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* Caprinos e Ovinos Alunos Camila Werner Dayane Duarte Felipe Souza Manuela Gerlach Michele Seara Nagilson Nader Wellen Fontes * TIPO DE OVO A quantidade e a distribuição do vitelo variam em cada espécie. Portanto, podemos classificar os ovos dos caprinos e ovinos que são mamíferos placentários como: Oligolécitos ou Isolécitos: Estes ovos possuem uma quantidade reduzida de vitelo, distribuídos uniformemente pelo citoplasma. Os embriões possuem contato direto com o ambiente ou através de trocas de substancias com sua mãe. * TIPO DE PLACENTA Placentas Indecíduas Dizemos que uma placenta é indecídua quando durante a gestação, a mucosa uterina permanece intacta, continuando assim no momento do parto. Nesse caso, é como se as vilosidades do embrião se desencaixassem das vilosidades da mucosa uterina, portanto, não há hemorragia no parto. Placenta Cotiledonária e Epiteliocorial Apresenta vilosidades agrupadas em pequenas saliências ou cotilédones. Ocorre a destruição do epitélio uterino no nível das vilosidades coriônicas, promovendo o contato direto entre o córion e o tecido situado abaixo da mucosa uterina. Assim, os vasos sanguíneos maternos e fetais se aproximam um pouco mais. Essa placenta ocorre em ruminantes. * TIPO DE PLACENTA Os cotilédones se dispunham em 4 fileiras, duas de cada lado da implantação do pedículo umbilical no hilo da placenta (Fig. 1). Fotografia das placentas a fresco de uma gestação gemelar em caprino onde se vêem os hilos placentários, a cérvix, o funículo umbilical e os cotilédones distribuídos em fileiras. (Fig.1) Fotografia de uma gestação única de caprino onde se vêem a cérvix uterina (ce), o funículo umbilical (f), o corno uterino gestante (g) e o não-gestante (ng), afastados devido à incisão do ligamento intercornual.(Fig.2) * TIPO DE PLACENTA Fotografia da placenta onde se vêem cotilédones circulares (c), piriformes (p), ovóide (o) e elipsóides (e). Fotografia da dissecação da placenta de um caprino onde se identificam as artérias (a) e as veias (v) distribuindo-se num cotilédone com aspecto reniforme (r) e na área intercotiledonária (i). * CUIDADOS DURANTE E APÓS GESTAÇÃO O principal problema enfrentado pelos produtores são os manejos com os animais gestantes e suas crias. A quantidade de crias por gestação, a dieta fornecida, o manejo de criação (limpeza, vacinações e tipos de instalações), o estresse sofrido pelo animal e as estações do ano podem ser responsáveis por alterações nessa fase da vida das fêmeas. O monitoramento da condição corporal, nessa fase é uma ferramenta importante. Temos que evitar no plantel animais magros, com costelas e demais ossos aparentes, ou fêmeas com sobrepeso e obesas, com o intuito de reduzir os casos de toxemia da prenhez no rebanho. * CUIDADOS DURANTE E APÓS GESTAÇÃO A toxemia da prenhez é uma enfermidade metabólica que tem como causa a adoção de um manejo nutricional inadequado para ovelhas gestantes. Observou-se que cabras e ovelhas com fetos múltiplos tinham mais propensão para desenvolver o quadro clínico, devido a maior necessidade energética e nutricional das mesmas. O estado corporal dos animais acometidos não segue um padrão específico, visto que fêmeas subnutridas, obesas e de boa condição corpórea apresentaram a toxemia da gestação. O tratamento depende diretamente do diagnóstico precoce, uma vez que os animais gravemente acometidos não respondem à terapia. Medidas preventivas representam, sem dúvida, a melhor maneira de evitar este problema. Dentre elas, a manutenção de um nível nutricional adequado durante todo período gestacional. * CUIDADOS DURANTE E APÓS GESTAÇÃO Outra importante ferramenta para o monitoramento da saúde das cabras e ovelhas no periparto é a realização do exame de fezes, para contagem de parasitas gastrointestinais, realizado por médico veterinário capacitado. A endoparasitose é uma das doenças mais frequentes nos rebanhos. Com o resultado dos exames de fezes, os animais doentes podem ser selecionados e tratados de acordo com o protocolo utilizado em cada propriedade, evitando-se também o uso indiscriminado e a resistência de bases terapêuticas anti-helmínticas, os vermífugos. O diagnóstico precoce e o tratamento de doenças fornecido por um médico veterinário nesse período, também pode diminuir as perdas no sistema de produção! * REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ORTOLANI, E. L.; BENESI, F. J. Ocorrência de toxemia da prenhez em cabras (Capra hicus, L) e ovelhas (Ovis Áries, L) criadas no estado de São Paulo, Brasil. Revista da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, São Paulo, v.26, n.2, p. 229-234, 1989. PUGH, D. G. Clínica de ovinos e caprinos. São Paulo: Roca, 2004. URQUHART, G. M.; ARMOUR, J.; DUNCAN, J. L.; DUNN, A. M., JENNINGS, F. W. Parasitologia Veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara – Koogan, 1990. 306 p. BARROS, N.N.; CAVALCANTE, A.C.R.; VIEIRA, L.S. Boas práticas na produção de caprinos e ovinos de corte. Sobral: EMBRAPA Caprinos, 2005. 40p.
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