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AÇÃO “Direito de ser provocar a tutela jurisdicional do Estado, que será exercido mediante o processo, independente da existência ou não do direito material invocado”. É um direito público, pois de dirige contra o Estado-juízo. É subjetivo porque todo lesado em seu direito tem o direito de provocar a tutela jurisdicional. TEORIAS Teoria imanentista: a ação é aderida ao direito, de forma que ela só existe se existir também o direito material (Savigny e CC/1916) Teoria da ação como direito autônomo e concreto: o direito de ação só existe quando a sentença for favorável Teoria da ação como direito autônomo e abstrato: a ação não tem qualquer relação de dependência com o direito material Teoria eclética: a ação é o direito a uma sentença de mérito, seja qual for o seu conteúdo (Liebman e CPC) CONDIÇÕES DA AÇÃO Requisitos para se obter um pronunciamento de mérito. Podem ser conhecidas de ofício pelo juiz (matéria de ordem pública). Se ausentes, levam à extinção do processo sem resolução do mérito (“carência de ação”). Possibilidade jurídica do pedido O pedido não pode contrariar o ordenamento jurídico Interesse de agir (necessidade/adequação) A propositura da ação deve ser indispensável para que obtenha o bem desejado (necessidade) O meio processual deve ser apto para produzir o resultado (adequação) Legitimidade para agir (legitimidade “ad causam”) Deve haver uma correspondência entre a causa em discussão e as pessoas que irão litigar sobre ela •Exame das condições da ação Nem sempre é possível diferenciar com facilidade, no caso concreto, o que é mérito e o que é condição da ação. TEORIA DA EXPOSIÇÃO: As condições devem ser provadas pelas partes. TEORIA DA ASSERÇÃO: As condições da ação são precisam ser provadas. Basta apenas a mera afirmação pela parte na inicial ELEMENTOS DA AÇÃO Devem ser indicados na petição inicial (CPC, art.282) Tem importância para determinar a existência de litispendência, coisa julgada, continência e conexão. Quem pede? O que se pede? Por qual razão se pede? Conta quem se pede? PARTES (Quem pede e contra quem se pede?) É quem participa da relação jurídico processual e se submete ao contraditório Pode ou não coincidir com as partes da relação de direito material Substituição Processual ou Legitimidade Extraordinária (CPC, art.6º) O substituto processual (legitimado extraordinário) age em nome próprio, mas atua no interesse de terceiro (substituído). Ex: Sindicado que defende interesses dos associados (CF, art.8º, III); ou Ministério Público que defende direitos coletivos (CF, art.129, III). PEDIDO (O que se pede?) É a pretensão formulada contra o Estado-juízo Imediato – Qual o tipo de tutela? Mediato – Qual o bem jurídico pretendido? O pedido serve de parâmetro para fixação do valor da causa (CPC, art.259) Também limita a atuação do magistrado, que não pode decidir aquém (citra), além (ultra) ou fora (extra) do pedido - Princípio da Congruência ou Adstrição (CPC, 128 e 460) CAUSA DE PEDIR (Por qual razão se pede?) A inicial deve expor os fatos que justificam o pedido e também deve indicar quais as consequências jurídicas desses fatos O CPC adotou a Teoria da Substanciação. O juiz se atém aos fatos narrados, não ao direito invocado (“jura novit curia”). O autor não precisa indicar a norma jurídica que sustenta o seu pedido (fundamentação legal). PROCESSO “Sequência de atos ordenados, indicados na Constituição Federal e nas leis, encadeados logicamente e que se voltam para a realização da prestação jurisdicional” “É o método pelo qual se opera a jurisdição. É o instrumento da jurisdição” Tipos de Processo Processo de conhecimento Visa ao acertamento ao direito, resolvendo uma crise de incerteza. Podem ser: declaratória, constitutiva/desconstitutiva e condenatória. Processo de execução Busca a satisfação de um direito materializado em um título judicial ou extrajudicial. Processo cautelar Objetiva proteger e garantir a eficácia de uma ação de conhecimento ou de execução Pressupostos Processuais “Elementos necessários à existência e validade da relação processual” Não se confundem com as condições da ação, que são requisitos que legitimam o autor a pleitear a tutela jurisdicional. Podem ser conhecidos de ofício pelo juiz enquanto não proferida sentença (CPC, 267, § 3º). Não se sujeitam a preclusão, nem mesmo para o juiz (preclusão pro iudicato). PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE EXISTÊNCIA Existência de demanda (petição inicial) – CPC, art.2º. Exceções: execução trabalhista, abertura de inventário, decretação de falência, concessão de habeas corpus Capacidade postulatória (CPC, art.37, § único): Aptidão para intervir no processo, praticando atos postulatórios Exceções: OAB, AGU, Defensores Públicos, Procuradores do Estado e Município, Ministério Público A postulação pela própria parte é excepcional: Se não há advogado no lugar, recusa ou impedimento dos que houver (CPC, art.36); Medidas protetivas de urgência da Lei 11.340/2006 (Maria da Penha); Causas de até 20 salários mínimos perante os Juizados Especiais Órgão investido de jurisdição Citação OBSERVAÇÕES O vício gera a inexistência do processo. A inexistência deve ser judicialmente declarada. Não há prazo para declarar a inexistência A desconstituição do vício pode ser feita por impugnação ao cumprimento de sentença (CPC, art.475-L, I), embargos a execução (art.741, I) ou via ação declaratória (querella nullitatis insanabilis) PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE VALIDADE A) Petição inicial apta (CPC, art.295, § único) B) Juiz absolutamente competente e imparcial-não impedido (CPC, art.134). Obs.: A suspeição e a incompetência relativa não invalidam o processo C) Capacidade de ser parte (personalidade de direito) Aptidão atribuída a todas as pessoas e alguns entes despersonalizados de poder integrar a relação processual Nascituro: CC, art. 2º e Lei 11.804/2008 – “Alimentos Gravídicos” Ações sem réus: ADI, ADC e ADPF (controle objetivo de constitucionalidade) D) Capacidade processual (legitimatio ad processum): É a possibilidade de figurar no processo sem precisar estar representado ou assistido. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS NEGATIVOS “São fatos ou situações que não podem ocorrer para que o processo se instaure validamente”. Levam à extinção do processo sem resolução do mérito (CPC, art.267, V e VII). a) Litispendência e coisa julgada: repetição de demanda idêntica à anteriormente proposta b) Perempção: autor dá causa, por 3 vezes consecutivas, à extinção do processo por inércia (art.267, III) OBSERVAÇÕES O meio de declaração de nulidade do feito por ausência dos pressupostos processuais de validade é a ação rescisória (CPC, 485). Por meio desta as partes ou o Ministério Público podem requerer ao tribunal que declare nulo o feito em que foi verificado o pretenso vício. O prazo de interposição é de dois anos contados do trânsito em julgado da sentença do processo irregular (CPC, art.485). CAPACIDADE PROCESSUAL Capacidade processual x Capacidade de Direito Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo (NCPC). A representação e a assistência Curador especial (artigo 9º e 72 NCPC) Pessoas casadas. A outorga uxória ou marital. Intimação ou suprimento judicial de consentimento (NCPC, art.73, § 3º e 74). Não se aplica à união estável (NCPC, art.73, 5º). Citação de ambos os cônjuges (NCPC, art.73, § 1º). A sucessão: alteração da pessoa que figura em um dos polos da ação A) alienação do bem litigioso. Consequências (NCPC, art.109) B) morte da parte – habilitação Regularização da incapacidade processual ou da representação processual (art.13 e 76 NCPC) Suspensão do processo e concessão de prazo Extinção do processo (autor) Revelia (réu ou terceiro) Exclusão do processo (terceiro) Não conhecimento do recurso(recorrente) Desentranhamento das contrarrazões (recorrido) •Representação das pessoas jurídicas (art. 12 CPC/73 e 75 do NCPC) •União – AGU •Estados e DF – Procuradores •Município – Prefeito ou Procuradores Municipais •Autarquias e fundações – quem a lei designar •Massa falida – administrador judicial •Herança jacente e vacante – curador •Espólio – inventariante •Condomínio – administrador ou síndico •Pessoa jurídica estrangeira - gerente, representante ou administrador
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