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TRAB-COMPETENCIAS PROFISSIONAIS-Grupo

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
FACULDADE MUNICIPAL DE PROMISSÃO – FAMUP
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS – 7ª SÉRIE
PROFESSORA ELISA CLÉIA PINHEIRO RODRIGUES NOBRE
DÉBORA JORGE DE OLIVEIRA. RA: 367282.
IVO ROBERTO AUGUSTINHO DA SILVA. RA: 367334.
MARA CRISTINA QUAGLIO. RA: 367390.
MARIA VERÔNICA ARAÚJO DIOGO. RA:367400.
SUELY SALAZAR DE LIMA. RA: 367476.
AS COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS DO SERVIÇO SOCIAL E A REALIDADE CONCRETA DO ASSISTENTE SOCIAL.
PROMISSÃO – SP
2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................2
I. FORÇAS E DEMANDAS NO CONTEXTO DA ELABORAÇÃO DA LEI 8.662/1993...................................................................................................................................3
II. RELEVÂNCIA E PRINCIPAIS ASPECTOS PARA O EXERCÍCIO DO SERVIÇO SOCIAL......................................................................................................................................6
III. PRINCIPAIS ASCPECTOS DA RESOLUÇÃO CFESS Nº 569 DE 25 DEMARÇO DE 2010.............................................................................................................................................8CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................11
ANEXOS..................................................................................................................................12
INTRODUÇÃO
O objetivo proposto neste trabalho é apresentar um relatório de pesquisa sobre o desempenho do assistente social, considerando-se a temática relacionada à concepção conservadora que norteou a profissão durante muitas décadas e que ainda hoje está presente nas concepções profissionais de parte dos assistentes sociais, apesar de haver algumas correntes progressistas espelhadas em uma vanguarda profissional extremamente proativa.
A relevância desta proposta de trabalho é mencionar ao acadêmico a vinculação agregada da teoria com a prática e sua importância para o melhor conhecimento das articulações entre a legislação em vigor, os problemas e desafios encontrados pelos assistentes sociais no exercício profissional.
Neste contexto, uma das principais finalidades é ressaltar a interpretação e análise crítica da legislação em vigor, com ênfase para a Lei Federal n.º 8.662, de 7 de junho de 1993.São igualmente analisados dados históricos e fatos relevantes sobre o papel do Serviço Social na sociedade contemporânea, a questão do exercício das competências profissionais no movimento da realidade concreta e o desenvolvimento da prática em diversos âmbitos de atuação dos assistentes sociais, considerando-se a aplicação da teoria para a interpretação das demandas postas no cotidiano profissional.
I.FORÇAS E DEMANDAS NO CONTEXTO DA ELABORAÇÃO DA LEI 8.662/1993.
A criação e o funcionamento dos Conselhos Profissionais têm origem na década de 1950, como conseqüência do processo de regulamentação das profissões no Brasil para disciplinar, normalizar e fiscalizar a atividade profissional das respectivas categorias. Os Conselhos têm caráter basicamente corporativo, com função controladora e burocrática. São entidades sem autonomia, criadas para exercerem o controle político do Estado sobre os profissionais. O Serviço Social foi uma das primeiras profissões da área social a ter aprovada sua lei de regulamentação profissional, a Lei Federal n.º 3252, de 27 de agosto de 1957, posteriormente regulamentada pelo Decreto Federal n.º 994 de 15 de maio de 1962 – esta data ficou instituída como Dia do Assistente Social e passou a ser comemorada anualmente pela categoria profissional. 
Através do Decreto Federal n.º 994/1962, em seu artigo 6.º ficou determinado que a disciplina e a fiscalização do exercício profissional caberiam ao Conselho Federal de Assistentes Sociais – CFAS e aos Conselhos Regionais de Assistência Social – CRAS, criando legalmente estes conselhos que hoje são denominados como Conselho Federal de Serviço Social – CFESS e Conselhos Regionais de Serviço Social – CRESS. Os Conselhos Profissionais nos seus primórdios se constituíram como entidades autoritárias que não primavam pela aproximação com os profissionais das respectivas categorias, nem se constituíam num espaço coletivo de interlocução. A fiscalização se restringia à exigência da inscrição do profissional e seu respectivo pagamento de taxas. Cabe ressaltar que a concepção conservadora das entidades era o reflexo da perspectiva vigente das profissões, que se orientavam por pressupostos acríticos e despolitizados face ao caldo de cultura extremamente conservador da época. Tais características também marcaram a origem do Serviço Social e o inicio da organização da categoria.
O primeiro Código de Ética Profissional do Assistente Social foi elaborado pela Associação Brasileira de Assistentes Sociais – ABA, em 1948. Contudo, em 1979, uma vanguarda profissional assume a organização nacional da categoria e desencadeia o Movimento de Reconceituação, com um novo posicionamento da categoria e das entidades do Serviço Social sendo assumido a partir do III Congresso Brasileiro de Assistência Social – CBAS, realizado na cidade de São Paulo no mesmo ano de 1979, conhecido no meio profissional como o Congresso da Virada, devido “ao seu caráter contestador e de expressão do desejo de transformação da práxis político-profissional do Serviço Social na Sociedade Brasileira” (CFESS-1996).
A partir da década de 80 a categoria profissional passa a sinalizar claramente seu caminho progressista, com a aprovação de diversas medidas concretas nesse sentido, como as novas diretrizes curriculares em 1982 para os cursos de formação, o novo Código de Ética de 1986 – que foi aprimorado em 1993, resultando no atual Código de Ética. Sobretudo, o maior marco de regulamentação profissional progressista talvez tenha sido a Lei Federal n.º 8.662/1993, que revoga os preceitos legais anteriores e estabelece novos critérios de regulamentação da profissão em sintonia com os avanços obtidos até então.
Uma das principais inovações da Lei Federal n.º 8.662/1993 diz respeito à inserção das competências e atribuições privativas dos assistentes sociais, estabelecidos respectivamente nos artigos 4º e 5º. Cumpre observar nesse sentido que a lei de regulamentação anterior utilizava equivocadamente o termo prerrogativas. Na Lei atual as competências não se restringem ao exercício profissional do assistente social, podendo ser desenvolvidas por profissionais de outras áreas. Já as atribuições privativas são exclusivas dos assistentes sociais e, uma vez exercidas por profissionais de outras áreas ou pessoas não classificadas, pode ser caracterizado o exercício ilegal da profissão do Assistente Social. Eis os referidos dispositivos da Lei n.º 8.662/1993:
Art. 4º: Constituem competências profissionais do Assistente Social:
I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares; 
II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da sociedade civil; 
III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população;
IV – (Vetado); 
V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos; 
VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais; 
VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da realidade social e para subsidiarações profissionais; 
VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às matérias relacionadas no inciso II deste artigo; 
IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade; 
X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de Unidade de Serviço Social; 
XI - realizar estudos sócio-econômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades. 
Art. 5.º: Constituem atribuições privativas do Assistente Social:
I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, programas e projetos na área de Serviço Social; 
II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço Social; 
III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social; 
IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a matéria de Serviço Social; 
V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto a nível de graduação como pós-graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e adquiridos em curso de formação regular; 
VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social; 
VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de graduação e pós-graduação; 
VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa em Serviço Social; 
IX - elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras de concursos ou outras formas de seleção para Assistentes Sociais, ou onde sejam aferidos conhecimentos inerentes ao Serviço Social; 
X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados sobre assuntos de Serviço Social; 
XI - fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e Regional; 
XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou privadas; 
XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em órgãos e entidades representativas da categoria profissional (BRASIL, Lei Federal n.º 8662/1993).
II.RELEVÂNCIA E PRINCIPAIS ASPECTOS PARA O EXERCÍCIO DO SERVIÇO SOCIAL.
Diante das transformações societárias, o Serviço Social tende a acompanhar as tendências societárias, entretanto, conforme a composição da profissão vai cada vez mais sendo preenchida por camadas populares próximas da classe trabalhadora, se verificam avanços progressistas, vinculado a esta última.
Portanto, cabe ao assistente social buscar novas formas de intervenção que acompanhe as mudanças, pois, como afirma Fávero (2009), na verdade:
[...] o assistente social é um profissional que trabalha permanentemente na estrutura, conjuntura e cotidiano, e é no cotidiano que as determinações conjunturais se expressam e aí é que se coloca o desafio de garantir o sentido e a direção da ação profissional (FÁVERO, 2009, p. 159).
O objeto de trabalho pelo qual o assistente social atua é essencial para o desenvolvimento para um processo de trabalho consistente, conhecer como a questão social se manifesta no cotidiano dos sujeitos sociais e suas formas de organização e resistência é imprescindível para que tenham subsídios para construir coletivamente alternativas para seu enfrentamento. O centro da questão social está enraizado no conflito entre capital versus trabalho, suscitado entre a compra (detentores dos meios de produção) e venda da força de trabalho (trabalhadores) que geram manifestações e expressões que são divididas por sua vez, entre a geração de desigualdades: desemprego, exploração, analfabetismo, fome, pobreza, entre outras formas de exclusão social que constituem as demandas de trabalho dos assistentes sociais; expressadas também pelas diferentes formas de rebeldia e resistência.
A finalidade do trabalho do assistente social esta voltada para a intervenção nas diferentes manifestações da questão social com vistas a contribuir com a redução das desigualdades e injustiças sociais, como também fortalecer os processos de resistência dos sujeitos, na perspectiva da democratização, autonomia dos sujeitos e do seu acesso a direitos.
O serviço social no inicio do século XX, nasce como uma profissão prático-interventiva, através de várias instituições prestadoras de serviços que atendiam as necessidades sociais de uma parcela da sociedade excluída do acesso a riqueza. No campo educacional, o Serviço Social surgiu em 1906 nos Estados Unidos quando os Centros Sociais designaram visitadoras para esclarecer uma ligação com as escolas do bairro, a fim de averiguar as causas de as famílias não enviarem seus filhos para a escola, as razões da evasão escolar ou a falta de aproveitamento das crianças e a adaptação destas à escola. Outros trabalhos na área escolar eram especializados no setor da saúde, resolvendo problemas de aprendizagem relacionados à saúde dos alunos (VIEIRA, 1997, p. 67).
No Brasil, há relatos históricos de que os Estados de Pernambuco e Rio Grande do Sul no ano de 1946 foram pioneiros no debate e no inicio do trabalho a cerca do Serviço Social Escolar, no Rio Grande do Sul o Serviço Social foi implantado como Serviço de Assistência Escolar na antiga Secretaria de Educação e Cultura, sendo suas atividades voltadas à identificação de problemas sociais emergentes que repercutissem a adaptação dos escolares ao seu meio e o equilíbrio social da comunidade escolar. De acordo com Amaro (1997), os assistentes sociais eram requisitados a intervir em situações escolares consideradas desvios, defeito ou anormalidade social. (AMARO, 1997, p. 51). Até meados da década de 1970, o Serviço Social teve uma vinculação ideológica por subordinação ou por opção ao projeto político do Estado legitimando a ordem vigente.
Mas como Movimento de Reconceituação fundamentado nos desdobramentos críticos da formação de uma nova identidade profissional, com ações voltadas às demandas da classe trabalhadora e no rompimento com um Serviço Social conservador e tradicional, é que a intervenção no contexto educacional ganhou novas perspectivas e destaque, especialmente na década de 1980. O Serviço Social recentemente tem sido reconhecido como profissão fundamental na perspectiva curricular da educação e ocupando espaços importantes no processo de execução da política educacional.
Segundo Iamamoto (2008):
Sabe-se que um dos maiores desafios que o Assistente Social vive na atualidade “é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano”, buscando se adequar e se preparar para os novos e constantes desafios sociais. (IAMAMOTO, 2008, p. 20).
III. PRINCIPAIS ASCPECTOS DA RESOLUÇÃO DO CFESS Nº 569, DE 25 DE MARÇO DE 2010.
O Conselho Federal de Serviço Social – CFESS se propôs por meio da Resolução CFESS 569, de 25 de março de 2010, expor elementos que julgavam fundamentais ao esclarecimento e total compreensão da categoria, tendo por base a vedação da realização de terapias associadas ao titulo e/ou ao exercício profissional do assistente social. Por meio de tal abordagem buscou-se delimitar uma das fronteiras que não devem ser ultrapassadas no que se refere às reais atribuições e competências legais do Serviço Social, conforme a Lei n.º 8.662/1993. Trata-se de evitar confusões quanto às atribuições privativas dos psicólogos e dos assistentes sociais, uma vez que ambos os profissionais costumam trabalhar em conjunto em diversos órgãos públicos, nas equipes multidisciplinares. 
Historicamente, surgiram questionamentos sobre Práticas Terapêuticas no Serviço Social Brasileiro,cerca de 14 anos atrás. Desde então são realizadas analises e reflexões acerca do assunto.
Vale destacar os artigos 4º e 5º da Lei 8.662/1993, esclarecendo que as atividades desenvolvidas pelos Assistentes Sociais devem estar de acordo com sua formação profissional e as de sua competência, em qualquer campo ou área desde que esteja devidamente habilitado a partir de sua inscrição no respectivo Conselho Regional de Serviço Social. Sendo assim, devem viabilizar: capacitação teórico-metodológico e ético-politico, como requisito fundamental para o exercício de atividades técnico-operativas, o que inclui buscar a: Compreensão do significado social da profissão e de seu desenvolvimento sócio-histórico, nos cenários internacionais e nacionais, aplicando as possibilidades de ação contidas na realidade; identificação dos questionamentos existentes na sociedade, visando a formular respostas profissionais para o enfrentamento da questão social; a realização de terapias não possui relação com a formação profissional estabelecida nas diretrizes curriculares do curso de graduação em Serviço Social, aprovadas pela Resolução CNE/CES/MEC nº 15, de março de 2002, sendo incompatíveis com as competências e atribuições da Lei 8.662/1993; Em corroboração a realização de terapias não constitui matéria, conteúdo ou objeto do curso de graduação em Serviço Social. 
A Constituição Federal de 1988 concede a plena liberdade do exercício profissional, porém admite a fixação de exigências quanto à qualificação, para o exercício profissional das profissões.
Considerando a discussão e deliberação do XXXVII Encontro Nacional CFESS/CRESS, realizada nos dias 25 a 28 de setembro de 2008 em Brasília/DF, ratificada pelo XXXVIII Encontro Nacional CFESS/CRESS, realizado nos dias 06 a 09 de setembro de 2009 em Campo Grande/MS resolve: 
Art. 1º A realização de terapias não constitui atribuição e competências do Assistente Social;
Art. 2º Para fins dessa Resolução consideram-se como terapias individuais, grupais e/ou comunitárias;
a) Intervenção profissional que visa a tratar problemas somáticos, psíquicos, ou psicossomáticos, suas causas e seus sintomas;
b) Atividades profissionais e/ou clínicas com fins medicinais, curativos, psicológicos e/ou psicanalíticos que atuem sobre a psique.
Art. 3º Fica vedado ao Assistente Social vincular, ou associar ao titulo de Assistente Social e/ou exercício profissional as atividades definidas no artigo 2º desta Resolução:
Parágrafo Primeiro - O Assistente Social, em seu trabalho profissional com indivíduos, grupos e/ou famílias, inclusive em equipe multidisciplinar ou interdisciplinar, deverá ater-se as suas habilidades, competências e atribuições privativas previstas na Lei 8.662/1993, que regulamenta a profissão de Assistente Social;
Parágrafo Segundo – A presente Resolução assegura a atuação profissional com indivíduos, grupos, famílias e/ou comunidade, fundamentada nas competências e atribuições estabelecidas na Lei 8.662/1993, nos princípios do Código de Ética do Assistente Social e nos fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do Serviço Social previstos na Resolução CNE/CES/MEC nº 15, de 13 de março de 2002, garantindo o pluralismo no exercício profissional.
Art. 4º O não cumprimento dos termos da presente Resolução implicará, conforme o caso, na apuração das responsabilidades disciplinares e/ou éticas, nos termos do Código de Ética do Assistente Social, regulamentado pela Resolução CFESS nº 273/93, de 13 de março de 1993.
Parágrafo Único – A apuração da responsabilidade disciplinar e/ou ética, de que trata o “caput” do presente artigo, dar-se-á por meio dos procedimentos previstos pelo Código Processual de Ética, regulamentado pela Resolução CFESS nº 428/2002.
Art. 5º O Conselho Federal de Serviço Social e os Conselhos Regionais de Serviço Social deverão se incumbir de dar plena e total publicidade a presente norma, por todos os meios disponíveis, de forma que ela seja reconhecida pelos Assistentes Sociais bem como pelas instituições, órgãos ou entidades no âmbito do Serviço Social (CFESS/CRESS, 2009).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por um longo período, o Serviço Social, esteve vinculado a uma concepção que buscava apreender a natureza da profissão de maneira auto-explicativa, de si mesmo. Entretanto, o avanço realmente progressista na área decorreu da vinculação da categoria profissional às demandas postas pela classe trabalhadora assalariada e pelo conhecimento destas.
A concepção da profissão derivou um conjunto de papéis e funções, próprias do Serviço Social no interior das organizações sociais, particularmente, a ação educativa em situações problemas dos indivíduos, grupos ou coletividades. Se a sociedade vem sofrendo alterações em seu modo de organização, a profissão e as práticas desempenhadas pelos Assistentes Sociais também se alteram. A relação do Assistente Social com o sujeito do seu trabalho permite a construção de novas formas de pensar e agir, diante dos problemas que surgem e que necessitam de sua intervenção, refletir sobre a possibilidade de novos métodos de ação frente às problemáticas vivenciadas, que possibilitaram no agir profissional a compreensão crítica das demandas postas. 
A pesquisa efetuada se concentrou no conhecimento necessário básico da legi8slação e normatização de regulamentação do Serviço Social, sobretudo das atribuições contidas na lei 8.662/1993, de 7 de junho de 1993, e sua aplicação prática no exercício do Serviço Social, discutindo desde como se deu a criação e funcionamento dos Conselhos de Fiscalização das profissões no Brasil, da década de 50 até os dias de hoje. 
No decorrer da pesquisa, é possível observar que os campos de trabalho dessa profissão têm se ampliado de forma interessante, mas que a manutenção das diretrizes que regem a profissão precisam ser observadas com responsabilidade. Dessa forma, os profissionais têm peso fundamental na manutenção e aprimoramento dos instrumentos legais de intervenção na realidade social, pois a realidade é um processo dinâmico e que, por estar literalmente ligado às mudanças e demandas sociais, o Serviço Social necessita de implementação e atualização constante em sua forma de atuação.
Hoje, o que se espera é de que o profissional Assistente Social busque construir um perfil profissional, conquistando novos espaços que possibilitem ações e intervenções mais construtivas, ousadas, estratégicas, propositivas, destemidas e comprometidas com a transformação social do local onde atua.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Associação Brasileira de Normas Técnicas. Projeto de Pesquisa e trabalho acadêmico. NBR 15287. Disponível em: <www.ulbra.br/bibliotecas/files/abnt2011.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2015.
BAPTISTA, Miryan. V; BATTINI, Odária. A prática profissional do assistente social: teoria, ação, construção de conhecimento. São Paulo: Veras, 2011.
BRASIL. Lei Federal n.º 8662, de 7 de junho de 1993: Dispõe sobre a profissão de Assistente Social e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8662.htm>. Acesso em: 01 abr. 2015.
Conselho Federal de Serviço Social. Antecedentes: a origem sob controle estatal. Disponível em: <http://www.cfess.org.br/cfess_historico.php>. Acesso em: 01 abr. 2015.
_____ . Resolução n.º 569, de 25 de março de 2010: Dispõe sobre a vedação da realização de terapias associadas ao título e/ou ao exercício profissional do assistente social. Disponível em: <http://www.cfess.org.br/arquivos/RES.CFESS_569-2010.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2015.
______ . Socializar riqueza para romper desigualdade: mediações e desafios do projeto ético-político nacional. Campo Grande: 6 a 9 de setembro de 2009, XXXVIII Encontro Nacional CFESS-CRESS. Disponível em: <http://www.cfess.org.br/arquivos/38encontro-deliberacoes.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2015.
FÁVERO, E. T; MELÃO, Magda Jorge; JORGE, Maria Rachel Tolosa. Serviço Social e a Psicologia do Judiciário: Construindo saberes, conquistando direitos. São Paulo: Cortez, 2005.
IAMAMOTO,M.V.O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 2008.
ANEXO – A
QUESTIONÁRIO DE ENTREVISTA – ASSISTENTE SOCIAL NA ÁREA DA SAÚDE
Participante voluntária: Lucimara Contel Evangelista. CRESS n.º50.092 – 9.ª Região/SP.
I- Quais os maiores desafios encontrados hoje pelo Assistente Social?
R: Um dos maiores desafios é desenvolver um trabalho comprometido na execução das políticas públicas e sociais, com a escassez de recursos materiais que espelham o descaso do poder público com o cidadão e com os servidores.
II- O Assistente Social é um profissional que pode ser requisitado para o planejamento, a gestão e a execução de políticas, programas, projetos e serviços sociais. Qual é a finalidade desta instituição na área da saúde?
R: A finalidade desta instituição é prestar um auxílio em medicamentos de uso continuo e ou eventual, não disponíveis pelo SUS. Atende-se também com suplementos alimentares, nutrição enteral, fraldas descartáveis, além de órteses e próteses, auxilio em lentes oculares, empréstimo de cadeira de rodas e de banho, muletas, e auxilio de balão de oxigênio. Desta forma garantindo aos usuários os direitos preconizados pelo Sistema Único de Assistência Social (SUAS) interligando-o ao Sistema Único de Saúde (SUS).
III- Como o Assistente Social deve gerenciar o seu fazer para que não caia em uma prática acomodada e sem resultados?
R: A compreensão e explicação da realidade é um dos instrumentos principais no trabalho do assistente social, pois estes auxiliam no enfrentamento de novos desafios, capacitando-o na possibilidade de reinventar o seu trabalho cotidiano, buscando novas formas de intervenção diante das demandas que se apresentam no dia a dia para o assistente social.
Término da entrevista

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