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CEROPLASTIA - Prótese Total

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CEROPLASTIA
Etapa seguinte a montagem dos dentes, quando eu tenho já a montagem funcional feita, a etapa é seguinte é a ceroplastia.
Plastia = forma, contorno para poder dar estética e função. Logo ela não é reta.
Dar forma na cera para que se restaure o sorriso gengival, que foi perdido em decorrência da perda dentária, não serve apenas para dar estética do sorriso, mas também função.
Objetivo da ceroplastia: dar um acabamento para seu trabalho, devo ter o máximo cuidado e conhecer as estruturas na sua forma natural, como é a gengiva no paciente dentado, para fazer a reprodução na minha prótese, sempre buscando a qualidade.
Estética;
Higienização;
Auxiliar na retenção; pois essa camada, superfície lisa ou polida, ela vai estar em íntimo contato com as estruturas que vão fazer os tecidos adjacentes a essa prótese e área chapeável, então necessita de um contorno adequado, para qundo essas estruturas forem trabalhar ela não expulse a prótese da boca do paciente.
É possível reproduzir com naturalidade?
O que preciso saber?
Então, a ceroplastia nada mais é do que um preparo de superfície gengival em cera para substituir os tecidos que após a perda dos dentes sofreram reabsorção.
Para dar toda a forma e contorno da gengiva natural, eu tenho que procurar fazer todo o contorno do tecido gengival (sensação de que o dente está saindo do alvéolo e da gengiva), aspecto de contorno das raízes, contorno de fundo de vestíbulo respeitando região muscular como freio lingual e bridas laterais, para ter a acrilização da prótese de forma satisfatória.
Se eu tenho uma ceroplastia reta e sem forma, eu vou ter uma flange sem contorno algum, sem estética.
Regiões da ceroplastia: 
Quando se faz uma análise gengival, dividimos a gengiva em zonas, então eu tenho:
Zona de gengiva inserida – aquela gengiva mais fortemente grudada ao osso, faz o contorno da região cervical dos dentes, tecido mais queratinizado, mais rígido;
Zona de mucosa alveolar - menos aderido ao osso, mais flácido, menos pigmentado de vermelho, menos vascularizado.
Gengiva tem relevo, tem cores diferentes!!
Quando fizemos a observação da gengiva inserida, percebemos também, que ela tem um contorno que varia de acordo com o dente, por exemplo IC ela é um pouco mais alta, IL ela é um pouco mais baixa. Canino que é um dente mais volumoso, raiz mais volumosa, a gengiva inserida tem a sua marcação com limite um pouco mais alto e à medida que se vai observando os dentes posteriores observa-se que ela vai mantendo sempre o mesmo nível. Nos dentes inferiores ocorre a mesma coisa, na região de canino, uma área mais pronunciada, faixa mais larga e depois faixa mais contínua nos posteriores. Tudo isso vamos transferir para nossa ceroplastia, altura e contorno da gengiva inserida são muito importantes.
Além dessa faixa de gengiva inserida, preciso observar:
Contorno e posição dos colos:
Não adianta fazer uma escolha estética e adequada de dentes para o paciente e a ceroplastia ser ruim.
Nos dentes superiores anteriores IC e IL são um pouquinho desviados para distal, no canino vou ter um posicionamento mais reto.
Nos dentes superiores os colos acompanham a inclinação axial. Nos dentes inferiores os colos são retos.
Posição dos colos obedece uma ordem crescente do IC ao C, uma linha que passa na região mais cervical, do incisivo central tangenciando incisivo lateral e termina no canino, tanto em superiores como nos inferiores.
Textura da mucosa/ posição de papilas:
Mucosa não é lisa, tem uma textura mais pontilhada
Jovens: papilas mais penetradas entre os dentes e mais pontilhadas;
Idosos: papilas edemaciadas, ameia um pouquinho mais retraída, não muito penetrada na região interdental;
 
Abóbada palatina: (alguns autores fazem)
Procuramos fazer a escultura das rugosidades palatinas, da rafe palatina, e muitas vezes é importante para devolver:
Sensibilidade tátil da língua;
Palatografia – talco no palato dura, na região lisa e pedi para os pacientes falar algumas palavras, e ir fazendo a escultura. Esse procedimento aqui na faculdade não é feito, pois a aceitação do paciente é muito baixa.
Articulação das palavras;
Espessura;
Postura da língua (auxilia de retenção);
DIRETRIZES PARA CEROPLASTIA IDEAL: (várias técnicas, essa é a usada aqui)
Contorno do freio labial;
Contorno de bridas e freios laterais; garante retenção para a prótese, sem movimentação.
Região de fundo de sulco vestibular; arredondada e com espessura para ter o aprisionamento da saliva e não ter injúrias como em bordos afilados e cortar o paciente.
Bossas e fossas ósseas; porção de contorno das raízes, de relvo mais alta e mais baixa.
Forma e contorno lingual; contato da língua diretamente com a superfície da prótese.
CONTORNO DO FREIO LABIAL:
Essa inserção muscular deve ser respeitada.
Circundar o freio;
Evitar estrangulamento, compressão – inserção muscular com alta mobilidade em situações funcionais;
Alívio em torno de 3mm para permitir livre movimentação;
Cada paciente com a sua anatomia específica;
Se fez um bom contorno na placa articular, na ceroplastia é só seguir os contornos;
CONTORNO DE BRIDAS E FREIOS LATERIAS:
Ver se são mais baixas ou mais altas;
Circundar os acidentes anatômicos;
Evitar estrangulamento;
Alívio mínimo necessário para permitir livre movimentação do músculo;
REGIÃO DE FUNDO DE SULCO VESTIBULAR:
Região em contato direto com o fundo de sulco, que vai garantir o selamento periférico da prótese:
Gengiva marginal livre com aspecto mais pontilhado, esse aspecto se dá na cera, batendo uma escovinha de dentes na cera, e um aspecto mais estriado na região da mucosa alveolar.
Na região de selamento periférico preciso:
Cordão espesso e arredondado de cera, se não tenho isso na minha placa articular, eu devolvo com a cera, consigo promover o vedamento da minha prótese sem machucar o paciente.
PT com bordos muito finos eu vou comprometer o selado periférico, causam traumatismo em mucosa labial que podem se estender até a mucosa gengival, não vai ter aprisionamento de saliva, vai ter entrada de are e essa prótese vai soltar.
Ex.: são as hiperplasias que são muito comuns devido a próteses muito antigas! Para evitar isso se trabalha com bordos arredondados.
BOSSAS E FOSSAS ÓSSEAS:
Do ponto de vista estético:
Festão gengival em torno da cervical do ICS e ILS. 
Nos dentes anteriores superiores Mais espesso no ICS e corresponde à metade da altura da coroa, no ILS corresponde a 1/3 da coroa, e no C como é mais volumoso vamos ter um festão gengival correspondente a altura da coroa
Nos dentes anteriores inferiores, os incisivos o contorno corresponde a metade da altura da coroa e no canino por ser maior e volumoso, vou ter igual a altura da coroa.
Nos dente posteriores, de pré-molar até molar, vamos ter o festão gengival, com altura correspondente a metade da coroa.
Tudo isso, pq nessa região temos um volume ósseo que varia, de acordo com o dente e com a raiz, precisamos transferir para a ceroplastia.
Evidenciar diferenças de proporção coroa – raiz observadas nas bossas anteriores e posteriores.
FORMA E CONTORNO LINGUAL:
Contato direto da prótese com os tecidos da região lingual: fundo de sulco do assoalho bucal, língua (tangenciar de forma arredondada), palato duro.
Contornar os acidentes anatômicos;
Evitar estrangulamento;
Alívio mínimo necessário para permitir livre movimentação;
Como executar a ceroplastia?
Acréscimo/remoção de cera!
A cera da faculdade é uma cera comum, maior dificuldade para executar a técnica, a cera ideal é a Cera 7 ROSA, na faculdade temos a 7 vermelha, muito mole, acabamos tirando em excesso.
Instrumental: Lecron com ponta fina afiada, Rolemback de dentística é bom para escultura do contorno gengival (pequeno detalhamento).
Para começar a escultura e dar relevo a uma superfície, a primeira coisa que precisa é espessura, então se começa por acréscimo de cera, de uma a duas lâminas de cera em toda superfície vestibular, deixar a cera lisa com a lamparina Hanaude longe e em movimento, deixar a cera de maneira uniforme e sem ficar escorrendo, vou ter então uma superfície lisa e homogênea.
Observar contorno dos colos e a quantidade de cera para formar as papilas.
Depois vou observar a quantidade de cera, sempre acrescentando ou removendo a cera
O excesso de cera é removido em um ângulo de 45º com relação a vestibular do dente, com a Lecron. O excesso é proposital, é fundamental para realizar a remoção e fazer a ceroplastia.
Primeira é recortar a margem dos colos, fazer todo o contorno da margem gengival, com a Lecron, em posteriores um recorte mais reto, limpa cada dente, deixa a papila bem penetrada, como deve ser em 45º facilita virar a oclusal da prótese para cima.
Depois aquece com a Hanau e polir com a meia.
Relevo de bossa e fossa com a Lecron também, fazendo o contorno das raizes, tirando a cera de uma única vez, como se fosse descascar uma laranja, região cervical, contato com fundo de vestíbulo preservada. Se não tiver todo esse treino, dá para fazer uma técnica em que se faz todo o contorno da margem gengival e para esculpir fossa e bossa, faz o desenho de um triângulo, sobre cada raiz faz o desenho da raiz, entre os triângulos, ou seja entre as raízes vai tirando a cera e depois só arredonda as margens.
Notar regiões mais elevadas e mais fundas, sempre preservando papila.
Pode acrescentar cera só na região das papilas se notar que estão muito finas, pouco volumosas.
Em mucosa alveolar posso fazer o aspecto de estrias, usando uma escova de dente.
Em gengiva inserida, aspecto pontilhado, também com a escova.
TODA VEZ QUE TERMINAR UMA CEROPLASTIA, DEVEMOS MONTAR OS MODELOS NO ARTICULAR, POIS DURANTE A CEROPLASTIA COMO TRABALAHMSO AQUECENDO E ESFRIANDO A CERA, ESSA CERA VAI SOFRER ALTERÇAÕ DIMENSIONAL E PODE DESLOCAR OS DENTES, POUCO, MAS DEVE SEMPRE MONTAR NO ARTICULADOR E CHEGAR A OCLUSÃO!!
Alguns profissionais gostam de fazer a prova da ceroplastia, a grande dificuldade desse momento é o paciente sem fazer força, e não deixar muito tempo dentro da boca.
Temos recursos de cor de gengiva, podemos fazer a caracterização de pigmentos na gengiva, em pacientes negros, por exemplo, impressão nas raízes.

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