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Aula 01 - Dir Trabalho I

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AULA 1 – DIREITO DO TRABALHO I
E-mail da turma: dirtrabalho1ulbratorres@gmail.com
Senha: trabalhista1
ENTREGAR NA DATA DO G1-28/04/2015 – Atividade Semi-Presencial - Fazer um trabalho sobre a “Formação e a Evolução Histórica do Dir. do Trabalho, tanto no mundo quanto no Brasil”.
Direito do Trabalho é o conjunto de princípios, normas (leis) e instituições (físicas) que regulam a relação de emprego e outras relações de trabalho. 
Em outras palavras, podemos conceituar o Direito do Trabalho como o ramo jurídico especializado, que regula a relação laborativa na sociedade.
O Direito do Trabalho foi criado e tem como função central o intuito de melhorar as condições de trabalho e sociais do trabalhador. Quando falamos em melhorias, não devem analisar apenas pela ótica individualista, mas também de forma coletiva (aprimoramento de leis).
AUTONOMIA DO DIREITO DO TRABALHO
O jurista italiano Alfredo Rocco elaborou três critérios que buscam confirmar a autonomia de um ramo da Ciência Jurídica: a) a campo temático vasto e específico; b) a existência de teorias e princípios próprios; c) a observância de metodologia própria. 
De forma semelhante, outros autores escrevem que existem cinco requisitos: a) Autonomia Legislativa, b) Autonomia Jurisdicional, c) Autonomia Doutrinária, d) Autonomia Didática e e) Autonomia Científica.
Analisando o caráter legislativo, a CLT pode ser considerada o “Código do Trabalho”, que justifica a autonomia da matéria, mesmo considerando a diferença entre Código e Consolidação. 
É inegável a autonomia jurisdicional, pois os processos trabalhistas, tanto com vínculo empregatício, ou sem vínculo empregatício, são processados e julgados na Justiça do Trabalho. Esta Justiça detém sede própria, regras próprias, orçamento próprio, “Fórum próprio”, etc., completamente separado da Justiça Civil.
Com relação à autonomia doutrinária, é importante sabermos que os livros e escritos de Direito do Trabalho são exclusivos sobre a matéria, escritos por autores especialistas nesta matéria. Não vemos capítulos de livros sobre direito civil falando de direito do trabalho, usam livros separados e específicos.
Na autonomia didática analisamos se as Universidade e Faculdades de Direito estudam tal disciplina em separado, ou se estudam dentro de alguma outra matéria. Resta claro que tanto a nossa Faculdade quanto outras ministram o Direito do Trabalho em algumas disciplinas (“cadeiras”) separadas das demais. Na Ulbra Torres, por exemplo, temos as seguintes disciplinas de Direito do Trabalho, em sentido lato: Direito do Trabalho I; Direito do trabalho II; Direito Processual do Trabalho I; Direito Processual do Trabalho II e Estágio do trabalho.
Autonomia científica responde a pergunta: este ramo do Direito tem princípios próprios e específicos? A resposta para este ramo do direito é positiva. Na próxima aula veremos os principais princípios do Direito do Trabalho.
Concluímos então que o Direito do trabalho facilmente preenche todos os critérios de autonomia de um ramo do Direito, pois tem legislação própria – Autonomia Legislativa; instituição própria (Justiça do Trabalho) – Autonomia Jurisdicional; livros específicos sobre matéria trabalhista – Autonomia Doutrinária; disciplinas de Direito do Trabalho nas faculdades – Autonomia Didática e Princípios jurídicos específicos – Autonomia Científica.
No entanto, autonomia não é sinônimo de independência ou de isolamento. O Direito do Trabalho se torna autônomo por ter leis próprias e princípios próprios. Porém, se relaciona com os princípios comuns de todas as matérias. O artigo 8°, parágrafo único, da CLT, aponta o não isolamento do direito do trabalho, quando diz que “o direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste”.
Forma-se um sistema particular de um mesmo Sistema Geral do Direito. 
ÓRGÃOS DA JUSTIÇA DO TRABALHO
	Art.111 CF.
TST (690/709 CLT + 111-a CF); 3° grau Sai a decisão final.
TRT (670/689 CLT); 2°grau Sai um acórdão
Juízes do Trabalho 1° grau Sai a sentença (Não é Vara, Vara é o local físico).
NATUREZA JURÍDICA OU TAXINOMIA
O Direito do Trabalho pertence ao Direito Público ou Privado?
Existem alguns autores que defendem a ideia que o Direito do Trabalho integra o Ramo do Direito Público, pela grande quantidade de normas de caráter imperativo e por serem fiscalizadas pelo Estado. No entanto, a teoria mais aceita é que pertence ao Direito Privado, já que sua principal instituição é o contrato de emprego, que consiste no ajuste de vontade de duas partes, sendo estas dois sujeitos particulares. Inclusive porque, a maioria das normas trabalhistas são de ordem privada, disciplinando o contrato de trabalho.
DIVISÃO DA MATÉRIA
O estudo do direito do Trabalho é dividido em 3 partes (meramente didático):
Parte Geral; b) Direito Individual; e c) Direito Coletivo.
Na parte Geral, estuda-se o histórico, o conceito, a autonomia, os princípios, as relações de trabalho, as fontes e a aplicação do Direito do Trabalho. 
No Direito Individual são verificados: o contrato de trabalho, o seu nascimento, desenvolvimento, encerramento, além das parcelas pertinentes ao referido pacto laboral, como férias, décimo terceiro, Fundo de Garantia e as demais parcelas. No Direito Individual do Trabalho a tutela estatal é imediata, determinando uma intervenção direta na aplicação de normas já existentes. Dir. Individual = Objeto é a norma jurídica já existente.
No Direito Coletivo do Trabalho examina-se a organização dos sindicatos, suas regras e funções, as normas coletivas e a greve. No Direito Coletivo do Trabalho, acentuam-se as particularidades da nova disciplina, mas não tão imediato, sendo útil apenas para os próximos contratos ou processos. Dissídio Coletivo, Convenção Coletiva e Acordo Coletivo. Dir. Coletivo = Objeto é a criação de normas jurídicas.
Existem também as normas do Direito Internacional do Trabalho, no entanto fazem parte do estudo do Direito Internacional, assim como, o regramento utilizado no Processo Trabalhista, estudado separadamente das regras de direito material do trabalho. Além destes temos o Direito da Previdência Social, que cabe ao gênero chamado Direito da Seguridade Social.
Três exemplos da diferenciação entre Direito Individual e Coletivo:
Muitos funcionários entram, no mesmo processo, contra a mesma empresa, solicitando adicional insalubridade = Dir. Individual (Não é importante a quantidade de pessoas pertencentes ao sujeito ativo e sim o tipo da matéria discutida).
Sindicato entra contra uma empresa solicitando pagamento de adicional insalubridade. = Dir Individual. Mesmo sendo sindicato, o objeto da ação é o cumprimento de uma norma já existente e não a criação ou alteração de uma regra. 
Negociação entre sindicatos buscando novas condições de trabalho (Sind Profissional x empresa ou sindicato de empregadores) Ex.: Sindicatos discutindo sobre aumento de salário e/ou mudança de jornada de trabalho.
EM RESUMO: O que importa é o objeto ser a aplicação de norma já existente (Dir. Individual) ou criação de norma (Dir. Coletivo).
FLEXIBILIZAÇÃO DA HIERARQUIA DE NORMAS NO DIREITO DO TRABALHO
Fazendo uma analogia com o direito comum, este apresenta uma hierarquia de normas bem piramidal. Em inúmeros livros iremos perceber uma classificação hierárquica, aproximadamente assim:
 Constituição Federal;
 Leis (Complementar, Ordinária, Medida Provisória, etc)
 Decretos Reguladores do Poder Executivo;
 Outros diplomas dotados de menor eficácia.
No entanto, no direito do trabalho, existe uma flexibilização (relativização) desta hierarquia, sendo conclusivo que, a lei a ser utilizada, será aquela mais benéfica ao trabalhador. 
Por exemplo: se a Constituição Federal dispõe adicional de hora noturna de 20%, porém a Convenção Coletiva determinar 50% será obrigatório a utilização da Convenção Coletiva, não podendo o empregador se basear na Constituição. Utilizando as regras do direitocivil, deveríamos aplicar a regra da Constituição, mas com a flexibilização desta regra no Direito do Trabalho, utilizaremos aquela mais benéfica ao empregado, independente de sua colocação na pirâmide de hierarquia de normas.
O ápice da pirâmide do direito do trabalho é a norma mais benéfica ao trabalhador.
FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
Constituição Federal (Artigos 7º até 11), Consolidação das Leis do Trabalho (1° ao 642), as leis esparsas, sumulas, jurisprudências, os decretos, os costumes, os acordos, as convenções coletivas, os regulamentos das empresas e os contratos de trabalho.
Súmulas TST, Orientações Jurisprudenciais também são fontes de direito do trabalho. Prezado aluno, tenha cuidado, pois Sergio Pinto Martin e outros poucos escrevem em suas obras que as Súmulas e as Orientações Jurisprudenciais não são fontes do direito do trabalho, sob a alegação que não vinculam o Juiz. Eu e a maioria dos outros doutrinadores não concordamos, pois se assim fosse os usos e costumes também não seriam fontes, pois não vinculam o Juiz. Essa justificativa não existe, pois muitos tipos de fontes não obriga o Juiz.
A analogia e a equidade, não são fontes do Direito do Trabalho, mas métodos de integração da norma, conforme artigo 8º da CLT.

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