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Relato Individual de Vivências em PSF

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS
	INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
CURSO DE MEDICINA
RELATO INDIVIDUAL DE VIVÊNCIA
USF SUMARÉ
Vicktor Henrique Ferreira Soares
RONDONÓPOLIS, MT
 21 de fevereiro de 2019
Sumário
Introdução
Objetivos de Aprendizagem
Metodologia Utilizada
Ações Realizadas
Referências 
Introdução
	A vivência prática e a confecção deste relato foram baseadas na vivência de políticas públicas de saúde, como a Política nacional de educação popular em saúde, programa de agentes comunitários de saúde, Norma operacional de assistência à saúde de 2002. Também foi objeto desse estágio a formação médica humanística, abrangente e multidisciplinar. 
As atividades práticas constituem valiosa oportunidade de experimentar os conhecimentos adquiridos. Antes de destacar a importância da atenção primária convém destacar que esta é subfinanciada, as gestões locais do SUS são ineficientes, e a baixa resolutividade ainda é um grande problema. Outrora, destaca-se a importância da atenção básica no sistema de saúde pública, que é o meio mais acessível de fornecer universalidade e integralidade. 		O	 cuidado envolve ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, pois o médico tem a responsabilidade de tratar, mas também a de educar para prevenir.
A atenção Primária deve ser porta de entrada preferencial do cidadão no Sistema de Saúde.
Na atenção primária, o acolhimento é fator determinante para adesão terapêutica e a criação do vínculo da equipe com a família. Acolhimento é a atitude de disponibilidade interna para o encontro com outro, o que permite e promove o diálogo e compreensão mútua. Nesses termos conceituais, o acolhimento estaria presente nas interações de profissionais e pacientes desde o momento em que pacientes e familiares chegassem ao serviço de saúde até sua saída, passando necessariamente por todos os processos do cuidar. Também se refere às interações entre profissionais e equipes em todos os níveis de gestão. Na Política Nacional de Humanização (PNH), define-se acolhimento como um dispositivo de humanização das práticas de saúde. 
O presente relato descreve a vivência teórico-prática realizada entre os dias 11 de dezembro de 2018 e 20 de fevereiro de 2019, na USF Sumaré, onde ocorreram 3 encontros, nos dias 4, 11 e 18 de fevereiro, sendo que o encontro marcado para o mês de dezembro fora cancelado por motivo de luto dos funcionários da unidade. Foi fornecida a oportunidade de estágio supervisionado pela Professora Jacqueline junto à ESF, especialmente a Enfermeira Aparecida e Médica Suihanny, especialista em Pediatria. 
As atividades também abordarem temas anteriormente trabalhados, como territorialização, conhecimento da comunidade, levantamento dos problemas da unidade de saúde e busca das queixas mais frequentes dos usuários por meio de entrevistas que fundamentaram o planejamento da ação de educação em saúde realizada no último encontro. 
Objetivos de Aprendizagem
Os objetivos da disciplina/módulo de Interação comunitária VIII foram:
O estudo, desenvolvimento e aplicação de ações e políticas assistenciais;
Prática das habilidades adquiridas em semiologia;
Execução do raciocínio clínico e elaboração de condutas propedêuticas e terapêuticas;
Discussão de casos clínicos com a equipe, em consonância com a educação e trabalho interprofissional em saúde;
Revisão e avaliação de ações de atenção em saúde implementadas na unidade, assim como da gestão e das atividades de educação em saúde, observando-se os princípios e diretrizes do SUS no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Estadual de saúde e ministério da saúde. Em conformidade com a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990;
Conhecimento das condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes;
Entender o panorama de ações nos serviços de saúde e da comunidade para elaborar proposta de educação em saúde a ser realizada na unidade ou em pontos estratégicos do bairro, a depender da logística de cada tipo de ação planejada;
Desenvolver ação de promoção à saúde em dia oportuno, como consta na política nacional de educação popular em saúde;
Criar vínculo com a população da unidade, no âmbito da política nacional de humanização, acolhendo, orientando e educando o cliente para prevenir agravos em saúde.
Metodologia Utilizada
Este relato objetiva descrever a vivência teórico-prática do Módulo de Interação Comunitária VIII, realizado entre os dias 11 de dezembro de 2018 e 20 de fevereiro de 2019. O cenário deste é a USF Sumaré, e o estágio supervisionado pela Professora Jacqueline e equipe de saúde da unidade (ESF), no caso médica e enfermeira.
O cenário deste relato foi a Unidade de Saúde da Família Sumaré, localizada em Rua Jão Paulo II, s/n - Jardim Sumaré, Rondonópolis - MT, CEP: 78720-750.
O grupo de trabalho foi composto por 3 Alunos, Matheus Feliciano, Breno Vasco e Vicktor Henrique Ferreira, orientado pela Professora Jacqueline Silva Damaceno.
O modo de trabalho baseou-se na realização de ações de intervenção em saúde, interação e troca de experiências com a equipe. Também foi realizado, atendimento ambulatorial supervisionado pela médica. 
A confecção deste relato e a busca dos objetivos da disciplina basearam-se na observação da realidade, por meio da participação ativa nos trabalhos do grupo de hipertensão realizado nas segundas, auxiliando na aferição da Pressão arterial dos participantes e na condução da dinâmica das atividades, como demonstrado pelas fotos na descrição de cada atividade. 
Outrora, também foi elencado com o auxílio da Preceptora Jacqueline os pontos a serem desenvolvidos nas 3 semanas de visita à ESF. Dentre eles, a elaboração de Atividade de Educação em Saúde, integração com a equipe e população, participando das dinâmicas do grupo de Hipertensão e o acompanhamento de consultas médicas e treinamento das habilidades clínicas.
Quanto ao estudo individual, foram elencados textos de apoio pela preceptora Jacqueline, no caso o texto “trabalho e os diversos formatos de produção do cuidado”
A ação planejada de educação em saúde foi analisada pela equipe no 2° encontro e praticada no 3° encontro, como modo de intervenção na realidade apresentada. Ao término do 3° e último encontro foi realizada a conclusão deste estágio, com o agradecimento para/com a equipe, pela receptividade e a reflexão sobre as atividades desenvolvidas, assim como o grupo foi avaliado positivamente pela Cida, como carinhosamente apelidou-se a Enfermeira Aparecida.
Ações realizadas
Ações do dia 04 de fevereiro 
Esse foi o primeiro dia das atividades de interação comunitária na USF Sumaré, se iniciou pela apresentação da Preceptora Jacqueline. Médica Suihanny e Enfermeira Aparecida. A atividade se iniciou com o conhecimento físico da unidade de saúde pela preceptora e o grupo, assim como da equipe de saúde da família. Foi discutida a dinâmica das atividades, com dois alunos acompanhando as consultas médicas e outros dois realizando consultas em outra sala, para posterior apresentação do caso. Foram atendidos pacientes com queixas diversas, desde anemia por doença crônica, no caso, insuficiência renal até casos de picada de inseto.
Na primeira consulta realizada veio usuária com história de anemia por insuficiência renal em uso de eritropoetina e Diazepam, devido hemograma normal foi suspensa eritropoetina. A médica nos orientou a sempre ter atenção aos encaminhamentos e anotar os dados dos exames trazidos.
Ações do dia 11 de fevereiro 
A atividade teve início com uma reunião com a preceptora e a Enfermeira Aparecida, na qual foi definida a necessidade de ser realizada uma ação em saúde da ESF junto com os acadêmicos do curso de medicina. Como resultado desta reunião saiu o planejamento da atividade sobre Alimentação no encontro do dia 18 de fevereiro.
Após areunião para definição da ação de educação em saúde, o grupo reuniu-se com as ACSs e a Enfermeira para a realização da atividade de alongamento e caminhada com o grupo do Hiperdia, o dia de caminhada dos usuários com hipertensão arterial.
Figura 1 – Alongamento - Localização: ESF Sumaré, Rondonópolis-MT
Posteriormente o grupo foi dividido em dois subgrupos, o primeiro acompanhando a médica. O segundo subgrupo conduziu a consulta em sala ao lado, para posterior apresentação do caso à médica.
Nesse sentido, com o desenvolvimento das consultas e o conhecimento pela Médica de nossas habilidades, foi dada a oportunidade de conduzir algumas consultas, sob sua supervisão integral, o que foi prontamente concordado. Dentre os atendimentos oriundos dessa dinâmica de atendimento houve o caso de uma criança com queixa de dor de barriga, sendo que a mesma apresentava também constipação. Após entrevista foi constatado erro alimentar, constituído por dieta baseada em balas, biscoitos e outros doces, além da ausência de ingestão de fibras. No exame físico não houve alterações. Nesse caso foi realizada a conduta propedêutica e terapêutica.
Ações do dia 18 de fevereiro 
	Realizada atividade de educação em saúde seguida por confraternização com a comunidade. Durante a atividade foi explicada a quantidade de açúcar em uma colher de sopa, 15 a 12 grama, a quantidade de sódio/sal em uma colher de chá, 5 gramas, e a quantidade na colher de café, 3 gramas. Foi explicado a relação entre sal e sódio, a dose máxima recomendada de sal e açúcar por dia pela OMS, a quantidade de sódio presente no macarrão instantâneo, na calabresa, no refrigerante em lata, no suco industrializado (néctar) e no achocolatado em pó, assim como no chá gelado. 
	Mais importante do que mostrar o que está errado na dieta, foi oferecer opções saudáveis e acessíveis para que seja a feita a substituição sem impactar o orçamento das famílias. Nesse sentido, foi falado sobre a possibilidade de economizar comendo melhor, como substituir refrigerante pelo suco natural, ou se possível, pela própria fruta, que além de tudo é uma ótima fonte de fibras de alto valor biológico, aquelas que melhoram o hábito intestinal, prevenindo o câncer de cólon, como é bem estabelecido pela literatura. Orientado também sobre a frutose, o açúcar das frutas. Na finalização, foi oferecido opções para substitui o sal no cozimento dos alimentos, dentre as principais há alho, cebola, gengibre, limão, coentro, hortelã, manjericão, alecrim e salsinha.
	Desde sua proposta inicial, o movimento da promoção da saúde, em sua base conceitual e ideológica, vem investindo na autonomia dos sujeitos em relação ao seu processo saúde/ doença. O rumo tomado por esse movimento aponta para a urgência de reorientar as práticas sanitárias, na tentativa de estimular a participação da comunidade nas decisões, enfrentar as desigualdades sociais e o planejamento da saúde, envolvendo segmentos vários da sociedade. A promoção da saúde, sob tal ótica, representa preparar as pessoas para cuidar de si, por meio de ações educativas, que articulem os significados de saúde e autonomia. Dessa forma, a educação representa estratégia de excelência para promover saúde, alcançada a partir da autonomia dos sujeitos para o autocuidado.
	Dentre os atendimentos realizados, destaca-se usuário apresentando pré-diabetes com queixa de dor inespecífica, funcionário de transportes e dor na perna localizada. Foi conduzido com investigação para diabetes, específica, descartada neuropatia diabética periférica pelo exame físico, e não foi socitiado novo exame de imagem para a dor no membro, pois há um pedido de exame anterior. Solicitado teste oral de tolerância à glicose.
Figura 2 Ação de educação em saúde: “Sal e Açúcar”
Ao término deste último estágio, foi realizada a conclusão deste estágio, com uma reunião com a ESF. Nesta foi expressado o agradecimento dos acadêmicos do curso de medicina para/com a equipe, pela receptividade. Também foi feita reflexão sobre as atividades desenvolvidas, assim como o a avaliação da ESF para os acadêmicos, muito positiva. 
De acordo com a população presente na atividade “Sal e açúcar” a participação dos acadêmicos foi positiva e indispensável, como foi relatado no feedback dos usuários após as atividades.
Ao fim desse estágio conclui-se que o trabalho em equipe é construído cotidianamente e representa um processo de relações a serem pensadas pelos trabalhadores na perspectiva de variadas possibilidades e desdobramentos, ao articularem os diversos saberes. O trabalho de equipe em saúde é tido como uma rede de relações entre pessoas, poderes, saberes, afeições, interesses e desejos, em que é possível identificar processos de grupo. Trabalhar em equipe equivale a maximizar os saberes e gerar o máximo de benefício à população.
Referências
CASANOVA, A.O.; OLIVEIRA, C.M. Vigilância da saúde no espaço de práticas da atenção básica. Laboratório de Educação Profissional de Vigilância da Saúde, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Fundação Oswaldo Cruz, 2007.
PAIM, J.S. A reforma sanitária e os modelos assistenciais. In: Rouquayol MZ, organizador. Epidemiologia & Saúde. Rio de Janeiro: MEDSI; 2002. p.245-257.
CAMPOS, C.E.A. O desafio da integralidade segundo as perspectivas da vigilância da saúde e da saúde da família. Cien Saude Colet 2003; 8(2):569-584
GIACOMINI, C.H. Modelo assistencial: apontamento sobre algumas experiências em processos. Espaço Saúde 1994; 3(3):43-46.
TEIXEIRA, C.F. Saúde da Família, Promoção e Vigilância da Saúde: construindo a integralidade da Atenção à Saúde no SUS. Revista Brasileira de Saúde da Família 2004; 5(7):10-23
FAVORETO, C.A.O. A velha e renovada clinica dirigida à produção de um cuidado integral em saúde In: Pinheiro R, Mattos RA, organizadores. Construção da integralidade: cotidiano, saberes e práticas em saúde. Rio de Janeiro: IMS-UERJ; 2004. p. 205-222.
Epidemiologia nas políticas, programas e serviços de saúde. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 8, supl. 1, p. 28– 39, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br /scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415- 790 X2005000500004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 14 de fevereiro de 2018. 
SPITZER, W. J.; DAVIDSON, K. W. Future Trends in Health and Health Care: Implications for Social Work Practice in an Aging Society. Social Work in Health Care, v. 52, n. 10, p. 959– 986, nov. 2013. 
O’DONNELL, O. Access to health care in developing countries: breaking down demand side barriers. Cadernos de Saúde Pública, v. 23, n. 12, p. 2820–2834, dez. 2007.
SILVA, F.M. et al. Contribuições de grupos de educação em saúde para o saber de pessoas com hipertensão. Rev. bras. enferm. [online]. 2014, vol.67, n.3, pp.347-353. ISSN 0034-7167.  http://dx.doi.org/10.5935/0034-7167.20140045
SCHERER, Magda Duarte dos Anjos; PIRES, Denise Elvira Pires de; JEAN, Rémy. A construção da interdisciplinaridade no trabalho da Equipe de Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva v. 18, n. 11, p. 3203–3212 , nov. 2013. Disponível em: </scielo.php?script=sci_arttext&pid=&lang=pt>.
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