenta a melhor proposta, ou seja, o menor preço. 
Entretanto, para determinados objetos licitáveis, não é possível o 
administrador proceder com o julgamento com critérios objetivos, devendo, 
portanto, utilizar-se de critérios subjetivos, para que o vencedor escolhido possa 
atender a necessidade da Administração pública. 
 Isso decorre, porque o julgamento ora tratado deverá ser feito com 
critérios subjetivos, devendo para tanto, serem avaliados fatores intelectuais, 
artísticos, criativos, entre outros. 
 
5.3.1.4. Por ausência da definição objetiva da prestação 
 O quarto caso trata-se daquelas contratações em que a Administração 
deverá realizar de forma direta, tendo em vista que não se tem a dimensão exata 
43 
do objeto licitável, ou seja, não possui um dos critérios da licitação, que é a 
definição prévia do objeto no instrumento convocatório. 
 Para ilustrar este tipo de inexigibilidade, ressalta-se o exemplo de serviços 
advocatícios, os quais cada decisão dependerá dos fatos ocorridos no momento, 
ou seja, é impossível mensurar os serviços preliminarmente no edital. 
Desta forma, entende-se que a inviabilidade fica constatada na ausência de 
pressupostos da licitação, podendo ser caracterizada pela falta de interessados, 
por falta de particulares que prestam determinado serviço, também pode ser 
detectado naqueles produtos que são comercializados por uma única empresa, 
entre outros. 
 
5.3.2. Legislação 
Quanto aos casos de inexigibilidades transcritos na legislação, temos o art. 
25 da Lei 8.666/93, conforme segue: 
É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, 
em especial: 
 
I – para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só 
possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante 
comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a 
comprovação de exclusividade ser feito Através de atestado fornecido 
pelo órgão de registro do comércio local em que se realizaria a 
licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou 
Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes; 
 
II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 
desta lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de 
notória especialização, vedada a inexigibilidades para serviços de 
publicidade e divulgação; 
 
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, 
diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado 
pela crítica especializada ou pela opinião pública. 
 
1o Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa 
cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de 
44 
desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, 
aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados 
com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e 
indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do 
contrato. 
 
§ 2o Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se 
comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano 
causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o 
agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais 
cabíveis. 
 
 
5.3.2.1. Inciso I 
A situação apresentada no inciso I refere-se à ausência de pluralidade de 
alternativas, a qual foi explanada anteriormente. 
Esta hipótese surge naturalmente, por imposição do próprio objeto que 
seria licitado, visto a sua unicidade, ocasionando impossibilidade lógica da 
realização do procedimento licitatório, posto que seria impossível licitar coisas 
únicas (BASTOS, 1994). 
 Verifica que se enquadra nos objetos específicos que a Administração 
precisa contratar, entretanto o mesmo é prestado por um único particular, ou seja, 
é exclusivo, inviabilizando, portanto, a realização de todo um procedimento 
licitatório. 
 Observa-se, ainda, no dispositivo ora tratado, que o mesmo veda por parte 
da Administração a escolha de marca, desta forma, o objeto licitável tem que 
realmente ser exclusivo de um único prestador. 
 Quanto à exclusividade, a legislação traz um requisito para que tal 
contratação possa proceder por meio da inexigibilidade, no tocante que exige por 
parte da pessoa a ser contratada, a apresentação de documento que comprove a 
45 
exclusividade naquela prestação, o qual se faz por meio de atestado emitido pelos 
órgãos estabelecidos na legislação. 
 
5.3.2.2. Inciso II 
 Este inciso refere-se ao caso já apresentado no presente estudo, que trata 
da impossibilidade de julgamento objetivo, ou seja, não há que se falar de seleção 
utilizando-se de critérios objetivos, tendo em vista que estes são os serviços 
especializados, os quais são escolhidos por critérios de natureza subjetiva. 
 O art. 13, da lei 8.666/93 nos traz um rol exemplificativo destes serviços 
especializados, senão vejamos: 
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos 
profissionais especializados os trabalhos relativos a:. 
 
I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos; 
II - pareceres, perícias e avaliações em geral; 
III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou 
tributárias; 
IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços; 
V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; 
VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; 
VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico. 
 
 Estes casos referem-se aos serviços em que se mensura a capacidade física 
ou intelectual do prestador, onde há uma atuação de caráter personalíssimo, tendo 
em vista que aquele serviço reflete o potencial intelectual e a habilidade técnica 
individual, sendo que se pode verificar a diferença em cada prestação, ficando 
uma diferente da outra, posto estar naquele serviço o conhecimento do homem. 
 Verifica-se no presente caso, que a inviabilidade ainda decorre pela 
ausência de “mercado concorrencial”, a qual já foi explanada neste trabalho, ou 
seja, observa-se que estes profissionais com habilidades especializadas não se 
46 
sujeitariam a participar de uma licitação, portanto se faz necessário à 
Administração contratá-los por meio da inexigibilidade. 
 Quanto à questão da notória especialização, esta deriva do tipo de serviço 
que a Administração necessita, o qual é de cunho singular, devendo ser prestados 
por pessoa ou empresa que detenha os devidos conhecimentos e habilidades, os 
quais enquadrem-se no disposto no § 1°, do art. 25, acima transcrito. 
 Ainda, na hipótese trazida pelo inciso II, além da notória especialidade 
que possuem àqueles que desfrutam de prestígio e reconhecimento no campo de 
sua atividade, se faz necessário o preenchimento de uma outra característica, que 
é a necessidade do serviço ser de natureza singular, que são aqueles executados 
segundo características próprias do executor (CARVALHO FILHO, 2009). 
 
5.3.2.3. Inciso III 
 No inciso III que trata da contratação de profissional do setor artístico, 
depara-se mais uma vez a inviabilidade de competição, com o critério de 
impossibilidade de julgamento objetivo, tendo em vista que não há de se falar em 
seleção de obra artística consistindo em critérios econômicos, sendo impossível 
selecionar tal serviço pela proposta mais vantajosa.No que concerne à contratação de artista, ressalta-se que a inviabilidade 
não faz com que qualquer um possa ser contratado pela inexigibilidade, mas sim 
aquele que reunir as condições necessárias para satisfazer o desejo da 
Administração, o qual pela legislação deverá ser consagrado pela crítica 
especializada ou pela opinião pública. 
47 
 No que concerne ao artista ser consagrado é de grande valia trazermos a 
lição de Carvalho Filho: 
“Entendemos que consagração é fato de extrema relatividade e varia 
no tempo e no espaço. Pode um artista ser reconhecido, por exemplo, 
apenas em certos locais, ou por determinado público ou críticos 
especializados. Nem por isso deverá ele ser alijado de eventual 
contratação. A nosso sentir, quis o legislador prestigiar a figura do 
artista e de seu talento pessoal, e, sendo assim, a arte a que se dedica 
acaba por ter prevalência sobre a consagração” (2009, p. 258). 
 
 
 Desta forma, para que um artista possa ser contratado por meio da 
inexigibilidade, será necessário cumprir as condições estabelecidas na legislação 
antes mencionada. 
 
5.3.3. Outras hipóteses de inexigibilidade 
Os três incisos apresentados acima trazem os casos de contratação por 
inexigibilidade transcritos na legislação, porém ressalta-se que são 
exemplificativos, podendo haver outras formas deste tipo de contratação. 
 Neste sentido Rigolin e Bottino, aduzem que “sempre que algum objeto 
tenha sua licitação impossibilitada pela inviabilidade de competição, e apenas por 
essa razão, ter-se-á caso de licitação inexigível, ainda que não constante a 
hipótese do elenco de incisos, do art. 25” ( 2002, pg. 299). 
 Há de ressaltar, ainda, a idéia de alguns doutrinadores como Odete 
Medaur, que defende o caráter apenas exemplificativo das hipóteses de 
inexigibilidade elencadas na legislação, tendo em vista o texto do art. 25, 
“caput”, da lei 8.666/93, em sua parte final, que diz “em especial”, dando a 
entender que poderão existir outras formas de contratação direta por 
inexigibilidade de licitação. 
48 
 Desta forma, poderá haver outras formas de hipóteses por inexigibilidade 
não constantes no art. 25 da lei de licitações, as quais deverão observar os 
requisitos trazidos pelos dispositivos já citados, e ainda, dispor de situações nas 
quais estejam ausentes pressupostos jurídicos ou fáticos condicionadores dos 
certames licitatórios (MELLO, 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
CONCLUSÃO 
 
 No decorrer do presente estudo verificou-se a diferença quanto à forma de 
contratação estabelecida entre as empresas privadas e a Administração Pública. 
 Vislumbrou-se que os particulares possuem total liberdade para contratar, 
podendo ter a faculdade de escolhe da outra parte a contratar. Já o ente 
governamental, para contratar com particulares deverá observar a um 
procedimento denominado licitação. 
 A licitação é regulada pela Lei 8.666/93 e é o instrumento utilizado pela 
Administração para adquirir ou locar bens, alienar, realizar obras ou serviços, 
entre outros, no qual será obedecido uma série de princípios e regras. 
 Este procedimento deve ser respeitado pela pessoa governamental quando 
for contratar com particulares, posto ser uma determinação da Constituição 
Federal, estabelecida no art. 37, inciso XXI. 
 No entanto, o mesmo dispositivo da carta magna dispõe, ainda, que poderá 
haver exceções, as quais serão reguladas pela lei específica. 
 Estas exceções foram o foco do presente estudo, referindo-se à contratação 
direta sem licitação, onde foram analisados especificamente os casos de dispensa 
e inexigibilidade. 
 Tem-se que os casos de dispensa são aqueles que possuem viabilidade de 
competição, entretanto por conveniência do interesse público, se faz necessário 
que se proceda pela forma de contratação direta, para que possam ser atendidas 
as necessidades da Administração. 
50 
 Nos casos de inexigibilidade ressalta-se que possui algumas causas que 
trazem a inviabilidade de competição, e, portanto, preenchendo os requisitos a 
legislação autoriza a contratação de forma direta. 
 Desta forma, entende-se que a licitação é o meio pelo qual a 
Administração contrata com terceiros, entretanto, está regra possui exceção, 
momento no qual poderá ser realizada a contratação direta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
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