Metodos de Avaliação Ambiental

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Nathalia Bueno Dos Santos Silva	RGM: 15008126
Engenharia Civil
Gestão Ambiental E Responsabilidade Social
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
Hoje em dia a questão ambiental vem sendo colocada em pauta, conforme a observação de desmatamento em massa, voltando a importância da preservação da natureza. 
Partindo do princípio que a indústria e agricultura são um dos maiores degradadores do meio ambiente sentiu-se uma necessidade maior de estudos que pudessem analisa e/ou prever essa degradação, então criou-se o EIA (Estudo de Impacto Ambiental) e o RIMA (Relatório de Impacto Ambiental).
Para que seja colocado em pratica o EIA/RIMA existem alguns parâmetros básicos exigidos, nos quais serão necessárias informações sobre esse impacto. Conforme a Resolução Conama de 1986: “Impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente afetam:
A saúde, a segurança e o bem-estar da população;
As atividades sociais e econômicas;
A biota;
As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
A qualidade dos recursos ambientais.”
Para se analisar os itens de impacto ambiental propostas pela Resolução Conama, foi proposto pelo SEMA (Secretaria do Meio Ambiente) que a construção do EIA/RIMA pode-se utilizar de "quaisquer metodologias de abordagem, desde que em acordo com a literatura nacional e/ou internacional sobre o assunto" ou seja pode-se aplicar qualquer metodologia para que a análise do EIA/RIMA seja efetivada em completa a partir do local, impacto e empreendimento estudado. Por isso foram criados ao longo do tempo vários tempos foram criados diversos métodos o estudo do EIA/RIMA.
Método AD ROC
Seu significado é “para esta finalidade” ou “para este efeito” é aplicado em avaliações rápidas que não necessitam de muita análise quando se tem escassez de dados. Ele é utilizado com a reunião com especialistas do determinado assunto onde pressupõe informação de maneira empírica.
Prós: Baixo Custo, identifica dos impactos mais prováveis, viabilidade de aplicação, melhor alternativa.
Contras: Falta de detalhes e inconsistência e alta subjetividade.
CHECKLIST
Se é levantado todos os impactos ambientais e suas causas numa listagem. Nele se é aplicada todas as causas o seu diagnóstico, onde se são comparadas todas as alternativas levantadas em busca da melhor solução.
Figura 1- Exemplo de planilha de Checklist ambiental
Prós: Registro de dos fatores, simplificação de aplicação
Contras: Não analisa o problema a fundo, não permite previsão.
Método Batelle ou Listagem Ponderais
Decompõe o impacto em parâmetros estudando cada um em suas particularidades e depois em conjunto atribuindo a cada um peso através dos seguintes características:
É abrangente e seletivo ao mesmo tempo;
É bastante objetivo para a comparação de alternativas;
Não permite a interação dos impactos;
Permite previsão de magnitude pelo emprego de escala normalizada de valores;
Não distingue a distribuição temporal;
Esse método possui um modelo que apresenta 78 parâmetros ambientais, sendo 18 ecológicos, 17 estéticos, 24 físico - químicos e 19 sociais, que estão coligados com a constituição dos impactos.
Matrizes de Interação
Listagem bidimensional de fatores e ações. Foram criadas para suprir as deficiências da Checklist, é difundida através da Matriz de Leopold, onde são listadas 100 ações por 88 características do impacto gerando mais de 8 800 quadriculas nos quais os especialistas possuem uma visão maior da dimensão de um impacto, sendo necessário criar cada uma dessa para o período de tempo diferente. Ou seja é um cruzamento dos fatores ambientais com as ações possíveis.
Figura 2- Exemplo de uso das Matrizes
Prós: Permite boa visualização, baixo custo, simplicidade.
Contras: Não indica impactos indiretos, gasto demasiado de tempo, aplicação de caso em caso, subjetividade.
Redes de Interação (Network)
Cria um gráfico que contempla todos os fatores e a sua ordem em cadeia através de uma determinada intervenção ambiental. Esta é difundida e conhecida pela rede Sorensen. Esse método determina impactos ambientais diretos e indiretos ou de ordem inferior, assim como seus impactos primários.
Figura 3- Gráfico Redes de Interação
Prós: Boa abordagem dos fatos.
Contras: Não ordena a importância de cada fator, nem prioriza, muito extenso.
Superposição de Cartas
São usadas de ferramentas cartográficas para se fazer uma análise de impactos possíveis numa determinada área ambiental onde se possui um determinado interesse. Esses são feitos através de mapas desenhados em material transparente que quando sobrepostos é possível se analisar os possíveis impactos que o empreendimento causará e reordena-lo para não “destruir” os recursos naturais da área.
Figura 4- Exemplo de mapa feitos através da sobreposição de cartas
Prós: Útil para localização e ordenar espaços e organizá-los para que fiquem em harmonia ambientalmente.
Contras: Recurso caro, exige conhecimento específico.
Conclusão
Posso concluir que é de extrema importância o uso do EIA e do RIMA quando se trata de impactos ambientais, e que para estes sejam postos em pratica de maneira correta, é necessário aplicar algum método citado neste trabalho. 
Cada tipo de situação e empreendimento necessita de forma especifica do emprego especial de algum método de avaliação ambiental, já que as constituições deixam em aberto (não se for especificado) qual deles usar, portanto cabe a cada empresa que fará o EIA/RIMA verificar qual lhe trará mais custo-benefício.
Pude observar também que apresar de alguns métodos serem bem específicos, nem todos eles são totalmente abrangentes como por exemplo, alguns deles fazem um estudo direto do impacto, enquanto outro não, outros vão mais a fundo enquanto outros são extremamente superficiais. Levando também a empresa que fará o empreendimento ter uma compreensão de seu projeto e seu tamanho, para que estes julguem se é necessário o uso de mais de um dos métodos citados, criando uma avaliação mais completa.
E afinal, independentemente do método, não se deve deixar de fazê-lo e aplica-lo, se necessário, pois como possui um caráter público, ajuda cada vez mais na conscientização ambiental da população que habita ou habitará ao redor do empreendimento.
Referências
BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental: O desafio do desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005;
SEMACE, Analise das Metodologias de Impacto Ambiental em estudos realizados no Ceará. Disponível em: <http://www.ecoeco.org.br/conteudo/publicacoes/encontros/vi_en/artigos/mesa3/aanalise_uso_metodologias_avaliacao_impacto_ambiental.pdf> Acesso em: 24 de Março de 2015;
UNESP, Estudos Ambientais. Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/estudos_ambientais/ea11.html> Acesso em: 21 de Março de 2015;
SPELL, Metodologias De Avaliação De Impacto. Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/estudos_ambientais/ea11.html> Acesso em: 21 de Março de 2015;
CPT, Métodos mais utilizados na avaliação de impactos ambientais. Disponível em: < http://www.cpt.com.br/noticias/metodos-mais-utilizados-na-avaliacao-de-impactos-ambientais#ixzz3VKrv4QNQ > Acesso em: 21 de Março de 2015;