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Aula 03 - parte 1

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LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) 
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AULA 03 (1ª parte) 
ASSUNTO: 
Lei nº 9.784/99 (parte 3.1) – 60 questões 
(CESPE/Aracaju-SE/2008) Em relação aos atos e aos processos 
administrativos regulados pela Lei n.º 9.784/1999, julgue os próximos itens. 
241. (CESPE/Aracaju-SE/2008) O desatendimento de intimação para 
apresentação de defesa em processo administrativo não importa no 
reconhecimento da verdade dos fatos. 
 Comentários: 
CERTO. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento 
da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado (art. 27). 
242. (CESPE/Aracaju-SE/2008) A revogação de ato administrativo não gera 
direito adquirido a terceiros. 
 Comentários: 
 ERRADO. A Administração deve anular seus próprios atos, quando 
eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos (art. 
53). 
243. (CESPE/Aracaju-SE/2008) Concluída a instrução de processo 
administrativo, a administração tem até 30 dias para decidir, salvo prorrogação 
por igual período expressamente motivada. 
 Comentários: 
 
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 ERRADO. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão 
nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria 
de sua competência (art. 48). 
 Assim, concluída a instrução do processo administrativo, a 
Administração tem até 30 dias para decidir. Esse prazo pode ser 
prorrogado por igual período, desde haja motivação expressa (art. 49). 
244. (CESPE/Aracaju-SE/2008) A decisão de recursos administrativos não 
pode ser objeto de delegação. 
 Comentários: 
 CERTO. Não podem ser objeto de delegação (art. 13): 
• A edição de atos de caráter normativo; 
• A decisão de recursos administrativos; 
• As matérias de competência exclusiva. 
SÃO INDELEGÁVEIS: 
ATOS NORMATIVOS 
DECISÃO DE RECURSOS 
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 
245. (CESPE/TRE-MG/2008) O processo administrativo não pode ser iniciado 
de ofício. 
 Comentários: 
ERRADO. Em face do princípio da oficialidade (ou princípio do 
impulso oficial do processo), o processo administrativo pode ser 
instaurado (iniciado, estabelecido) de ofício (pela própria Administração), 
independentemente de provocação do administrado. 
 
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246. (CESPE/TRE-MG/2008) As organizações e associações representativas 
são legitimadas para atuar como interessadas em processos administrativos, no 
tocante a direitos e interesses individuais. 
 Comentários: 
 ERRADO. A Lei nº 9.784/99, em seu art. 9º, define que, no processo 
administrativo, são legitimados como interessados: 
• Pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos 
ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação; 
• Aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses 
que possam ser afetados pela decisão a ser adotada; 
• As organizações e associações representativas, no tocante a direitos 
e interesses coletivos; 
• As pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a 
direitos ou interesses difusos. 
Portanto, as organizações e associações representativas são 
legitimadas para atuar como interessadas em processos administrativos, no 
tocante a direitos e interesses coletivos. 
247. (CESPE/TRE-MG/2008) Todos os atos do processo administrativo 
devem ser realizados de forma determinada. 
 Comentários: 
 ERRADO. Os atos do processo administrativo não dependem de forma 
determinada senão quando a lei expressamente a exigir (art. 22). 
IMPORTANTE: 
Em regra, os atos do processo administrativo não dependem de forma 
determinada. 
248. (CESPE/TRE-MG/2008) Todos os recursos administrativos devem 
tramitar, no máximo, por duas instâncias administrativas. 
 
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 Comentários: 
 ERRADO. Visando à celeridade processual, o recurso administrativo, em 
regra, tramitará no máximo por 3 instâncias administrativas (art. 57) 
249. (CESPE/TRE-MG/2008) Deve ser permitida, em caráter excepcional e 
por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de 
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 
 Comentários: 
CERTO. Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente 
justificados, será permitida a avocação temporária de competência 
atribuída a órgão hierarquicamente inferior (art. 15). 
250. (CESPE/TRT-1ª Região/2008) A edição de atos de caráter normativo 
pode ser objeto de delegação, desde que esta seja feita pelo titular de um 
órgão administrativo para outro que lhe seja hierarquicamente subordinado. 
 Comentários: 
 ERRADO. Não podem ser objeto de delegação (art. 13): 
• A edição de atos de caráter normativo; 
• A decisão de recursos administrativos; 
• As matérias de competência exclusiva. 
SÃO INDELEGÁVEIS: 
ATOS NORMATIVOS 
DECISÃO DE RECURSOS 
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 
 
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251. (CESPE/TRT-1ª Região/2008) Os procedimentos administrativos 
exigem, para seu começo, a provocação do interessado, não podendo a 
administração, tal qual o Poder Judiciário, iniciar processo de ofício. 
 Comentários: 
ERRADO. Em face do princípio da oficialidade (ou princípio do 
impulso oficial do processo), o processo administrativo pode ser 
instaurado (iniciado, estabelecido) de ofício (pela própria Administração), 
independentemente de provocação do administrado. 
(CESPE/ANS/2005) A respeito do processo administrativo e das orientações 
contidas na Lei n.º 9.784/1999, julgue os itens que se seguem. 
252. (CESPE/ANS/2005) Entre os princípios que devem ser adotados pela 
administração pública nos processos administrativos, a Lei n.º 9.784/1999, 
expressamente, arrolou a razoabilidade e a proporcionalidade. 
 Comentários: 
 CERTO. 
Segurança Jurídica 
Eficiência 
Razoabilidade 
Finalidade 
Ampla defesa 
Contraditório 
Interesse Público 
Legalidade 
Proporcionalidade 
Moralidade 
Motivação 
 
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253. (CESPE/ANS/2005) O critério de adequação dos meios e dos fins, sem 
a imposição de obrigações, restrições ou sanções em medida superior à 
estritamente necessária para o atendimento do interesse público, decorre do 
princípio da proporcionalidade. 
 Comentários: 
 CERTO. Segundo os princípios da razoabilidade e da 
proporcionalidade, nos processos administrativos serão observados, entre 
outros, os critérios de adequação entre meios e fins, sendo vedado à 
Administração impor obrigações, restrições e sanções em medida 
superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse 
público (art. 2º, parágrafo único, VI). 
CRITÉRIOS PRINCÍPIOS 
Atuação conforme a lei e o Direito Legalidade 
Atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia 
total ou parcial de poderes ou competências, salvo 
autorização em lei 
Impessoalidade 
Objetividade no atendimento do interesse público, 
vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades 
Impessoalidade 
Atuação segundo padrões éticos deprobidade, decoro e 
boa-fé 
Moralidade 
Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas 
as hipóteses de sigilo previstas na Constituição 
Publicidade 
Adequação entre meios e fins, vedada a imposição 
de obrigações, restrições e sanções em medida 
superior àquelas estritamente necessárias ao 
atendimento do interesse público; 
Proporcionalidade 
e Razoabilidade 
Indicação dos pressupostos de fato e de direito que 
determinarem a decisão 
Motivação 
Observância das formalidades essenciais à garantia dos 
direitos dos administrados 
Segurança Jurídica 
e Informalismo 
Adoção de formas simples, suficientes para propiciar 
adequado grau de certeza, segurança e respeito aos 
Segurança Jurídica 
e Informalismo 
 
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direitos dos administrados 
Garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de 
alegações finais, à produção de provas e à interposição 
de recursos, nos processos de que possam resultar 
sanções e nas situações de litígio 
Contraditório e 
Ampla Defesa 
Proibição de cobrança de despesas processuais, 
ressalvadas as previstas em lei 
Gratuidade 
Impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem 
prejuízo da atuação dos interessados 
Oficialidade 
Interpretação da norma administrativa da forma que 
melhor garanta o atendimento do fim público a que se 
dirige, vedada aplicação retroativa de nova 
interpretação. 
Impessoalidade e 
Segurança Jurídica 
254. (CESPE/ANS/2005) O recurso administrativo, em regra, tem efeito 
suspensivo, o qual deve ser sempre motivado por causas como o justo receio 
de ocorrência de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente de execução 
da decisão recorrida. 
 Comentários: 
ERRADO. Visando à celeridade processual, o recurso administrativo, em 
regra, tramitará no máximo por 3 instâncias administrativas (art. 57) e não 
terá efeito suspensivo (art. 61). 
Entretanto, se houver justo receio de prejuízo de difícil ou incerta 
reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente 
superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso (art. 
61, parágrafo único). Ou seja, o recurso administrativo, em regra, não tem 
efeito suspensivo. 
255. (CESPE/ANS/2005) O recurso administrativo deve ser dirigido a 
autoridade superior àquela que proferiu a decisão objeto de insurgência. 
 Comentários: 
 
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 ERRADO. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões 
de legalidade e de mérito (art. 56). Esse recurso será dirigido à autoridade 
que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 dias, o 
encaminhará à autoridade superior (art. 56, §1º). 
256. (CESPE/TCU/2003) Os atos do processo administrativo independem de 
forma determinada, a menos que a lei expressamente o exija. 
 Comentários: 
CERTO. Os atos do processo administrativo não dependem de forma 
determinada senão quando a lei expressamente a exigir (art. 22). 
IMPORTANTE: 
Em regra, os atos do processo administrativo não dependem de forma 
determinada. 
257. (CESPE/TCU/2003) Observado o mesmo princípio do direito processual 
civil, o desatendimento de intimação pelo administrado importa o 
reconhecimento da verdade dos fatos. 
 Comentários: 
ERRADO. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento 
da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado (art. 27). 
258. (Inédita) O direito de a administração anular os atos administrativos de 
que decorram efeitos favoráveis aos destinatários decai em três anos, contados 
da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. No caso de efeitos 
patrimoniais contínuos, esse prazo é contado da percepção do último 
pagamento. 
 Comentários: 
ERRADO. O direito da Administração de anular os atos administrativos de 
que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 anos, 
 
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contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé do 
beneficiado (art. 54). 
No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência será 
contado da percepção do primeiro pagamento (art. 54, §2º). Por exemplo: 
imagine que um servidor, mensalmente, receba uma determinada quantia a 
que não faça jus. Considerando que não haja má-fé deste servidor, o prazo de 
5 anos será contado a partir do recebimento do primeiro pagamento. 
259. (Inédita) Um órgão administrativo e seu titular não podem, se houver 
impedimento legal, delegar parte de sua competência a outros órgãos ou 
titulares. 
 Comentários: 
 CERTO. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver 
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou 
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, 
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole Técnica, Social, 
Econômica, Territorial ou Jurídica (TSE + TJ). 
260. (Inédita) O recurso administrativo é uma ferramenta que só admite 
insurgência contra questões de legalidade, estando vedada a discussão do 
mérito administrativo. 
 Comentários: 
 ERRADO. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões 
de legalidade e de mérito (art. 56). 
261. (Inédita) Entidade é unidade de atuação dotada de personalidade 
jurídica. 
 
Comentários: 
CERTO. De acordo com o art.1º, §2º, da Lei nº 9.784/99: 
• Órgão é a unidade de atuação integrante da estrutura da 
Administração direta e da estrutura da Administração indireta. Cabe destacar 
 
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que os órgãos não possuem personalidade jurídica. São exemplos: Ministérios, 
Secretarias, Gabinetes etc. 
• Entidade é a unidade de atuação dotada de personalidade 
jurídica. São exemplos: autarquias, fundações públicas, sociedades de 
economia mista e empresas públicas. 
• Autoridade é o servidor ou agente público dotado de poder de 
decisão. São exemplos: Ministros de Estado, Secretários-Executivos etc. 
262. (Inédita) A Lei nº 9.784/99 regula o processo administrativo no âmbito 
da administração pública da União, dos Estados e dos Municípios. 
 
Comentários: 
 ERRADO. 
IMPORTANTE: 
• A Lei nº 9.784/99 aplica-se: 
9 À Administração Federal direta e indireta; e 
9 Aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, 
quando no desempenho de função administrativa. 
• Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio de 
suas próprias leis, podem dispor sobre o processo Administrativo 
aplicável à sua Administração. Por isso, não se sujeitam à Lei nº 
9.784/99. 
263. (Inédita) Servidor que esteja litigando administrativamente com o 
interessado em um processo administrativo é impedido de atuar nesse 
processo. 
Comentários: 
CERTO. De acordo com o art. 18 da Lei, é impedido de atuar em 
processo administrativo o servidor ou autoridade que: 
• Tenha interesse direto ou indireto na matéria. 
 
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• Tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou 
representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao Cônjuge, 
Companheiro ou Parente e Afins até o 3º grau. (CCPA3) 
• Esteja litigando judicial ou administrativamentecom o interessado 
ou respectivo Cônjuge ou Companheiro. (CC) 
264. (Inédita) Os processos administrativos de que resultem sanções poderão 
ser revistos, até cinco anos após a decisão da autoridade administrativa, a 
pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos. 
Comentários: 
ERRADO. Há revisão quando, a qualquer tempo, a pedido do 
interessado ou de ofício pela Administração, se proceda, nos processos 
concluídos de que resultem sanções, a correta adequação da sanção imposta, 
em razão de fatos novos ou circunstâncias relevantes a justificá-la. Da 
revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção. 
LEI Nº 9.784/99, ART. 65: 
Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, 
a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou 
circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção 
aplicada. 
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento 
da sanção. 
265. (Inédita) No âmbito federal, o processo administrativo é disciplinado 
pela Lei nº 9.784/99. Com a publicação dessa Lei, foram assegurados direitos 
dos servidores e administrados, definidos prazos processuais e estabelecidos 
princípios aplicáveis ao processo administrativo. Com efeito, a norma legal 
propiciou maior segurança jurídica ao processo administrativo. Pois, os 
processos administrativos específicos reger-se-ão apenas pelos preceitos desta 
Lei. 
Comentários: 
 
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 ERRADO. De acordo com o art. 69 da Lei nº 9.784/99, “os processos 
administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria, 
aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei”. 
266. (Inédita) Na instrução do processo administrativo, em caso de risco 
iminente, a administração pública poderá, motivadamente, adotar providências 
acauteladoras, independentemente de prévia manifestação do interessado. 
 Comentários: 
CERTO. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá 
motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia 
manifestação do interessado (art. 45). 
267. (Inédita) Em regra, os maiores de dezoito anos são considerados 
capazes, para fins de processo administrativo. 
Comentários: 
CERTO. Ressalvada previsão especial em ato normativo próprio, para fins 
de processo administrativo, são considerados capazes os maiores de 18 
anos. Isso significa que, em regra, o menor de 18 não pode atuar no processo, 
a não ser que assistido ou representado por responsável. 
268. (Inédita) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões 
de legalidade, apenas. 
Comentários: 
ERRADO. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões 
de legalidade e de mérito (art. 56). 
269. (Inédita) A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos 
administrativos a que foi atribuída como própria, ainda que nos casos de 
delegação e avocação previstos em lei. 
 
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Comentários: 
CERTO. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos 
administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de 
delegação e avocação legalmente admitidos (art. 11). 
270. (Inédita) As decisões adotadas mediante delegação não devem 
mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pela 
autoridade delegante. 
Comentários: 
ERRADO. As decisões adotadas por delegação devem mencionar 
explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo 
delegado (art. 14, §3º). 
271. (Inédita) Não havendo competência legal específica, o processo 
administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de maior grau 
hierárquico para decidir. 
Comentários: 
ERRADO. Inexistindo competência legal específica, o processo 
administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau 
hierárquico para decidir (art. 17). 
272. (Inédita) A competência é irrenunciável. Portanto, em nenhuma hipótese 
será admitida a avocação temporária de competência atribuída a órgão 
hierarquicamente inferior. 
Comentários: 
CERTO. Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente 
justificados, será permitida a avocação temporária de competência 
atribuída a órgão hierarquicamente inferior (art. 15). 
 
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273. (Inédita) A lei prevê expressamente a possibilidade de a Administração 
Pública adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do 
interessado. 
 
Comentários: 
CERTO. Nos termos da Lei nº 9.784/99, em caso de risco iminente, a 
Administração Pública poderá motivadamente adotar providências 
acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado (art. 45). 
274. (Inédita) No âmbito do processo administrativo, a lealdade e a boa-fé 
são deveres dos administrados perante a Administração Pública. 
Comentários: 
 CERTO. O art. 4º da Lei trata dos deveres dos administrados, no 
âmbito do processo administrativo, perante a Administração Pública. Segundo o 
dispositivo mencionado, são deveres dos administrados: 
• Expor os fatos conforme a verdade; 
• Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; 
• Não agir de modo temerário (ser prudente, ajuizado); 
• Prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o 
esclarecimento dos fatos. 
275. (Inédita) A falta de defesa técnica por advogado no processo 
administrativo disciplinar ofende a Constituição Federal. 
Comentários: 
 ERRADO. 
JURISPRUDÊNCIA DO STF: 
“A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo 
disciplinar não ofende a Constituição.” (Súmula Vinculante nº 5) 
 
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276. (Inédita) É defeso, em regra, aos interessados que tiverem pedido com 
conteúdo e fundamentos idênticos formularem requerimento único perante a 
administração. 
Comentários: 
 ERRADO. Quando os pedidos de diversos interessados tiverem 
conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único 
requerimento, exceto se houver previsão legal em contrário (art. 8º). 
277. (Inédita) O prazo para a administração decidir um processo 
administrativo, após a conclusão da instrução, é de trinta dias prorrogáveis por 
igual período. 
Comentários: 
CERTO. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão 
nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria 
de sua competência (art. 48). Em outras palavras, a Administração Pública tem 
o dever de decidir as questões que lhe são submetidas, mediante processo 
administrativo. 
Assim, concluída a instrução do processo administrativo, a Administração 
tem até 30 dias para decidir. Esse prazo pode ser prorrogado por igual 
período, desde haja motivação expressa (art. 49). 
278. (Inédita) O ato de delegação de competência imprescinde de publicação 
em meio oficial. 
Comentários: 
 CERTO. Em decorrência do princípio da publicidade, o ato de delegação 
e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial (art. 14). 
 
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279. (Inédita) Na fase instrutória e antes da tomada da decisão, é permitido 
ao interessado poderá juntar documentos e pareceres, requerer diligências e 
perícias, bem como aduzir alegações referentesà matéria objeto do processo. 
Comentários: 
CERTO. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada 
da decisão, juntar documentos e pareceres, requerer diligências e 
perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do 
processo (art. 38). 
280. (Inédita) O desatendimento da intimação para o processo não implica o 
reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo 
administrado. 
Comentários: 
ERRADO. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento 
da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado (art. 27). 
281. (Inédita) Em decorrência dos princípios do contraditório e da ampla 
defesa, o recurso será conhecido mesmo quando interposto perante órgão 
incompetente. 
Comentários: 
 CERTO. O recurso não será conhecido quando interposto perante órgão 
incompetente (art. 63, II). Nesse caso, será indicada ao recorrente a 
autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso (art. 63, 
§1º). 
282. (Inédita) Um órgão administrativo e seu titular poderão, em qualquer 
caso, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que 
estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, 
em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou 
territorial. 
 
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 Comentários: 
ERRADO. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não 
houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros 
órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente 
subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole 
técnica, social, econômica, jurídica ou territorial (art. 12). 
283. (Inédita) A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos 
princípios da proporcionalidade, da moralidade e da ociosidade. 
 
Comentários: 
ERRADO. Princípio da ociosidade, rs? Esse princípio seria incompativo 
como da eficiência. Eis o erro da questão. Não se esqueça do “SERá FÁCIL Pro 
MoMo”. 
Segurança Jurídica 
Eficiência 
Razoabilidade 
Finalidade 
Ampla defesa 
Contraditório 
Interesse Público 
Legalidade 
Proporcionalidade 
Moralidade 
Motivação 
284. (Inédita) Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao 
interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não 
atendimento no prazo fixado pela administração para a respectiva apresentação 
importará o arquivamento do processo administrativo. 
 
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 Comentários: 
CERTO. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao 
interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não 
atendimento no prazo fixado pela Administração para a respectiva 
apresentação implicará arquivamento do processo. Ou seja, se o interessado 
não apresentar os documentos requeridos na intimação, o processo será 
arquivado (art. 40). 
285. (Inédita) Os órgãos e entidades administrativas não poderão elaborar 
modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem pretensões 
equivalentes. 
Comentários: 
 CERTO. A fim de facilitar o acesso do administrado a seus direitos, o art. 
7º da Lei dispõe que os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar 
modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem 
pretensões equivalentes. 
286. (Inédita) Sempre que os pedidos de vários interessados tiverem 
conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único 
requerimento. 
Comentários: 
ERRADO. Quando os pedidos de diversos interessados tiverem 
conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único 
requerimento, exceto se houver previsão legal em contrário (art. 8º). 
287. (Inédita) A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve 
comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar, e a omissão 
do dever de comunicar o impedimento constitui falta leve, para efeitos 
disciplinares. 
Comentários: 
 
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ERRADO. A aferição da ocorrência do impedimento é objetiva, direta, 
isto é, sua caracterização independe de juízo do valor. Por isso, diz-se que o 
impedimento gera uma presunção absoluta de incapacidade para atuar no 
processo. 
Assim, a autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve 
comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar (art. 19). 
Consequentemente, a omissão do dever de comunicar o impedimento constitui 
falta grave, para efeitos disciplinares (art. 19, parágrafo único). 
288. (Inédita) A decisão de recurso administrativo é delegável a qualquer 
tempo. 
Comentários: 
ERRADO. Não podem ser objeto de delegação (art. 13): 
• A edição de atos de caráter normativo; 
• A decisão de recursos administrativos; 
• As matérias de competência exclusiva. 
289. (Inédita) Uma vez protocolado o processo administrativo no âmbito da 
administração pública federal, o interessado poderá desistir do pedido. 
 Comentários: 
 ERRADO. Mediante manifestação escrita, o interessado poderá 
desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a 
direitos disponíveis (art. 51). 
290. (Inédita) A Lei nº 9.784, de 1999, estabelece normas básicas acerca do 
processo administrativo somente na Administração Pública Federal. Contudo, 
não se aplica, em nenhuma hipótese, aos órgãos dos Poderes Legislativo e 
Judiciário da União. 
 Comentários: 
 
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 ERRADO. A Lei nº 9.784/99 estabelece normas básicas sobre o 
processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e 
indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados 
e ao melhor cumprimento dos fins da administração (art. 1º). 
Além disso, essa Lei se aplica aos órgãos dos Poderes Legislativo e 
Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa (art. 
1º, §1º). 
IMPORTANTE: 
A Lei nº 9.784/99 aplica-se: 
• À Administração Federal direta e indireta; e 
• Aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando 
no desempenho de função administrativa. 
 
291. (Inédita) No âmbito do processo administrativo federal, as matérias de 
competência exclusiva, a decisão de recursos administrativos e a edição de atos 
de caráter normativo não podem ser objeto de delegação. 
 Comentários: 
CERTO. Não podem ser objeto de delegação (art. 13): 
• A edição de atos de caráter normativo; 
• A decisão de recursos administrativos; 
• As matérias de competência exclusiva. 
SÃO INDELEGÁVEIS: 
ATOS NORMATIVOS 
DECISÃO DE RECURSOS 
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 
 
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292. (Inédita) Se, para a prática de determinado ato, for obrigatória e 
vinculante a emissão de um parecer pelo órgão consultivo, a sua não-
apresentação, dentro do prazo legal, impedirá o seguimento do processo. 
 Comentários: 
CERTO. Em regra, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de 
15 dias. A exceção fica por conta de previsão em norma especial ou de 
comprovada necessidade de maior prazo (art. 42). 
Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo 
fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva apresentação, 
responsabilizando-sequem der causa ao atraso (art. 42, §1º). 
Por outro lado, se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de 
ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser 
decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se 
omitiu no atendimento (art. 42, §2º). 
ATENÇÃO: 
Acerca desse tema, normalmente, as questão de provas são respondidas com 
o conhecimento da implicação, no trâmite do processo, da não emissão do 
parecer obrigatório. 
Por isso, não se esqueçam do seguinte: a não emissão de parecer 
vinculante paralisa o processo. Se o parecer não é vinculante, o 
processo prossegue. Em ambos os caso, quem causa a não emissão 
de parecer obrigatório é responsabilizado. 
293. (Inédita) Quando os membros do Supremo Tribunal Federal se reúnem 
para decidir questões administrativas, têm de observar, dentre outras normas, 
a Lei nº 9.784/1999. 
 Comentários: 
CERTO. A Lei nº 9.784/99 também se aplica aos órgãos dos Poderes 
Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função 
administrativa (art. 1º, §1º). 
 
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294. (Inédita) O ato administrativo deve obrigatoriamente ser motivado,com 
a indicação dos fatos e dos fundamentos, quando aplicar jurisprudência firmada 
sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios 
oficiais. 
 Comentários: 
ERRADO. A revogação e a anulação imprescindem de motivação. Pois, os 
atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos 
fundamentos jurídicos, quando (art. 50): 
• neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
• imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
• decidam processos administrativos de concurso ou seleção 
pública; 
• dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; 
• decidam recursos administrativos; 
• decorram de reexame de ofício; 
• deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão 
ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios 
oficiais; 
• importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de 
ato administrativo. 
ATENÇÃO: 
Não caiam nessa “pegadinha”: os atos deverão ser motivados quando 
deixarem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou 
discreparem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais. 
Ou seja, quando da aplicação de jurisprudência ou da concordância com 
pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais, a motivação não será 
obrigatória. 
295. (Inédita) Decai em 5 anos o direito da administração de anular os seus 
próprios atos, quando importarem em benefícios para o destinatário, salvo 
quando houver má-fe. 
 Comentários: 
 
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CERTO. O direito da Administração de anular os atos administrativos de 
que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 anos, 
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé do 
beneficiado (art. 54). 
296. (Inédita) No processo administrativo é direito do interessado ser 
representado, facultativamente, por advogado. 
Comentários: 
 CERTO. 
IMPORTANTE: 
São direitos dos administrados (art. 3º): 
• Ser tratado com respeito. 
• Ter ciência da tramitação, ter vista dos autos, obter cópias e conhecer 
as decisões. 
• Formular alegações e apresentar provas. 
• Ser representado por advogado (facultativamente). 
297. (Inédita) Nos termos da Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo 
administrativo no âmbito da administração pública federal, um órgão 
administrativo e seu titular podem, em qualquer situação, delegar parte de suas 
competências a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam 
hierarquicamente subordinados, desde que haja conveniência do ponto de vista 
técnico, social, econômico, jurídico ou territorial. 
Comentários: 
 CERTO. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver 
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou 
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, 
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole Técnica, Social, 
Econômica, Territorial ou Jurídica (TSE + TJ) (art. 12). 
 
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IMPORTANTE: 
A delegação independe de subordinação hierárquica. 
A delegação ocorrerá em razões de índole Técnica, Social, Econômica, 
Territorial ou Jurídica (TSE + TJ). 
298. (Inédita) A intimação do interessado deve conter informação da 
continuidade do processo independentemente do seu comparecimento, bem 
como a indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. Contudo, é 
irrelevante conter se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se 
representar. 
 Comentários: 
ERRADO. A intimação deverá conter (art. 26, §1º): 
• Identificação do intimado e nome do órgão ou entidade 
administrativa; 
• Finalidade da intimação; 
• Data, hora e local em que deve comparecer; 
• Se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se 
representar; 
• Informação da continuidade do processo independentemente do 
seu comparecimento; 
• Indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. 
299. (Inédita) O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a 
qual, se não a reconsiderar no prazo de três dias úteis, encaminhará o recurso 
à autoridade superior. 
 Comentários: 
ERRADO. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões 
de legalidade e de mérito (art. 56). Esse recurso será dirigido à autoridade 
que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 dias, o 
encaminhará à autoridade superior (art. 56, §1º). 
 
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300. (Inédita) Entre os princípios do processo administrativo presentes na Lei 
n.º 9.784/1999, incluem-se os princípios do interesse público, da ampla defesa 
e da eficiência. 
Comentários: 
 CERTO. 
Segurança Jurídica 
Eficiência 
Razoabilidade 
Finalidade 
Ampla defesa 
Contraditório 
Interesse Público 
Legalidade 
Proporcionalidade 
Moralidade 
Motivação 
ATENÇÃO: 
A seguir, disponibilizarei um resumo da Lei nº 9.784/99. 
Continuaremos com exercícios na próxima aula. Até lá! 
Bons estudos, 
Anderson Luiz (anderson@pontodosconcursos.com.br) 
 
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RESUMO DA LEI Nº 9.784/99 
1) As regras da Lei nº 9.784/99 aplicam-se subsidiariamente aos 
processos administrativos específicos (processo disciplinar, processo 
administrativo tributário, processo licitatório etc.), regulados em leis próprias. 
2) A Lei nº 9.784/99 aplica-se: 
• À Administração Federal direta e indireta; e 
• Aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando 
no desempenho de função administrativa. 
3) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio de suas 
próprias leis, podem dispor sobre o processo Administrativo aplicável à sua 
Administração. Por isso, não se sujeitam à Lei nº 9.784/99. 
4) A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos seguintes 
princípios (“SERá FÁCIL Pro MoMo”): Segurança Jurídica, Eficiência, 
Razoabilidade, Finalidade, Ampla defesa, Contraditório, Interesse Público, 
Legalidade, Proporcionalidade, Moralidade e Motivação. 
5) 
CRITÉRIOSPRINCÍPIOS 
Atuação conforme a lei e o Direito Legalidade 
Atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia 
total ou parcial de poderes ou competências, salvo 
autorização em lei 
Impessoalidade 
Objetividade no atendimento do interesse público, 
vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades 
Impessoalidade 
Atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e 
boa-fé 
Moralidade 
Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas 
as hipóteses de sigilo previstas na Constituição 
Publicidade 
Adequação entre meios e fins, vedada a imposição de Proporcionalidade 
 
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obrigações, restrições e sanções em medida superior 
àquelas estritamente necessárias ao atendimento do 
interesse público; 
e Razoabilidade 
Indicação dos pressupostos de fato e de direito que 
determinarem a decisão 
Motivação 
Observância das formalidades essenciais à garantia dos 
direitos dos administrados 
Segurança Jurídica 
e Informalismo 
Adoção de formas simples, suficientes para propiciar 
adequado grau de certeza, segurança e respeito aos 
direitos dos administrados 
Segurança Jurídica 
e Informalismo 
Garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de 
alegações finais, à produção de provas e à interposição 
de recursos, nos processos de que possam resultar 
sanções e nas situações de litígio 
Contraditório e 
Ampla Defesa 
Proibição de cobrança de despesas processuais, 
ressalvadas as previstas em lei 
Gratuidade 
Impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem 
prejuízo da atuação dos interessados 
Oficialidade 
Interpretação da norma administrativa da forma que 
melhor garanta o atendimento do fim público a que se 
dirige, vedada aplicação retroativa de nova 
interpretação. 
Impessoalidade e 
Segurança Jurídica
 
6) De acordo com o princípio da impessoalidade, o servidor público 
impedido ou suspeito é incompetente para a prática de determinado ato 
administrativo porque, em tese, não possui condições de aplicar a lei de modo 
imparcial. 
7) Os princípios da razoabilidade da proporcionalidade são apontados 
pela doutrina como as maiores limitações impostas ao poder discricionário
da Administração. 
8) Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e 
dos fundamentos jurídicos, quando (art. 50): 
• neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
 
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• imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
• decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; 
• dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; 
• decidam recursos administrativos; 
• decorram de reexame de ofício; 
• deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem 
de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; 
• importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato 
administrativo. 
9) De acordo com o princípio da segurança jurídica (ou princípio da 
estabilidade das relações jurídicas), é vedada à Administração a aplicação 
retroativa de uma nova interpretação de determinada norma legal. 
10) De acordo com o princípio do informalismo, o processo administrativo, 
que não se sujeita a formas rígidas, deve observar as formalidades 
essenciais à garantia dos direitos dos administrados, bem como adotar 
formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, 
segurança e respeito aos direitos dos administrados. 
34) Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo 
(em português), com a data e o local de sua realização e a assinatura da 
autoridade responsável. 
11) Em regra, o reconhecimento de firma somente será exigido quando 
houver dúvida de autenticidade. A lei, porém, poderá estabelecer outras 
situações em que o reconhecimento de firma será necessário. 
12) A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo 
órgão administrativo. 
13) O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente e 
rubricadas. 
14) “Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos 
acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com 
os meios e recursos a ela inerentes.” (CF, art. 5º, LV) 
 
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15) “É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévio de 
dinheiro ou bens para a admissibilidade de recurso administrativo” (Súmula 
Vinculante nº 21). 
16) De acordo com o princípio da gratuidade, é vedada a cobrança de 
despesas processuais, ressalvada as previstas em lei. Assim, em regra, 
os processos administrativos são gratuitos. 
17) De acordo com o princípio da oficialidade (ou princípio do impulso 
oficial do processo), o processo administrativo pode ser instaurado de 
ofício, independentemente de provocação do administrado. Ademais, à 
Administração cabe impulsionar o processo. 
18) De acordo com o princípio da verdade material, o processo 
administrativo busca saber com se deu o fato no mundo real, isto é, conhecer 
o fato efetivamente ocorrido. 
19) São direitos dos administrados (rol não taxativo): 
• Ser tratado com respeito. 
• Ter ciência da tramitação, ter vista dos autos, obter cópias e conhecer as 
decisões. 
• Formular alegações e apresentar provas. 
• Ser representado por advogado (facultativamente). 
20) “A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo 
disciplinar não ofende a Constituição” (Súmula Vinculante nº 5). 
21) O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido do 
interessado. Em regra, o pedido deve ser feito por escrito. 
22) A Administração deve orientar o interessado quanto ao suprimento de 
eventuais falhas no pedido. É vedada à Administração a recusa imotivada de 
recebimento de documento. 
 
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23) A Administração deverá elaborar modelos ou formulários 
padronizados para assuntos equivalentes. Em regra, quando os pedidos de 
diversos interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, 
poderão ser formulados em um único requerimento. 
24) São legitimados como interessados: 
• Pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos 
ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação; 
• Aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses 
que possam ser afetados pela decisão a ser adotada; 
• As organizações e associações representativas, no tocante a direitos 
e interesses coletivos; 
• As pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a 
direitos ou interesses difusos. 
25) A competência é irrenunciável. Destarte, a competência deve ser 
exercida por quem a lei a concedeu. Excepcionalmente, são admitidas a 
delegação e a avocação. 
26) Se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência 
a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam 
hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de 
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial 
(TSE + TJ). 
27) A delegação é revogável a qualquer tempo. As decisões adotadas por 
delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade. Essas decisões 
serão consideradas editadas pelo delegado (e não pelo delegante). 
28) 
SÃO INDELEGÁVEIS: 
ATOS NORMATIVOS 
DECISÃO DE RECURSOS 
COMPETÊNCIAEXCLUSIVA 
 
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29) Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente 
justificados, será permitida a avocação temporária de competência 
atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 
30) Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo 
deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para 
decidir. 
31) IMPEDIMENTO: 
• Interesse direto ou indireto. 
• Perito, testemunha ou representante (CCPA3). 
• Litígio administrativo ou judicial (CC). 
• Presunção absoluta de incapacidade. 
• Deve ser comunicado. Se não, falta grave. 
32) SUSPEIÇÃO: 
• Amizade íntima ou inimizade notória (CCPA3). 
• Presunção relativa de incapacidade 
• Pode ser argüida 
• Se indeferida, cabe recurso (sem efeito suspensivo) 
33) A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis 
quanto à data de comparecimento. 
34) A intimação pode ser efetuada por: 
• Ciência no processo (assinatura do interessado nos autos do processo); 
• Via postal com aviso de recebimento (AR); 
• Telegrama; ou 
• Outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado (p. ex: 
um servidor vai à casa do interessado para intimá-lo). 
• Publicação oficial, no caso de interessados Desconhecidos, 
Indeterminados ou com Domicílio Indefinido (art. 26, §4º). 
(Interessados “DIDI” = Publicação oficial) 
 
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35) Em regra, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de 15 dias. A 
exceção fica por conta de previsão em norma especial ou de comprovada 
necessidade de maior prazo. 
36) Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo 
fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva apresentação, 
responsabilizando-se quem der causa ao atraso. 
37) Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no 
prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua 
dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. 
38) Mediante manifestação escrita, o interessado poderá: 
• Desistir total ou parcialmente do pedido formulado. 
• Renunciar a direitos disponíveis. 
39) Existindo vários interessados, a manifestação formulada por um deles 
não atinge os demais. 
40) A renúncia e a desistência do interessado não prejudicam o 
prosseguimento do processo, caso a Administração considere que o 
interesse público assim o exige. 
41) 
ANULAÇÃO REVOGAÇÃO 
É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido, 
por razões de conveniência e 
oportunidade. 
Pode ser determinada pela própria 
Administração que produziu o ato, 
bem como pelo Poder Judiciário. 
Só pode ser realizada pela própria 
Administração que produziu o ato. 
Tem efeitos retroativos (ex-tunc). Tem efeitos proativos (ex-nunc). 
42) Convalidação tácita: o direito da Administração de anular os atos 
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários 
 
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decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo 
comprovada má-fé do beneficiado (art. 54). Essa modalidade de convalidação 
chama-se tácita porque decorre da inércia da Administração. Transcorrido o 
prazo de 5 anos, sem que ocorra manifestação da Administração, o ato será 
tacitamente convalidado. 
43) Convalidação expressa: Em decisão na qual se evidencie não 
acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos 
que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria 
Administração (art. 55). 
70) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de 
legalidade e de mérito (art. 56). Têm legitimidade para interpor recurso 
administrativo (art. 58): 
• os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo; 
• aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela 
decisão recorrida; 
• as organizações e associações representativas, no tocante a direitos 
e interesses coletivos; 
• os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos. 
44) O recurso administrativo, em regra, tramitará no máximo por 3 
instâncias administrativas e não terá efeito suspensivo. 
45) O recurso administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de 30 
dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente. Esse prazo 
poderá ser prorrogado por igual período, ante justificativa explícita. 
46) O recurso não será conhecido quando interposto (art. 63): 
• Fora do prazo; 
• Perante órgão incompetente. Nesse caso, será indicada ao recorrente a 
autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso (art. 
63, §1º); 
• Por quem não seja legitimado; 
• Após exaurida (esgotada) a esfera administrativa. 
 
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47) Os processos administrativos de que resultarem sanções poderão ser 
revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos 
novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da 
sanção aplicada. Contudo, dessa revisão não poderá resultar agravamento 
da sanção. 
48) 
Reformatio in pejus (na Lei nº 9.784/99) 
Recursos administrativos Sim 
Revisão dos processos Não 
49) Os prazos começam a correr a partir da data da ciência oficial, 
excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do 
vencimento. 
50) Se o vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este 
for encerrado antes da hora normal, considera-se prorrogado o prazo até 
o primeiro dia útil seguinte. 
51) Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo. 
52) Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no 
mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, 
tem-se como termo o último dia do mês. Por exemplo: se, nos autos de um 
processo administrativo, for determinada a suspensão do feito por cinco meses, 
desde 31/1/2008, esse processo ficará paralisado até 30/6/2008. 
53) Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos 
processuais não se suspendem. Ou seja, em regra, a contagem não é 
paralisada. 
54) As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão 
natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não 
fazer, assegurado sempre o direito de defesa. 
 
 
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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
(CESPE/Aracaju-SE/2008) Em relação aos atos e aos processos 
administrativos regulados pela Lei n.º 9.784/1999, julgue os próximos itens. 
241. (CESPE/Aracaju-SE/2008) O desatendimento de intimação para 
apresentação de defesa em processo administrativo não importa no 
reconhecimento da verdade dos fatos. 
242. (CESPE/Aracaju-SE/2008) A revogação de ato administrativo não gera 
direito adquirido a terceiros. 
243. (CESPE/Aracaju-SE/2008) Concluída a instrução de processo 
administrativo, a administração tem até 30 dias para decidir, salvo prorrogação 
por igual período expressamente motivada. 
244. (CESPE/Aracaju-SE/2008) A decisão de recursos administrativos não 
pode ser objeto de delegação. 
245. (CESPE/TRE-MG/2008) O processo administrativo não pode ser iniciado 
de ofício. 
246. (CESPE/TRE-MG/2008) As organizaçõese associações representativas 
são legitimadas para atuar como interessadas em processos administrativos, no 
tocante a direitos e interesses individuais. 
247. (CESPE/TRE-MG/2008) Todos os atos do processo administrativo 
devem ser realizados de forma determinada. 
248. (CESPE/TRE-MG/2008) Todos os recursos administrativos devem 
tramitar, no máximo, por duas instâncias administrativas. 
249. (CESPE/TRE-MG/2008) Deve ser permitida, em caráter excepcional e 
por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de 
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 
 
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250. (CESPE/TRT-1ª Região/2008) A edição de atos de caráter normativo 
pode ser objeto de delegação, desde que esta seja feita pelo titular de um 
órgão administrativo para outro que lhe seja hierarquicamente subordinado. 
251. (CESPE/TRT-1ª Região/2008) Os procedimentos administrativos 
exigem, para seu começo, a provocação do interessado, não podendo a 
administração, tal qual o Poder Judiciário, iniciar processo de ofício. 
(CESPE/ANS/2005) A respeito do processo administrativo e das orientações 
contidas na Lei n.º 9.784/1999, julgue os itens que se seguem. 
252. (CESPE/ANS/2005) Entre os princípios que devem ser adotados pela 
administração pública nos processos administrativos, a Lei n.º 9.784/1999, 
expressamente, arrolou a razoabilidade e a proporcionalidade. 
253. (CESPE/ANS/2005) O critério de adequação dos meios e dos fins, sem 
a imposição de obrigações, restrições ou sanções em medida superior à 
estritamente necessária para o atendimento do interesse público, decorre do 
princípio da proporcionalidade. 
254. (CESPE/ANS/2005) O recurso administrativo, em regra, tem efeito 
suspensivo, o qual deve ser sempre motivado por causas como o justo receio 
de ocorrência de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente de execução 
da decisão recorrida. 
255. (CESPE/ANS/2005) O recurso administrativo deve ser dirigido a 
autoridade superior àquela que proferiu a decisão objeto de insurgência. 
256. (CESPE/TCU/2003) Os atos do processo administrativo independem de 
forma determinada, a menos que a lei expressamente o exija. 
257. (CESPE/TCU/2003) Observado o mesmo princípio do direito processual 
civil, o desatendimento de intimação pelo administrado importa o 
reconhecimento da verdade dos fatos. 
258. (Inédita) O direito de a administração anular os atos administrativos de 
que decorram efeitos favoráveis aos destinatários decai em três anos, contados 
da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. No caso de efeitos 
 
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patrimoniais contínuos, esse prazo é contado da percepção do último 
pagamento. 
259. (Inédita) Um órgão administrativo e seu titular não podem, se houver 
impedimento legal, delegar parte de sua competência a outros órgãos ou 
titulares. 
260. (Inédita) O recurso administrativo é uma ferramenta que só admite 
insurgência contra questões de legalidade, estando vedada a discussão do 
mérito administrativo. 
261. (Inédita) Entidade é unidade de atuação dotada de personalidade 
jurídica. 
 
262. (Inédita) A Lei nº 9.784/99 regula o processo administrativo no âmbito 
da administração pública da União, dos Estados e dos Municípios. 
 
263. (Inédita) Servidor que esteja litigando administrativamente com o 
interessado em um processo administrativo é impedido de atuar nesse 
processo. 
264. (Inédita) Os processos administrativos de que resultem sanções poderão 
ser revistos, até cinco anos após a decisão da autoridade administrativa, a 
pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos. 
265. (Inédita) No âmbito federal, o processo administrativo é disciplinado 
pela Lei nº 9.784/99. Com a publicação dessa Lei, foram assegurados direitos 
dos servidores e administrados, definidos prazos processuais e estabelecidos 
princípios aplicáveis ao processo administrativo. Com efeito, a norma legal 
propiciou maior segurança jurídica ao processo administrativo. Pois, os 
processos administrativos específicos reger-se-ão apenas pelos preceitos desta 
Lei. 
266. (Inédita) Na instrução do processo administrativo, em caso de risco 
iminente, a administração pública poderá, motivadamente, adotar providências 
acauteladoras, independentemente de prévia manifestação do interessado. 
 
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267. (Inédita) Em regra, os maiores de dezoito anos são considerados 
capazes, para fins de processo administrativo. 
268. (Inédita) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões 
de legalidade, apenas. 
269. (Inédita) A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos 
administrativos a que foi atribuída como própria, ainda que nos casos de 
delegação e avocação previstos em lei. 
270. (Inédita) As decisões adotadas mediante delegação não devem 
mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pela 
autoridade delegante. 
271. (Inédita) Não havendo competência legal específica, o processo 
administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de maior grau 
hierárquico para decidir. 
272. (Inédita) A competência é irrenunciável. Portanto, em nenhuma hipótese 
será admitida a avocação temporária de competência atribuída a órgão 
hierarquicamente inferior. 
273. (Inédita) A lei prevê expressamente a possibilidade de a Administração 
Pública adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do 
interessado. 
 
274. (Inédita) No âmbito do processo administrativo, a lealdade e a boa-fé 
são deveres dos administrados perante a Administração Pública. 
275. (Inédita) A falta de defesa técnica por advogado no processo 
administrativo disciplinar ofende a Constituição Federal. 
276. (Inédita) É defeso, em regra, aos interessados que tiverem pedido com 
conteúdo e fundamentos idênticos formularem requerimento único perante a 
administração. 
 
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277. (Inédita) O prazo para a administração decidir um processo 
administrativo, após a conclusão da instrução, é de trinta dias prorrogáveis por 
igual período. 
278. (Inédita) O ato de delegação de competência imprescinde de publicação 
em meio oficial. 
279. (Inédita) Na fase instrutória e antes da tomada da decisão, é permitido 
ao interessado poderá juntar documentos e pareceres, requerer diligências e 
perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo. 
280. (Inédita) O desatendimento da intimação para o processo não implica o 
reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo 
administrado. 
281. (Inédita) Em decorrência dos princípios do contraditório e da ampla 
defesa, o recurso será conhecido mesmo quando interposto perante órgão 
incompetente. 
282. (Inédita) Um órgão administrativo e seu titular poderão, em qualquer 
caso, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que 
estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, 
em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou 
territorial. 
283. (Inédita) A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos 
princípios da proporcionalidade, da moralidade e da ociosidade. 
 
284. (Inédita) Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao 
interessado forem necessários à apreciaçãode pedido formulado, o não 
atendimento no prazo fixado pela administração para a respectiva apresentação 
importará o arquivamento do processo administrativo. 
285. (Inédita) Os órgãos e entidades administrativas não poderão elaborar 
modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem pretensões 
equivalentes. 
 
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286. (Inédita) Sempre que os pedidos de vários interessados tiverem 
conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único 
requerimento. 
287. (Inédita) A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve 
comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar, e a omissão 
do dever de comunicar o impedimento constitui falta leve, para efeitos 
disciplinares. 
288. (Inédita) A decisão de recurso administrativo é delegável a qualquer 
tempo. 
289. (Inédita) Uma vez protocolado o processo administrativo no âmbito da 
administração pública federal, o interessado poderá desistir do pedido. 
290. (Inédita) A Lei nº 9.784, de 1999, estabelece normas básicas acerca do 
processo administrativo somente na Administração Pública Federal. Contudo, 
não se aplica, em nenhuma hipótese, aos órgãos dos Poderes Legislativo e 
Judiciário da União. 
291. (Inédita) No âmbito do processo administrativo federal, as matérias de 
competência exclusiva, a decisão de recursos administrativos e a edição de atos 
de caráter normativo não podem ser objeto de delegação. 
292. (Inédita) Se, para a prática de determinado ato, for obrigatória e 
vinculante a emissão de um parecer pelo órgão consultivo, a sua não-
apresentação, dentro do prazo legal, impedirá o seguimento do processo. 
293. (Inédita) Quando os membros do Supremo Tribunal Federal se reúnem 
para decidir questões administrativas, têm de observar, dentre outras normas, 
a Lei nº 9.784/1999. 
294. (Inédita) O ato administrativo deve obrigatoriamente ser motivado,com 
a indicação dos fatos e dos fundamentos, quando aplicar jurisprudência firmada 
sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios 
oficiais. 
 
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295. (Inédita) Decai em 5 anos o direito da administração de anular os seus 
próprios atos, quando importarem em benefícios para o destinatário, salvo 
quando houver má-fe. 
296. (Inédita) No processo administrativo é direito do interessado ser 
representado, facultativamente, por advogado. 
297. (Inédita) Nos termos da Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo 
administrativo no âmbito da administração pública federal, um órgão 
administrativo e seu titular podem, em qualquer situação, delegar parte de suas 
competências a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam 
hierarquicamente subordinados, desde que haja conveniência do ponto de vista 
técnico, social, econômico, jurídico ou territorial. 
298. (Inédita) A intimação do interessado deve conter informação da 
continuidade do processo independentemente do seu comparecimento, bem 
como a indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. Contudo, é 
irrelevante conter se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se 
representar. 
299. (Inédita) O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a 
qual, se não a reconsiderar no prazo de três dias úteis, encaminhará o recurso 
à autoridade superior. 
300. (Inédita) Entre os princípios do processo administrativo presentes na Lei 
n.º 9.784/1999, incluem-se os princípios do interesse público, da ampla defesa 
e da eficiência. 
 
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GABARITO 
241-C 242-E 243-E 244-C 245-E 246-E 247-E 248-E 249-C 250-E 
251-E 252-C 253-C 254-E 255-E 256-C 257-E 258-E 259-C 260-E 
261-C 262-E 263-C 264-E 265-E 266-C 267-C 268-E 269-C 270-E 
271-E 272-C 273-C 274-C 275-E 276-E 277-C 278-C 279-C 280-E 
281-C 282-E 283-E 284-C 285-C 286-E 287-E 288-E 289-E 290-E 
291-C 292-C 293-C 294-E 295-C 296-C 297-C 298-E 299-E 300-C 
BIBLIOGRAFIA 
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo 
Descomplicado. São Paulo: Método, 2009. 
BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio 
de Janeiro: Lumen Juris, 2010. 
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Processo Administrativo Federal: 
Comentários à Lei nº 9.784 de 29/1/1999. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 
2009. 
CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Administrativo. Salvador: 2008. 
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 
2008. 
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: 
Malheiros, 2008. 
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São 
Paulo: Malheiros, 2008.

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