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* Silvana Marcussi Estrutura e Função de Proteínas * Proteínas são polímeros lineares de aminoácidos (ligações peptídicas) resíduo: cada aa perde 1 átomo de H de seu grupo amino e a parte hidroxila de seu grupo carboxila. * Proteínas Oligopeptídeo (12 a 20)/ Polipeptídeo (> 20) Cadeias polipeptídicas 1 cadeia polipeptídica – proteína monomérica mais que uma – proteína multimérica. - Homomultímero – 1 tipo de cadeia. - Heteromultímero – 2 ou mais tipos de cadeias. Hemoglobina: heterotetramero (2 cadeias alpha e 2 beta). * Resíduo da extremidade que exibe grupo amino = N-terminal. Resíduo da extremidade que exibe grupo carboxila = C-terminal. Ligações covalentes – peptídicas e dissulfeto (estrutura primária). Ligações não covalentes – ligações de H, e interações hidrofóbicas, de van der Waals e iônicas (estruturas secundária, terciária e quaternária). * Diferem em tipos de aa e quantidade de cada um deles. Somente por aa – proteínas simples. Contém componentes químicos associados (Grupo prostético) proteínas conjugadas (glicoproteína, lipoproteína, fosfoproteína, metaloproteína, hemoproteína). * Arranjos particularmente estáveis dos resíduos (estrutura secundária) - hélice; folha - e dobra - . Dobramento tridimensional (estrutura terciária). Arranjo espacial de 2 ou mais subunidades polipeptídicas (estrutura quaternária). A estrutura primária determina o dobramento em uma estrutura tridimensional característica e isso determina sua função. * Proteínas fibrosas: cadeias polipeptídicas em arranjos de folhas ou feixes (fornecem suporte e proteção), colágeno (ossos, tendões, pele e ligamentos) e queratina (unhas, cabelos, penas e bicos). Proteínas globulares: cadeias enoveladas em formas esféricas ou globulares (enzimas e proteínas regulatórias). Estrutura supersecundária: Motivos (“Motifs”), dobras (“folds”), são arranjos particularmente estáveis de diversos elementos de estrutura secundária e das conexões entre eles. * Para elucidação da estrutura e caracterização funcional é preciso ter a proteína pura: Cromatografias (tamanho, carga, afinidade). * Cromatografia de Troca Iônica * Cromatografia de Filtração em gel * Cromatografia de Afinidade * PAGE * Focalização isoelétrica - (pI): mistura de ácidos e bases orgânicos de baixo peso molecular (anfólitos) sob a ação de campo elétrico ao longo de um gel /estabelecendo um gradiente de pH. As proteínas migram no gel até alcançar a região pH = pI A carga líquida de cada proteína neste ponto é zero e elas param de migrar. * Eletroforese bidimencional: focalização com SDS-PAGE. Gel de focalização é posto sobre o SDS, separando as proteínas de mesmo pI e Mr diferentes, e as de mesmo Mr e pI diferentes. * Sequenciamento de polipeptídeo – Degradação de Edman – marca e remove apenas o N-terminal. O peptídeo reage com fenilisotiocianato e o resíduo é removido na forma do derivado feniltioidantoína. N-terminal é removido e identificado, deixando um novo N-terminal exposto podendo ser também marcado e removido. Sequenciador de proteínas (> 50 resíduos). * Pontes dissulfeto podem ser rompidas: oxidação com ácido perfórmico produzindo 2 resíduos de ácido Cistéico. redução com ditiotreitol (DTT) ou β-mercaptoetanol que forma resíduos de Cys devendo seguir com carboxilação pelo iodoacetato evitando que as ligações dissulfeto se refaçam. * Clivagem peptídica por proteases: catalisam a clivagem hidrolítica de ligações peptídicas * Proteínas não são rígidas podendo mudar de conformação na presença de um ligante. Interações covalentes: forças mais importantes para a estabilidade da estrutura específica de cada proteína. Proteína nativa: quando está em qualquer de suas conformações enoveladas funcionais. * Desnaturação: perda da estrutura tridimensional suficiente p/ causar perda da função. Calor (afeta interações fracas, principalmente ligações de H); pH, solventes orgânicos (álcool e acetona); outros solventes: uréia e cloridrato de guanidíneo; Detergentes. Renaturação (chaperoninas): proteínas que interagem com polipeptídeos parcialmente ou inadequadamente enovelados, facilitando as vias corretas de enovelamento. * Funções das Proteínas Enzimas – Ribonuclease. Proteínas reguladoras – Insulina. Transportadoras e armazenadoras – Hemoglobina, albumina, lipoproteínas, ferritina. Sustentação e Estruturais – Colágeno, elastina, queratina. Contrácteis - Actina, Miosina. Imunidade – anticorpos e complemento. Impulsos nervosos – receptores (rodopsina na retina). Controle de crescimento – fatores de crescimento e hormônios. Coagulação – trombina, plasminogênio. Nutrição – caseína, albumina. Toxinas - toxinas botulínica e diftérica, veneno de cobra, ricina. Proteínas exóticas – Anti-congelante em peixes. * Enzimas: ligam-se a outras moléculas (substratos) e as transformam quimicamente (catalisam reações). Sítio de ligação: sítio catalítico. Podem apresentar diferentes formas induzidas pela ligação de moduladores (passam de formas mais ativas a menos ativas). * Evolução de animais multicelulares: proteínas capazes de transportar e armazenar oxigênio. Ferro: incorporado a um grupo prostético (heme) ligado a uma proteína (hemoglobina e mioglobina). * Hemoglobina: transição de um estado de baixa afinidade pelo O2 (estado T) para um estado de alta afinidade pelo O2 (estado R) a medida que aumenta o número de O2 ligados a ela. * Hemoglobina: transporta H+ e CO2 (produtos da respiração celular), dos tecidos para pulmões e rins (excretados). CO2 é hidratado = bicarbonato (reação catalisada pela anidrase carbônica). hidratação do CO2 → ↑ H+ e consequente ↓ pH. Ligação de O2 pela hemoglobina é influenciada pelo pH e pela [ CO2 ]. * A ligação de H+ e CO2 é inversamente proporcional a ligação de O2. ↓ pH e ↑ [ ] CO2 nos tecidos periféricos, a ligação de H+ e CO2 leva a baixa afinidade da hemoglobina pelo O2 e sua liberação nos tecidos. Capilares do pulmão, excreção de CO2 e elevação de pH, ↑ afinidade da hemoglobina pelo oxigênio, ligando mais O2 para transportar para os tecidos. Fisiologista Christian Bohr: efeito de Bohr * 2,3 bifosfoglicerato: regula a ligação da hemoglobina ao O2. altitudes elevadas ou pessoas com hipóxia: ↑ [ ] desta enzima que se liga a desoxihemoglobina, ↑ liberação de O2 nos tecidos. * Anticorpos ou Imunoglobulinas (30% das proteínas do plasma) produzidos por linfócitos B: - ligam a bactérias, vírus ou macromoléculas, marcando-os para serem destruídos. * Especificidade anticorpo/ antígeno: resíduos de aa dos domínios variáveis. Policlonais: produzidos por muitos linfócitos B diferentes respondendo a um mesmo antígeno (ex: proteína injetada em animal). Monoclonais: produzidos por uma população de linfócitos B idênticos (clones), anticorpos homogêneos e todos reconhecem o mesmo epitopo. * Epítopo: estrutura característica na superfície do antígeno e reconhecida pelo anticorpo ou receptor de cél. T. Células apresentadoras de antígeno: possuem o complexo principal de histocompatibilidade (MHC) que liga a um antígeno para que este seja apresentado. * Célula T complexada a células infectada, expressa receptores para as proteínas sinalizadoras (interleucinas). Célula T assassina: liberam perforina, liga a membranas de células alvo, formando poros e levando-as à morte. Linfócitos T: proteínas de superfície que reconhecem células infectadas (marcadas para morrer) ou parasitas. Linfócitos T auxiliadores: sintetizam proteínas sinalizadoras chamadas citocinas (ex: interleucinas que estimulam a proliferação de células T e B). * Células B: secretam anticorpos que ligam aos antígenos recrutando cerca de 20 proteínas celulares (Sistema Complemento). - Destroem capas de vírus. - Produzem poros na parede celular de bactérias. * Elisa * Agregados de proteínas motoras: alimentados por energia resultante da hidrólise de ATP. Base da contração muscular; Migração de organelas ao longo de microtúbulos; Rotação dos flagelos das bactérias; Movimento de certas proteínas ao longo do DNA. * Miosina e actina: passam por interações transitórias e deslizam uma sobre a outra causando a contração. * Proteínas: componentes essenciais para a vida Referências - Reginald Garrett and Charles Grisham. Biochemistry, 2ª edição. David L. Nelson e Michael M. Cox. Lehninger Princípios de bioquímica, 3ª edição. - Donald Voet, Judith G. Voet e Charlotte W. Pratt. Fundamentos de bioquímica.
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