Buscar

Modelo de relatório (Narrativa simples)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

28/11/2014 Inteiro Teor do Acórdão | TJ­RS ­ Apelação Crime : ACR 70056027444 RS | Jurisprudência JusBrasil
data:text/html;charset=utf­8,%3Cp%20align%3D%22center%22%20style%3D%22margin%3A%200px%200px%2020px%3B%20padding%3A%200px%3B… 1/3
DES. IVAN LEOMAR BRUXEL,
Relator.
RELATÓRIO
Des. Ivan Leomar Bruxel (RELATOR)
Adoto, data vênia, o relatório da sentença:
O  Ministério  Público  denunciou  CLAITON  LUÍS  VARELA  RIZZO,  alcunhas  “Mochila”  e
“Mala”, brasileiro, solteiro, natural de Vacaria/RS, nascido em 31/12/1985, com 28 anos de
idade  à  época  do  fato,  filho  de  Luiz  Waldemar  Rizzo  e  Sueli  de  Fátima  Varela  Rizzo,
residente  na  Rua  Professora  Quintela  Ly,  n.º  344,  Vacaria/RS,  atualmente  recolhido  ao
Presídio Estadual  de Vacaria­RS,  dando­os  como  incurso  nas  sanções  do  artigo 157,  na
forma do artigo 14, II, e 157, na forma do artigo 69 todos do Código Penal; pela prática dos
seguintes fatos delituosos:
“1º Fato:
No dia 08 de março de 2013, próximo das 7 horas, na Rua Campos Sales, em Vacaria/RS,
o  denunciado  CLAITON  LUÍS  VARELA  RIZZO  deu  início  ao  ato  de  subtrair,  para  si,
mediante grave ameaça, bens pertencentes a Jair Oliveira da Silva, não se consumando o
delito por circunstâncias alheias à vontade do denunciado, uma vez que a vítima, diante do
anúncio  do  assalto,  empreendeu  fuga  pela  via  pública,  não  sendo  alcançada  pelo
denunciado.
Na oportunidade, a  vítima caminhava pela via pública, ocasião em que  foi  abordada pelo
denunciado,  o  qual, mediante  a  atitude de  cobrir  o  rosto  com a  camisa, mandar  a  vítima
ficar  quieta  e  anunciar  o  assalto,  proferiu  grave  ameaça,  com  o  objetivo  de  subtrair
pertences  da  vítima.  A  vítima,  então,  empreendeu  fuga  impedindo  que  o  acusado
consumasse o delito.
2º Fato:
No dia 08 de março de 2013, próximo das 7 horas,  logo após o 1º Fato delituoso, na Rua
Campos  Sales,  em  Vacaria/RS,  o  denunciado  CLAITON  LUÍS  VARELA  RIZZO  subtraiu,
para si, mediante grave ameaça, 01 (um) óculos de sol, avaliado em R$ 20,00 (vinte reais) e
01  (um)  telefone celular, avaliado em R$ 299,00  (duzentos e noventa e nove  reais), bens
pertencentes a Franciele Nadal Cavalheiro.
Na oportunidade, a  vítima caminhava pela via pública, ocasião em que  foi  abordada pelo
denunciado, o qual, mediante a atitude de cobrir o rosto com a camisa e determinar à vítima
‘passa a bolsa e vaza’, anunciando, assim, o assalto, proferiu grave ameaça, com o objetivo
de subtrair pertences da vítima. A ofendida, então, entregou sua bolsa ao réu, que retirou os
bens discriminados no parágrafo anterior e saiu em disparada.
28/11/2014 Inteiro Teor do Acórdão | TJ­RS ­ Apelação Crime : ACR 70056027444 RS | Jurisprudência JusBrasil
data:text/html;charset=utf­8,%3Cp%20align%3D%22center%22%20style%3D%22margin%3A%200px%200px%2020px%3B%20padding%3A%200px%3B… 2/3
Diante do ocorrido, a vítima acionou a Brigada Militar, que efetuou buscas nas imediações e
localizou o denunciado a algumas quadras do  local dos crimes,  fora do alcance visual da
vítima, ocasião em que Claiton tinha em seu poder os bens subtraídos de Franciele.
Os bens subtraídos da vítima Franciele foram apreendidos (fl. 09/IP) e restituídos (fl. 17/IP).”
O  réu  foi  autuado  em  flagrante  delito  (fls.  13/14),  cujo  auto  de  prisão  em  flagrante  foi
homologado e a prisão convertida em preventiva (fl. 33).
Sobreveio pedido de concessão de liberdade provisória (fls. 36/49), o qual foi indeferido (fls.
53/54).
A denúncia foi recebida em 11/04/2013 (fl. 69).
Citado,  o  réu  apresentou  resposta  à  acusação  (fls.  76)  por  intermédio  da  Defensoria
Pública.
Não  estando  presentes  as  hipóteses  previstas  pelo  artigo  397  doCPP,  foi  dado
prosseguimento ao feito (fl. 77).
Durante a instrução foram ouvidas 04 (quatro) testemunhas e interrogado o réu (fls. 93/96;
103/105).
Declarada  encerrada  a  instrução,  os  debates  orais  foram  convertidos  em  alegações
escritas, a serem apresentadas pelas partes no prazo sucessivo de 05 (cinco) dias (fl. 102).
Em alegações escritas, o Ministério Público, analisando o conjunto probatório e diante da
inexistência  de  causas  de  exclusão  de  antijuridicidade  e  de  culpabilidade,  requereu  a
condenação  do  réu,  com  o  reconhecimento  do  concurso  material  entre  os  delitos  (fls.
112/116).
A defesa, por sua vez, preliminarmente, arguiu a nulidade do reconhecimento, reiterando o
teor da manifestação da fl. 86. No mérito, aduziu que os depoimentos dos policiais não são
suficientes para a condenação, pois chegaram após a ocorrência dos  fatos. Aduziu que a
acusação  se  ampara  nos  depoimentos  das  vítimas,  que  restaram  isolados  no  contexto
probatório. Argumentou que nos delitos de  roubo o agente age na clandestinidade e não
fica conversando com a vítima, conforme depoimento de Franciele. Invocou a aplicação do
princípio  do  in  dubio  pro  reo.  Afirmou  que  as  elementares  do  delito  não  restaram
configuradas,  em  especial  a  violência  e  ameaça,  pois  o  réu  apenas  solicitou  a  bolsa  da
vítima, o que autoriza a desclassificação para o delito de furto. Afirmou que os delitos foram
praticados na forma tentada. Postulou pela absolvição, com base no artigo 386, II,  III, VII,
do  CPP.  Propugnou  pela  desclassificação  do  delito  de  furto  e  o  reconhecimento  da
tentativa,  bem como a  consideração dos  vetores do artigo 59  favoráveis  ao  acusado  e  a
concessão da Justiça Gratuita (fls. 117/121).
Em 12 de julho de 2013, o Juiz de Direito Mauro Freitas da Silva julgou procedente a ação
28/11/2014 Inteiro Teor do Acórdão | TJ­RS ­ Apelação Crime : ACR 70056027444 RS | Jurisprudência JusBrasil
data:text/html;charset=utf­8,%3Cp%20align%3D%22center%22%20style%3D%22margin%3A%200px%200px%2020px%3B%20padding%3A%200px%3B… 3/3
penal para condenar o réu nas sanções do art. 157, caput, e 157, caput, c/c art. 14, inc. II,
na forma do art. 71, todos do Código Penal (fls. 122/128).
Apelou a Defesa. Preliminarmente, alegou nulidade no reconhecimento do réu pelas vítimas
em  juízo.  No  mérito,  postulou  a  absolvição,  argumentando  insuficiência  de  provas.
Alternativamente,  a  desclassificação  para  o  delito  de  furto,  reconhecimento  da  tentativa
quanto ao segundo fato, bem como a redução da pena (fls. 137/149).
Foi oferecida contrariedade (fls. 150/156).
O Procurador de Justiça Lenio Luiz Streck opinou pelo parcial provimento da apelação para
reduzir a pena.
Esta Câmara adotou o procedimento informatizado e foi observado o art. 613, I, do CPP.
É o relatório.

Outros materiais