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Livro ITB Responsabilidade Socioambiental WEB v2 SG

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Prévia do material em texto

Responsabilidade 
Socioambiental
Regina Lúcia Maciel de Sousa
Vilma Rejane Maciel de Sousa
Responsabilidade 
Socioambiental
Regina Lúcia Maciel de Sousa
Vilma Rejane Maciel de Sousa
Responsabilidade 
Socioambiental
Natal/RN
2014
presidente 
PROF. PAULO DE PAULA
diretor geral 
PROF. EDUARDO BENEVIDES
diretora acadêmica 
PROFA. LEIDEANA BACURAU
diretora de produção de projeto
PROFA. JUREMA DANTAS
FICHA TÉCNICA
gestão de produção de materiais didáticos 
PROFA. LEIDEANA BACURAU
coordenação de design instrucional 
PROFA. ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
projeto gráfico 
ADAUTO HARLEY SILVA
diagramação 
MAURIFRAN GALVÃO
revisão de língua portuguesa 
ANA AMÉLIA AGRA LOPES
revisão das normas da ABNT
HEVERTON THIAGO LUIZ DA SILVA
LUÍS CAVALCANTE FONSECA JÚNIOR
ilustração
RAFAEL EUFRÁSIO DE OLIVEIRA
Catalogação da Publicação na Fonte (CIP). 
Ficha Catalográfica elaborada por Heverton Thiago Luiz da Silva - CRB 15/710.
S725r Sousa, Regina Lúcia Maciel de.
Responsabilidade socioambiental / Regina Lúcia Maciel
de Sousa, Vilma Rejane Maciel de Sousa ; edição e revisão
do Instituto Tecnológico Brasileiro (ITB). – Natal, RN : 2014.
76 p. : il. color.
ISBN 978-85-68100-20-2
Inclui referências
1. Responsabilidade socioambiental. 2. Legislação
ambiental. 3. Sustentabilidade. I. Instituto Tecnológico
Brasileiro. II.Título.
 RN/ITB/HTLS CDU 502.14
“Se, na verdade, não estou no mundo para 
simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-
lo; se não é possível mudá-lo sem certo sonho ou 
projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que 
tenha para não apenas falar de minha utopia, mas 
participar de práticas com ela coerentes”.
(Paulo Freire)
Índice iconográfico
Diálogos
Importante
Querendo mais?
Internet
Curiosidade
Vocabulário
Você conhece?
Mídias
Atividades
O material didático do Sistema de Aprendizado itb propõe ao aluno uma linguagem objetiva, sim-
ples e interativa. Deseja “conversar” diretamente, dialogar e interagir, garantir o suporte para o es-
tudante percorrer os passos necessários a sua aprendizagem. Os ícones são disponibilizados como 
ferramentas de apoio que direcionam o foco, identificando o tipo de atividade ou material de estudo. 
Observe-os na descrição a seguir:
Curiosidade – Texto para além da aula, explorando um assunto abordado. São pitadas de conheci-
mento a mais que o professor pode proporcionar ao aluno.
Importante – Destaque dado a uma parte do conteúdo ou a um conceito estudado, que seja consi-
derado muito relevante.
Querendo mais – Indicação de uma leitura fora do material de estudo. Vem ao final da competência, 
antes do resumo.
Vocabulário – Texto explicativo, normalmente curto, sobre novos termos que são apresentados no 
decorrer do estudo. 
Você conhece? – Foto e biografia de uma personalidade conhecida pelas suas obras relacionadas 
ao objeto de estudo.
Atividade – Resumo do conteúdo praticado na competência em forma de exercício. Pode ser apre-
sentado ao final ou ao longo do texto.
Mídias – Contém material de estudo auxiliar e sugestões de filmes, entrevistas, artigos, podcast e 
outros, podendo ser de diversas mídias: vídeo, áudio, texto, nuvem. 
Internet – Citação de conteúdo exibido na Internet: sites, blogs, redes sociais.
Diálogos – Convite para discussão de assunto pelo chat do ambiente virtual ou redes sociais.
Apresentação institucional 09
Palavra dos professores autores 11
Apresentação das competências 13
Competência 01 
Aplicar conceitos e significados da responsabilidade socioambiental 17
Entendendo a Responsabilidade Socioambiental 17
Evolução histórica da relação homem-natureza 20
Os reflexos da conscientização socioambiental 23
Os Três Pilares da Responsabilidade Socioambiental Empresarial (RSE) 26
Resumo 27
Autoavaliação 28
Competência 02 
Aplicar as exigências legais e as normas orientadoras 
da responsabilidade socioambiental 33
Legislação ambiental brasileira 33
Normalização: identificando a origem, definição e objetivos 36
Analisando as normas de Responsabilidade Social e Ambiental 37
Resumo 42
Autoavaliação 42
Sumário
Competência 03 
Contextualizar a importância do Terceiro Setor 47
Os três setores que organizam a sociedade 48
A contribuição das ONGs nas lutas socioambientais 50
A legislação que norteia o Terceiro Setor 52
Resumo 55
Autoavaliação 55
Competência 04 
Identificar ações empresariais de responsabilidade socioambiental 61
Responsabilidade e Sustentabilidade: uma questão que é de todos 61
Responsabilidade Socioambiental: uma questão de Educação 66
Responsabilidade Socioambiental: uma questão de ação 67
Resumo 69
Autoavaliação 70
Referências 72
Conheça o autor 75
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Apresentação institucional
O Instituto Tecnológico Brasileiro (itb) foi construído a partir do sonho de educadores e 
empreendedores reconhecidos no cenário educacional pelas suas contribuições no desen-
volvimento econômico e social dos Estados em que atuaram, em prol de uma educação de 
qualidade nos níveis básico e superior, nas modalidades presencial e a distância.
Esta experiência volta-se para a educação profissional, sensível ao cenário de desen-
volvimento econômico nacional, que necessita de pessoas devidamente qualificadas para 
ocuparem vagas de trabalho e garantirem suporte ao contínuo crescimento do setor pro-
dutivo da nação.
O Sistema itb de Aprendizado Profissional privilegia o desenvolvimento do estudante a 
partir de competências profissionais requeridas pelo mundo do trabalho. Está direcionado 
a você, interessado na construção de uma formação técnica que lhe proporcione rapida-
mente concorrer aos crescentes postos de trabalho.
No Sistema itb de Aprendizado Profissional o estudante encontra uma linguagem clara 
e objetiva, presente no livro didático, nos slides de aula, no Ambiente Virtual de Aprendiza-
gem e nas videoaulas. Neste material didático, um verdadeiro diálogo estimula a leitura, o 
projeto gráfico permite um estudo com leveza e a iconografia utilizada lembra as modernas 
comunicações das redes sociais, tão acessadas nos dias atuais.
O itb pretende estar com você neste novo percurso de qualificação profissional, con-
tribuindo decisivamente para a ampliação de sua empregabilidade. Por fim, navegue no 
Sistema itb: um estudo prazeroso, prático, interativo e eficiente o conduzirá a um posicio-
namento profissional diferenciado, permitindo-lhe uma atuação cidadã que contribua para 
o seu desenvolvimento pessoal e do seu país.
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Caro estudante!
Atualmente, é comum ouvirmos falar sobre os efeitos negativos das atividades eco-
nômicas sobre o meio ambiente e nas suas relações com o desenvolvimento do nosso 
planeta, como também da responsabilidade que a sociedade tem, através da atuação de 
cada cidadão, diante de tudo que se relaciona a esses assuntos (WIKIPÉDIA, 2014). Deste 
modo, o objetivo do nosso estudo é capacitá-lo a compreender, através de exemplos con-
cretos, a importância da Responsabilidade Socioambiental para o futuro do planeta e os 
benefícios de sua adoção para as empresas. Para isto, é importante que você possa conhe-
cer os mecanismos que garantam a efetividade das ações socioambientais, de forma que 
possa atuar positivamente na busca por um futuro melhor para o nosso planeta, seja como 
cidadão, seja como profissional.
Lembre-se de que, para isso, você será levado a pôr em movimento todo o conhecimen-
to que adquirir. Vamos lá, então?
Palavra do professor autor
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A ocorrência e intensificação de fragilidades sociais e problemas ambientais faz com 
que o mercado de trabalho, cada vez mais, procure e valorize profissionais que, além de 
capacidades técnicas, apresentem habilidade de conduzir atividades de forma ética em 
prol do bem-estar da sociedade. E você, como futuro profissional, está preparado para aju-
dar as companhias na adoção contínua de práticas de Responsabilidade Socioambiental?
Nosso livro o levará a conhecer definições e realizar observações sobre o compromisso 
das empresas em relação a atitudes éticas, que possam garantir um modelo de desenvol-
vimento que seja viável economicamente, socialmente justo e ambientalmente correto.
Para isso, contamos com a primeira competência, que tornará você capaz de aplicar sig-
nificados e conceitos da Responsabilidade Socioambiental, onde desenhamos a seguinte 
estrutura: Entendendo a Responsabilidade Socioambiental; Evolução Histórica da Relação 
Homem-Natureza; A Contribuição das ONGs nas lutas da Responsabilidade Socioambien-
tal Empresarial.
Através dos estudos da segunda competência, você será capaz de aplicar as exigências 
legais e as normas orientadoras da Responsabilidade Socioambiental. Denominada Co-
nhecer e Internalizar as Exigências Legais e as Normas Orientadoras da Responsabilidade 
Socioambiental são tratados os seguintes temas: A Legislação Ambiental Brasileira; Nor-
malização: Identificando a Origem, definição e Objetivos; Analisando as Normas de Respon-
sabilidade Social e Ambiental.
Na terceira competência você vai contextualizar a Importância do Terceiro Setor, com-
preendendo seu desenvolvimento que vem sendo impulsionado pela crescente importân-
cia dada às questões socioambientais. Para esta compreensão, estudaremos: Os Três Se-
Apresentação das competências
tores que Organizam a Sociedade, A contribuição das ONG nas Lutas Socioambientais e A 
Legislação no Terceiro Setor.
Na quarta competência, você vai identificar as Ações Empresariais de Responsabilidade 
Socioambiental, reconhecendo como são elaboradas e executadas as estratégias de atu-
ação. O estudo foi estruturado da seguinte forma: Responsabilidade e Sustentabilidade: 
uma questão de todos; Responsabilidade Socioambiental: uma questão de educação; e 
Responsabilidade Socioambiental: uma questão de ação. 
Esperamos que os assuntos aqui apresentados contribuam para o desenvolvimento 
da sua autonomia intelectual e que eles despertem o seu interesse em compreender a 
seriedade da Responsabilidade Socioambiental para o profissional, para a empresa e para 
o mercado como um todo, visando à sustentabilidade do planeta para as atuais e próximas 
gerações. 
Bom estudo e uma prazerosa leitura!
Competência
01
Aplicar conceitos e significados
da responsabilidade socioambiental 
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Você pode observar que os assuntos voltados à conservação do meio ambiente passam 
a ser discutidos, cada vez mais e nos mais diversos segmentos da sociedade, que se cons-
cientiza da importância de seus atos em relação à sustentabilidade do planeta que deixará 
para as próximas gerações. 
Então, para que possamos relacionar argumentos sobre a temática, iniciamos o nosso 
trabalho a partir da seguinte questão: O que é Responsabilidade Socioambiental?
Entendendo a Responsabilidade Socioambiental
Aplicar conceitos e significados
da responsabilidade socioambiental
Cada vez mais as organizações buscam colocar em destaque suas ações de Respon-
sabilidade Socioambiental, vejamos o caso da Petrobras. Por algum tempo a imagem 
da empresa esteve associada a desastres com vazamentos de óleo e acidentes com 
plataformas em alto-mar, mas nas últimas décadas a estatal está investindo para provar 
que a exploração de petróleo pode acontecer com importância ao meio ambiente. A em-
presa tem buscado diminuir o impacto de suas atividades sobre a natureza, reduzindo o 
volume de efluentes e resíduos em suas unidades, incentivando o desenvolvimento de 
projetos através do Programa Petrobras Socioambiental.
Visitando o site: <http://sites.petrobras.com.br/socioambiental>, você po-
derá conhecer as iniciativas adotadas pela empresa quando se trata de 
Responsabilidade Socioambiental. Esse é um exemplo a ser seguido por 
outras empresas, certo?
Internet
A Responsabilidade Socioambiental pode ser definida como uma conduta, uma es-
tratégia de atuação, que deve ser implementada pelas empresas, sejam elas públicas 
e/ou privadas. Apesar de objetivarem o lucro, as empresas não devem desrespeitar as 
normas e descumprir as leis. Desta forma, a Responsabilidade Socioambiental deve ser 
entendida como um conjunto de ações direcionadas para o aprimoramento das relações 
sociais e com o meio ambiente.
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Ações predadoras do homem agridem a natureza de tal forma que colo-
cam em risco a sua própria espécie.
Importante
Estamos certos de que já deu para você perceber que a Responsabilidade Socioam-
biental surgiu diante da preocupação com a degradação das relações sociais e a explo-
ração dos recursos naturais.
Há quase quatro anos Vanis Buckholz criou sua própria empresa, a 
MyReCycler, que envia latas, vidro, plástico e papel para reciclagem. Ele teve a 
ideia quando tinha apenas sete anos de idade, em uma aula que assistiu no Dia 
da Terra. Começou a separar os resíduos em casa, com o apoio dos pais, depois 
passou a recolher também dos vizinhos e amigos. Aos poucos, Vanis se tornou 
um menino de negócios da pequena cidade de Corona del Mar, nos Estados 
Unidos. Ele realiza o trabalho praticamente sozinho. Em sua bicicleta, coleta 
pela cidade materiais recicláveis de residências e estabelecimentos comerciais. 
Vanis diz: “Meu pai e minha mãe me ensinaram a não poluir, por isso, recolher 
lixo foi algo que sempre fizemos. Agora, é parte do negócio”. Quando o estoque 
em sua casa está cheio, os pais ajudam a transportar de caminhonete todo o 
lixo para a usina de reciclagem. Além do espírito empreendedor e da preocupa-
ção com o meio ambiente, 25% do dinheiro que ganha com a venda do material 
que recolhe é doado para uma ONG que apoia crianças carentes. Vanis é um 
exemplo de Responsabilidade Socioambiental. Fonte: <http://gentequecoope-
racresce.com.br/>. Acesso em: 22 abr. 2014.
Pois bem, saiba que isso é comprovado por estudos recentes, que afirmam que os 
recursos naturais existentes no planeta, já são, atualmente, insuficientes para a popu-
lação existente e reconhecidamente predadora. Resumidamente, pode se dizer, então, 
que a gestão das questões socioambientais nada mais é do que a promoção da atua-
ção organizacional ética.e/ou privadas. Apesar de objetivarem o lucro, as empresas não 
devem desrespeitar as normas e descumprir as leis. Desta forma, a Responsabilidade 
Socioambiental deve ser entendida como um conjunto de ações direcionadas para o 
aprimoramento das relações sociais e com o meio ambiente.
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Esta conduta ética faz parte do planejamento estratégico das organizações, envol-
vendo toda a cadeia produtiva, respeito pelos colaboradores, fornecedores e clientes, 
objetivando a cidadania corporativa.
No passado, as empresas valorizavam apenas a opinião e as conveniências de seus 
acionistas. Com a evolução das discussões socioambientais, há grupos de pessoas, as-
sociações e instituições que também possuem interesses e devem ser considerados no 
planejamento da organização.
Lemo; Mello e Nascimento (2008, p. 18) traz a definição de Gestão Socioambiental 
Estratégica (GSE):A Gestão Socioambiental Estratégica é a inserção da variável so-
cioambiental ao longo de todo o processo gerencial de planejar, orga-
nizar, dirigir e controlar, utilizando funções que compõem o processo 
gerencial, bem como as interações que ocorrem no ecossistema do 
mercado, visando atingir seus objetivos e metas de forma mais sus-
tentável possível.
De acordo com o Instituto Ethos, a Responsabilidade Social Empresarial (SER - sigla 
em inglês) é a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empre-
sa com todos os públicos com os quais ela se relaciona, e também pelo estabelecimento 
de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, 
preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a 
diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. A SER, busca, assim, o 
desenvolvimento sustentável, conforme nos referimos anteriormente.
Atividade 01
Para compreender de que forma o Instituto Ethos incentiva a gestão em-
presarial, socialmente responsável, acesse o endereço eletrônico: <http://
www3.ethos.org.br/conteudo/gestao-socialmente-responsavel/>, e em 
seguida, compartilhe suas impressões com seus colegas através do Am-
biente Virtual de Aprendizagem (AVA).
Cidadania Corpora-
tiva: conceito que 
define um alto 
padrão de conduta 
ética da corporação 
em relação aos 
seus diferentes 
públicos, conjunta-
mente denomina-
dos stakeholders. 
A sua importância 
está no fato de que 
o respeito aos direi-
tos humanos, tanto 
dos funcionários 
quanto da comu-
nidade, é um forte 
fator de sucesso 
para as empresas. 
Para entender 
melhor a definição 
de stakeholders 
acesse o endereço 
eletrônico: <http://
www.youtube.
com/ watch?v= 
Q1qYuhmypkU>. 
Você poderá 
assistir a uma 
explicação em 
linguagem simples 
e acessível.
Ética refere-se aos princípios e aos valores morais que governam o modo 
como um indivíduo em particular, ou um grupo de pessoas, ou uma sociedade 
em geral, conduz as suas atividades.
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Você já parou para pensar na relação do homem com a natureza? Para entender o 
que acontece atualmente, devemos relembrar alguns fatos históricos, que foram aconte-
cendo, gradativamente, em diferentes épocas. Portanto, considerando que o processo de 
civilização da humanidade sofreu grandes transformações, torna-se impossível desen-
volver uma consciência acerca das questões sociais e ambientais, sem antes compreen-
dermos a história do próprio homem, bem como de suas descobertas e consequentes 
transformações do ambiente.
Pois bem! Veja como é interessante olharmos para o passado e observarmos que o 
ser humano, desde as épocas mais remotas, sempre interferiu no meio ambiente. Acon-
tece que, durante a pré-história, essa interferência não se mostrou significativa, até que 
ele começou a ampliar suas capacidades através do desenvolvimento de ferramentas, 
de sua organização em grupo e da própria forma de organizar o trabalho. Os impactos 
negativos ao ambiente começaram a se tornar mais evidentes quando os homens co-
meçaram a se fixar na terra. Dias (2011), exemplifica bem a situação quando afirma 
que a domesticação de animais e o desenvolvimento das técnicas de plantio provoca-
ram uma revolução na história da humanidade, pois resultou na fixação das pessoas e, 
consequentemente, fez surgir às primeiras vilas e cidades.
Essa nova forma de organização em espaços como aldeias, vilas e cidades modificou 
a forma como o homem se relacionava com a natureza, aumentando a pressão pelos re-
cursos naturais. No entanto, a intensificação dos problemas ambientais ocorreu através 
do avanço tecnológico iniciado na Inglaterra no Século XVIII.
Evolução histórica da relação homem-natureza
Cambi (1999, p. 37) define História como: 
[...] um organismo: o que está antes condiciona o que vem 
depois; assim, a partir do presente, da contemporaneidade e 
suas características, seus problemas, deve-se remontar para 
trás, bem para trás, até o limiar da civilização e reconstruir o 
caminho complexo, não linear, articulado, colhendo, ao mesmo 
tempo, seu processo e seu sentido.
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Continuando nossos estudos, você poderá observar agora, que muitas mudanças 
ocorreram durante a chamada Revolução Industrial, em que inúmeros trabalhadores 
do campo se deslocaram até as zonas urbanas à procura de emprego nas indústrias e 
tornaram-se assalariados, perdendo assim o domínio sobre os resultados dos seus es-
forços. Outro exemplo que podemos dar de uma grande mudança social neste processo 
histórico foi o enfraquecimento dos laços familiares, à medida que crianças, mulheres e 
homens aglomeravam-se nas indústrias em jornadas de trabalho de até 18 horas por dia, 
estando sujeitos às condições desumanas. 
Do ponto de vista ambiental, podemos dizer que este período foi marcado pela ace-
leração do desmatamento e da extração de recursos naturais não renováveis, como o 
petróleo e o carvão mineral, além da poluição causada pela destinação inadequada dos 
resíduos (sólidos, líquidos e gasosos) do processo industrial. Você percebe como o ho-
mem não demonstrava nenhuma preocupação com o ambiente? Parece que ele achava 
que os recursos naturais eram inesgotáveis!
Os registros históricos indicam que a preocupação da sociedade para com as ques-
tões socioambientais teve início no final do século XVIII. Os acidentes industriais e a 
contaminação do ambiente natural e seus impactos na saúde humana mobilizaram a 
atenção da opinião pública, para a discussão destes problemas. Porém, até o início do 
Século XX, os efeitos da desigualdade social e dos problemas ambientais eram ignorados 
pelos governos, que entendiam o desenvolvimento como sinônimo de industrialização. 
Segundo a Pearson Education do Brasil (2010), os governos da época preocupavam-se 
apenas na manutenção das atividades econômicas. Acreditava-se que o avanço da tec-
nologia resolveria todas as questões socioambientais.
Entretanto, nesse início do Século XX, o agravamento dos problemas serviu para aler-
tar amplos setores da sociedade, mobilizando indivíduos e organizações, e as visões 
tradicionais sobre o meio ambiente começaram a ser desfeitas a partir de uma conferên-
A Revolução Industrial marcou um novo período na história do mundo. Ela é 
considerada como a transição da economia agrária para a economia indus-
trial, significando uma profunda alteração na vida do trabalho, bem como da 
população mundial.” (CARVALHO, 2012, p. 160).
Curiosidade
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cia realizada em 1972 em Estocolmo, capital da Suécia, que contou com a presença da 
comunidade científica e de representações diplomáticas de diversos países. 
A Conferência de Estocolmo, como foi chamada, foi marcada pela produção das pri-
meiras reflexões sobre os impactos da industrialização e pela disputa entre as nações 
que defendiam a proibição da ação, sobre os recursos naturais daquelas que defendiam 
a exploração responsável. Neste evento, foi aprovada uma Declaração sobre o Meio Am-
biente Humano, estabelecendo diretrizes para a preservação ambiental em nível mun-
dial, e resultou na criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNU-
MA), organismo internacional para debate da gestão ambiental.
Com o desafio de orientar aos países como atender a interesses econômicos e am-
bientais, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou, em 1983, a Comissão Mundial 
para o Desenvolvimento e Meio Ambiente (CMDMA) com o objetivo de estudar o assunto. 
O trabalhodesta comissão resultou na apresentação do documento “Nosso Futuro Co-
mum” ou “Relatório Brundtland”, que ressaltou que o modelo de crescimento econômi-
co, adotado pelas grandes nações, gerou grandes desequilíbrios; se por um lado nunca 
houve a produção de tanta riqueza e fartura no mundo, por outro, a miséria, a degrada-
ção ambiental e a poluição aumentam dia a dia.
Você já deve ter ouvido a expressão desenvolvimento sustentável, certo? Pois ela foi 
utilizada pela primeira vez neste relatório sugerindo um modelo que atendesse as neces-
sidades do presente, sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem 
às próprias necessidades.
O texto deste relatório defendeu a conservação ambiental e a melhoria dos aspectos 
socioeconômicos, ao apresentar uma série de ações a serem tomadas pelas nações e 
definir metas a serem realizadas em nível internacional. De fato, este compromisso foi 
efetivamente aceito e assumido pelos 113 países envolvidos?
É interessante que você conheça a Declaração de Estocolmo sobre o Am-
biente Humano, de modo que possa acompanhar como foram sendo cons-
truídas as diretrizes, no sentido de amenizar os danos causados ao plane-
ta. Para isso, acesse: <http://www.silex.com.br/leis/normas/estocolmo.
htm>.
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Atividade 02
Considerando o que estudamos até agora, realize uma pesquisa para veri-
ficar a repercussão e se os compromissos assumidos nesse evento contri-
buíram efetivamente, para solucionar os problemas ambientais causados 
pelo desenvolvimento econômico mundial. Para validar e avaliar sua pro-
dução socialize-a com seus colegas no Ambiente Virtual de Aprendizagem 
(AVA).
Como você deve imaginar a inclusão da sustentabilidade, na noção de desenvolvi-
mento humano, resultou em uma significativa mudança nas ações em prol da melhoria 
dos indicadores sociais, da conservação da natureza, proteção dos consumidores, direito 
dos trabalhadores etc.
Utilizada pela primeira vez na década de 1990 pelo pensador britânico John Elking-
ton, a expressão Triple Bottonline (tripé da responsabilidade, numa tradução livre) refor-
ça que a sustentabilidade está apoiada em um tripé que considera aspectos ambientais, 
sociais e econômicos. A associação entre estes aspectos resulta nas articulações que 
você identificará na ilustração abaixo.
Os reflexos da conscientização socioambiental
Importante
A sustentabilidade ou desenvolvimento sustentável possui um caráter am-
plo, uma vez que associa três dimensões: ambiental, social e econômica.
Importante
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Figura 1 – Articulações originadas a partir do Triple Bottonline 
Fonte: adaptado de Elkington (1990).
Com a ampliação da conscientização socioambiental e a discussão desta temática, a 
sociedade tem encaminhado demandas para seus representantes políticos e pressiona-
do pela criação de leis, que estabeleçam regras para alcance da sustentabilidade. E já é 
possível observar que a pressão exercida pela opinião pública tem provocado mudanças 
significativas no modelo de gestão das empresas, que estão procurando se adequar ao 
perfil dos clientes do século XXI.
Veja bem: Diante da variedade de produtos em oferta, o consumidor consciente faz 
uso do seu poder de escolha. Além de considerar o preço e a qualidade, ele procura 
conhecer os efeitos ecológicos e sociais originados no processo produtivo e avaliam o 
comportamento dos fabricantes diante dos problemas socioambientais. Ações de reflo-
restamento, reciclagem, combate ao trabalho escravo e infantil etc. são exemplos de 
práticas valorizadas por este novo consumidor.
Você sabia que a preocupação com questões socioambientais, também fez 
surgir uma classe de consumidores que estão dispostos a pagar um valor 
mais alto, por produtos fabricados de forma sustentável?
Curiosidade
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No ano 2000, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou uma campanha denomi-
nada Pacto Global para estimular que empresas de todo o mundo assumissem, voluntaria-
mente, práticas empresariais que valorizem os direitos humanos, as relações de trabalho, 
o meio ambiente e o combate à corrupção.
Além de aprimorar, otimizar e tornar mais seguros seus processos de produção e 
operação e de implantar programas de uso racional de insumos como água e energia, 
as empresas patrocinam iniciativas de Organizações Não Governamentais e do poder 
público, fecham convênios com universidades, desenvolvem projetos de educação am-
biental e têm “portas abertas” para os que queiram conhecê-las de perto. (VIVEIROS; 
BIANCARELLI, 2003).
O objetivo do Pacto Global é encorajar o alinhamento das políticas e práticas em-
presariais, com os valores e os objetivos aplicáveis internacionalmente e univer-
salmente acordados. Os dez princípios do Pacto são:
Direitos Humanos:
1. As empresas devem apoiar e respeitar a proteção de direitos humanos reconhe-
cidos internacionalmente; 
2. Assegurar-se de sua não participação em violações destes direitos;
Trabalho:
3. As empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efeti-
vo do direito à negociação coletiva;
4. A eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório;
5. A abolição efetiva do trabalho infantil; 
6. Eliminação da discriminação no emprego;
Meio Ambiente:
7. As empresas devem apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais;
8. Desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental; 
9. Incentivar o desenvolvimento e difusão de tecnologias ambientalmente amigáveis;
Contra à corrupção:
10. As empresas devem combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive 
extorsão e propina. Acesse para saber mais: <http://www.pactoglobal.org.br>.
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A Responsabilidade Socioambiental Empresarial está baseada na trilogia: ambiente, 
sociedade e economia, que são os pilares fundamentais para as organizações. Se por um 
lado as empresas objetivam a geração de lucro, por outro devem cumprir com as normas 
e os requisitos legais impostos. As empresas que incorporam em seus processos e/ou 
produtos aspectos da SER, se destacam das demais criando um diferencial competitivo, 
fortalecendo assim, sua imagem perante os stakeholders.
Em 1990, a Câmara de Comércio Internacional (CCI), para poder alcançar o desen-
volvimento sustentável, definiu um conjunto de princípios de gestão ambiental que, se 
atendidos, podem levar ao sucesso empresarial.
Os Três Pilares da Responsabilidade 
Socioambiental Empresarial (RSE) 
Princípios estabelecidos pela Câmara de Comércio Internacional (CCI) :
1 – Prioridade organizacional (estabelecimento de politicas e práticas adequa-
das ao ambiente natural);
2 – Gestão integrada como elemento de administração;
3 – Processos de melhoria (desempenho ambiental interno e externo);
4 – Educação do pessoal;
5 – Prioridades de enfoque (estudo das repercussões ambientais no desenvol-
vimento de projetos);
6 – Produtos e serviços (ecodesign);
7 – Orientações ao consumidor (disponibilidade de informação ao público);
8 – Equipamentos e operacionalização (busca de eficiência no uso dos equipa-
mentos, insumos e matérias-primas);
9 – Pesquisas (busca de redução dos impactos ambientais);
10 – Enfoques preventivos (prevenção à poluição);
11 – Fornecedores e subcontratados (transferência da responsabilidade para 
toda a cadeia produtiva);
12 – Planos de emergência (precaver-se da repercussão de acidentes);
13 – Transferências de tecnologia (disseminaçãonos setores privado e público);
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Cabe, portanto, apenas às organizações, o direcionamento de suas políticas de atu-
ação, referenciando a Gestão Socioambiental Estratégica (GSE) como parte do planeja-
mento dos negócios, promovendo, assim, a sustentabilidade.
14 – Contribuições com o esforço comum (participação no desenvolvimento de 
politicas públicas e privadas);
15 – Transparências de atitude (antecipar e responder às preocupações da 
comunidade em relação aos riscos e impactos de suas operações);
16 – Atendimento e divulgação (monitoramento do desempenho ambiental). 
Resumo
Neste estudo você teve a oportunidade de ver que os assuntos voltados à conservação 
do meio ambiente passaram a ser cada vez mais discutidos nos diversos segmentos da 
sociedade, dando início a uma conscientização coletiva sobre a importância das ações 
do homem, em relação à sustentabilidade do planeta. O entendimento do conceito e sig-
nificado da Responsabilidade Socioambiental e o conhecimento da evolução histórica da 
relação homem-natureza lhe permitiu reconhecer o impacto das mudanças ocorridas na 
sociedade e meio ambiente, a partir da Revolução Industrial. Os efeitos da desigualdade 
social e o agravamento dos problemas ambientais (acidentes industriais e contaminação 
do ambiente natural) chamaram à atenção da opinião pública e mobilizaram indivíduos 
e organizações, gerando a realização de eventos e publicação de orientações. Finalmen-
te, você apreendeu que a Responsabilidade Socioambiental Empresarial está baseada na 
trilogia: ambiente, sociedade e economia, cujos pilares são fundamentais para as organi-
zações que, se por um lado objetivam a geração de lucro, por outro devem cumprir com 
as normas e os requisitos legais impostos. Você pode, ainda, verificar que o consumidor 
tornou-se mais consciente, procurando conhecer os efeitos ecológicos e sociais, originados 
nos produtos que consome e avaliando o comportamento dos fabricantes, diante dos pro-
blemas socioambientais, discordando de ações como desmatamento, trabalho escravo e 
infantil, entre outros.
Afinal, as empresas que incorporam em seus processos e/ou produtos aspectos da Res-
ponsabilidade Socioambiental Empresarial se destacam das demais, trazendo benefícios 
para melhorias conceituais da empresa e para o futuro do planeta.
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1. A Responsabilidade Socioambiental é uma postura que direciona para a adoção de prá-
ticas, ações e iniciativas em benefício da sociedade e do ambiente. Analise as afirma-
ções a seguir:
I – A Responsabilidade Socioambiental tem por objetivo a melhoria da qualidade de vida 
das pessoas e o desenvolvimento do ser humano;
II – Ter Responsabilidade Socioambiental implica em preocupar-se exclusivamente no 
atendimento dos interesses de investidores e acionistas das empresas;
III – Responsabilidade Socioambiental é um ato livre e voluntário;
IV – As ações de Responsabilidade Socioambiental são planejadas e executadas para pro-
mover o crescimento econômico.
Assinale o item que contempla apenas as afirmativas corretas.
a) I, II e III;
b) II e IV;
c) I, III e IV; 
d) I e III.
2. Analise as alternativas abaixo e assinale aquela que melhor define a prática da Respon-
sabilidade Socioambiental Empresarial.
a) Promove o crescimento econômico e a redução dos custos de produção;
b) Relação ética com os stakeholders, uso sustentável dos recursos ambientais e redução 
das desigualdades sociais;
c) Uso intensivo dos recursos naturais e geração de riquezas;
d) Cumprimento de exigências impostas pelo poder público.
3. Assinale a alternativa que apresenta o fato que teve como consequência, o enfraqueci-
mento das relações sociais, e o agravamento dos problemas ambientais.
a) Domesticação dos animais;
b) Estabelecimento de vilas e cidades;
c) Avanço tecnológico;
Autoavaliação
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d) Desenvolvimento da agricultura.
4. Diante da variedade de produtos em oferta, o consumidor consciente faz uso do seu 
poder de escolha. Além de considerar o preço e a qualidade, ele procura:
a) Conhecer os efeitos ecológicos e sociais originados no processo produtivo e avaliam o 
comportamento dos fabricantes, diante dos problemas socioambientais;
b) Conhecer as marcas de grife por serem as mais procuradas no mercado;
c) Comprar os produtos mais baratos, produtos de grande industrialização;
d) Adquirir bens descartáveis que não prejudiquem a sustentabilidade do planeta e aumen-
tem o consumo, contribuindo para a lucratividade.
5. A expressão desenvolvimento sustentável sugere um progresso duradouro que está am-
parado no tripé:
a) Produção, pessoas e riqueza;
b) Sociedade, pessoas e planeta;
c) Planeta, produção e lucro;
d) Economia, sociedade e ambiente. 
Aplicar as exigências legais 
e as normas orientadoras da 
responsabilidade socioambiental 
Competência
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Por tudo que já foi analisado, você sabe que o ambiente atual de negócios impõe di-
versos desafios às organizações. Foi a mácula deixada pela exploração do trabalho infantil 
nas fábricas fornecedoras da Nike, que impulsionou a empresa a estabelecer metas de 
Responsabilidade Socioambiental, dentre as quais se destaca: assegurar melhores condi-
ções de trabalho nas industrias que fabricam os produtos Nike, comprometimento com a 
sustentabilidade ambiental e olhar diferenciado para as comunidades, promovendo aces-
so ao esporte e às atividades físicas.
A preocupação com os aspectos sociais e ambientais já ocupa papel de destaque dian-
te dos temas competitividade e produtividade. A responsabilidade social que antes era 
baseada principalmente na filantropia, assumiu definitivamente o caráter de estratégia 
empresarial. Agora você irá conhecer os principais instrumentos que regulam a atuação 
empresarial e orientam para o exercício da Responsabilidade Socioambiental.
Aplicar as exigências legais 
e as normas orientadoras da 
responsabilidade socioambiental
Legislação ambiental brasileira
Até o início da década de 1990, inúmeros empresários achavam que o atendimento à 
legislação ambiental era um custo adicional, difícil de ser absorvido pelas empresas. Além 
disso, acreditavam que era impossível associar a redução do consumo com o aumento da 
produtividade e do lucro. Certo de que essa combinação era possível, o empresário suí-
ço Stephen Schmidheiny investiu na implantação de medidas ecoeficientes na subsidiária 
brasileira da Amanco (fabricante de tubos e conexões) e acrescentou 1,2 milhão de dólares 
aos cofres da empresa. Além de estar com consonância com a legislação ambiental bra-
sileira, a Amanco associou os salários de seus executivos ao desempenho socioambiental 
da empresa.
“O exercício da cidadania se torna mais efetivo quando o governo torna dispo-
nível a legislação e permite ao cidadão seu respectivo conhecimento”. (CABRAL, 
1997 apud WINTHER, 2001, p. 13).
Talvez você ainda não saiba, mas a proteção legal do meio ambiente no Brasil 
pode ser dividida em três fases distintas. A primeira foi marcada pela existência 
de poucos dispositivos protetores para determinados recursos ambientais; esta fase 
compreende o período entre o descobrimento do país e a década de 1920. Na se-
gunda fase, que durou até o final da década de 1970, teve início a imposição do 
controle legal às atividades exploratórias; o amparo legal só existia para os recursos 
ambientais que possuíssem valor econômico. A preocupação com o meio ambientede forma integral, como conhecemos hoje, surgiu apenas na década de 80 e marca 
a terceira e última fase.
Em nossa história recente, a publicação de normas ambientais mais amplas e efeti-
vas teve início com a Lei nº 6.938/1981, que trata da Política Nacional do Meio Ambien-
te. De modo inovador, reconheceu a importância do meio ambiente para qualidade de 
vida dos cidadãos.
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Em seu artigo 2º, a Lei que rege a Política Nacional do Meio Ambiente 
expressa que tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação 
da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no país, con-
dições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da seguran-
ça nacional e à proteção da dignidade da vida humana. 
Importante
A Lei da Ação Civil Pública (nº 7.347/1985), por sua vez, estabeleceu a ação pública 
como um instrumento de defesa do meio ambiente, e permitiu que os danos ambientais 
fossem apreciados pelo poder judiciário.
A Ação Civil Pública é o típico e mais importante meio processual de defesa 
ambiental, pois ao mesmo tempo em que reprime a prática de atos lesivos ao meio 
ambiente, também procura a reparação do dano causado pelo agente causador. 
(MOTA; BARBOSA ; MOTA G., 2011).
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O meio ambiente alcançou à categoria de bem protegido constitucionalmente na Consti-
tuição Federal de 1988, diretamente no Capítulo IV do Título VIII e indiretamente em diver-
sos outros artigos. O texto constitucional sobre meio ambiente mais conhecido é o artigo 
225, que está transcrito abaixo, para que você possa conhecê-lo:
Outro importante dispositivo jurídico ambiental brasileiro é a Lei nº 9.605/1998, de 
Crimes Ambientais, que determina as penalidades aplicáveis às condutas e atividades da-
nosas ao meio ambiente.
Um ponto bem interessante que devemos observar é colocado por Caldas (2011). Se-
gundo o autor, a nossa legislação, atualmente, é considerada uma das mais avançadas e 
restritivas do mundo. Basta dizer que ações e atividades consideradas como crimes am-
bientais podem ser punidas com multas altíssimas, e isso vale tanto para pessoas físicas 
quanto para jurídicas. Imagine você que o valor pode chegar até R$ 50 milhões!
Art. 225 – “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equi-
librado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de 
vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-
-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. (BRASIL, 1988, 
não paginado).
Importante
Acesse a notícia publicada no endereço eletrônico: <http://www.brasil247.
com/pt/247/portfolio/98014/CSN-pode-ser-multada-em-até-R$-50-mi-
-por-crime-ambiental.htm>, e conheça um exemplo da aplicação da lei de 
crimes ambientais.
Internet
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Norma: documento 
elaborado coletiva-
mente e aprovado 
por uma instituição 
normalizadora, que 
fornece, para uso 
comum e repetiti-
vo, regras para o 
desenvolvimento 
de atividades e 
obtenção de resul-
tados.
Normalização é o processo de estabelecer e organizar as atividades pela 
criação e utilização de normas, visando a contribuir para o desenvolvi-
mento econômico e social. É considerada uma das bases modernas das 
sociedades industriais e abrange os mais diversos setores da economia. 
Destaque-se ainda que os consumidores de hoje, cada vez mais exigentes, 
estimulam o desenvolvimento das normas técnicas, e as empresas, que 
buscam sua permanência em um mercado cada vez mais competitivo, pre-
cisam se adequar a elas.
Importante
Normalização: identificando a origem, 
definição e objetivos
Você lembra que discutimos sobre como a Revolução Industrial marcou o início de gra-
ves problemas ambientais? Pois bem, ela foi, também, a mola propulsora para a utilização 
de normas, pois quando a produção passou a ser mecanizada, existiu a necessidade da 
padronização dos produtos e processos. Assim surgiu a normalização!
As normas técnicas instituem padrões de qualidade, de desempenho, de segurança, de 
responsabilidade e, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI) (2002), também 
podem estabelecer procedimentos, padronizar formas, dimensões, tipos, usos, estabele-
cer classificações ou terminologias e glossários, estabelecer a maneira de medir ou deter-
minar características, como os métodos de ensaio.
Mas você sabia que existem normas nacionais e internacionais? 
Em nível internacional, considera-se que a International Organization for Standardization 
(ISO) é o principal organismo de normalização. Foi fundado em 1945 e tem sede em Genebra, 
na Suíça. Hoje a ISO está composta por 149 países em diferentes graus de desenvolvimento.
Já no Brasil, o único fórum de normalização reconhecido é a Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT) que é uma entidade privada, sem fins lucrativos, e desde 1940 
fornece a base necessária ao desenvolvimento tecnológico no país.
Aprendemos, então, que normalização é um processo orientado por normas. Mas o que 
é norma?
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A ABNT é membro fundador e representa no país a ISO, a Comissão Paname-
ricana de Normas Técnicas (COPANT) e a Associação Mercosul de Normaliza-
ção (AMN).
Curiosidade
Para efeito dos nossos estudos, devemos focar nossos esforços nas normas que regem 
a responsabilidade social e ambiental. Vamos em frente!
Analisando as normas de Responsabilidade 
Social e Ambiental
NBR 16001
A seguir, estudaremos as normas NBR 16001, SA 8000, AA 1000, NBR ISO 26000 
e NBR ISO 14001e discutiremos a forma como passaram a ser incorporadas pelas em-
presas. Durante a leitura esteja atento ao foco de cada uma, o caráter de aplicação, sua 
origem (nacional ou internacional) e ano de publicação, de modo que possa realizar uma 
atividade proposta ao final do capítulo.
A Norma NBR 16001 é uma norma brasileira desenvolvida por uma comissão formada 
por diversos segmentos do governo e da sociedade civil, publicada pela Associação Brasi-
leira de Normas Técnicas (ABNT) em 2004. Mas, do que é mesmo que ela trata? Vejamos:
A NBR 16001 é uma norma de sistema de gestão da responsabilidade social, estrutura-
da em requisitos verificáveis, portanto, passível de certificação e que adota como modelo 
o ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act). 
Vamos entender o ciclo PDCA? Observe a ilustração abaixo e as iniciais que formam a 
sigla em inglês e sua tradução para o português:
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Também conhecido como ciclo de Deming, PDCA é um método de gestão em quatro 
etapas utilizado para controle e melhoria contínua de processos e produtos:
• Plan (P): Diz respeito a etapa de PLANEJAMENTO e envolve metas, objetivos, pro-
cedimentos e padrões;
• Do (D): Refere-se à EXECUÇÃO das tarefas planejadas;
• Check (C): Compreende os procedimentos de VERIFICAÇÃO em que se avaliam os 
resultados das tarefas já executadas;
• Act (A): Permite determinar e traçar novos planos de AÇÃO, aprimorando a execu-
ção e corrigindo eventuais falhas.
Figura 2 – Ciclo do PDCA
Fonte: autoria própria.
Atividade 01
Visite o endereço eletrônico: <http://www.inmetro.gov.br/qualidade/res-
ponsabilidade_social/norma_nacional.asp> e conheça melhor a estrutu-
ração da NBR 16001. Ao observar os antecedentes da criação da norma 
em 2004, você deve ter identificado o que motivou a sua nova publicação 
em 2012, certo? Socialize seu entendimento utilizando o Ambiente Virtual 
de Aprendizagem (AVA).
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SA 8000
A Social Accountability – SA 8000 é uma norma internacional de responsabilidade so-
cial que foi criada em 1997 por uma entidade americana especializada em direitos huma-
nos, a Social Accountability International (SAI). 
A norma é voluntária e certificável, tem foco nas relações trabalhistas, incita o combate 
ao trabalho infantil e ao trabalho escravo, bem como todo tipo de discriminação. 
Como qualquer outra norma de responsabilidade social, atinge duas dimensões: a inter-
na e a externa. Na dimensão interna o foco se volta para a gestão dos recursos humanos 
e a gestão dos impactos ambientais e dos recursos ambientais. Já na dimensão externa o 
foco aponta para os stakeholders e para gestão global do meio ambiente.
Então, pelo que foi comentado, você já pode perceber a importância da SA 8000. Veja 
agora o valor dos temas que ela abrange expressos nos nove requisitos da norma:
1. Trabalho forçado;
2. Práticas disciplinares;
3. Remuneração; 
4. Horário de trabalho;
5. Trabalho infantil;
6. Discriminação; 
7. Segurança e saúde no trabalho; 
8. Sistema de gestão e liberdade de associação; 
9. Direito a Negociação Coletiva.
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AA 1000
ISO 26000
Você já ouviu falar na Account Abilit – AA1000? Esta norma internacional, criada no 
Reino Unido, pode ser considerada a pioneira na gestão da responsabilidade social. Lan-
çada pelo Instituteof Social and Ethical Account Ability em 1999. Tem como foco assegurar 
a qualidade da contabilidade, auditoria e relato social ético. Composta por princípios e por 
um conjunto de padrões de processos consiste em um modelo de gestão auditável, que 
estabelece um importante diálogo com os stakeholders norteado pela busca da melhoria 
contínua. 
Os padrões de processo da AA1000 estabelecem os valores da organização de forma 
a mantê-los em harmonia com sua meta de desempenho. Um dos focos desta norma é o 
engajamento com os stakeholders, já que vincula questões sociais e éticas à gestão estra-
tégica e operações da organização.
Segundo a International Organization for Standardization – ISO 26000, a responsabi-
lidade social se expressa pelo desejo e pelo propósito das organizações em incorporarem 
considerações socioambientais em seus processos decisórios e a responsabilizar-se pelos 
impactos de suas decisões e atividades, na sociedade e no meio ambiente. 
Veja um depoimento que mostra o compromisso da Philips com a Res-
ponsabilidade Socioambiental: "Uma empresa socialmente responsável é 
aquela que gerencia seus programas e projetos sociais tendo em mente 
suas estratégias de negócio. É visível o alinhamento das iniciativas da Phi-
lips com seu core business, e certamente este é um dos elementos que a 
destaca e reafirma o seu compromisso junto à sociedade.” (Ismael Rocha–
Diretor de Extensão e Operações – Philips do Brasil. Para aprofundar seus 
conhecimentos, visite o endereço eletrônico: <http://www.sustentabilida-
de.philips.com.br/fabricas-escritorios-america-latina/varginha-sa-8000.
htmi>. Acesso em: 14 jun. 2014, e veja como essa empresa alcançou a 
certificação SA 8000).
Importante
Auditável: palavra 
que deriva de 
Auditoria, que é 
o processo de 
análise sistemática 
das atividades 
desenvolvidas em 
uma determinada 
empresa ou setor.
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Essa norma orienta um comportamento ético e transparente, que contribui para o 
desenvolvimento sustentável, que esteja em conformidade com as leis aplicáveis e seja 
consistente com as normas internacionais de comportamento. Também implica que a res-
ponsabilidade social, estando integrada em toda a organização, seja praticada em suas 
relações e leve em conta os interesses das partes interessadas.
Para entender melhor os princípios da Responsabilidade Socioambiental, 
assista ao vídeo que exibe os valores e crenças expressos na NBR ISO 
26000, disponível no link: <http://www.ecodesenvolvimento.org/ecodtv/
ISO26000.flv/video_view>.
Internet
NBR ISO 14001
Segundo a ABNT é o aumento crescente da consciência ambiental e a escassez de 
recursos naturais que vêm influenciando cada vez mais as organizações a contribuírem de 
forma sistematizada para redução dos impactos ambientais associados aos seus proces-
sos. E qual seria a forma de prestar essa contribuição? De que maneira, as organizações 
podem reduzir os impactos ambientais negativos relacionados a seus processos? A certi-
ficação através da norma de Responsabilidade Socioambiental ISO 14001 é um caminho!
Atividade 02
Você concorda que os argumentos apresentados acima justificariam a imple-
mentação da NBR ISO 14001 nas organizações? Compartilhe suas impres-
sões com seus colegas utilizando o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).
A ISO 14001, pertence ao conjunto de normas ISO 14000 que foi lançada internacio-
nalmente em 1996; é certificável e tem como foco o Sistema de Gestão Ambiental (SGa) 
das organizações. Como toda norma de sistema de gestão, ela também adota o ciclo PDCA 
como modelo de melhoria contínua. 
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Você vai conhecer agora quatro bons argumentos para que as organizações adotem 
esta norma: Melhora a reputação e consequentemente a imagem da organização; Exigên-
cia dos clientes; Relacionamento com os stakeholders; Busca pela eficiência nos proces-
sos produtivos.
Resumo
Neste estudo constatamos que os aspectos sociais e ambientais ocupam posição de 
destaque em organizações, que se preocupam com a produtividade e competitividade de 
seus negócios. Você pode perceber que a Revolução Industrial também foi mola propulso-
ra para o estabelecimento de diretrizes que passaram a regular a atuação empresarial, 
orientando para o exercício da Responsabilidade Socioambiental. Discutimos sobre os prin-
cipais documentos jurídicos e normas que norteiam a forma como os recursos sociais e 
ambientais devem ser gerenciados, de forma a propiciar um modelo responsável de desen-
volvimento. Por fim, acreditamos que o conhecimento da importância da Responsabilidade 
Socioambiental, para o profissional, para a empresa e para o mercado, lhe permita atuar 
em prol da sustentabilidade do planeta.
Autoavaliação
1. Sobre a legislação ambiental brasileira são feitas as seguintes afirmações. Analise-as:
I – A importância do meio ambiente para a qualidade de vida dos cidadãos foi expressa 
pela primeira vez no texto constitucional de 1988;
II – A partir da década de 1920 surgiram os dispositivos legais para proteção de recursos 
ambientais, que não possuem valor econômico;
III – As punições às condutas e atividades danosas ao meio ambiente foram estabelecidas 
em 1998, através da Lei de Crimes Ambientais;
IV – O artigo 225 da Constituição Federal confere ao Poder Público e à coletividade o dever 
de defender e preservar o meio ambiente. 
Assinale o item que contempla apenas as afirmações verdadeiras.
a) I, III e IV;
b) I e III;
c) III e IV;
d) II, III e IV. 
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2. Em se tratando do tema Responsabilidade Socioambiental, assinale a alternativa que 
melhor traduz o desempenho de uma organização que está produzindo bens e/ou ser-
viços com eficiência: 
a) Considera as necessidades dos acionistas;
b) Age com responsabilidade ambiental;
c) Atende aos interesses dos stakeholders;
d) Atua com responsabilidade social.
3. Quando uma organização investe em Responsabilidade Socioambiental ela terá como 
consequência:
a) Melhoria em sua imagem institucional;b) Ganhos em competitividade;
c) Progresso em seu desempenho;
d) Todas as alternativas estão corretas.
4. A NBR 16001 e a NBR ISO 14001 são normas que regem sistemas de gestão e adotam 
o ciclo do PDCA como instrumento:
a) De normalização;
b) Que gera benefícios à sociedade;
c) De melhoria contínua;
d) Nenhuma das alternativas anteriores.
5. O quadro exibido a seguir contém aspectos das normas socioambientais quanto à ori-
gem, foco e caráter de aplicação. Com base no que foi estudado, substitua os símbolos 
(I, II, III, IV e V) pelo dado apropriado.
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 Escolha dentre as alternativas a que traz a correspondência correta para o preenchi-
mento do quadro:
a) I - NBR 16001; II - Direitos humanos, Leis trabalhistas, Gestão;
b) I - NBR ISO 26000; III - Não certificável;
c) II - Sistema de Gestão Ambiental; III – Certificável;
d) IV - NBR ISO 26000; V - Direitos humanos, Leis trabalhistas, Gestão.
ORIGEM
Nacional
Internacional
Internacional
Internacional
Internacional
FOCO
Sistema de gestão - requisitos
II
Contabilidade, auditoria e relato social ético
Diretrizes sobre responsabilidade social
V
NORMA 
I
SA 8000
AA 1000
IV
NBR ISO 14001
APLICAÇÃO 
Certificável
Certificável
III
Não Certificável
Certificável
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Contextualizar 
a importância do Terceiro Setor
Competência
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Ana Maria faz o curso de Serviço Social e trabalha como voluntária em um grande hospi-
tal. Sempre costumam perguntar se faz isso para ganhar experiência. Segundo Ana, quem 
lhe faz essa pergunta está bastante enganado. Na verdade, ela vai além: quer agregar algo 
positivo à sociedade.
O mesmo acontece com Diego, enfermeiro, que trabalha para ganhar experiência; po-
rém, diz ele que a sensação de ser útil à sociedade não tem preço, além do aprendizado 
que adquire.
Carlos e Marina trabalham prestando consultoria às Organizações Não Governamentais 
(as conhecidas ONGs), em projetos que ajudam a negociar com fornecedores para que 
façam doações. Dizem que não é fácil, mas que com o tempo, vão aprendendo a negociar 
de forma mais convincente e conseguem financiar bons projetos.
Vinícius, dentista que fundou a ONG Sorriso TriLegal, diz que, como gestor, realiza tra-
balhos que nunca imaginou: cria convites, ministra palestras e negocia doação para os 
projetos com empresários de vários setores.
Antônio deixou o emprego de engenheiro para se dedicar mais a ONG Teto que te Quero 
Verde, que constrói casas com materiais recicláveis para pessoas em situação de extrema 
pobreza. A remuneração é menor, mas mesmo assim ele se diz gratificado com o trabalho 
que desenvolve, por que sabe que está contribuindo para um Planeta Sustentável e para o 
bem estar da sociedade carente.
Na competência anterior você aprendeu sobre a aplicação das exigências legais e as 
normas orientadoras da Responsabilidade Socioambiental, através dos estudos sobre os 
principais instrumentos que regulam a atuação empresarial e orientam para o exercício da 
responsabilidade socioambiental. Agora, você estudará sobre a atuação do Terceiro Setor 
que cresce a cada dia, impulsionado pela crescente importância dada às questões socio-
ambientais. Trataremos sobre os três setores que organizam a sociedade, a contribuição 
das ONGs nas lutas socioambientais, a legislação no Terceiro Setor de modo que, ao final, 
você possa contextualizar a importância desse setor tão influente em nossa sociedade 
contemporânea.
Contextualizar 
a importância do Terceiro Setor
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Os três setores que organizam a sociedade
O Primeiro Setor é o poder público (Governo), responsável pelas questões sociais. Po-
demos incluir todas as entidades que administram as cidades (Presidência da República, 
Governos Estaduais, Municipais, Forças Armadas, Assembleias etc.) e que devem visar 
à promoção do bem-estar comum. Sabemos, porém, que existem problemas que geram 
lacunas, não resolvidas pelo Primeiro Setor, que o Segundo Setor não consegue também 
resolver, como expomos a seguir. É importante observar que o dinheiro público deve ser 
aplicado em ações para a sociedade.
O Segundo Setor é a iniciativa privada, onde estão, por exemplo, os profissionais liberais 
e empresas que exercem atividades privadas, atuando em benefício próprio, e com fins 
Mas o que é o Terceiro Setor? Qual o seu significado e a sua importância? Bom, para 
que você possa compreender, com bastante propriedade, o que é o Terceiro Setor, vamos 
saber quais são o Primeiro e o Segundo Setor.
“O Terceiro Setor possui 12 milhões de pessoas, entre gestores, voluntários, 
doadores e beneficiados de entidades filantrópicas, além dos 45 milhões de 
jovens que veem como missão ajudar o Terceiro Setor.” Fonte: <http://www.
filantropia.org>. Acesso em: 18 jun. 2014.
Curiosidade
Figura 3 – Os três setores da sociedade
Fonte: autoria própria.
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lucrativos. Apesar de algumas empresas já se preocuparem em desenvolver ações visando 
ao bem-estar social, este fator não é inerente a elas, ou seja, não podemos responsabilizá-
-las por isto.
O Terceiro Setor atua com práticas sociais, através de ações sem fins lucrativos. Surge 
quando a sociedade civil se cansa da ausência do Estado, que não atende satisfatoriamen-
te aos anseios, principalmente, das classes menos favorecidas, que não conseguem rece-
ber os serviços do Primeiro Setor (Governo), nem contratar os serviços do Segundo Setor 
(Setor Privado), o que deixa lacunas em relação ao seu bem-estar. Então, a sociedade se 
organiza, para melhorar o que não está bom!
Vamos entender essa “ausência do Estado”? Bem, os programas do governo brasileiro 
sempre estiveram associados ao assistencialismo e o Estado tinha sob seu poder o contro-
le social. Porém, não conseguia realizar tudo que todos precisavam, em todas as áreas de 
interesse público. A partir daí, o seu enfraquecimento foi crescente e a sociedade civil foi se 
organizando e começou a criar movimentos em prol das causas sociais importantes, enten-
dendo que também como cidadãos eram responsáveis pelas ações que os beneficiavam. 
Então, a partir da década de 1970, a sociedade civil ganhou mais força, fazendo com que 
as Organizações Não Governamentais crescessem cada vez mais.
Porém, é importante deixar bem claro, que o Terceiro Setor não pode ser o substituto 
das funções do Estado. Na realidade, ele é um complemento realizado pelos cidadãos para 
resolver tantos problemas presentes na sociedade, o que permite a captação e a mobiliza-
ção de recursos para iniciativas que promovam o bem-estar público. É também interessan-
te que você possa compreender que existe uma articulação entre o setor público e o setor 
privado, ou seja, a aplicação de dinheiro da iniciativa privada para fins públicos. Mas isso 
também não significa que o poder público não possa nem deva destinar verbas ao 3º Setor. 
Afinal, o Estado tem a função de promover o bem-estar social! É importante ressaltar, tam-
bém, que apesar das diferenças entre empresa, associações e fundações, as ferramentas 
para a gestão são as mesmas: estratégias, planos de ação, diagnósticos, entre outros.
O ideal, portanto, é a união do Governo, Iniciativa Privada e Terceiro Setor, trabalhando 
juntos para melhor atender às demandas da sociedade em geral, a partir de ações que 
contribuam para minimizar a desigualdade social.
As organizações que fazem parte desse setor são criadas principalmentepelo voluntariado, 
realizando práticas de filantropia, proteção à natureza e diversas ações que visam a alcançar 
objetivos sociais e públicos, como por exemplo, serviços de saúde, campanhas educacionais, 
eventos culturais, ações de proteção ao meio ambiente e várias atividades que contribuam 
para melhorar a qualidade de vida da população. Enfim, as ONGs participam da resolução de 
problemas sociais, econômicos, ambientais, políticos, entre outros.
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Voluntariado: 
quando alguém re-
aliza uma atividade 
própria do exercício 
de cidadania, de 
maneira espontâ-
nea e não remu-
nerada, em prol 
de solução para 
os problemas que 
afetam a sociedade 
em geral.
Nesse contexto, podemos citar como exemplos de entidades não governamentais: 
• As Fundações, que financiam o 3º setor fazendo doações às entidades beneficentes 
(temos também, no Brasil, as fundações mistas que doam para terceiros e ao mesmo 
tempo executam projetos próprios);
• As Organizações Não Governamentais (ONGs), que, como vimos, são as organizações 
sem fins lucrativos e visam a preencher as lacunas deixadas pelo estado em prol do 
bem-estar social; 
• As Entidades Beneficentes, que cuidam da população carente, ajudam a preservar o 
meio ambiente e promovem projetos educativos, como as fundações, as instituições 
religiosas, os centros sociais, os clubes, os serviços etc. 
É interessante que você perceba que a própria sociedade (e a sociedade é formada por 
cada um de nós), pode contribuir para desenvolver ações colaborativas com o 3º setor. Não 
podemos somente reivindicar direitos, o que é bastante correto, mas devemos, também, 
exercer nossos deveres. E colaborar para o bem-estar de todos faz parte dos nossos deve-
res, concorda?
Atividade 01
Você conhece alguma instituição do Terceiro Setor que atue no seu bairro, ou 
em sua cidade? Procure a que estiver mais próxima de você, faça uma visi-
ta, liste as principais atividades que a instituição desenvolve e procure saber 
como são financiados os projetos em execução, ou seja, se tem parcerias com 
o Primeiro Setor (Órgão Público) ou Segundo Setor (Iniciativa Privada).
A contribuição das ONGs nas lutas socioambientais
A crescente importância dada às questões ambientais, segundo Dias (2011), resultou 
no aumento do número de organizações ecológicas que se ocuparam de diversos temas 
da agenda ambiental. 
Talvez você não soubesse, mas desde o início da década de 1960 as Organizações Não 
Governamentais (ONGs) passaram a se destacar na história das lutas socioambientais, 
apresentando propostas e exercendo pressão sobre governos, empresas e órgãos de finan-
ciamento em prol da sustentabilidade.
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Nesse cenário, Guimarães (1998 apud DIAS, 2011) afirma que as organizações não 
governamentais incluíram definitivamente a interação homem-natureza na agenda pública 
mundial e alteraram a forma e o conteúdo das relações e negociações internacionais.
Entre os atores não governamentais ambientais de maior expressão mundial, está o Gre-
enpeace. Fundada no Canadá, em 1971, a ONG tem como ideal a defesa incessante do 
meio ambiente. Expandiu-se rapidamente por diversos países, fato que originou a criação do 
Greenpeace Internacional, em Amsterdã – Holanda. Sua principal função é iniciar e gerenciar 
campanhas e programas a serem realizados em escala mundial, repassando-os aos escri-
tórios nacionais. Definiu como escopo de seu trabalho os seguintes temas: florestas, clima, 
A aproximação do setor privado com o 3º Setor tem auxiliado na melhoria da 
reputação das empresas diante da opinião pública e resultado na implemen-
tação de práticas sustentáveis. Talvez você ainda não saiba, mas em nosso 
país, empresas do agronegócio deixaram de adquirir soja cultivada na região 
amazônica após uma campanha organizada pelo Greenpeace.
Curiosidade
Várias Organizações Não Governamentais, entre elas algumas internacionais, como o 
Greenpeace e o World Wildlife Fund (WWF), surgiram com o propósito de chamar a atenção 
da opinião pública para os efeitos da exploração irresponsável dos recursos naturais, da 
destruição do habitat de inúmeras espécies e da poluição registrada em diversos ambien-
tes do planeta.
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Nesses links você terá acesso às duas ONGs, conhecendo e até participan-
do dos seus projetos:
Greenpeace: <http://www.greenpeace.org/brasil/pt/?gclid=CjgKEAjwq_
qcBRDZPeZ7NGQiVwSJAATT7q2ROHaRMt4K89HUZJMBGcqfA9-ASu-
d0b7TMbBx98NDFPD_BwE>.
World Wildlife Fund: <http://www.wwf.org.br/>.
Internet
Fonte: <http://koopvaardijfoto.files.wordpress.com/2013/01/arctic-sunrise-2jan2013-mc.jpg>. Acesso em: 18 jul. 2014.
O MV Arctic Sunrise é um navio quebra-gelo adquirido pela ONG Greenpeace. É um dos 
quatro barcos de investigação e pesquisas da ONG.
Atividade 02
Pesquise no site do Greenpeace <http://www.greenpeace.org/brasil/pt/O-
que-fazemos/#tab=0&gvs=false&page=3>; quais as campanhas que a ONG 
promove no Brasil. Escreva suas impressões sobre pelo menos dois projetos 
e troque ideias sobre o que escreveram seus colegas no Fórum Virtual (AVA).
A legislação que norteia o Terceiro Setor
energia, oceanos, agricultura sustentável (transgênicos), tóxicos e desarmamento/promoção 
da paz. Conta, atualmente, com 2,8 milhões de colaboradores, em 41 países, entre eles o 
Brasil. O Greenpeace se destaca entre os demais atores não governamentais, principalmente 
por promover estratégias de ação diretas, bem como pressionar os Estados durante con-
ferências internacionais (Disponível em: http://www.fca.pucminas.br/omundo/a-influencia-
-das-ongs-no-cenario-internacional-o-caso-do-greenpeace/>. Acesso em: 15 jun. 2014.)
Para regulamentar a atuação do Terceiro Setor e distribuir o poder que antes era con-
centrado apenas no Estado, criou-se uma legislação específica para nortear as relações 
entre o Estado e a sociedade civil. Várias leis e decretos foram criados para atender o 3º 
setor. Observe algumas:
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• Lei nº 9.790/99 - dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado 
sem fins lucrativos, como Organização Civil de interesse Público (OSCIP). Também é 
conhecida como a Lei do Terceiro Setor;
• Lei Orgânica da Assistência Social - organiza e providencia outros direitos sociais a um 
indivíduo;
• Decreto que trata das Entidades e Organizações de Assistência Social - decreto que 
dá abertura ao processo de seleção dos representantes do Conselho Nacional de Assis-
tência Social; 
• Certificado das Entidades Beneficentes - concedida às pessoas jurídicas de direito 
privado, sem fins lucrativos, reconhecidas como entidades beneficentes de assistência 
social, com a finalidade de prestação de serviços nas áreas de assistência social, saúde 
ou educação.
• Decreto de Regulamentação da lei 12.101/2009 - fala sobre o processo de certifica-
ção das entidades beneficentes de assistência social, para isenção das contribuições 
para a seguridade.
A Constituição Federal (CF), em seus artigos 203 e 204 reza que a assistência social, a 
ordem social e a seguridade social devem ser prestadas a qualquer indivíduo que necessite 
de ajuda.
De acordo com Drucker (1999), o Terceiro Setor possui conhecimento das necessida-
des da comunidade que o Estado não consegue atingir, uma vez que atua de maneira cen-
tralizadora e burocrática. Assim, requer o envolvimento de novos atores com competência 
e agilidade para identificar oportunidades e assumir responsabilidades. Deste modo,é 
interessante perceber que, para as organizações do Terceiro Setor desenvolverem uma 
gestão eficiente, o envolvimento das pessoas é fundamental. 
No site da Revista EXAME.com, especialistas falam sobre o que é neces-
sário para os profissionais que desejam apostar no 3º Setor. Vá até o link 
indicado e confira sete requisitos básicos para desenvolver com sucesso 
uma carreira em organizações sociais. Acesse: <http://exame.abril.com.
br/carreira/noticias/7-requisitos-basicos-para-trabalhar-no-3o-setor>.
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Drucker (1999) indica dois fatores fundamentais para que as pessoas sejam eficazes 
em uma organização: compreender claramente o que irão fazer e assumir a responsabili-
dade de decidir que precisam fazê-lo.
Outro fato relevante é que, independente da sua dimensão e área de atuação, as ONGs 
tiveram sua capacidade de mobilização fortemente ampliada, com o surgimento e popula-
rização de novos meios de comunicação.
Diante do que estudamos até agora, você já pode perceber a importância do 3º Setor, 
concorda?
No site da Revista EXAME.com, especialistas falam sobre o que é neces-
sário para os profissionais que desejam apostar no 3º Setor. Vá até o link 
indicado e confira sete requisitos básicos para desenvolver com sucesso 
uma carreira em organizações sociais. Acesse: <http://exame.abril.com.
br/carreira/noticias/7-requisitos-basicos-para-trabalhar-no-3o-setor>.
Mídias
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Peter Drucker foi um escritor, professor e consultor administrativo austría-
co, considerado o “pai da administração moderna”
Você conhece? 
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Resumo
Neste estudo você teve a oportunidade de contextualizar a importância do Terceiro Se-
tor na sociedade e a sua relação com Primeiro e Segundo setores, percebendo que ele 
surge quando a sociedade civil se cansa da ausência do Estado (Primeiro setor) e das 
lacunas por ele deixadas, e não pode contratar o Segundo Setor (privado), se organizando 
em busca de melhorias socioambientais. Identificou as entidades que compõem o Terceiro 
Setor, observando que são criadas principalmente pelo voluntariado, realizando práticas 
de filantropia, proteção à natureza e diversas ações que visam a alcançar objetivos sociais 
e públicos, que contribuem para melhorar a qualidade de vida da população e que realiza 
atividades de interesse público, e não lucrativas independentes do Primeiro e do Segundo 
Setor (Estado e Iniciativa Privada), mas que pode receber colaboração desses segmentos. 
Entendeu que as Organizações Não Governamentais (ONGs) passaram a se destacar na 
história das lutas socioambientais apresentando propostas e exercendo pressão sobre go-
vernos, empresas e órgãos de financiamento, em prol da sustentabilidade e pôde constatar 
que para as organizações do Terceiro Setor conseguir desenvolver uma gestão eficiente, o 
envolvimento das pessoas é fundamental.
Autoavaliação
1. O Terceiro Setor atua com práticas sociais, através de ações sem fins lucrativos. Surge 
quando a sociedade civil se cansa da ausência do Estado, que não atende satisfato-
riamente seus anseios deixando lacunas, em relação ao seu bem-estar. Com base na 
premissa, podemos afirmar que:
I - O Terceiro Setor pode substituir as funções do Estado, pois tem como obrigação captar e 
mobilizar recursos para iniciativas que promovam o bem-estar público;
II - O Terceiro Setor não pode ser o substituto das funções do Estado, pois é um comple-
mento para resolver problemas presentes na sociedade, através de iniciativas que pro-
movam o bem-estar público;
III - O poder público não pode e nem deve destinar verbas ao Terceiro Setor;
IV - As organizações que fazem parte do Terceiro Setor são criadas principalmente pelo vo-
luntariado, realizando práticas de filantropia, proteção à natureza e diversas ações que 
visam a alcançar objetivos sociais e públicos.
Assinale o item que contempla apenas as afirmativas corretas.
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a) I, II;
b) I, III e IV;
c) II e IV;
d) I, III.
2. Analise as alternativas e assinale a que melhor define a contribuição das ONGs nas Lu-
tas Socioambientais:
a) Atua apresentando propostas e exercendo pressão sobre governos, empresas e órgãos 
de financiamento em prol da sustentabilidade;
b) Atua exercendo forte pressão sobre a sociedade;
c) Exerce forte pressão sobre a geração de riquezas;
d) Concentra o poder que antes era apenas do Estado.
3. Várias Organizações Não Governamentais (ONGs) surgiram com o propósito de chamar 
a atenção da opinião pública para:
a) As vantagens do crescimento econômico;
b) A exploração responsável dos recursos naturais pelo homem contemporâneo; 
c) A maneira correta como vem sendo preservado o habitat de todas as espécies do 
planeta;
d) Os efeitos da exploração irresponsável dos recursos naturais e da poluição registrada 
em diversos ambientes do planeta.
4. Sobre as Organizações Não Governamentais (ONGs) com atuação socioambiental, pode-
-se dizer que:
a) Associam-se a partidos políticos para realizar protestos desorganizados; 
b) Defendem relações sociais justas e a preservação do meio ambiente;
c) Não exercem pressão sobre governos, empresas e órgãos de financiamento;
d) Apresentam pouca capacidade de mobilização e agem localmente.
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5. Para regulamentar a atuação do Terceiro Setor e distribuir o poder que antes era concen-
trado apenas no Estado, criou-se uma legislação específica para:
a) Produzir riquezas para a economia do país e repassá-las para o Terceiro Setor;
b) Nortear as relações entre a comunidade e o Governo;
c) Nortear as relações entre as ONGs e a sociedade civil. Poucas Leis foram criadas para 
atender o Terceiro Setor;
d) Nortear as relações entre o Estado e a sociedade civil. Várias leis e decretos foram criados.
Identificar ações empresariais 
de responsabilidade socioambiental
Competência
04
Na competência anterior você pôde contextualizar a importância do Terceiro Setor e verifi-
car que realizam atividades de interesse público e não lucrativas, independentes do Primeiro 
e do Segundo Setor, podendo, no entanto, receber colaboração desses setores. Distinguiu as 
entidades que o compõe e pôde identificar que as ações são desenvolvidas principalmente 
por voluntários, através de práticas de filantropia, proteção à natureza e diversas ações que 
visam a alcançar objetivos sociais e públicos que contribuem para melhorar a qualidade de 
vida da população. Agora, você identificará Ações Empresariais de Responsabilidade Socio-
ambiental. Nosso ponto de partida é destacar a importância da atuação das empresas no 
contexto socioambiental e como elaboram e executam suas estratégias de atuação. Para 
isto, discutiremos os temas: Responsabilidade e Sustentabilidade: uma questão que é de 
todos; Responsabilidade Socioambiental: uma questão de educação e Responsabilidade So-
cioambiental: uma Questão de ação. As situações práticas refletem a atuação das empresas 
em prol da sustentabilidade do planeta tanto para a atual como para as próximas gerações.
Bom estudo!
Identificar ações empresariais 
de responsabilidade socioambiental
Responsabilidade e Sustentabilidade: 
uma questão que é de todos
Uma lavanderia industrial ganha dinheiro com a preservação ambiental. A empresa lava 
uniformes, aventais e luvas de várias indústrias. Recebe uniformes provenientes das indús-
trias químicas e automobilísticas,

Outros materiais