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CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 03 (1ª parte) ASSUNTO: Lei nº 9.784/99 (parte 3.1) – 60 questões (CESPE/Aracaju-SE/2008) Em relação aos atos e aos processos administrativos regulados pela Lei n.º 9.784/1999, julgue os próximos itens. 241. (CESPE/Aracaju-SE/2008) O desatendimento de intimação para apresentação de defesa em processo administrativo não importa no reconhecimento da verdade dos fatos. Comentários: CERTO. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado (art. 27). 242. (CESPE/Aracaju-SE/2008) A revogação de ato administrativo não gera direito adquirido a terceiros. Comentários: ERRADO. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos (art. 53). 243. (CESPE/Aracaju-SE/2008) Concluída a instrução de processo administrativo, a administração tem até 30 dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada. Comentários: CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 2 ERRADO. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência (art. 48). Assim, concluída a instrução do processo administrativo, a Administração tem até 30 dias para decidir. Esse prazo pode ser prorrogado por igual período, desde haja motivação expressa (art. 49). 244. (CESPE/Aracaju-SE/2008) A decisão de recursos administrativos não pode ser objeto de delegação. Comentários: CERTO. Não podem ser objeto de delegação (art. 13): • A edição de atos de caráter normativo; • A decisão de recursos administrativos; • As matérias de competência exclusiva. SÃO INDELEGÁVEIS: ATOS NORMATIVOS DECISÃO DE RECURSOS COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 245. (CESPE/TRE-MG/2008) O processo administrativo não pode ser iniciado de ofício. Comentários: ERRADO. Em face do princípio da oficialidade (ou princípio do impulso oficial do processo), o processo administrativo pode ser instaurado (iniciado, estabelecido) de ofício (pela própria Administração), independentemente de provocação do administrado. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 3 246. (CESPE/TRE-MG/2008) As organizações e associações representativas são legitimadas para atuar como interessadas em processos administrativos, no tocante a direitos e interesses individuais. Comentários: ERRADO. A Lei nº 9.784/99, em seu art. 9º, define que, no processo administrativo, são legitimados como interessados: • Pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação; • Aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada; • As organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; • As pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos. Portanto, as organizações e associações representativas são legitimadas para atuar como interessadas em processos administrativos, no tocante a direitos e interesses coletivos. 247. (CESPE/TRE-MG/2008) Todos os atos do processo administrativo devem ser realizados de forma determinada. Comentários: ERRADO. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir (art. 22). IMPORTANTE: Em regra, os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada. 248. (CESPE/TRE-MG/2008) Todos os recursos administrativos devem tramitar, no máximo, por duas instâncias administrativas. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 4 Comentários: ERRADO. Visando à celeridade processual, o recurso administrativo, em regra, tramitará no máximo por 3 instâncias administrativas (art. 57) 249. (CESPE/TRE-MG/2008) Deve ser permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. Comentários: CERTO. Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, será permitida a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior (art. 15). 250. (CESPE/TRT-1ª Região/2008) A edição de atos de caráter normativo pode ser objeto de delegação, desde que esta seja feita pelo titular de um órgão administrativo para outro que lhe seja hierarquicamente subordinado. Comentários: ERRADO. Não podem ser objeto de delegação (art. 13): • A edição de atos de caráter normativo; • A decisão de recursos administrativos; • As matérias de competência exclusiva. SÃO INDELEGÁVEIS: ATOS NORMATIVOS DECISÃO DE RECURSOS COMPETÊNCIA EXCLUSIVA CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 5 251. (CESPE/TRT-1ª Região/2008) Os procedimentos administrativos exigem, para seu começo, a provocação do interessado, não podendo a administração, tal qual o Poder Judiciário, iniciar processo de ofício. Comentários: ERRADO. Em face do princípio da oficialidade (ou princípio do impulso oficial do processo), o processo administrativo pode ser instaurado (iniciado, estabelecido) de ofício (pela própria Administração), independentemente de provocação do administrado. (CESPE/ANS/2005) A respeito do processo administrativo e das orientações contidas na Lei n.º 9.784/1999, julgue os itens que se seguem. 252. (CESPE/ANS/2005) Entre os princípios que devem ser adotados pela administração pública nos processos administrativos, a Lei n.º 9.784/1999, expressamente, arrolou a razoabilidade e a proporcionalidade. Comentários: CERTO. Segurança Jurídica Eficiência Razoabilidade Finalidade Ampla defesa Contraditório Interesse Público Legalidade Proporcionalidade Moralidade Motivação CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 6 253. (CESPE/ANS/2005) O critério de adequação dos meios e dos fins, sem a imposição de obrigações, restrições ou sanções em medida superior à estritamente necessária para o atendimento do interesse público, decorre do princípio da proporcionalidade. Comentários: CERTO. Segundo os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de adequação entre meios e fins, sendo vedado à Administração impor obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público (art. 2º, parágrafo único, VI). CRITÉRIOS PRINCÍPIOS Atuação conforme a lei e o Direito Legalidade Atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei Impessoalidade Objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades Impessoalidade Atuação segundo padrões éticos deprobidade, decoro e boa-fé Moralidade Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição Publicidade Adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; Proporcionalidade e Razoabilidade Indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão Motivação Observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados Segurança Jurídica e Informalismo Adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos Segurança Jurídica e Informalismo CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 7 direitos dos administrados Garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio Contraditório e Ampla Defesa Proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei Gratuidade Impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados Oficialidade Interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. Impessoalidade e Segurança Jurídica 254. (CESPE/ANS/2005) O recurso administrativo, em regra, tem efeito suspensivo, o qual deve ser sempre motivado por causas como o justo receio de ocorrência de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente de execução da decisão recorrida. Comentários: ERRADO. Visando à celeridade processual, o recurso administrativo, em regra, tramitará no máximo por 3 instâncias administrativas (art. 57) e não terá efeito suspensivo (art. 61). Entretanto, se houver justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso (art. 61, parágrafo único). Ou seja, o recurso administrativo, em regra, não tem efeito suspensivo. 255. (CESPE/ANS/2005) O recurso administrativo deve ser dirigido a autoridade superior àquela que proferiu a decisão objeto de insurgência. Comentários: CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 8 ERRADO. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito (art. 56). Esse recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 dias, o encaminhará à autoridade superior (art. 56, §1º). 256. (CESPE/TCU/2003) Os atos do processo administrativo independem de forma determinada, a menos que a lei expressamente o exija. Comentários: CERTO. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir (art. 22). IMPORTANTE: Em regra, os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada. 257. (CESPE/TCU/2003) Observado o mesmo princípio do direito processual civil, o desatendimento de intimação pelo administrado importa o reconhecimento da verdade dos fatos. Comentários: ERRADO. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado (art. 27). 258. (Inédita) O direito de a administração anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis aos destinatários decai em três anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. No caso de efeitos patrimoniais contínuos, esse prazo é contado da percepção do último pagamento. Comentários: ERRADO. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 anos, CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 9 contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé do beneficiado (art. 54). No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência será contado da percepção do primeiro pagamento (art. 54, §2º). Por exemplo: imagine que um servidor, mensalmente, receba uma determinada quantia a que não faça jus. Considerando que não haja má-fé deste servidor, o prazo de 5 anos será contado a partir do recebimento do primeiro pagamento. 259. (Inédita) Um órgão administrativo e seu titular não podem, se houver impedimento legal, delegar parte de sua competência a outros órgãos ou titulares. Comentários: CERTO. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole Técnica, Social, Econômica, Territorial ou Jurídica (TSE + TJ). 260. (Inédita) O recurso administrativo é uma ferramenta que só admite insurgência contra questões de legalidade, estando vedada a discussão do mérito administrativo. Comentários: ERRADO. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito (art. 56). 261. (Inédita) Entidade é unidade de atuação dotada de personalidade jurídica. Comentários: CERTO. De acordo com o art.1º, §2º, da Lei nº 9.784/99: • Órgão é a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta. Cabe destacar CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 10 que os órgãos não possuem personalidade jurídica. São exemplos: Ministérios, Secretarias, Gabinetes etc. • Entidade é a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica. São exemplos: autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas. • Autoridade é o servidor ou agente público dotado de poder de decisão. São exemplos: Ministros de Estado, Secretários-Executivos etc. 262. (Inédita) A Lei nº 9.784/99 regula o processo administrativo no âmbito da administração pública da União, dos Estados e dos Municípios. Comentários: ERRADO. IMPORTANTE: • A Lei nº 9.784/99 aplica-se: 9 À Administração Federal direta e indireta; e 9 Aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. • Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio de suas próprias leis, podem dispor sobre o processo Administrativo aplicável à sua Administração. Por isso, não se sujeitam à Lei nº 9.784/99. 263. (Inédita) Servidor que esteja litigando administrativamente com o interessado em um processo administrativo é impedido de atuar nesse processo. Comentários: CERTO. De acordo com o art. 18 da Lei, é impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: • Tenha interesse direto ou indireto na matéria. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 11 • Tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao Cônjuge, Companheiro ou Parente e Afins até o 3º grau. (CCPA3) • Esteja litigando judicial ou administrativamentecom o interessado ou respectivo Cônjuge ou Companheiro. (CC) 264. (Inédita) Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, até cinco anos após a decisão da autoridade administrativa, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos. Comentários: ERRADO. Há revisão quando, a qualquer tempo, a pedido do interessado ou de ofício pela Administração, se proceda, nos processos concluídos de que resultem sanções, a correta adequação da sanção imposta, em razão de fatos novos ou circunstâncias relevantes a justificá-la. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção. LEI Nº 9.784/99, ART. 65: Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada. Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção. 265. (Inédita) No âmbito federal, o processo administrativo é disciplinado pela Lei nº 9.784/99. Com a publicação dessa Lei, foram assegurados direitos dos servidores e administrados, definidos prazos processuais e estabelecidos princípios aplicáveis ao processo administrativo. Com efeito, a norma legal propiciou maior segurança jurídica ao processo administrativo. Pois, os processos administrativos específicos reger-se-ão apenas pelos preceitos desta Lei. Comentários: CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 12 ERRADO. De acordo com o art. 69 da Lei nº 9.784/99, “os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei”. 266. (Inédita) Na instrução do processo administrativo, em caso de risco iminente, a administração pública poderá, motivadamente, adotar providências acauteladoras, independentemente de prévia manifestação do interessado. Comentários: CERTO. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado (art. 45). 267. (Inédita) Em regra, os maiores de dezoito anos são considerados capazes, para fins de processo administrativo. Comentários: CERTO. Ressalvada previsão especial em ato normativo próprio, para fins de processo administrativo, são considerados capazes os maiores de 18 anos. Isso significa que, em regra, o menor de 18 não pode atuar no processo, a não ser que assistido ou representado por responsável. 268. (Inédita) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade, apenas. Comentários: ERRADO. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito (art. 56). 269. (Inédita) A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, ainda que nos casos de delegação e avocação previstos em lei. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 13 Comentários: CERTO. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos (art. 11). 270. (Inédita) As decisões adotadas mediante delegação não devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pela autoridade delegante. Comentários: ERRADO. As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado (art. 14, §3º). 271. (Inédita) Não havendo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de maior grau hierárquico para decidir. Comentários: ERRADO. Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir (art. 17). 272. (Inédita) A competência é irrenunciável. Portanto, em nenhuma hipótese será admitida a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. Comentários: CERTO. Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, será permitida a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior (art. 15). CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 14 273. (Inédita) A lei prevê expressamente a possibilidade de a Administração Pública adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado. Comentários: CERTO. Nos termos da Lei nº 9.784/99, em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado (art. 45). 274. (Inédita) No âmbito do processo administrativo, a lealdade e a boa-fé são deveres dos administrados perante a Administração Pública. Comentários: CERTO. O art. 4º da Lei trata dos deveres dos administrados, no âmbito do processo administrativo, perante a Administração Pública. Segundo o dispositivo mencionado, são deveres dos administrados: • Expor os fatos conforme a verdade; • Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; • Não agir de modo temerário (ser prudente, ajuizado); • Prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos. 275. (Inédita) A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar ofende a Constituição Federal. Comentários: ERRADO. JURISPRUDÊNCIA DO STF: “A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.” (Súmula Vinculante nº 5) CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 15 276. (Inédita) É defeso, em regra, aos interessados que tiverem pedido com conteúdo e fundamentos idênticos formularem requerimento único perante a administração. Comentários: ERRADO. Quando os pedidos de diversos interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, exceto se houver previsão legal em contrário (art. 8º). 277. (Inédita) O prazo para a administração decidir um processo administrativo, após a conclusão da instrução, é de trinta dias prorrogáveis por igual período. Comentários: CERTO. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência (art. 48). Em outras palavras, a Administração Pública tem o dever de decidir as questões que lhe são submetidas, mediante processo administrativo. Assim, concluída a instrução do processo administrativo, a Administração tem até 30 dias para decidir. Esse prazo pode ser prorrogado por igual período, desde haja motivação expressa (art. 49). 278. (Inédita) O ato de delegação de competência imprescinde de publicação em meio oficial. Comentários: CERTO. Em decorrência do princípio da publicidade, o ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial (art. 14). CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 16 279. (Inédita) Na fase instrutória e antes da tomada da decisão, é permitido ao interessado poderá juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentesà matéria objeto do processo. Comentários: CERTO. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo (art. 38). 280. (Inédita) O desatendimento da intimação para o processo não implica o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado. Comentários: ERRADO. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado (art. 27). 281. (Inédita) Em decorrência dos princípios do contraditório e da ampla defesa, o recurso será conhecido mesmo quando interposto perante órgão incompetente. Comentários: CERTO. O recurso não será conhecido quando interposto perante órgão incompetente (art. 63, II). Nesse caso, será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso (art. 63, §1º). 282. (Inédita) Um órgão administrativo e seu titular poderão, em qualquer caso, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 17 Comentários: ERRADO. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial (art. 12). 283. (Inédita) A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da proporcionalidade, da moralidade e da ociosidade. Comentários: ERRADO. Princípio da ociosidade, rs? Esse princípio seria incompativo como da eficiência. Eis o erro da questão. Não se esqueça do “SERá FÁCIL Pro MoMo”. Segurança Jurídica Eficiência Razoabilidade Finalidade Ampla defesa Contraditório Interesse Público Legalidade Proporcionalidade Moralidade Motivação 284. (Inédita) Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela administração para a respectiva apresentação importará o arquivamento do processo administrativo. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 18 Comentários: CERTO. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Administração para a respectiva apresentação implicará arquivamento do processo. Ou seja, se o interessado não apresentar os documentos requeridos na intimação, o processo será arquivado (art. 40). 285. (Inédita) Os órgãos e entidades administrativas não poderão elaborar modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes. Comentários: CERTO. A fim de facilitar o acesso do administrado a seus direitos, o art. 7º da Lei dispõe que os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes. 286. (Inédita) Sempre que os pedidos de vários interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento. Comentários: ERRADO. Quando os pedidos de diversos interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, exceto se houver previsão legal em contrário (art. 8º). 287. (Inédita) A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar, e a omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta leve, para efeitos disciplinares. Comentários: CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 19 ERRADO. A aferição da ocorrência do impedimento é objetiva, direta, isto é, sua caracterização independe de juízo do valor. Por isso, diz-se que o impedimento gera uma presunção absoluta de incapacidade para atuar no processo. Assim, a autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar (art. 19). Consequentemente, a omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares (art. 19, parágrafo único). 288. (Inédita) A decisão de recurso administrativo é delegável a qualquer tempo. Comentários: ERRADO. Não podem ser objeto de delegação (art. 13): • A edição de atos de caráter normativo; • A decisão de recursos administrativos; • As matérias de competência exclusiva. 289. (Inédita) Uma vez protocolado o processo administrativo no âmbito da administração pública federal, o interessado poderá desistir do pedido. Comentários: ERRADO. Mediante manifestação escrita, o interessado poderá desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis (art. 51). 290. (Inédita) A Lei nº 9.784, de 1999, estabelece normas básicas acerca do processo administrativo somente na Administração Pública Federal. Contudo, não se aplica, em nenhuma hipótese, aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União. Comentários: CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 20 ERRADO. A Lei nº 9.784/99 estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da administração (art. 1º). Além disso, essa Lei se aplica aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa (art. 1º, §1º). IMPORTANTE: A Lei nº 9.784/99 aplica-se: • À Administração Federal direta e indireta; e • Aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. 291. (Inédita) No âmbito do processo administrativo federal, as matérias de competência exclusiva, a decisão de recursos administrativos e a edição de atos de caráter normativo não podem ser objeto de delegação. Comentários: CERTO. Não podem ser objeto de delegação (art. 13): • A edição de atos de caráter normativo; • A decisão de recursos administrativos; • As matérias de competência exclusiva. SÃO INDELEGÁVEIS: ATOS NORMATIVOS DECISÃO DE RECURSOS COMPETÊNCIA EXCLUSIVA CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 21 292. (Inédita) Se, para a prática de determinado ato, for obrigatória e vinculante a emissão de um parecer pelo órgão consultivo, a sua não- apresentação, dentro do prazo legal, impedirá o seguimento do processo. Comentários: CERTO. Em regra, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de 15 dias. A exceção fica por conta de previsão em norma especial ou de comprovada necessidade de maior prazo (art. 42). Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-sequem der causa ao atraso (art. 42, §1º). Por outro lado, se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento (art. 42, §2º). ATENÇÃO: Acerca desse tema, normalmente, as questão de provas são respondidas com o conhecimento da implicação, no trâmite do processo, da não emissão do parecer obrigatório. Por isso, não se esqueçam do seguinte: a não emissão de parecer vinculante paralisa o processo. Se o parecer não é vinculante, o processo prossegue. Em ambos os caso, quem causa a não emissão de parecer obrigatório é responsabilizado. 293. (Inédita) Quando os membros do Supremo Tribunal Federal se reúnem para decidir questões administrativas, têm de observar, dentre outras normas, a Lei nº 9.784/1999. Comentários: CERTO. A Lei nº 9.784/99 também se aplica aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa (art. 1º, §1º). CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 22 294. (Inédita) O ato administrativo deve obrigatoriamente ser motivado,com a indicação dos fatos e dos fundamentos, quando aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais. Comentários: ERRADO. A revogação e a anulação imprescindem de motivação. Pois, os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando (art. 50): • neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; • imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; • decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; • dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; • decidam recursos administrativos; • decorram de reexame de ofício; • deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; • importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. ATENÇÃO: Não caiam nessa “pegadinha”: os atos deverão ser motivados quando deixarem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discreparem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais. Ou seja, quando da aplicação de jurisprudência ou da concordância com pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais, a motivação não será obrigatória. 295. (Inédita) Decai em 5 anos o direito da administração de anular os seus próprios atos, quando importarem em benefícios para o destinatário, salvo quando houver má-fe. Comentários: CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 23 CERTO. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé do beneficiado (art. 54). 296. (Inédita) No processo administrativo é direito do interessado ser representado, facultativamente, por advogado. Comentários: CERTO. IMPORTANTE: São direitos dos administrados (art. 3º): • Ser tratado com respeito. • Ter ciência da tramitação, ter vista dos autos, obter cópias e conhecer as decisões. • Formular alegações e apresentar provas. • Ser representado por advogado (facultativamente). 297. (Inédita) Nos termos da Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal, um órgão administrativo e seu titular podem, em qualquer situação, delegar parte de suas competências a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, desde que haja conveniência do ponto de vista técnico, social, econômico, jurídico ou territorial. Comentários: CERTO. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole Técnica, Social, Econômica, Territorial ou Jurídica (TSE + TJ) (art. 12). CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 24 IMPORTANTE: A delegação independe de subordinação hierárquica. A delegação ocorrerá em razões de índole Técnica, Social, Econômica, Territorial ou Jurídica (TSE + TJ). 298. (Inédita) A intimação do interessado deve conter informação da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento, bem como a indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. Contudo, é irrelevante conter se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar. Comentários: ERRADO. A intimação deverá conter (art. 26, §1º): • Identificação do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa; • Finalidade da intimação; • Data, hora e local em que deve comparecer; • Se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar; • Informação da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento; • Indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. 299. (Inédita) O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de três dias úteis, encaminhará o recurso à autoridade superior. Comentários: ERRADO. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito (art. 56). Esse recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 dias, o encaminhará à autoridade superior (art. 56, §1º). CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 25 300. (Inédita) Entre os princípios do processo administrativo presentes na Lei n.º 9.784/1999, incluem-se os princípios do interesse público, da ampla defesa e da eficiência. Comentários: CERTO. Segurança Jurídica Eficiência Razoabilidade Finalidade Ampla defesa Contraditório Interesse Público Legalidade Proporcionalidade Moralidade Motivação ATENÇÃO: A seguir, disponibilizarei um resumo da Lei nº 9.784/99. Continuaremos com exercícios na próxima aula. Até lá! Bons estudos, Anderson Luiz (anderson@pontodosconcursos.com.br) CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 26 RESUMO DA LEI Nº 9.784/99 1) As regras da Lei nº 9.784/99 aplicam-se subsidiariamente aos processos administrativos específicos (processo disciplinar, processo administrativo tributário, processo licitatório etc.), regulados em leis próprias. 2) A Lei nº 9.784/99 aplica-se: • À Administração Federal direta e indireta; e • Aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. 3) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio de suas próprias leis, podem dispor sobre o processo Administrativo aplicável à sua Administração. Por isso, não se sujeitam à Lei nº 9.784/99. 4) A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos seguintes princípios (“SERá FÁCIL Pro MoMo”): Segurança Jurídica, Eficiência, Razoabilidade, Finalidade, Ampla defesa, Contraditório, Interesse Público, Legalidade, Proporcionalidade, Moralidade e Motivação. 5) CRITÉRIOSPRINCÍPIOS Atuação conforme a lei e o Direito Legalidade Atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei Impessoalidade Objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades Impessoalidade Atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé Moralidade Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição Publicidade Adequação entre meios e fins, vedada a imposição de Proporcionalidade CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 27 obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; e Razoabilidade Indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão Motivação Observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados Segurança Jurídica e Informalismo Adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados Segurança Jurídica e Informalismo Garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio Contraditório e Ampla Defesa Proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei Gratuidade Impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados Oficialidade Interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. Impessoalidade e Segurança Jurídica 6) De acordo com o princípio da impessoalidade, o servidor público impedido ou suspeito é incompetente para a prática de determinado ato administrativo porque, em tese, não possui condições de aplicar a lei de modo imparcial. 7) Os princípios da razoabilidade da proporcionalidade são apontados pela doutrina como as maiores limitações impostas ao poder discricionário da Administração. 8) Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando (art. 50): • neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 28 • imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; • decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; • dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; • decidam recursos administrativos; • decorram de reexame de ofício; • deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; • importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo. 9) De acordo com o princípio da segurança jurídica (ou princípio da estabilidade das relações jurídicas), é vedada à Administração a aplicação retroativa de uma nova interpretação de determinada norma legal. 10) De acordo com o princípio do informalismo, o processo administrativo, que não se sujeita a formas rígidas, deve observar as formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados, bem como adotar formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados. 34) Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo (em português), com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável. 11) Em regra, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade. A lei, porém, poderá estabelecer outras situações em que o reconhecimento de firma será necessário. 12) A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo. 13) O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente e rubricadas. 14) “Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.” (CF, art. 5º, LV) CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 29 15) “É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévio de dinheiro ou bens para a admissibilidade de recurso administrativo” (Súmula Vinculante nº 21). 16) De acordo com o princípio da gratuidade, é vedada a cobrança de despesas processuais, ressalvada as previstas em lei. Assim, em regra, os processos administrativos são gratuitos. 17) De acordo com o princípio da oficialidade (ou princípio do impulso oficial do processo), o processo administrativo pode ser instaurado de ofício, independentemente de provocação do administrado. Ademais, à Administração cabe impulsionar o processo. 18) De acordo com o princípio da verdade material, o processo administrativo busca saber com se deu o fato no mundo real, isto é, conhecer o fato efetivamente ocorrido. 19) São direitos dos administrados (rol não taxativo): • Ser tratado com respeito. • Ter ciência da tramitação, ter vista dos autos, obter cópias e conhecer as decisões. • Formular alegações e apresentar provas. • Ser representado por advogado (facultativamente). 20) “A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição” (Súmula Vinculante nº 5). 21) O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido do interessado. Em regra, o pedido deve ser feito por escrito. 22) A Administração deve orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas no pedido. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documento. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 30 23) A Administração deverá elaborar modelos ou formulários padronizados para assuntos equivalentes. Em regra, quando os pedidos de diversos interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento. 24) São legitimados como interessados: • Pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação; • Aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada; • As organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; • As pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos. 25) A competência é irrenunciável. Destarte, a competência deve ser exercida por quem a lei a concedeu. Excepcionalmente, são admitidas a delegação e a avocação. 26) Se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial (TSE + TJ). 27) A delegação é revogável a qualquer tempo. As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade. Essas decisões serão consideradas editadas pelo delegado (e não pelo delegante). 28) SÃO INDELEGÁVEIS: ATOS NORMATIVOS DECISÃO DE RECURSOS COMPETÊNCIAEXCLUSIVA CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 31 29) Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, será permitida a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 30) Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir. 31) IMPEDIMENTO: • Interesse direto ou indireto. • Perito, testemunha ou representante (CCPA3). • Litígio administrativo ou judicial (CC). • Presunção absoluta de incapacidade. • Deve ser comunicado. Se não, falta grave. 32) SUSPEIÇÃO: • Amizade íntima ou inimizade notória (CCPA3). • Presunção relativa de incapacidade • Pode ser argüida • Se indeferida, cabe recurso (sem efeito suspensivo) 33) A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de comparecimento. 34) A intimação pode ser efetuada por: • Ciência no processo (assinatura do interessado nos autos do processo); • Via postal com aviso de recebimento (AR); • Telegrama; ou • Outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado (p. ex: um servidor vai à casa do interessado para intimá-lo). • Publicação oficial, no caso de interessados Desconhecidos, Indeterminados ou com Domicílio Indefinido (art. 26, §4º). (Interessados “DIDI” = Publicação oficial) CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 32 35) Em regra, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de 15 dias. A exceção fica por conta de previsão em norma especial ou de comprovada necessidade de maior prazo. 36) Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso. 37) Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. 38) Mediante manifestação escrita, o interessado poderá: • Desistir total ou parcialmente do pedido formulado. • Renunciar a direitos disponíveis. 39) Existindo vários interessados, a manifestação formulada por um deles não atinge os demais. 40) A renúncia e a desistência do interessado não prejudicam o prosseguimento do processo, caso a Administração considere que o interesse público assim o exige. 41) ANULAÇÃO REVOGAÇÃO É o desfazimento do ato ilegal. É o desfazimento de um ato válido, por razões de conveniência e oportunidade. Pode ser determinada pela própria Administração que produziu o ato, bem como pelo Poder Judiciário. Só pode ser realizada pela própria Administração que produziu o ato. Tem efeitos retroativos (ex-tunc). Tem efeitos proativos (ex-nunc). 42) Convalidação tácita: o direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 33 decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé do beneficiado (art. 54). Essa modalidade de convalidação chama-se tácita porque decorre da inércia da Administração. Transcorrido o prazo de 5 anos, sem que ocorra manifestação da Administração, o ato será tacitamente convalidado. 43) Convalidação expressa: Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração (art. 55). 70) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito (art. 56). Têm legitimidade para interpor recurso administrativo (art. 58): • os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo; • aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão recorrida; • as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; • os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos. 44) O recurso administrativo, em regra, tramitará no máximo por 3 instâncias administrativas e não terá efeito suspensivo. 45) O recurso administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de 30 dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente. Esse prazo poderá ser prorrogado por igual período, ante justificativa explícita. 46) O recurso não será conhecido quando interposto (art. 63): • Fora do prazo; • Perante órgão incompetente. Nesse caso, será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso (art. 63, §1º); • Por quem não seja legitimado; • Após exaurida (esgotada) a esfera administrativa. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 34 47) Os processos administrativos de que resultarem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada. Contudo, dessa revisão não poderá resultar agravamento da sanção. 48) Reformatio in pejus (na Lei nº 9.784/99) Recursos administrativos Sim Revisão dos processos Não 49) Os prazos começam a correr a partir da data da ciência oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento. 50) Se o vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal, considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte. 51) Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo. 52) Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês. Por exemplo: se, nos autos de um processo administrativo, for determinada a suspensão do feito por cinco meses, desde 31/1/2008, esse processo ficará paralisado até 30/6/2008. 53) Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se suspendem. Ou seja, em regra, a contagem não é paralisada. 54) As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direito de defesa. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 35 LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA (CESPE/Aracaju-SE/2008) Em relação aos atos e aos processos administrativos regulados pela Lei n.º 9.784/1999, julgue os próximos itens. 241. (CESPE/Aracaju-SE/2008) O desatendimento de intimação para apresentação de defesa em processo administrativo não importa no reconhecimento da verdade dos fatos. 242. (CESPE/Aracaju-SE/2008) A revogação de ato administrativo não gera direito adquirido a terceiros. 243. (CESPE/Aracaju-SE/2008) Concluída a instrução de processo administrativo, a administração tem até 30 dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada. 244. (CESPE/Aracaju-SE/2008) A decisão de recursos administrativos não pode ser objeto de delegação. 245. (CESPE/TRE-MG/2008) O processo administrativo não pode ser iniciado de ofício. 246. (CESPE/TRE-MG/2008) As organizaçõese associações representativas são legitimadas para atuar como interessadas em processos administrativos, no tocante a direitos e interesses individuais. 247. (CESPE/TRE-MG/2008) Todos os atos do processo administrativo devem ser realizados de forma determinada. 248. (CESPE/TRE-MG/2008) Todos os recursos administrativos devem tramitar, no máximo, por duas instâncias administrativas. 249. (CESPE/TRE-MG/2008) Deve ser permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 36 250. (CESPE/TRT-1ª Região/2008) A edição de atos de caráter normativo pode ser objeto de delegação, desde que esta seja feita pelo titular de um órgão administrativo para outro que lhe seja hierarquicamente subordinado. 251. (CESPE/TRT-1ª Região/2008) Os procedimentos administrativos exigem, para seu começo, a provocação do interessado, não podendo a administração, tal qual o Poder Judiciário, iniciar processo de ofício. (CESPE/ANS/2005) A respeito do processo administrativo e das orientações contidas na Lei n.º 9.784/1999, julgue os itens que se seguem. 252. (CESPE/ANS/2005) Entre os princípios que devem ser adotados pela administração pública nos processos administrativos, a Lei n.º 9.784/1999, expressamente, arrolou a razoabilidade e a proporcionalidade. 253. (CESPE/ANS/2005) O critério de adequação dos meios e dos fins, sem a imposição de obrigações, restrições ou sanções em medida superior à estritamente necessária para o atendimento do interesse público, decorre do princípio da proporcionalidade. 254. (CESPE/ANS/2005) O recurso administrativo, em regra, tem efeito suspensivo, o qual deve ser sempre motivado por causas como o justo receio de ocorrência de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente de execução da decisão recorrida. 255. (CESPE/ANS/2005) O recurso administrativo deve ser dirigido a autoridade superior àquela que proferiu a decisão objeto de insurgência. 256. (CESPE/TCU/2003) Os atos do processo administrativo independem de forma determinada, a menos que a lei expressamente o exija. 257. (CESPE/TCU/2003) Observado o mesmo princípio do direito processual civil, o desatendimento de intimação pelo administrado importa o reconhecimento da verdade dos fatos. 258. (Inédita) O direito de a administração anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis aos destinatários decai em três anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. No caso de efeitos CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 37 patrimoniais contínuos, esse prazo é contado da percepção do último pagamento. 259. (Inédita) Um órgão administrativo e seu titular não podem, se houver impedimento legal, delegar parte de sua competência a outros órgãos ou titulares. 260. (Inédita) O recurso administrativo é uma ferramenta que só admite insurgência contra questões de legalidade, estando vedada a discussão do mérito administrativo. 261. (Inédita) Entidade é unidade de atuação dotada de personalidade jurídica. 262. (Inédita) A Lei nº 9.784/99 regula o processo administrativo no âmbito da administração pública da União, dos Estados e dos Municípios. 263. (Inédita) Servidor que esteja litigando administrativamente com o interessado em um processo administrativo é impedido de atuar nesse processo. 264. (Inédita) Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, até cinco anos após a decisão da autoridade administrativa, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos. 265. (Inédita) No âmbito federal, o processo administrativo é disciplinado pela Lei nº 9.784/99. Com a publicação dessa Lei, foram assegurados direitos dos servidores e administrados, definidos prazos processuais e estabelecidos princípios aplicáveis ao processo administrativo. Com efeito, a norma legal propiciou maior segurança jurídica ao processo administrativo. Pois, os processos administrativos específicos reger-se-ão apenas pelos preceitos desta Lei. 266. (Inédita) Na instrução do processo administrativo, em caso de risco iminente, a administração pública poderá, motivadamente, adotar providências acauteladoras, independentemente de prévia manifestação do interessado. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 38 267. (Inédita) Em regra, os maiores de dezoito anos são considerados capazes, para fins de processo administrativo. 268. (Inédita) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade, apenas. 269. (Inédita) A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, ainda que nos casos de delegação e avocação previstos em lei. 270. (Inédita) As decisões adotadas mediante delegação não devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pela autoridade delegante. 271. (Inédita) Não havendo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de maior grau hierárquico para decidir. 272. (Inédita) A competência é irrenunciável. Portanto, em nenhuma hipótese será admitida a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 273. (Inédita) A lei prevê expressamente a possibilidade de a Administração Pública adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado. 274. (Inédita) No âmbito do processo administrativo, a lealdade e a boa-fé são deveres dos administrados perante a Administração Pública. 275. (Inédita) A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar ofende a Constituição Federal. 276. (Inédita) É defeso, em regra, aos interessados que tiverem pedido com conteúdo e fundamentos idênticos formularem requerimento único perante a administração. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 39 277. (Inédita) O prazo para a administração decidir um processo administrativo, após a conclusão da instrução, é de trinta dias prorrogáveis por igual período. 278. (Inédita) O ato de delegação de competência imprescinde de publicação em meio oficial. 279. (Inédita) Na fase instrutória e antes da tomada da decisão, é permitido ao interessado poderá juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo. 280. (Inédita) O desatendimento da intimação para o processo não implica o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado. 281. (Inédita) Em decorrência dos princípios do contraditório e da ampla defesa, o recurso será conhecido mesmo quando interposto perante órgão incompetente. 282. (Inédita) Um órgão administrativo e seu titular poderão, em qualquer caso, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. 283. (Inédita) A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da proporcionalidade, da moralidade e da ociosidade. 284. (Inédita) Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à apreciaçãode pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela administração para a respectiva apresentação importará o arquivamento do processo administrativo. 285. (Inédita) Os órgãos e entidades administrativas não poderão elaborar modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 40 286. (Inédita) Sempre que os pedidos de vários interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento. 287. (Inédita) A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar, e a omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta leve, para efeitos disciplinares. 288. (Inédita) A decisão de recurso administrativo é delegável a qualquer tempo. 289. (Inédita) Uma vez protocolado o processo administrativo no âmbito da administração pública federal, o interessado poderá desistir do pedido. 290. (Inédita) A Lei nº 9.784, de 1999, estabelece normas básicas acerca do processo administrativo somente na Administração Pública Federal. Contudo, não se aplica, em nenhuma hipótese, aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União. 291. (Inédita) No âmbito do processo administrativo federal, as matérias de competência exclusiva, a decisão de recursos administrativos e a edição de atos de caráter normativo não podem ser objeto de delegação. 292. (Inédita) Se, para a prática de determinado ato, for obrigatória e vinculante a emissão de um parecer pelo órgão consultivo, a sua não- apresentação, dentro do prazo legal, impedirá o seguimento do processo. 293. (Inédita) Quando os membros do Supremo Tribunal Federal se reúnem para decidir questões administrativas, têm de observar, dentre outras normas, a Lei nº 9.784/1999. 294. (Inédita) O ato administrativo deve obrigatoriamente ser motivado,com a indicação dos fatos e dos fundamentos, quando aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 41 295. (Inédita) Decai em 5 anos o direito da administração de anular os seus próprios atos, quando importarem em benefícios para o destinatário, salvo quando houver má-fe. 296. (Inédita) No processo administrativo é direito do interessado ser representado, facultativamente, por advogado. 297. (Inédita) Nos termos da Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal, um órgão administrativo e seu titular podem, em qualquer situação, delegar parte de suas competências a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, desde que haja conveniência do ponto de vista técnico, social, econômico, jurídico ou territorial. 298. (Inédita) A intimação do interessado deve conter informação da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento, bem como a indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. Contudo, é irrelevante conter se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar. 299. (Inédita) O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de três dias úteis, encaminhará o recurso à autoridade superior. 300. (Inédita) Entre os princípios do processo administrativo presentes na Lei n.º 9.784/1999, incluem-se os princípios do interesse público, da ampla defesa e da eficiência. CURSO ON-LINE LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) CURSO REGULAR PROFESSOR: ANDERSON LUIZ Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 42 GABARITO 241-C 242-E 243-E 244-C 245-E 246-E 247-E 248-E 249-C 250-E 251-E 252-C 253-C 254-E 255-E 256-C 257-E 258-E 259-C 260-E 261-C 262-E 263-C 264-E 265-E 266-C 267-C 268-E 269-C 270-E 271-E 272-C 273-C 274-C 275-E 276-E 277-C 278-C 279-C 280-E 281-C 282-E 283-E 284-C 285-C 286-E 287-E 288-E 289-E 290-E 291-C 292-C 293-C 294-E 295-C 296-C 297-C 298-E 299-E 300-C BIBLIOGRAFIA ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. São Paulo: Método, 2009. BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Processo Administrativo Federal: Comentários à Lei nº 9.784 de 29/1/1999. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009. CUNHA JÚNIOR, Dirley da. 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