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Noções gerais dos contratos

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Noções gerais do contrato
	1. INTRODUÇÃO
	O termo contrato advém do latim, contractus, que significa contrair.
	Nada mais é do que acordo de vontades entre duas ou mais pessoas, sobre objeto lícito e possível, com o fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos.
	O contrato ocorre, quando os contratantes, reciprocamente, ou apenas um deles, assume obrigação de dar, fazer ou não fazer alguma coisa.
	A união de vontades das partes, é pressuposto do contrato.
	Quando as obrigações assumidas com o contrato são recíprocas, este é chamado bilateral, e quando são pertinentes somente a uma das partes, é denominado unilateral. 
	O contrato, para ser válido, é preciso que o seu objeto seja lícito e possível, e as partes contratantes sejam capazes, isto é, estejam legalmente aptas para formularem o contrato.
	Logo, temos que verificar as fontes das obrigações para começarmos a entender a matéria.
	Assim, temos que nos lembrar que alguns tipos de obrigações tem origem na própria determinação legal, podendo ser citadas obrigações como prestação de contas, alimentos, segredo profissional, ou seja, vem explícito na legislação, e podemos chamá-las de obrigações objetivas.
	Outra fonte é o comportamento do homem, que subjetivamente sabe o que pode e o que não pode fazer.
	Quando a matéria relativa ao direito das obrigações foi estudada, foi visto que tudo aquilo que não está escrito em lei, porém, pelos usos e costumes deve ser seguido pelo homem é então próprio de seu subjetivo; depende de sua vontade subjetiva.
	Dessa forma, tanto na obrigação objetiva quanto na subjetiva, está presente a vontade do homem.
	Afinal, mesma que algumas formas obrigacionais esteja escrita na lei material, para a mesma ser utilizada, depende da vontade do homem, que por sua vez, sabe que se a obrigação emana da lei, se o mesmo não cumpri-la, irá arcar com as sanções que lhe serão impostas.
	Portanto, sabemos agora que existe uma fonte imediata que norteia as relações jurídicas entre as pessoas, que é denominada pela doutrina forense como fonte imediata.
	Como diz o mestre Silvio Rodrigues, em sua obra “Direito Civil, volume 3 Dos contratos e das declarações de vontade” , “Dentro do terreno dos negócios jurídicos ninguém assume obrigações sem o querer”.
	O que o escritor quis dizer é que qualquer tipo de obrigação contraída pela pessoa depende de sua vontade.
	Assim, entendemos que mesmo que seja, por exemplo, uma obrigação de prestar alimentos, essa obrigação vem implícita com o ato praticado pelos pais, quando geraram seu filho.
	É a lei que o diz, e sendo assim, temos como fonte mediata de tal direito à própria lei, afinal, como já foi visto, a vontade é a fonte imediata. 	
	O contrato nada mais é do que o acordo de vontades para o fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos.
	Assim, pode ser afirmado que a formação de um negócio jurídico no qual haja a necessidade da união de vontades de duas ou mais pessoas, físicas ou jurídicas, estamos diante de um contrato.
	O conceito que se dá ao contrato é amplo, e pode ser utilizado não somente quando o negócio jurídico for relativo ao Direito das Obrigações, mas também, quando for relativo, aos demais ramos do direito privado e do direito público.
	No meio jurídico brasileiro, é comum encontrarmos duas expressões que aqui são tidas como sinônimas.
	São elas: Contrato e Convenção.
	Em alguns ordenamentos civis estrangeiros, o termo convenção é utilizado para demonstrar que as partes convencionaram, ou seja, fizeram um acordo.
	Já a palavra contrato naqueles mesmos ordenamentos tem significado de aquisição de obrigação.
	2. FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO
	O Contrato tem verdadeira função social em nosso meio, pois, as partes ao contratarem juntas na relação jurídica suas vontades que forçosamente são dispares.
	As vontades são dispares porquê?
	Por que a primeira parte, (vendedor) quer vender sua mercadoria ao passo que a outra parte (comprador) não quer vender, mas sim comprar o bem oferecido pelo primeiro.
	Por isso diz-se que as vontades não são iguais, tendo o instrumento de contrato a força de unir as diferentes vontades relativas as partes.
	O contrato é tão importante, que o Mestre Silvio Rodrigues diz em sua obra Direito Civil, vol.3 Dos Contratos e Das Declarações Unilaterais de Vontade que o contrato foi um instrumento eficaz da expansão capitalista.
			
	3. OBRIGATORIEDADE DOS CONTRATOS
	Após ser assinado pelas partes, o contrato tem a força suficiente par uni-las, vindo a fazer com que se forme uma obrigação entre elas.
	Tal união é tão forte, que somente pode ser desfeita, a princípio, seguindo a vontade de ambas as partes.
	Se uma das partes não cumprir com o que contratou, irá a mesma responder até mesmo por perdas e danos.
	NOTA: “RELER O TEMA RELATIVO NA MATÉRIA SOBRE O DESCUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES”.
	Após essas rápidas palavras, podemos entender melhor, o que seja o vínculo obrigacional que uma as partes contratantes.
	4. CONCEPÇÃO HISTÓRICA DOS CONTRATOS
	Após analisarmos o que foi dito anteriormente a respeito do contrato, podemos com toda a certeza, que estamos agora, ao estudarmos o contrato, diante da figura mais importante e mais presente na vida da sociedade.
	Afinal, em tudo na vida aparece a figura do contrato.
	Para os autores Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, em sua obra denominada Novo Curso de Direito Civil, Volume IV, Editora Saraiva, “O contrato está para o Direito Civil, assim como o crime está para o Direito Penal”. 			
	Desde o início da civilização, após o homem ter abandonado práticas próprias da barbárie, e tendo experimentado um aculturamento, evoluindo até na forma espiritual, passou a ver em uma figura de contrato, ou seja, de combinação, uma maneira de estabilizar as relações com seus semelhantes.
	O contrato é a mais antiga forma, que de diversas formas e espécies dele se vale o homem para estruturar a sociedade.
	Tal situação vem valendo desde a antiguidade, tendo passado pela idade média, no capitalismo e até no comunismo.
	O contrato ao longo dos tempos vem servindo para disciplinar e nortear as vontades dos homens (partes), que querem satisfazer qualquer tipo de vontade ou necessidade.
	5. PRINCÍPIO DA DISPOSIÇÃO DE VONTADE
	Tendo em vista que o contrato institui e dinamiza a circulação de riquezas (bens e serviços) dentro de uma sociedade, chega-se a conclusão que o direito de propriedade encontra no mesmo, a efetivo instrumento para sua concretização.
	Sabendo-se que o chamado direito de propriedade é complexo e nele incluem-se os direito de: gozar, dispor, reivindicar a “res”, concluímos que estamos diante do chamado direito de disposição. 
	Logo, o indivíduo pode, utilizando-se do já estudado direito subjetivo, e sem infringir normas do direito objetivo, segundo a sua vontade, dispor de seus bens ou direitos.
	6. O CONTRATO, DO INÍCIO DOS TEMPOS AO CONTRATO DE ADESÃO
	Não existe na nenhum fato histórico que determine o início da utilização do contrato em espécie, porém, sabe-se que o instituto surgiu na antiguidade na forma contratual verbal, onde as partes combinavam e cumpriam com o que haviam contratado.
	Podemos citar que no Direito Romano, o jurisconsulto GAIO foi responsável pela catalogação das fontes das obrigações, dentre as quais aparecia o chamado contrato.
	Referida catalogação foi amplamente utilizada, e desenvolvida posteriormente nas Institutas de Justiniano, é que seriam desdobradas em quatro categorias.
	 Referidas categorias eram:
	CONTRATO: compreendia as convenções (tratados) que acercavam as avenças firmadas entre as duas partes;
	QUASE-CONTRATO: Era assemelhado ao contrato, e eram atos humanos lícitos e equiparáveis aos contratos, como nas gestões de negócios.
	DELITO: Consiste-se em ato ilícito dolosamente praticados pelo ser humano, e que cause prejuízo a outrem;
	QUASE-DELITO: Nestacategoria aparece a forma culposa de agir do agente, onde o prejuízo a outrem é fruto da negligência, da imprudência e da imperícia.
	Nessa época apareceu a figura do contrato obrigacional, porém, não se pode precisar onde surgiu a figura do contrato, sendo certo que seu berço não foi o direito romano, pois, em todas as civilizações a forma contratual foi surgindo e evoluindo conforme a necessidade dos habitantes do lugar.
	É importante observar que nem todas as fontes do direito são provenientes de Roma.
	Com o passar dos tempos, os indivíduos foram aprimorando as formas de contratação, saindo do contrato utilizado pelas partes na forma de transação, indo para a forma de ADESÃO.
	A adesão surgiu com o advento da prestação de serviços, onde o prestador do serviço ditava as normas e regras que eram apresentadas ao tomador dos mesmos serviços, sendo que este aderia aos termos apresentados pelo outro.
	Na atualidade, podem ser citados como forma contratual de adesão, o contrato para fornecimento e água e energia elétrica, o empréstimo bancário de um modo em geral, a telefonia celular e fixa, os financiamentos de habitação, os de leasing, os de franquia, de tevês a cabo, cartão de crédito e outros.
	Em tais contratos, chamados de adesão, ao tomador, ao aderir às cláusulas contratuais que lhe são apresentadas pelo prestador, somente lhe resta cumprir com a obrigação assumida na íntegra, sem ter chances ou condições de intervir em referidas cláusulas. 
7. CONTRATO E OPERAÇÃO ECONÔMICA
	Antigamente, como já foi visto, os negócios jurídicos realizados entre as pessoas tinham como ponto de apoio a moral (o que valia é a palavra).
	Eram negócios muito simples, onde, mesmo que estivesse envolvido o fator econômico, poucos eram os problemas que poderiam surgir com o advento da contratação.
	Na atualidade, tendo em vista a complexidade dos negócios jurídicos que constantemente são realizados pelas pessoas, foi incrementada a necessidade da utilização formal do instrumento de contrato.
	Quando se fala em operação econômica, deve-se lembrar que no mundo dos negócios modernos, uma gama variada de cláusulas são contratadas entre as parte.
	Os contratos devem ser sempre feitos na forma expressa, escrita, para que não paire nenhuma dúvida sobre o que as partes contrataram.
	Quando se sabe que os negócios jurídicos de natureza econômica são realizados de maneira complexa, onde as partes contratam no sentido de irem “amarrando” o negócio, não se pode vislumbrar a idéia de se ter um contrato feito na antiga forma, ou seja, não solene.
	O contrato serve para nortear as diretrizes traçadas pelos contratantes, e é correto que em referido documento sejam afixados todos os dados saneadores do negócio.
	Pode ser entendido como dados saneadores, aqueles que deixam claro quais os limites de direitos e de obrigações, e que ainda servem para elucidar as dúvidas que possam advir com a contratação.
	Sendo um contrato de natureza econômica, no mesmo deve constar entre outras coisas, além da qualificação das partes, o objeto sobre o qual se transaciona, bem como seu valor financeiro, juros compensatórios, juros moratórios, multas (cláusula penal), custas e despesas.
	Assim, sabendo que os contratos são de extrema valia, deve-se ter em mente que um instrumento confeccionado de maneira leviana, pode acarretar sérios prejuízos para uma das partes, ou até mesmo para ambas.
	Dessa forma, como operadores do direito, devemos ter em mente que principalmente tratando-se de negócio jurídico que tenha natureza econômica, para se evitar prejuízos e outros dissabores, é de suma importância que o contrato seja elaborado de maneira que não deixe dúvidas ou meios para que as partes se neguem a cumprir com o que contrataram, pois, conforme os problemas que vierem a surgir, os mesmos podem até mesmo tornar o contrato nulo. 
	8. CONTRATO E PROPRIEDADE
	Sendo o contrato um meio de fazer com que se cumpra com o que as partes combinaram, tem o mesmo, a função social de patentear o negócio jurídico realizado.
	Anteriormente já foi estudado sobre as formas de tradição, ou seja, ficta e real.
	Para que ocorra a tradição, necessário se faz que o contrato seja cumprido na integra pelas partes contratantes.
	O contrato tem enorme força jurídica, chegando ao ponto de permitir que após a assinatura do mesmo pelas partes, o comprador entre imediatamente na posse do bem adquirido.
	O contrato, então, em determinados negócios jurídicos tem força para até mesmo permitir a transferência da posse e até da propriedade de um bem.
	Nos negócios jurídicos envolvendo imóveis dados em locação (aluguel), o locatório entre na posse do bem, assim que assina o contrato, respondendo pelo mesmo como se fosse seu proprietário, e por isso, o contrato firmado deve ser muito bem elaborado, afinal, se dúvidas surgirem do mesmo, pode até mesmo o inquilino ficar no imóvel por prazo indeterminado.
	Nos contratos de venda de imóvel urbano ou rural, a propriedade passa das mãos do vendedor para as do comprador, também com a assinatura do instrumento e com o pagamento do sinal.
	É tal sinal, como fica se surgir no futuro alguma dúvida ou até mesmo inadimplemento por parte do comprador.
	Portanto, é então, de grande valia um contrato elaborado sob as luzes da legislação pátria. 
	9. O CONTRATO NO CÓDIGO CIVIL ATUAL (LEI 10.406, DE 10/01/2002)
	Sendo talvez um dos temas mais importantes dentro do estudo do Direito Civil, é importante que se dispensa atenção especial para a disposição do assunto dentro da lei material.
	O legislador pátrio tratou de disciplinar a matéria em dois tópicos.
	No Título V – determinou o tema Dos Contratos em Geral.
	Referido título está dividido em dois capítulos, sendo que no primeiro capítulo encontramos as disposições gerais acerca dos contratos, parte na qual encontram-se presentes VIII seções que trazem diversos temas.
	Ainda no título V, encontramos o capítulo II, que trata em suas quatro seções, do tema relativo à extinção dos contratos.
	No Título VI, o legislador encartou o tema Das Várias Espécies de Contratos.
	Por se tratar de uma matéria complexa, e de grande utilização por parte do operador do direito, procurou o legislador apresentar as diversas espécies de contratos que são comumente elaborados no Brasil.
	Estão dispostos no título VI, simplesmente vinte capítulos que tratam de formas distintas de contratos.
	Procurando trazer para o novo código, temas que anteriormente não eram trabalhados pelo código antigo, o legislador inseriu no novo código temas, como por exemplo, a venda com reserva de domínio, (Título VI, Seção II, Subseção III).
	Outro tema estabelecido pelo legislador, e que é instituto jurídico novo, é o relativo a venda que se faz mediante a apresentação de documentos: Da Venda Sobre Documentos. (Título VI, Seção II, Subseção V).
	Além do que, o legislador encartou outras espécies de contratos que antigamente não eram prestigiadas pelo código velho.
	Dentre tais contratos podem ser citados: Contrato de Comissão; Contrato de agenciamento/distribuição; e Contrato de transporte.
	Por outro lado, o legislador acabou com uma prática comum nos negócios jurídicos realizados com compra e venda.
	Tal prática dizia respeito ao então famoso pacto comissório (art. 1.163 do código civil antigo).
	Como os preparativos, os estudos para a elaboração do código atual datam de algumas décadas, o legislador perdeu a chance de colocar na lei material, alguns contratos que na atualidade são muito comuns.
	Tais contratos são os de leasing, factoring, consórcio, leasing, alguns contratos bancários e mais atuais ainda, os contratos eletrônicos. 
	Poderiam tais institutos serem contemplados no novo Código Civil com subseções especiais, mas infelizmente não o foram.
	10. FORMAÇÃO DO CONTRATO E CONSTITUIÇÃO DO VÍNCULO
	Artigo 427 e seguintes do Código Civil.
	Segundo Silvio Rodrigues, “Forma-se o contrato pelo encontroconcordante de duas declarações receptícias”.
	Segundo ainda o mesmo doutrinador, tal fato acontece quando a proposta emanada do proponente, que no direito é chamado de policitante, é aceita pela pessoa a quem foi direcionada.
	Referida pessoa que recebe a proposta é denominada oblato.
	Porém, em determinadas contratações, para que as partes cheguem a um denominador comum, se faz necessário que antes as mesmas passem por uma fase denominada pelos doutrinadores de período de puntuação. 
	Referida puntuação é a fase na qual as partes estipulam um pré-contrato.
	Deve se notar, que se as partes ainda estão na fase de pré-contratação, as mesmas ainda não contrataram, e desse modo ainda não estabeleceram nenhuma ligação.
	Afinal, é na fase pré-contratual que as pessoas analisam se o que ambas objetivam poderá ser alcançado ou não.
	Obviamente, se uma delas, ainda na fase pré-contratual não vislumbrar o sucesso que pretende ter na contratação, pode ela não querer concluir as negociações.
	11. DA PROPOSTA
	Através da proposta que faz, o policitante conclama o oblato para com ele negociar.
	Logo, a proposta é um ato jurídico unilateral, e que vincula a figura do proponente ao que vier a apresentar ao chamado oblato.
	O artigo 427 do Código Civil Brasileiro determina:
	“A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.”
 	Assim, pode-se chegar a conclusão que em linha de regra, a pessoa que faz uma proposta para outra, deve se manter firme naquilo que propôs, não podendo modificar as bases do negócio após apresentá-la ao interessado.
	Porém, segundo o artigo 428 do C.C., a proposta deixa de ser obrigatória, se feita sem prazo para se estipular, a pessoa presente, pessoa essa que não a tenha aceito de imediato.
	Se a proposta for apresentada a pessoa ausente, a lei, no artigo 428 - II fala que se a proposta for feita a pessoa ausente, a mesma deixa de ter validade após decorrido prazo suficiente para que ela chegue ao conhecimento da outra parte.
	No inciso III do mesmo artigo, vê-se que se a proposta for feita a pessoa ausente, não tiver referida pessoa expedido resposta dentro do prazo dado pelo autor da mesma.
	Já o inciso IV, fala que se, antes ou juntamente com a proposta, chegue à outra parte, a retratação do proponente.
	OBSERVAÇÃO: Quando a lei fala sobre pessoa ausente, referida pessoa não é a mesma capitulada no Capítulo II do Título I do Livro I do Código Civil, que a partir do artigo 22 ao 39 trata sobre o ausente que desaparece de seu domicílio sem dar notícias. 
	12. DO VÍNCULO
	Logo, tendo a parte efetuado a proposta, vincula-se ao interessado, sendo certo que se a fase pré-contratual surtir resultados positivos, o vínculo definitivo se dará com a lavratura entre as partes, do respectivo contrato.
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