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Lei nº 8112-1990 comentada – 2013

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Lei nº 8112-1990 comentada – 2013 – Aula 00.pdf
AULA 00 
Noções da Lei nº 8.112/1990 e Alterações P/TST – Teoria e Exercícios 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
Prof. Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 1 
 
 
Olá, Futuros Servidores Concursados da TST! 
 
Antes de iniciarmos nossa preparação para o Concurso da TST, cujo edital 
acabou de sair do forno, com explicações teóricas e exercícios, gostaria de 
fazer uma rápida apresentação. 
 
Meu nome é Henrique Esteves Campolina Silva, mineiro de Belo Horizonte, 
funcionário de carreira do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais 
(TJMG), aprovado no concurso de 1989 para o Tribunal de Alçada do Estado de 
Minas Gerais (TAMG), que, após sua extinção em 2004, foi fundido ao TJMG. 
 
Hoje, no TJMG, estou responsável pela Gerência de Suprimento e Controle 
Patrimonial, já tendo respondido pela Gerência de Compra de Bens e Serviços. 
Já fui designado para compor várias Comissões Permanentes de Licitação e 
venho atuando como Pregoeiro nos principais certames licitatórios do TJMG e 
do extinto TAMG, desde a implantação desta modalidade de licitação em 2002. 
 
Sou instrutor interno da Escola Judicial Edésio Fernandes – EJEF, pertencente 
ao quadro do TJMG, nos cursos de Formação e Capacitação de Pregoeiros, 
Sistema de Registro de Preços e Legislação de Licitação e Contratos 
Administrativos. 
 
Sou bacharel em Direito e em Engenharia Civil, ambas as graduações obtidas 
pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pós-graduado em Letras: 
Português e Literatura pelas Faculdades Integradas de Jacarepaguá/RJ. 
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Noções da Lei nº 8.112/1990 e Alterações P/TST – Teoria e Exercícios 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
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Sejam bem vindos à aula 00 (demo) do Curso sobre a Noções da Lei nº 
8.112/1990 p/TST– Teoria e Exercícios, onde abordaremos o tópico 
“Noções da Lei nº 8.112/1990 e Alterações” constante nos conteúdos 
programáticos para os seguintes cargos do Edital TST nº 01/2012 (Banca: 
Fundação Carlos Chagas): 
 
� Analista Judiciário – Área Apoio Especializado – Especialidades: 
- Análise de Sistemas 
- Suporte em Tecnologia da Informação 
- Medicina (do Trabalho). 
 
� Técnico Judiciário – Área Apoio Especializado – Especialidade: 
- Programação 
 
Cronograma de nossas AULAS SEMANAIS, com os respectivos títulos da Lei 
8.112/90 a serem abordados: 
 
� Aula 00 (Demo) - Agora: 
� Título I: Das Disposições Preliminares 
 
� Aula 01: 
� Título II: Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e 
Substituição 
 
� Aula 02: 
� Título III: Dos Direitos e Vantagens 
 
� Aula 03: 
� Título IV: Do Regime Disciplinar 
� Título V: Do Processo Administrativo Disciplinar 
 
� Aula 04: 
� Título VI: Da Seguridade Social do Servidor 
� Título VII (Todos os artigos deste título encontram-se revogados) 
� Título VIII: Das Disposições Gerais 
� Título IX: Das Disposições Transitórias e Finais 
 
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A principal ideia da formatação destas aulas é embutir aos futuros servidores 
concursados as premissas, definições, determinações e princípios contidos 
nesta legislação, intercalados com exercícios (questões comentadas de 
concursos anteriores), que também objetivam a familiarização de todos com os 
dizeres, abordagens e reflexões que envolvem essas avaliações. 
 
Por sabermos da complexidade e extensão das matérias exigidas nessas 
provas, buscaremos percorrer a legislação de forma tranquila, concatenada e 
interligada, fazendo constantes remissões aos dispositivos legais, visando 
facilitar a memorização dos assuntos tratados, através de uma linguagem 
simples e direta. Desta forma, poderemos trazer informações de outros ramos 
do Direito, enriquecendo os estudos e formando uma boa base teórica para 
encararmos com tranquilidade e sabedoria as concorridas provas de concurso. 
 
Como é sabido por todos, as provas de concurso cobram a literalidade da 
legislação, motivo que transcreveremos cada dispositivo abordado para melhor 
memorização do texto legal1: 
 
Todos os artigos estarão negritados, neste tipo de formatação, 
visando facilitar suas localizações para leituras e consultas 
durante possíveis futuras revisões rápidas da matéria. Em 
virtude de tal formatação, eliminaremos, inclusive, as aspas que 
sinalizam a transcrição ipsis litteris2 do texto. 
 
Traremos diversas questões de concursos, objetivando a familiarização de 
todos com os dizeres, abordagens e reflexões que envolvem essas avaliações. 
Transcreveremos os enunciados, para que vocês possam tentar resolvê-las e, 
em seguida, traremos as resoluções com todas as explicações necessárias ao 
bom entendimento. 
 
Nesta aula demonstrativa, iniciaremos os estudos do Título I: Das Disposições 
Preliminares da Lei Federal nº 8.112 de 11 de dezembro de 1990. 
 
A maioria das questões que traremos será retirada de concursos elaborados 
pela própria FCC, visando prepará-los para suas formas de abordagem e 
cobrança de nossas matérias nas provas. 
 
1 “Texto legal”: é uma expressão usualmente utilizada para referir-se a um texto extraído de alguma 
legislação (leis, decretos, portarias, medidas provisórias, etc.) 
2 Ipsis litteris expressão latina que significa transcrição literal do texto, mesmas palavras e letras. 
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Traremos, também, questões de outras bancas, que ajudarão na fixação dos 
conhecimentos adquiridos ao longo do curso. Priorizaremos aquelas com 
opções de respostas, por ser do mesmo estilo da FCC. Mas isto não impedirá 
de analisarmos questões tipo Certo/Errado, caso entendamos que elas trarão 
boas e pertinentes reflexões das matérias estudadas. 
 
Serão muitas questões! 
 
Observação: Percebam que o conteúdo programático do edital menciona Lei 
nº XXX e alterações, cuja expressão se justifica em virtude de 
diversos dispositivos destas normas, os longos dos anos, terem 
sofrido alterações em seus textos originais (modificações, 
inclusões e revogações), decorrentes de novas normas. Para 
facilitar os estudos de vocês e não trazer repetições ao longo 
dos textos de nossas análises e explicações, faremos as 
referências a estas legislações posteriores em notas de rodapé. 
 
Bom curso para todos nós !!! 
 
Críticas e sugestões poderão ser enviadas para: 
henriquecampolina@pontodosconcursos.com.br 
 
 
Prof. Henrique Campolina 
Junho/2012 
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1. A Estrutura da Lei Federal nº 8.112/1990 
Em 11 de dezembro de 1990, o então Presidente da República Fernando Collor 
sancionou a Lei Federal nº 8.112. 
 
Ementa3 da Lei Federal nº 8.112/1990: 
 
Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da 
União, das autarquias e
das fundações públicas federais. 
 
Objetivando nos familiarizarmos com o objeto de estudo que será inicialmente 
analisado nesta aula demonstrativa, apresentamos a estrutura da Lei 8.112/90 
(em títulos e capítulos), para entendermos a lógica trazida pelos legisladores: 
 
Título I: Das Disposições Preliminares 
 
Título II: Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição 
Capítulo I - Do Provimento 
Capítulo II - Da Vacância 
Capítulo III - Da Remoção e da Redistribuição (Remoção e Redistribuição) 
Capítulo IV - Da Substituição 
 
Título III: Dos Direitos e Vantagens 
Capítulo I - Do Vencimento e da Remuneração 
Capítulo II - Das Vantagens 
Capítulo III - Das Férias 
Capítulo IV - Das Licenças 
Capítulo V - Dos Afastamentos 
Capítulo VI - Das Concessões 
Capítulo VII - Do Tempo de Serviço 
Capítulo VIII - Do Direito de Petição 
 
Título IV: Do Regime Disciplinar 
Capítulo I - Dos Deveres 
Capítulo II - Das Proibições 
Capítulo III - Da Acumulação 
Capítulo IV - Das Responsabilidades 
Capítulo V - Das Penalidades 
 
3
 O artigo 5º da Lei Complementar nº 95, de 26/02/1998, que dispõe sobre a elaboração das leis 
(regulamento decorrente do parágrafo único do artigo 59 da CF), define ementa: “Art. 5º A ementa será 
grafada por meio de caracteres que a realcem e explicitará, de modo conciso e sob a forma de título, o 
objeto da lei.” 
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Título V: Do Processo Administrativo Disciplinar 
Capítulo I - Disposições Gerais 
Capítulo II - Do Afastamento Preventivo 
Capítulo III - Do Processo Disciplinar 
 
Título VI: Da Seguridade Social do Servidor 
Capítulo I - Disposições Gerais 
Capítulo II - Dos Benefícios 
Capítulo III - Da Assistência à Saúde 
Capítulo IV - Do Custeio 
 
Título VII: Da Contratação Temporária de Excepcional Interesse Público 
(Todos os artigos encontram-se revogados) 
 
Título VIII: Das Disposições Gerais 
 
Título IX: Das Disposições Transitórias e Finais 
 
 
2. A Lei Federal nº 8.112/1990 
 
2.1. Comando Constitucional 
 
Vamos, inicialmente, entender a motivação que levou à promulgação da Lei nº 
8.112/1990. 
 
Encontraremos o comando constitucional no art. 39 de nossa Lei Maior. Vejam 
comigo (transcrição que não pertencer a Lei estudada não será negritada): 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e 
planos de carreira para os servidores da administração pública direta, 
das autarquias e das fundações públicas. 
 
Além disto, nossa Carta Magna já traz algumas regras em relação à 
Administração Pública, que, obviamente, não poderão ser contraditas nas 
normas infraconstitucionais. Vejam exemplos destas disposições da CF/1988: 
� Caput do art. 37: Princípios da Legalidade, da Impessoalidade, da 
Moralidade, da Publicidade e da Eficiência (o famoso “LIMPE”); 
� Incisos I, II, III e IV do art. 37: Regras básicas para ingresso no serviço 
público; 
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� Inciso VI do art. 37: Direito sobre livre associação sindical aos servidores 
públicos; 
� Inciso XVI do art. 37: Vedação sobre acumulação remunerada de cargos 
públicos; 
� Art. 40: Regime de previdência de servidores; 
� Art. 41: Regras sobre estabilidade de servidores. 
 
E foi exatamente a Constituição de 1988 que trouxe a exigência de regime 
jurídico único para os servidores públicos (A Emenda Constitucional 19/1998 
modificou o transcrito art. 39, mas o STF (ADIN 2.135-4) retornou com o texto 
original). 
 
2.2. Título I – Das Disposições Preliminares 
 
Não se assustem ou desanimem ao constatarem que traremos conceitos e 
definições existentes em outras legislações (Constituição, Código Civil, Leis 
Ordinárias e Complementares, dentre outras). Não estaremos “viajando na 
maionese” nem perdendo o foco de nosso objeto de estudo. Todas as 
remissões e citações que encontrarão ao longo de nossas aulas buscarão 
agregar conhecimentos que facilitarão a resolução das questões, conforme 
poderão constatar durante as análises de questões presentes em cada aula. 
 
Nosso principal objetivo é prepará-los para as formas de cobrança de 
assuntos ligados à nossa matéria, que aparecem nos concursos. 
 
Voltando à Lei 8.112/90, cuja ementa já foi aqui ultrapassada, deparamos com 
o Título I, cujo Capítulo Único (Das Disposições Preliminares) só possui 4 
artigos, que traremos conjuntamente, para, depois, tecermos nossos 
comentários e análises. 
 
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores 
Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime 
especial, e das fundações públicas federais. 
 
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente 
investida em cargo público. 
 
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e 
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que 
devem ser cometidas a um servidor. 
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Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os 
brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e 
vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em 
caráter efetivo ou em comissão. 
 
Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os 
casos previstos em lei. 
 
Inicialmente, o art. 1º reforça a ementa, ratificando os destinatários da Lei 
(servidores públicos civis da União,das autarquias e das fundações públicas 
federais), instituindo o: 
 
“Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União” 
 
Apesar de serem artigos curtos e com interpretações simples e diretas, trazem 
alguns conceitos que precisamos abordar para iniciar nossos estudos sobre 
esta Lei: 
 
O que significa “Regime Jurídico”? Trarei uma didática definição, retirada do 
sítio do Wikipédia: 
 
 
REGIME JURÍDICO 
“Regime jurídico é o conjunto de direitos, deveres, 
garantias, vantagens, proibições e penalidades aplicáveis 
a determinadas relações sociais qualificadas pelo 
Direito.”4 
 
O regime jurídico também é chamado de estatuto, daí decorre a denominação 
servidor público estatutário. 
 
Seguindo no curto art. 1º encontramos outro conceito: Servidor Público Civil 
da União. 
 
Sempre que falamos em servidor público, surgem as eternas dúvidas entre as 
definições de agentes (políticos, administrativos, honoríficos, delegados e 
credenciados), de servidores (públicos e temporários) e de empregados 
públicos. 
 
 
4 Fonte: Sítio do Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Regime_jurídico) 
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Porém, antes de abordarmos estes conceitos, vamos às diferenciações
entre 
cargo, emprego e função, que são ocupados e desempenhados pelos agentes. 
 
Cargo 
Menor parcela de poder do Estado previsto em numero certo e ocupado 
por servidor público (espaço preenchido por um servidor público). 
Emprego Unidade ocupada por quem possui vinculo contratual regido pela CLT. 
Função 
Atribuição ou conjunto de atribuições que a administração confere a 
cada categoria profissional, ou comete individualmente a determinados 
servidores para a execução de serviços eventuais ou temporários. 
 
Para a definição de Agente Público, buscaremos os artigos 1º e 2º da Lei nº 
8.429/1992: 
 
 
AGENTE PÚBLICO 
Todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou 
sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, 
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou 
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nos órgãos 
ou entidades da administração direta, indireta ou 
fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do DF, dos Municípios, de empresa incorporada 
ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação 
ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais 
de 50% do patrimônio ou da receita anual. 
 
Ao falar sobre os agentes públicos, gosto de trazer a classificação e definições 
do ilustre prof. Hely Lopes de Meirelles5, em virtude do seu forte caráter 
didático. Confiram comigo: 
 
� Agente Político: componentes do governo nos seus primeiros escalões, 
investidos em cargos, empregos, funções, mandatos ou comissões para o 
exercício de atribuições constitucionais. 
Exemplos: Presidente da República, Ministros, Senadores, Governadores e 
Prefeitos. 
 
5 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 33. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2007. 
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� Agente Administrativo: aqueles que se vinculam ao Estado ou às suas 
Entidades ou órgãos por relações profissionais, sujeitos a hierarquia 
funcional, e ao regime próprio da entidade a que servem. 
Podem ser: servidores públicos e temporários ou empregados públicos. 
� Agente Honorífico: cidadãos convocados, designados ou nomeados para 
prestar, mesmo que transitoriamente, determinados serviços ao Estado, 
em razão de sua condição cívica. 
Exemplos: Jurados e Mesários. 
� Agente Delegado: aqueles que recebem incumbência de execução de 
determinada atividade, obra ou serviço que o realizarão em nome próprio. 
Exemplos: notários e registradores, intérpretes, leiloeiros, tradutores, 
concessionários e permissionários. 
� Agente Credenciado: credenciados pelo Estado para representá-lo em 
situação especifica que demandam conhecimentos especializados. 
Exemplo: Físico brasileiro representando o país numa convenção científica 
internacional 
 
Esta classificação não é consenso na Doutrina, mas é importante gravarmos 
que todas estas pessoas, no exercício de suas atividades, são consideradas 
agentes públicos. 
 
Os agentes honorífico, delegado e credenciado também são chamados de 
particulares em colaboração com o Poder Público. 
 
Os destinatários da Lei 8.112/90 e nosso objeto de estudo estão contidos nos 
agentes administrativos e precisamos diferenciá-los dos empregados públicos: 
 
Agentes Públicos 
Administrativos 
Regime Possuem: 
Servidor Público 
Estatutário 
(Regime Jurídico) 
Cargos 
Empregado Público 
Celetista 
(CLT) 
Empregos 
 
Para a definição de servidor, não podemos esquecer o que o art. 2º da Lei 
8.112/92 traz: “servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público”. 
 
Aqui, a Lei, expressamente (art. 3º) conceitua cargo público: 
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CARGO PÚBLICO 
Conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na 
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um 
servidor. 
 
Em seguida, a norma traz requisitos/características dos cargos públicos: 
� Acessíveis a todos os brasileiros; 
� Criados por lei 
� Com denominação própria; 
� Com vencimento pago pelos cofres públicos e 
� Provimento em caráter efetivo ou em comissão. 
 
Feitas estas considerações e análises iniciais, já podemos começar a nos 
aventurar em questões de concursos já realizados. Certo? 
 
 
 
 
Então vamos nos exercitar um pouco! 
 
 
 
Não se acostumem com o nível de dificuldade mais ameno destas 
questões. Estamos, numa aula demo, abordando o início da Lei nº 
8.112/90 (apenas 4 artigos). 
 
Com o passar do curso e o incremento do conteúdo de nossas aulas, 
perceberão a necessidade de uma boa preparação para encararmos 
com tranquilidade e sabedoria as bem elaboradas questões que a FCC 
coloca em seus concursos. 
 
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QUESTÕES PROPOSTAS (Título I da Lei 8.112/90) 
 
Questão 1 
(FCC – TRT-6ª Região – Técnico Judiciário – 2012) – A Constituição Federal 
previu, em seu artigo 37, inciso IX, a possibilidade de contratação por tempo 
determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse 
público, nos termos da lei. Partindo-se do pressuposto de que não foi realizado 
concurso público para a contratação de servidores temporários, é correto 
afirmar que os admitidos 
(A) ocupam cargo efetivo. 
(B) ocupam emprego. 
(C) ocupam emprego temporário. 
(D) desempenham função. 
(E) desempenham função estatutária. 
 
 
Questão 2 
(FCC – TJ-RJ – Analista Judiciário – 2012) – As pessoas que exercem atos por 
delegação do Poder Público, tais como os serviços notariais e de registro 
podem ser consideradas 
(A) servidores públicos estatutários, caso tenham prestado concurso público. 
(B) empregados públicos, desde que tenham prestado concurso público. 
(C) particulares em colaboração com o Poder Público, sem vínculo 
empregatício. 
(D) funcionários públicos lato sensu, na medida em que se submetem à 
fiscalização do Poder Público. 
(E) agentes públicos estatutários, desde que recebam remuneração do Poder 
Público. 
 
 
Questão 3 
(FCC – TRF-2ª Região – Técnico Judiciário – 2012) – Em sentido amplo, 
"agentes públicos" são todos os indivíduos que, a qualquer título, exercem uma 
função pública, remunerada ou gratuita, permanente ou transitória, política ou 
meramente administrativa, como prepostos do Estado. Diante deste conceito, 
considere: 
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I. Pessoas que recebem a incumbência da administração para representá-la 
em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante 
remuneração do poder público habilitante. 
II. Particulares que recebem a incumbência de exercer determinada atividade, 
obra ou serviço público e o fazem em nome próprio, por sua conta e risco, 
sob a permanente
fiscalização do respectivo Poder Público. 
As descrições acima correspondem, respectivamente, à seguinte classificação 
de agentes públicos: 
(A) delegados e políticos. 
(B) administrativos e políticos. 
(C) honoríficos e servidores públicos. 
(D) credenciados e delegados. 
(E) honorários e credenciados. 
 
Questão 4 
(FCC – TRT-8ª Região – Técnico Judiciário – 2010) – Sobre cargo público é 
correto afirmar: 
(A) Cargo público e emprego público são expressões sinônimas. 
(B) Os cargos públicos são acessíveis aos brasileiros que preencham os 
requisitos estabelecidos em lei e aos estrangeiros, na forma da lei. 
(C) Cargo em Comissão pode ser provido em caráter permanente. 
(D) Nem todo cargo tem função, mas a toda função corresponde um cargo. 
(E) A criação de cargo pode se feita por decreto do Chefe do Poder Executivo. 
 
Questão 5 
(FCC – TRE-AP – Analista Judiciário – 2006) – Dentre os particulares em 
colaboração com o Poder Público, é certo que os mesários eleitorais integram a 
categoria dos 
(A) servidores públicos temporários contratados por tempo determinado para 
atender à necessidade temporária de interesse público. 
(B) agentes delegados que exercem função pública, em seu próprio nome, 
sem vínculo empregatício, porém sob fiscalização do Poder Público. 
(C) agentes políticos e prestam atividades típicas de governo segundo normas 
constitucionais. 
(D) empregados públicos estatutários convocados para prestar, 
transitoriamente, determinado serviço público junto aos órgãos eleitorais. 
(E) agentes honoríficos e, em que pese não serem servidores públicos, 
desempenham uma função pública. 
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Questão 6 
(FCC – TRF-1ª Região – Analista – 2001) – Diz-se que os agentes públicos de 
colaboração são as pessoas que 
(A) prestam serviços, sob regime de dependência à Administração Pública 
direta, autárquica ou fundacional pública, sob relação de trabalho 
profissional transitório ou definitivo. 
(B) detêm os cargos de elevada hierarquia da organização da Administração 
Pública, ou seja, que ocupam cargos que compõem a cúpula da estrutura 
constitucional. 
(C) se ligam, por tempo determinado à Administração Pública para o 
atendimento de necessidades de excepcional interesse público, sob vínculo 
celetista. 
(D) se ligam, contratualmente às empresas paraestatais da Administração 
indireta, sob um regime de dependência e mediante uma relação de 
trabalho, não eventual ou avulso. 
(E) prestam serviços à Administração por conta própria, por requisição ou 
com sua concordância, exercendo função pública, mas não ocupando 
cargo ou emprego público. 
 
 
 
 
GABARITO 
 
Questão 1 2 3 4 5 6 
Resposta D C D B E E 
 
 
 
 
Agora vamos resolvê-las, para que possam conferir suas respostas, 
aproveitando para trazer novas explicações e conceitos que reforçarão 
o aprendizado dos primeiros artigos da Lei Federal nº 8.112/1990. 
 
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QUESTÕES RESOLVIDAS (Título I da Lei 8.112/90) 
 
Questão 1 
(FCC – TRT-6ª Região – Técnico Judiciário – 2012) – A Constituição Federal 
previu, em seu artigo 37, inciso IX, a possibilidade de contratação por tempo 
determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse 
público, nos termos da lei. Partindo-se do pressuposto de que não foi realizado 
concurso público para a contratação de servidores temporários, é correto 
afirmar que os admitidos 
(A) ocupam cargo efetivo. 
(B) ocupam emprego. 
(C) ocupam emprego temporário. 
(D) desempenham função. 
(E) desempenham função estatutária. 
 
Resolução: 
 
Apesar de ser uma questão de resolução direta, é um bom momento para 
trazermos o texto legal do inciso IX do artigo 37 da CF/88, que diz: 
 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado 
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse 
público; 
 
Inicialmente percebemos que os contratados do enunciado não ocuparão 
cargos ou empregos. Então já eliminamos as opções de resposta A, B e C. 
 
Em relação ao desempenho de função, a condição de estatutário está 
relacionada aos servidores públicos. Logo, a opção D também está incorreta. 
 
Portanto, nossa alternativa de resposta deverá ser a letra D. 
 
Gabarito: D 
 
 
 
 
 
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Questão 2 
(FCC – TJ-RJ – Analista Judiciário – 2012) – As pessoas que exercem atos por 
delegação do Poder Público, tais como os serviços notariais e de registro 
podem ser consideradas 
(A) servidores públicos estatutários, caso tenham prestado concurso público. 
(B) empregados públicos, desde que tenham prestado concurso público. 
(C) particulares em colaboração com o Poder Público, sem vínculo 
empregatício. 
(D) funcionários públicos lato sensu, na medida em que se submetem à 
fiscalização do Poder Público. 
(E) agentes públicos estatutários, desde que recebam remuneração do Poder 
Público. 
 
Resolução: 
 
Lembram-se da definição de agentes delegados que trouxemos na aula? 
Releiam para ajudar na memorização: 
 
� Agente Delegado: aqueles que recebem incumbência de execução de 
determinada atividade, obra ou serviço que o realizarão em nome próprio. 
Exemplos: notários e registradores, intérpretes, leiloeiros, tradutores, 
concessionários e permissionários. 
 
Mas como disse na aula, há divergência entre as classificações dos agentes 
públicos e que os honoríficos, delegados e credenciados também são 
chamados de particulares em colaboração com o Poder Público. 
 
A constatação da inexistência do vínculo empregatício pode ser claramente 
feita na definição acima: realizarão as atividades em nome próprio. 
 
Desta forma, a alternativa C deverá ser marcada por nós. 
 
Gabarito: C 
 
 
 
 
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Questão 3 
(FCC – TRF-2ª Região – Técnico Judiciário – 2012) – Em sentido amplo, 
"agentes públicos" são todos os indivíduos que, a qualquer título, exercem uma 
função pública, remunerada ou gratuita, permanente ou transitória, política ou 
meramente administrativa, como prepostos do Estado. Diante deste conceito, 
considere: 
I. Pessoas que recebem a incumbência da administração para representá-la 
em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante 
remuneração do poder público habilitante. 
II. Particulares que recebem a incumbência de exercer determinada atividade, 
obra ou serviço público e o fazem em nome próprio, por sua conta e risco, 
sob a permanente fiscalização do respectivo Poder Público. 
As descrições acima correspondem, respectivamente, à seguinte classificação 
de agentes
públicos: 
(A) delegados e políticos. 
(B) administrativos e políticos. 
(C) honoríficos e servidores públicos. 
(D) credenciados e delegados. 
(E) honorários e credenciados. 
 
Resolução: 
 
Vejam como é importante o candidato ter bom conhecimento destas 
classificações. 
 
Esta questão, também de resolução simples e direta, foi retirada de um 
concurso realizado em 2012 e traz, expressamente, os conceitos dos agentes 
credenciado (I) e delegado (II) 
 
Gabarito: D 
 
Questão 4 
(FCC – TRT-8ª Região – Técnico Judiciário – 2010) – Sobre cargo público é 
correto afirmar: 
(A) Cargo público e emprego público são expressões sinônimas. 
(B) Os cargos públicos são acessíveis aos brasileiros que preencham os 
requisitos estabelecidos em lei e aos estrangeiros, na forma da lei. 
(C) Cargo em Comissão pode ser provido em caráter permanente. 
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(D) Nem todo cargo tem função, mas a toda função corresponde um cargo. 
(E) A criação de cargo pode se feita por decreto do Chefe do Poder Executivo. 
 
Resolução: 
 
Conforme vocês poderão constatar ao longo de nosso curso, costumo explorar 
as questões ao máximo analisando todas as alternativas de resposta e não 
apenas o gabarito. 
 
Vejam esta resolução para ilustrar o que estou dizendo: vamos esmiuçar cada 
opção: 
 
“(A) Cargo público e emprego público são expressões sinônimas.” Assertiva 
errada: Podemos constatar estas diferenças ao compararmos o art. 3º de 
nossa Lei-Objeto de Estudo (Lei 8.112/90) com o art. 3º da CLT6 
(Decreto-Lei nº 5.452, 1º de maio de 1943). Confiram comigo: 
 
“Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades 
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um 
servidor. 
Parágrafo único: Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, 
são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos 
cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.” 
(Lei nº 8.112/90) 
 
“Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar 
serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência 
deste e mediante salário.” (CLT) 
 
“(B) Os cargos públicos são acessíveis aos brasileiros que preencham os 
requisitos estabelecidos em lei e aos estrangeiros, na forma da lei.” 
Assertiva CORRETA: Precisamos, após a transcrição do art. 3º da Lei 
8.112/90, verificar se existe a possibilidade do acesso dos estrangeiros na 
forma da lei, para tecermos nossa conclusão sobre a correção desta opção 
de resposta. Para isto, recorreremos ao art. 37 (caput e inciso I) da 
Constituição Federal/1988, cuja atual redação foi dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 04 de junho de 1998, que diz: 
 
 
6 CLT: Consolidação das Leis do Trabalho 
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“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros 
que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos 
estrangeiros, na forma da lei;” (grifos meus) 
 
Mas é preciso cautela ao analisarmos este ponto, uma vez que o STJ 
entende que a modificação trazida pela EC 19/98 tem eficácia limitada e 
aplicabilidade indireta. Vejam a ementa do Recurso Ordinário em Mandado 
de Segurança nº 2003/0159388-2 (RMS 16.923/MG): 
“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO – NORMA QUE ASSEGURA O 
ACESSO DE ESTRANGEIRO A CARGO PÚBLICO - ART. 37, INCISO I DA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL – EFICÁCIA LIMITADA – APLICABILIDADE 
MEDIATA – REGULAMENTAÇÃO IMPOSITIVA – RECURSO DESPROVIDO 
I– O art. 37, inciso I da Magna Carta é norma de eficácia limitada e de 
aplicabilidade mediata ou indireta. Logo, necessita que o legislador edite 
lei complementar ou ordinária, de modo a assegurar a integração de sua 
eficácia, sem a qual o direito não pode ser exercido. 
II– A regulamentação da circunstância pelo legislador ordinário em 
hipóteses como a presente não é facultativa, mas impositiva. Isto 
significa dizer que o legislador encontra-se obrigado a emitir a lei e, 
enquanto assim não o fizer, o direito reclamado não pode ser exercido. 
III– No caso dos autos, a Lei nº 6.815/80, que define a situação jurídica 
do estrangeiro no Brasil, não contém em seu bojo dispositivo referente 
ao procedimento pelo qual deve atravessar o estrangeiro, de modo a 
permitir o exercício do seu direito de ocupar um cargo público no Brasil. 
IV– Recurso desprovido.” (grifos meus) 
 
Desta forma, não basta o Estatuto do Estrangeiro (Lei nº 6.815/1980), 
devendo ser editado o regulamento abordando a situação existente no 
caso concreto a ser abordado. 
Para nossa questão, podemos marcar esta alternativa como CORRETA. 
 
“(C) Cargo em Comissão pode ser provido em caráter permanente.” Assertiva 
errada: Podemos encontrar a incorreção desta frase no final próprio 
parágrafo único do art. 3º. Vejam, se o provimento poderá em caráter 
efetivo ou em comissão, percebe-se que o servidor comissionado não 
poderá ser provido permanentemente: 
“Parágrafo único: Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, 
são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos 
cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.” 
(Art. 3º da Lei nº 8.112/90) 
 
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“(D) Nem todo cargo tem função, mas a toda função corresponde um cargo.” 
Assertiva errada: Aqui ocorre exatamente o contrário. Se o cargo é o 
conjunto de atribuições e responsabilidades, conforme diz a Lei, 
obviamente, seu ocupante possuirá funções a exercer. Já para a função 
pública, como vimos, não há necessidade de correspondência com um 
cargo. 
 
“(E) A criação de cargo pode se feita por decreto do Chefe do Poder 
Executivo.” Assertiva errada: Também já estudamos este ponto. Cargo 
decorre de lei, não podendo ser criado pelo decreto citado nesta 
alternativa. 
 
Gabarito: B 
 
 
Questão 5 
(FCC – TRE-AP – Analista Judiciário – 2006) – Dentre os particulares em 
colaboração com o Poder Público, é certo que os mesários eleitorais integram a 
categoria dos 
(A) servidores públicos temporários contratados por tempo determinado para 
atender à necessidade temporária de interesse público. 
(B) agentes delegados que exercem função pública, em seu próprio nome, 
sem vínculo empregatício, porém sob fiscalização do Poder Público. 
(C) agentes políticos e prestam atividades típicas de governo segundo normas 
constitucionais. 
(D) empregados públicos estatutários convocados para prestar, 
transitoriamente, determinado serviço público junto aos órgãos eleitorais. 
(E) agentes honoríficos e, em que pese não serem servidores públicos, 
desempenham uma função pública. 
 
Resolução: 
 
Outra questão de resolução direta.
Já podemos, após nossos estudos, 
rapidamente identificar a opção correta: Letra E 
 
Vamos relembrar a classificação dos agentes públicos honoríficos? Leiam aí: 
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� Agente Honorífico: cidadãos convocados, designados ou nomeados para 
prestar, mesmo que transitoriamente, determinados serviços ao Estado, 
em razão de sua condição cívica. 
Exemplos: Jurados e Mesários. 
 
Gabarito: E 
 
 
Questão 6 
(FCC – TRF-1ª Região – Analista – 2001) – Diz-se que os agentes públicos de 
colaboração são as pessoas que 
(A) prestam serviços, sob regime de dependência à Administração Pública 
direta, autárquica ou fundacional pública, sob relação de trabalho 
profissional transitório ou definitivo. 
(B) detêm os cargos de elevada hierarquia da organização da Administração 
Pública, ou seja, que ocupam cargos que compõem a cúpula da estrutura 
constitucional. 
(C) se ligam, por tempo determinado à Administração Pública para o 
atendimento de necessidades de excepcional interesse público, sob vínculo 
celetista. 
(D) se ligam, contratualmente às empresas paraestatais da Administração 
indireta, sob um regime de dependência e mediante uma relação de 
trabalho, não eventual ou avulso. 
(E) prestam serviços à Administração por conta própria, por requisição ou 
com sua concordância, exercendo função pública, mas não ocupando 
cargo ou emprego público. 
 
Resolução: 
 
Se ajuntarmos as definições dos agentes honoríficos, delegados e 
credenciados, que, conforme falamos, também são chamados de agentes 
públicos de colaboração, chegaremos a um resultado que poderá, facilmente 
ser reescrito conforme a alternativa de reposta E, que é nosso gabarito de 
resposta. 
 
Gabarito: E 
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Futuros Servidores Concursados da TST, 
 
 
Precocemente, termina aqui nossa aula demonstrativa. Como disse no 
início, o presente curso objetiva, através de uma linguagem simples e 
direta, percorrer toda a legislação abordada, imputando 
conhecimentos suficientes para vocês resolverem as questões das 
provas. 
 
Digo precocemente, porque as demais aulas abordarão cuidadosa e 
minuciosamente o restante da Lei nº 8.112/90, que é composta por 
253 artigos (com seus incisos, parágrafos e alíneas). 
 
O objetivo da presente demonstração é, caso tenham saboreado este 
“gostinho inicial” e se identificaram com minha didática, convidá-los a 
compartilhar nosso estudo desta legislação. 
 
Grande abraço a todos e espero encontrá-los no curso, 
 
 
Henrique Campolina 
Junho/2012 
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BIBLIOGRAFIA 
 
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: 
Malheiros Editores, 2007. 
 
ROCHA, Daniel Machado da (Coordenador); LUCARELLI, Fábio Dutra e 
MACHADO, Guilherme Pinho. Comentários à Lei do Regime Jurídico Único dos 
Servidores Públicos Civis da União. 2ª ed. Florianópolis: Conceito Editorial, 
2012. 
 
Wikipédia – Enciclopédia Livre (www.wikipedia.com.br) 
 
CRETELLA NETO, José. Dicionário de Processo Civil. 1ª ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 1999. 
 
 
 
._Lei nº 8112-1990 comentada – 2013 – Aula 00.pdf
Lei nº 8112-1990 comentada – 2013 – Aula 01.pdf
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Olá, Futuro Servidor Concursado do TST! 
 
É com grande satisfação que o recebo para, juntos, percorremos todo o nosso 
conteúdo programático do Curso sobre Noções da Lei nº 8.112/1990 
p/TST – Teoria e Exercícios e ficarmos mais perto da almejada vaga no 
quadro efetivo de pessoal do TST, para um dos seguintes cargos: 
� Analista Judiciário – Área Apoio Especializado – Especialidades: 
- Análise de Sistemas 
- Suporte em Tecnologia da Informação 
- Medicina (do Trabalho). 
� Técnico Judiciário – Área Apoio Especializado – Especialidade: 
- Programação 
 
Lembrem-se, visando auxiliar a memorização do texto legal1, que: 
Todos os artigos estarão negritados, neste tipo de formatação, 
visando facilitar suas localizações para leituras e consultas durante 
possíveis futuras revisões rápidas da matéria. Em virtude de tal 
formatação, eliminaremos, inclusive, as aspas que sinalizam a 
transcrição ipsis litteris2 do texto. 
 
Quaisquer dúvidas sobre a matéria ou sobre algum exercício, cujas explicações 
e comentários não ficaram muito claros para você, não deixe de entrar no 
Fórum deste curso e inserir seu questionamento. 
 
Gostaria de relembrar a todos que temos um compromisso em percorrer todos 
os artigos e dispositivos constantes em nosso conteúdo programático. 
 
Bom curso para todos nós !!! 
 
Críticas e sugestões poderão ser enviadas para: 
henriquecampolina@pontodosconcursos.com.br 
Prof. Henrique Campolina 
Julho/2012 
 
1 “Texto legal”: é uma expressão usualmente utilizada para referir-se a um texto extraído de alguma 
legislação (leis, decretos, portarias, medidas provisórias, etc.) 
2 Ipsis litteris expressão latina que significa transcrição literal do texto, mesmas palavras e letras. 
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1. A Estrutura da Lei Federal nº 8.112/1990 (continuação) 
 
1.1. Título II – Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e 
Substituição 
 
DO PROVIMENTO 
 
Antes de entrarmos nas disposições deste capítulo, traremos 2 definições de 
Provimento de Cargo Público de renomados professores e juristas: 
- Provimento de Cargo Público é “Ato de designação de alguém para titularizar 
cargo público”3 
- "Provimento de cargo público é o suprimento formal da necessidade pública 
havida e demonstrada na sua vacância, conferindo-se a alguém a condição 
de titular responsável pelo desempenho das atribuições e das funções que 
lhe são inerentes."4 
 
O provimento poderá possuir duas situações diferentes: 
� Ingresso da pessoa física pela primeira vez no serviço público, isto é, não 
havia qualquer anterior entre o servidor e a Administração; 
OU 
� A pessoa física que preenche o cargo já possuía algum vínculo com a 
Administração. 
 
Estas circunstâncias, ao longo dos anos, receberam as denominações de: 
 
Provimento Originário: também chamado de provimento autônomo. Gosto de 
falar que o provimento originário independe de qualquer relação 
pré-existente entre o particular e a Administração, uma vez que 
o pré-requisito de aprovação em concurso, como ocorre na 
nomeação (única forma de provimento originário atualmente 
permitida pela CF/1988 – inciso II do art. 375), rompe esta 
relação passada.
3 MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. SP: Malheiros, 2010 
4 ROCHA, Carmem Lúcia Antunes. Princípios Constitucionais dos Servidores Públicos. SP: Saraiva, 1999 
5 “II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de 
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na 
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração;” (inciso II do art. 37 da CF/1988) 
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Provimento Derivado: forma de provimento mais ampla, visto que a legislação 
regulamenta diversas hipóteses, quando presente um vínculo 
anterior. São formas de provimento derivado: promoção, 
readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e 
recondução. 
 
Com esta breve introdução, podemos seguir em frente na Lei: 
 
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
VI - aptidão física e mental. 
§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de 
outros requisitos estabelecidos em lei. 
§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito 
de se inscrever em concurso público para provimento de cargo 
cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que 
são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% 
(vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. 
§ 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e 
tecnológica federais poderão prover seus cargos com 
professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as 
normas e os procedimentos desta Lei.6 
 
O artigo 5º atende ao comando constitucional contido no inciso I do art. 37: 
“I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos 
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim 
como aos estrangeiros, na forma da lei;7 
 
Fiz questão de transcrever este inciso constitucional, que foi alterado pela 
Emenda Constitucional nº 19/1998, para já alertá-los que o inciso I do art. 5º 
da Lei nº 8.112/1990 precisa de uma ressalva, uma vez que a restrição para 
estrangeiros ocuparem cargos públicos foi afastada de nossa Lei Máxima. 
 
Percebam, também, que esta previsão (acesso aos estrangeiros) necessita de 
lei que trate a matéria. 
 
 
6 Incluído pela Lei nº 9.515, de 20/11/1997 
7 Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998 
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Dito isto, precisamos memorizar os requisitos básicos para investidura em 
cargo público: 
� Nacionalidade brasileira (lembrando a ressalva dos “estrangeiros”); 
� Gozo dos direitos políticos; 
� Quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
� Nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
� Idade mínima de dezoito anos; 
� Aptidão física e mental. 
 
 
IDADE MÍNIMA PARA INVESTIDURA EM CARGO 
A lei estabelece a idade mínima (18 anos), não afastando 
possibilidade de limite mínimo superior a este, desde que 
devidamente justificado, compatível e necessário à 
natureza do cargo a ser preenchido. 
 
Em relação à idade, podemos buscar a Súmula nº 683 do STF, que diz: 
 
“O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima 
em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado 
pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.”8 
 
Quanto à aptidão física e mental, embora possa parecer um requisito subjetivo 
e genérico, refere-se às condições necessárias ao desempenho das funções 
inerentes ao cargo a ser provido. Desta forma, poderá haver avaliações físicas 
(caso as atividades a serem desempenhadas exijam tais esforços) e mentais 
(exames psicotécnicos). 
 
Aproveitando o ensejo, visto os exames psicotécnicos suscitarem muitas 
polêmicas, importante salientarmos que o STF julgando constitucional a 
realização de tais exames, desde que seus critérios de avaliação estejam 
previamente fixados e divulgados. Também é necessária a motivação e 
justificação dos resultados dos exames considerados “inaptos”. 
 
Seguindo no art. 5º, constatamos que a Lei nº 8.112/1990 continua a 
obedecer aos comandos constitucionais positivados no artigo 37. A reserva de 
vagas assegurada a pessoas portadoras de deficiência. Confiram: 
 
 
8 Fonte: Sítio oficial do Supremo Tribunal Federal (www.stf.jus.br) 
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“VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para 
as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua 
admissão;”9 
 
O limite de até 20% trazido pela Lei nº 8.112/1990 não pode ser analisado de 
forma absoluta, uma vez que a legislação que trata do acesso e participação 
das pessoas portadoras de deficiência (Lei nº 7.853, de 24/10/1989 e o 
Decreto nº 3.298, de 20/12/1999) assegura uma reserva mínima de 5%. 
Vejam: 
 
“Art. 37. Fica assegurado à pessoa portadora de deficiência o direito de 
se inscrever em concurso público, em igualdade de condições com os 
demais candidatos, para provimento de cargo cujas atribuições sejam 
compatíveis com a deficiência de que é portador. 
§ 1º O candidato portador de deficiência, em razão da necessária 
igualdade de condições, concorrerá a todas as vagas, sendo reservado 
no mínimo o percentual de cinco por cento em face da classificação 
obtida.”10 
 
Desta forma, os editais de concurso deverão prever esta reserva entre 5% e 
20% das vagas disponíveis para as pessoas portadoras de deficiências. 
 
O art. 207 da CF/1988, após a entrada em vigor da Emenda Constitucional nº 
11/1996, traz a previsão legal para a possibilidade de universidades e 
instituições de pesquisa científica e tecnológica federais proverem seus cargos 
com professores, técnicos e cientistas estrangeiros: 
 
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, 
administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao 
princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. 
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e 
cientistas estrangeiros, na forma da lei. 
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa 
científica e tecnológica. 
 
Para finalizarmos este importante dispositivo legal, é importante trazermos 
outra Súmula nº 266, agora do STJ, datada em 22/05/2002: 
“O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser 
exigido na posse e não na inscrição para o concurso público.”11 
 
 
9 Inciso VIII do art. 37 da CF/1988 
10 Art. 37 (caput e §1º) do Decreto nº 3.298/1999 
11
 Fonte: Sítio oficial do Superior Tribunal de Justiça (www.stj.jus.br) 
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Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato 
da autoridade competente de cada Poder. 
 
Estas autoridades competentes são: 
 
� Presidente da República; 
� Ministros; Poder Executivo 
� Dirigentes de autarquias e fundações públicas; 
 
� Presidente do Senado Federal; 
 Poder Legislativo 
� Presidente da Câmara dos Deputados; 
 
� Presidentes dos Tribunais - Poder Judiciário; 
 
� Presidente do Tribunal de Contas; 
 
� Procurador-Geral da República - Ministério Público Federal. 
 
Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. 
 
Novamente vou citar o prof. Celso Antonio Bandeira de Mello: 
 
 
 
POSSE 
“Ato de aceitação do cargo e um compromisso de bem-
servir.”12 
 
 
Art. 8º São formas de provimento de cargo público: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
III – ascensão e IV – transferência13 
V - readaptação; 
VI - reversão; 
VII - aproveitamento; 
VIII - reintegração; 
IX - recondução. 
 
 
12 MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. SP: Malheiros, 2010. 
13 Revogados pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 – incisos III e IV 
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Importante, neste ponto, a memorização das formas de provimento de cargo 
público originária (nomeação) e derivadas (promoção, readaptação, reversão, 
aproveitamento, reintegração e recondução), que serão abordadas 
individualmente a seguir, com a identificação de requisitos, características e 
demais disposições essenciais para diferenciação entre cada forma. 
 
Nomeação 
 
Art. 9º A nomeação far-se-á: 
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de 
provimento efetivo ou de carreira; 
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos 
de confiança vagos.14 
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou 
de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, 
interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das 
atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá 
optar pela remuneração de um deles durante o período da 
interinidade. 
 
Costuma-se falar que a nomeação é a forma de provimento inicial para os 
cargos federais subordinados ao Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos 
Civis da União (Lei nº 8.112/1990). 
 
 
NOMEAÇÃO 
“Ato formal, emanado do poder público, que atribui 
determinado cargo a pessoa geralmente estranha aos 
quadros do funcionalismo.”15 
 
Já podemos identificar e diferenciar as nomeações destinadas a duas situações 
com características bem diversas: 
� Regime estatutário do servidor investido em cargo efetivo e 
� Regime estatutário do ocupante de cargo em comissão de livre 
provimento e exoneração. 
 
Conforme estamos analisando, o regime estatutário do servidor público (para 
ambas as situações) é regido pelas disposições constitucionais contidas nos 
 
14 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 – inciso II e parágrafo único 
15 CRETELLA JUNIOR, José. Tratado de Direito Administrativo: o pessoal da administração pública. 2ª ed. 
Rio de Janeiro: Forense, 2005. 
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artigos 37, 38, 39, 40 e 41, que são regulamentadas pelo nosso objeto de 
estudo desta aula: a Lei nº 8.112/90. 
 
Trazemos, agora, um quadro comparativo com as principais diferenças entre 
estas 2 situações, baseado em informações retiradas do anexo do artigo “Não 
existe regime jurídico único na Administração Pública Brasileira”, de autoria de 
Valéria Salgado e Antonio Teixeira Leite16: 
 
NOMEAÇÃO 
ASPECTOS EM CARÁTER EFETIVO EM COMISSÃO 
Natureza 
Unilateral, imposto pelo Estado, cuja 
característica principal é a submissão 
às disposições estatais, aceitas no 
ato da investidura no cargo efetivo. 
Regido em grande parte por regras 
de natureza estatutária, sendo-lhes 
aplicadas regras dos empregados do 
setor privado no caso da previdência. 
Atribuições 
Públicas 
Exercem atividades finalísticas e de 
meio dos órgãos da Administração 
Direta, Autarquias e Fundações. 
Exercem atribuições de direção, 
chefia e assessoramento. 
Forma de 
acesso 
Por concurso público de provas ou 
provas e títulos. 
Livre nomeação, independente de 
concurso público. 
Estabilidade Estabilidade ao cargo efetivo, após 
estágio probatório (garantida na CF). 
Não tem estabilidade. 
Exoneração 
/Demissão 
Somente é possível por: 
- processo administrativo, 
- sentença judicial, 
- procedimento de avaliação 
(mediante disposições legais) ou 
- por excesso de despesa (CF:41§1º) 
Cargo Vitalício: só é possível por 
sentença judicial transitada em 
julgado (CF: art. 95 I) 
Livre exoneração. 
Organização 
dos cargos 
Em carreiras ou cargos isolados, 
criados por lei. 
Cargos não são distribuídos em 
classes, não havendo carreira. 
Funções de 
confiança 
São exclusivas de servidores públicos 
(CF: art. 37 XV) 
Não podem ser acumulados com 
cargo em comissão. 
 
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de 
provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de 
classificação e o prazo de sua validade. 
 
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o 
desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, 
serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de 
carreira na Adm. Pública Federal e seus regulamentos.17 
 
 
16 Artigo “Não existe regime jurídico único na Administração Pública Brasileira”, retirado do sítio oficial do 
MPOG: Gestão Pública (www.gespublica.gov.br) 
 
17 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 
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Não é à toa que estamos todos aqui estudando para um concurso público, 
afinal é a principal porta de acesso aos quadros da administração pública 
brasileira. 
 
O concurso público é a encarnação do princípio constitucional da 
impessoalidade: através de critérios de avaliação objetivos (provas e/ou 
títulos), com livre acesso a todos os interessados que preenchem os requisitos 
objetivos de inscrição, são escolhidas (aprovadas) as pessoas que irão 
ingressar nos quadros de pessoal da administração pública. 
 
Já trouxemos, em nota de rodapé, a transcrição do artigo 37-II da CF/1988 
que traz a determinação constitucional da prévia aprovação em concurso 
público para investidura em cargo ou emprego público. 
 
Concurso Público 
 
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, 
podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a 
lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, 
condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor 
fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio,
e 
ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente 
previstas.18 (Regulamento19) 
 
Algumas disposições contidas neste artigo devem ficar bem memorizadas por 
todos vocês: 
� O concurso será composto: 
- apenas de provas ou 
- de provas e títulos; 
� Poderá ser realizado em 2 etapas; 
� Inscrição do candidato condicionada ao pagamento do valor (edital); 
� Estipulação do valor da inscrição quando indispensável ao custeio do 
concurso; 
� Possibilidade de isenção da taxa de inscrição (edital). 
 
Este artigo ocasionou a edição de um regulamento para a citada isenção, que, 
atualmente em vigor, encontra-se no Decreto nº 6.593/2008, que regulamenta 
 
18 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 
19 Regulamento constante no Decreto nº 6.593, de 02/10/2008 
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o art. 11 da Lei nº 8.112, quanto à isenção de pagamento de taxa de inscrição 
em concursos públicos realizados no âmbito do Poder Executivo federal20. 
 
Apesar de não constar expressamente em nosso conteúdo programático, é 
importante conhecermos o teor deste regulamento, que, em virtude de sua 
pequena extensão, transcreveremos a seguir, para facilitar o estudo e a visão 
globalizada desta disposição. Decreto nº 6.593/2008: 
 
Art. 1º Os editais de concurso público dos órgãos da administração 
direta, das autarquias e das fundações públicas do Poder Executivo 
federal deverão prever a possibilidade de isenção de taxa de inscrição 
para o candidato que: 
I - estiver inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do 
Governo Federal - CadÚnico, de que trata o Decreto nº 6.135/2007; e 
II - for membro de família de baixa renda (Decreto nº 6.135/2007). 
§ 1º A isenção mencionada no caput deverá ser solicitada mediante 
requerimento do candidato, contendo: 
I - indicação do NIS21, atribuído pelo CadÚnico; e 
II - declaração de que atende à condição estabelecida no inciso II do 
caput. 
§ 2º O órgão ou entidade executor do concurso público consultará o 
órgão gestor do CadÚnico para verificar a veracidade das informações 
prestadas pelo candidato. 
§ 3º A declaração falsa sujeitará o candidato às sanções previstas em 
lei, aplicando-se, ainda, o disposto no parágrafo único do art. 10 do 
Decreto nº 83.936/1979. 
 
Art. 2º O edital do concurso público definirá os prazos limites para a 
apresentação do requerimento de isenção, assim como da resposta ao 
candidato acerca do deferimento ou não do seu pedido. 
Parágrafo único. Em caso de indeferimento do pedido, o candidato 
deverá ser comunicado antes do término do prazo previsto para as 
inscrições. 
 
Art. 3º Este Decreto também se aplica aos processos seletivos 
simplificados para a contratação de pessoal por tempo determinado 
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, 
de que trata o art. 37, inciso IX, da Constituição. 
 
Art. 4º Este Decreto entra em vigor na data da publicação. (03/10/08) 
 
Importante gravarmos a importância do edital do concurso, que é o 
instrumento hábil para determinar e prever as “regras do jogo”, em 
conformidade, é claro, com a legislação pertinente. 
 
20 Ementa do Decreto nº 6.593, de 02/10/2008 
21 NIS: Número de Identificação Social 
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Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, 
podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. 
§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua 
realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário 
Oficial da União e em jornal diário de grande circulação. 
§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato 
aprovado em concurso anterior com prazo de validade não 
expirado. 
 
Aqui encontramos outras regulamentações para a realização, 
acompanhamento e gestão dos concursos públicos: 
� Validade: de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, 
por igual período; 
� Publicidade do edital: no Diário Oficial da União e em jornal diário de 
grande circulação. 
 
Novamente a lei remete ao edital a fixação das regras do concurso (validade e 
condições de realização). 
 
 
Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato 
aprovado em concurso anterior com prazo de validade 
não expirado. 
 
Precisamos analisar esta vedação legal (acerca de novos concursos) com 
cautela e à luz do novo entendimento do Supremo Tribunal de Justiça (e isto 
serve para todos vocês que poderão se encontrar numa situação destas em 
algum concurso já prestado ou a realizar). 
 
O direito à nomeação de candidatos aprovados em concurso, historicamente, 
foi defendido pela Corte do STF como expectativa de direito à nomeação, que 
apenas se tornava direito, quando o candidato aprovado era preterido em 
nomeação de outro candidato, sem observância da classificação final do 
concurso. 
 
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Felizmente, hoje, nossos Ministros do STF estão “evoluindo seus 
entendimentos”22 e já existem julgados que trazem o direito à nomeação do 
candidato aprovado. 
 
Assim, caso o candidato aprovado dentro das vagas definidas no edital do 
concurso terá assegurado o direito à nomeação. Nada mais justo, não acham? 
Afinal, ao se estipular as vagas, entende-se que a administração pública traçou 
todo um planejamento, que deverá conter um levantamento dos cargos vagos 
e impacto financeiro-orçamentário oriundo com as novas nomeações. 
 
Se o edital é a “regra do jogo” e vincula todos os jogadores e árbitros 
(candidatos, administração pública e banca gestora do concurso), nada mais 
justo que a administração seja obrigada a preencher todas as vagas apontadas 
no edital, caso existam candidatos aprovados para efetivação de tal 
procedimento. 
 
Dito isto, voltemos à vedação contida no último “Ponto Importante”, para 
salientar que tendo sido nomeados candidatos aprovados para todas as vagas 
previstas no edital do concurso anterior, mesmo este estando válido, haverá a 
possibilidade da administração publicar novo concurso. 
 
Infelizmente, o “jeitinho brasileiro” (que costumo chamar, ao lado da 
famigerada prática de “levar vantagem em tudo”, das 2 piores chagas sociais 
de nosso país) já encontrou uma forma de driblar o novo entendimento do 
STF: os famosos concursos com vagas destinadas ao “Quadro de Reserva”, 
que, em teoria, desobriga a administração a nomear os candidatos melhores 
classificados nos concursos. Mas esta é uma discussão para outro momento, 
vamos nos ater a nossa matéria. 
 
Posse e Exercício 
 
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, 
no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as 
responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que 
não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das 
partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. 
 
22 Coloquei a expressão “evoluindo o entendimento”, por ser uma das principais justificativas
que nossas 
principais Cortes e Colegiados federais (STF, STJ, TCU, etc) utilizam quando há uma mudança de 
paradigma, jurisprudência ou forma de decidir as questões por eles analisadas e julgadas. 
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§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da 
publicação do ato de provimento.23 
§ 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de 
publicação do ato de provimento, em licença prevista nos incisos 
I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, 
VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o 
prazo será contado do término do impedimento. 
§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica. 
§ 4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por 
nomeação. 
§ 5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens 
e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao 
exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública. 
§ 6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse 
não ocorrer no prazo previsto no § 1º deste artigo. 
 
O artigo 13 traz importantes disposições acerca da posse, que é exclusividade 
do provimento de cargos por nomeação, possibilitando ao empossado sua 
ausência desde que haja procuração específica para tal substituição, devendo 
ocorrer no prazo de 30 dias (a partir da publicação). 
 
O termo de posse, que deverá ser assinado pelo servidor/procurador, conterá 
as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao 
cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer 
das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. 
 
O prazo da posse (30 dias) poderá ser postergado, caso o servidor esteja em 
licença (hipóteses elencadas neste dispositivo). 
 
É necessária a apresentação, no ato da posse, da declaração de bens e valores 
que constituem seu patrimônio. O empossando também deverá declarar o 
exercício, ou não, de outro cargo, emprego ou função pública. 
Quando a lei diz que o provimento tornar-se-á sem efeito quando não ocorrer 
a posse no prazo aqui estabelecido, significa que não haverá necessidade de 
exoneração ou demissão do servidor nomeado. Apenas ficando sem efeito 
aquele ato de provimento (nomeação). 
 
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção 
médica oficial. 
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for 
julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo. 
 
 
23 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 - §§ 1º, 2º e 4º 
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Já trouxemos as observações referentes às avaliações mentais e físicas que 
serão submetidas os potenciais e futuros servidores públicos.Vamos em frente: 
 
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do 
cargo público ou da função de confiança.24 
§ 1º É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em 
cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. 
§ 2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem 
efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não 
entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado 
o disposto no art. 18. 
§ 3º À autoridade competente do órgão ou entidade para onde 
for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercício. 
§ 4º O início do exercício de função de confiança coincidirá com 
a data de publicação do ato de designação, salvo quando o 
servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro 
motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o 
término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias 
da publicação. 
 
Aqui temos outro importante conceito: “exercício”. 
 
 
EXERCÍCIO 
“Efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou 
da função de confiança.” 
 
ENTRAR EM EXERCÍCIO 
Prazo de 15 dias, contados da data da posse, para o 
servidor empossado. 
 
Lembramos, ainda, que a autoridade competente do órgão ou entidade dará o 
exercício ao nomeado/designado no local onde este exercerá suas atividades. 
 
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do 
exercício serão registrados no assentamento individual do 
servidor. 
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará 
ao órgão competente os elementos necessários ao seu 
assentamento individual. 
 
Cada servidor deverá possuir uma pasta, que conterá as informações de sua 
vida funcional. Como não poderia deixar de ser, as informações referentes ao 
 
24 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 – caput e §§ 
AULA 01 
Noções da Lei nº 8.112/1990 e Alterações P/TST – Teoria e Exercícios 
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seu exercício (entrada, suspensão, interrupção, reinício, etc.) deverão ser 
anotadas neste histórico. 
 
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é 
contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de 
publicação do ato que promover o servidor.25 
 
Outro dispositivo de interpretação, entendimento e aplicação imediatos: a 
contagem de tempo de serviço não é interrompida com promoções. 
 
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município 
em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido 
ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no 
máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, 
para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do 
cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o 
deslocamento para a nova sede.26 
§ 1º Na hipótese do servidor encontrar-se em licença ou 
afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será 
contado a partir do término do impedimento. 
§ 2º É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no 
caput. 
 
Outro artigo com interpretação e aplicação direta: caso o servidor deva ter 
exercício em outro município (remoção, redistribuição, requisição, cessão ou 
exercício provisório), a Lei lhe concede um prazo de 10 a 30 dias da data de 
publicação do ato para entrada em exercício na nova sede. 
 
Apesar de o servidor poder declinar de tais prazos, o prazo de 10 dias lhe 
garante um período mínimo para providenciar as mudanças, uma vez que, em 
via de regra, o prazo é estipulado pela Administração, que considerará as 
situações de cada caso concreto (distâncias do deslocamento, situações 
familiares, facilidades/dificuldades da mudança, etc.). 
 
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em 
razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, 
respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta 
horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e 
oito horas diárias, respectivamente.27 
§ 1º O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança 
submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, 
 
25 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 
26 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 – todo o artigo 
27 Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17/12/1991 – caput e §2º 
AULA 01 
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