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CENTRO UNIVERSITARIO DO NORTE LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES CURSO DE TECNOLOGIA EM PETROLEO E GAS RELATÓRIO TÉCNICO GEOLOGIA DO PETRÓLEO Assunto: Visita Técnica a BR-174 MANAUS 2014 MARCOS DENIS BOTELHO NOBREGA – 14222035 LENNON FONTES REINALDO - 14242672 FELIPE VIEGAS BARROS - 14211521 LEIDE MARA RODRIGUES DE SOUZA - 4253160 ANDRÉ LUIZ BONIFACIO PEREIRA – 12069337 MARCEL RODRIGUES DE OLIVEIRA – 14227665 Trabalho de Visita Técnica para apresentação de relatório da matéria de Geologia do Petróleo do curso de Tecnologia em Petróleo e Gás. Orientadores: Professor Elias Santos Junior Francinele Vieira dos Santos SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................4 2. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO ................................................................5 3. METODOLOGIA ...................................................................................................6 4. DESCRIÇÃO DOS PONTOS AMOSTRADOS ................................................. 7 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................17 6. REFERENCIAS .....................................................................................................18 INTRODUÇÃO Cumprir o que determina a ementa da disciplina Geologia do Petróleo Realizar trabalhos práticos referentes à disciplina citada, visando possibilitar aos discentes, que participam do trabalho de campo, realizar a interação entre a teoria ministrada em sala de aula e a aplicação das técnicas relacionadas às disciplinas. Realizar o levantamento geológico dos pontos visitados, visando elaborar o Relatório da Prática de Campo. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO Figura 1 – Mapa com a localização dos pontos de paradas da visita técnica na BR-174. O mapa mostra os pontos de paradas de estudo. São eles: Ponto 1 - Km 05 – Afloramento de sedimentos apresentando Linha de pedras Ponto 2 – Km 6,5 – Arenitos da Formação Alter do Chão Ponto 3 – Km 99 – Afloramento de rochas da Formação Manacapuru Ponto 5 – Km 108 – Contato entre as formações Nhamunda e Pitinga METODOLOGIA A metodologia de levantamento levou em conta os métodos de observação, descrição da formação ou ponto, utilização de martelo ou canivete para escariar a amostra, medição com trena, desenho e esboço de croqui e utilização de maquina digital para tirar fotos, além de régua ou objeto para obter uma escala da amostra ou afloramento. Os materiais utilizados no levantamento foram: Trena de 5m; Martelo; Canivete; Régua; Prancheta; Maquina digital. DESCRIÇÃO DOS PONTOS AMOSTRADOS Ponto nº: 01 – Afloramento de Sedimentos Apresentando Linhas de Pedras Local: Km 5,0 - BR-174 Hora: 09h25min Coordenadas 60°01’59.4” W 02°56’37.1” S Descrição Afloramento: Natural ( ) Artificial ( X ) Formação Geológica Alter do Chão Idade: 120 milhões de anos Ambiente: Fluvio-lacustre Rochas aflorantes: Argila, silte, conglomerado, granulo, seixo Descrição: O afloramento apresenta sedimentos da formação Alter do Chão, com idade de 120 milhões de anos, formado em ambiente fluvio-lacustre, medindo 130 metros de largura por 11,40 metros de altura. Este afloramento apresenta superposição de camadas, duas falhas geológicas e uma linha de pedras com espessura de 12 e 16 cm. O material depositado acima e abaixo do afloramento, ou seja, o mais exposto e o da terceira camada, é formado, por ordem, por material areno-argiloso e argilo-areno, e o depositado no meio deles, o da linha de pedras, predomina o seixo. Os sedimentos apresentam coloração diferente em suas camadas, devido em parte, ao intemperismo desses materiais e composição desses materiais depositados. Isso acontece, por causa, o acumulo de matéria orgânica e óxidos e hidróxidos de ferro, que faz com que a primeira camada, mais exposta, apresente coloração amarela esbranquiçada; na segunda camada, de tamanho seixo na linha de pedras, tenha coloração escura devido aos óxidos e hidróxidos de ferro; na terceira e ultima camada, com coloração amarelo avermelhado devido ao ferro e o oxido de ferro e a decomposição da matéria orgânica. Imagem 1 – Foto do afloramento de sedimentos apresentando Linhas de Pedras. Croqui Ponto nº : 02 - Arenitos da Formação Alter do Chão Local: Km 6,5 BR-174 Hora: 10h28min Coordenadas 60°02’09.2” W 02°55’31.8” S Descrição Afloramento: Natural ( ) Artificial ( X ) Formação Geológica Alter do Chão Idade: 120 milhões de anos Ambiente: Fluvio-lacustre Rochas aflorantes: Argila, silte, feldspato, quartzo Descrição: Os arenitos da formação Alter do Chão hospeda depósitos de caulim, apresenta perfis lateriticos, e um afloramento artificial formado pela ação do homem, modificando sua característica natural, sua composição é formada por sedimentos como argila, siltito, argilito, predominando a areia devido a decomposição do feldspato e do quartzo, com untuosidade e material mais antigo e nível abaixo em relação ao ponto 1. A argila sofre transformação pós-deposicional fazendo com que o terreno fique mais arenoso. O intemperismo causa o transporte do material argiloso para os cursos de água, retirando a camada de argila e expondo a areia. Os sedimentos tem coloração vermelha, apresenta blocos tipo matacão, que devido ao tempo geológico, a erosão e o intemperismo, tem um formato arredondado. Os depósitos de areia branca são amplamente utilizados no setor da construção civil. Imagem 2 – Foto arenitos da Formação Alter do Chão. Croqui Ponto nº: 03 – Afloramento de rochas da Formação Manacapuru Local: Km 99 BR-174 Hora: 12h20min Coordenadas 59°59’29” W 02°06’44.3” S Descrição Afloramento: Natural ( ) Artificial ( X ) Formação Geológica Manacapuru Idade: 410 milhões de anos Ambiente: Nerítico Rochas aflorantes: Folhelho, argila Descrição: O afloramento de rochas de Formação Manacapuru constitui a unidade o grupo Trombetas. De acordo com Cunha et al. (1994) reúne arenitos finos a médios intercalados com siltitos acinzentados e laminados. O ambiente de sedimentação é nerítico a litorânea, caracterizando, segundo Carozzi et al. (1973), uma sequência transgressiva – regressiva, a qual são identificados depósitos de praia e deltaico. Mantém contato concordante com o folhelho de Formação Pitinga (sobrejacente). A idade siluro-devoniana para a formação está baseada nos resultados de análises bioestratigraficas com quitinozoários (Quadros et al., 1990; Grahn, 1991; Grahn & Paris, 1992). O folhelho apresenta espessura menor que 1 cm e altura de 6,30 metros e largura de aproximadamente de 45 metros, variando sua cor na parte baixa, mudando toda sua estrutura na parte superior. Apresentando na sua composição sedimentos argilosos e silte, e coloração vermelha devido ao hidróxido de ferro contido em sua composição, alem de apresentar untuosidadeao tato. Sua estrutura sofreu intemperismo ocasionado pela erosão em seus sedimentos. Tem potencial de ser uma rocha geradora e formadora de petróleo, mas devido a falta de condições de temperatura e pressão ideais, não houve tal fenômeno. Esteve em ambiente marinho em uma profundidade de aproximadamente de 200 a 400 metros. Imagem 3.0 – Foto mostra superposição de argila com 38 cm de espessura. Autor: Andre Aoki Imagem 3.1 – Foto mostra superposição de argila entre 12 e 16 cm. Autor: Andre Aoki. Imagem 3.2 – Foto aproximada do folhelho com deposito de argila causadas por erosão e intemperismo Croqui Ponto nº : 04 – Contato entre aas Formações Nhamundá e Pitinga. Local: Km 108 BR-174 Hora: 13h15min Coordenadas 60°01’31.2” W 02°02’19.6” S Descrição Afloramento: Natural ( ) Artificial ( X ) Formação Geológica Contato entre a formação Nhamundá e Pitinga Idade: 440 milhões de anos e 430 milhões de anos Ambiente: Glacio-marinho Rochas aflorantes: Folhelhos, arenitos finos e médios Descrição: O afloramento artificial do contato entre as formações Nhamundá e Pitinga, tem altura de 3,40 metros e 25 metros de comprimento, é o encontro entre duas formações do mesmo nome, acima a formação Pitinga que é formada por folhelhos e diamictitos marinhos, e abaixo a formação Nhamundá que é formada por arenitos neríticos e depósitos graciogênicos. Além de apresenta ocorrência de blocos de origem granítica (rocha ígnea). A Formação Pitinga reuni uma seção da formação Trombetas constituída por folhelhos, silexistos, arenitos e siltitos com leitos sideríticos. Segundo Caputo et al. (1971) subdividiram-na em dois membros: Pitinga (base), composto por folhelho esiltito e, posteriormente conduzidos à hierarquia de formação por Caputo (1984). Cunha et al. (1994) mencionaram para a Formação Pitinga, apenas a presença de folhelho/siltito e diamictito de ambiente glacio-marinho, ocorrentes nas bordas norte e sul da Bacia do Amazonas. A formação Nhamundá é constituída por arenitos finos e médios, com subordinada intercalação de folhelho, siltito e diamictito na proximidade do topo da seção. O ambiente de sedimentação é fluvial e litorânea. Na região do município de Presidente Figueiredo a formação apresenta a seguinte evolução: 1 – sedimentação foreshorel shoreface; 2 – avanço de lençóis de gelo sobre o litoral provocando deformação nos sedimentos e 3 – recuo do gelo e re-instalação dos ambientes em (1). Imagem 4.1 – Foto do contato entre aas Formações Nhamundá e Pitinga. Imagem 4.2 – Foto aproximada mostrando o contato entre as duas formações. CONSIDERAÇÕES FINAIS A visita técnica possibilitou de forma clara e objetiva o entendimento das formações geológicas ocorridas na rodovia BR 174 sentido Manaus-Boa Vista. Essa visita mostrou que os afloramentos e contatos artificiais sofreram a ação direta do homem sem controle nem fiscalização dos meios ambientais, causando erosão em alguns pontos e deterioração desses sedimentos. Por outro lado mostrou também as diferenças geológicas de composição e formação dessas camadas formadas a milhões de anos atrás. E por fim, o levantamento ensinou a forma de descrição, visualização e coleta das informações necessárias para a criação de um relatório de campo. REFERENCIAS CUNHA et al., Paulo R. C.. Boletim de Geociências da Petrobrás. Rio de Janeiro, 8 (1): 47 – 55, jan./mar. 1994. LEINZ e AMARAL,. Minerais e Rochas. Editora Nacional, 6ª Edição, 1975, cap. II. JUNIOR, Elias Santos. Apostila de Geologia do Petróleo. Manaus, pag. 24 – 27, 2014. REIS, Nelson Joaquim... [et al]. Geologia e Recursos Naturais do Estado do Amazonas. Programa de Integração, atualização e Definição de Dados da Geologia. Serviço Geológico do Brasil. Pag. 77 e 78. 2006.
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