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Aula 2 Resumo

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AULA 2
DESPESA PÚBLICA:
A despesa pública é a soma ou conjunto dos gastos realizados pelo Estado. Assim, a despesa é tudo aquilo que o Estado paga, o que sai de sua conta para alguma conta.
CLASSIFICAÇÕES:
Quanto à categoria econômica: classificação escolhida pela Lei 4.320/64 divide as despesas em CORRENTES e de CAPITAL. 
As despesas correntes correspondem às despesas de custeio (aquelas voltadas à manutenção de serviços anteriormente criados) e às transferências correntes (aquelas dotações para despesas que não correspondam a contraprestação direta em bens ou serviços).
 E as despesas de capital que correspondem a investimentos, inversões financeiras e transferências de capital. 
Quanto à natureza: a despesa pode ser ORÇAMENTÁRIA ou EXTRAORÇAMENTÁRIA. 
A despesa orçamentária corresponde ao desembolso dos recursos fixados na lei orçamentária que não correspondem a ingressos anteriores e serão utilizados com os gastos públicos. 
As extraorçamentárias são saídas transitórias anteriormente obtidas como receitas extraorçamentárias, como a restituição de valores (depósitos, cauções, restos a pagar). Elas não precisam de autorização, pois não correspondem a recursos que pertençam a órgãos públicos. 
Quanto à regularidade: temos as despesas ORDINÁRIAS – realizadas para manutenção dos serviços públicos, em que se repetem todos os exercícios - e as EXTRAORDINÁRIAS – de caráter excepcional, esporádico, em virtude de circunstância não constante. 
Quanto à afetação patrimonial: a despesa pode ser EFETIVA – aquela que reduz a situação líquida patrimonial do Estado - e a NÃO EFETIVA – aquela que não gera nenhuma alteração na situação líquida patrimonial do Estado. 
Quanto à competência: elas podem ser federais, estaduais, distritais e municipais.
Quanto ao resultado: as despesas podem ser PRODUTIVAS quando se limitam a criar unidades de atuação estatal, REPRODUTIVAS quando representam o aumento da capacidade produtora do país e IMPRODUTIVAS quando desnecessárias.
LEGALIDADE DA DESPESA PÚBLICA
A regra insculpida na Constituição, no art. 167, II, é a vedação de despesas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais; assim, não pode ser realizada despesa não prevista no orçamento. Aliás, a realização de despesas sem autorização legal pode ser considerada até como infração penal, administrativa e eleitoral.
PRECATÓRIOS JUDICIAIS
O precatório judicial é a solicitação que o juízo da execução faz ao Presidente do Tribunal a que pertence para que ele determine ao Chefe do Poder Executivo que faça previsão orçamentária de verba necessária ao pagamento de direito decorrente de sentença judicial que condena a Fazenda Pública ao seu pagamento. 
Esse pagamento deve ser incluído no orçamento em decorrência do procedimento de execução contra a Fazenda Pública que, em razão da continuidade do serviço público, impede que o bem público seja penhorado. Esse procedimento é dispensado quando se tratar de valor inferior à denominada requisição de pequeno valor. Esse valor não se submete a esse procedimento e não precisa ser incluído no orçamento, sendo quitado com a verba em caixa disponível para esse fim. 
O precatório nunca conseguiu sua satisfação no exercício seguinte, o que forçou a criação de uma fila. E, claro, uma vez criada uma fila, preferências dentro dessa fila. Há preferências para o crédito de natureza alimentícia e ainda para os créditos de natureza alimentícia de idosos ou portadores de moléstia grave de até três vezes essa requisição de pequeno valor.
RECEITA PÚBLICA:
A receita pública é a soma dos ingressos públicos que se incorporam ao patrimônio público. Frise-se que nem todos os recursos que ingressam nas contas públicas são receita, pois alguns deles estão sujeitos à restituição, por exemplo. Nesse caso, são ingressos, mas não receitas, e se sujeitam a regras distintas. 
Aqui é importante fazer a distinção entre ingresso e receita: “Considera-se ingresso toda quantia recebida pelos cofres públicos, seja restituível ou não, daí também ser chamado simplesmente de entradas”.4 Assim, receita é o ingresso definitivo
CLASSIFICAÇÕES:
Uma das classificações doutrinárias mais importantes é a que divide as receitas quanto à origem.
 Receita originária é aquela decorrente da exploração do próprio patrimônio estatal. O Estado age como um verdadeiro empresário. 
Receita derivada é aquela obtida no patrimônio particular, é a receita decorrente da imposição tributária. 
As receitas também podem ser classificadas em função de sua previsão ou não no orçamento. Em razão disso, as receitas são ORÇAMENTÁRIAS quando fonte de recursos que são do Estado e receitas EXTRAORÇAMENTÁRIAS quando tratarem de recursos que serão devolvidos futuramente. 
Quanto à sua efetividade: a efetiva é aquela que faz crescer a situação líquida patrimonial do Estado, e a receita não efetiva é aquela que não muda a situação líquida patrimonial. 
A Lei 4.320/64 as divide segundo um critério econômico em receitas correntes – quando não há qualquer cobrança financeira em relação ao Estado (ex. Receitas tributárias) – e receitas de capital, que surgem através de recursos financeiros de contratação de dívidas (ex. Alienação de bens). 
Quanto à duração: elas podem ser ORDINÁRIAS quando periódicas, uma constante no orçamento público.
 E serão EXTRAORDINÁRIAS quando esporádicas, pois estão eventualmente no orçamento público.
RENÚNCIA DE RECEITA
Um dos pontos que merece destaque na Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar 101 de 04 de maio de 2000 – é a renúncia de receita.
 Imagine que, ao ser previsto um orçamento, aquilo que se pretende gastar esteja limitado por aquilo que se espera arrecadar. Assim é que qualquer redução do que se pretende arrecadar impactará os compromissos e gastos fixados no orçamento.
A LRF impõe, portanto, restrições e condições para essa renúncia que estão estabelecidas em seu art. 14. 
De maneira resumida, podemos dizer que a renúncia de receita está condicionada a uma estimativa de impacto e a uma de duas medidas: medida de compensação que evite seu resultado ou previsão orçamentária. Dessa forma, o equilíbrio do orçamento estaria mantido. 
CRÉDITO PÚBLICO:
Nem todos os ingressos são definitivos e se incorporam ao patrimônio público (chamadas de receitas públicas). Ingressos que não são definitivos podem ser classificados como crédito público.
CLASSIFICAÇÕES:
A doutrina apresenta inúmeras classificações.
Quanto à origem dos recursos obtidos: ela pode ser INTERNA ou EXTERNA quando obtido dentro ou fora do território nacional.
Quanto ao prazo: ela pode ser DIVIDA FLUTUANTE quando assumida para ser paga dentro do mesmo exercício financeiro.
 E DIVIDA FUNDADA quando destinada a ser paga em período superior a um ano. 
Quanto à forma: ela pode ser VOLTUNTÁRIA – quando obtida após real consenso de quem cede a importância - ou OBRIGATÓRIA – quando obtida em razão do poder de império, verdadeiro tributo.
TÉCNICAS INSTRUMENTAIS:
Alguns são os exemplos de obtenção de crédito público que podemos citar: emissão de papel moeda, emissão de títulos da dívida pública, realização de contratos de empréstimo, retenção de investimentos e empréstimos compulsórios.
ORÇAMENTO PÚBLICO
O orçamento público é tecnicamente a autorização que o legislativo dá para que a atividade financeira do Estado seja exercida. Assim, esse orçamento não deixa de ser a previsão legal de cada gasto e cada recurso realizados pelo Estado. Confunde-se com a própria lei orçamentária anual.
Resumidamente, o orçamento pode ser definido como uma lei em sentido formal (pois tem forma de lei), uma lei temporária (pois tem vigência por período determinado) e uma lei ordinária, e é uma lei especial.
PROCESSO DE ELABORAÇÃO
O orçamento terá início com um texto elaborado pelo Poder Executivo e entregue ao Poder Legislativo para discussão, aprovação e conversão em lei. Ele deve ser composto, a depender da existência das estruturas em cada ente federativo, do orçamento fiscal, do orçamentoda seguridade social e do orçamento de investimento das empresas estatais.
O PPA deve ser elaborado no primeiro ano de governo e encaminhado até 31 de agosto desse ano. Ele está previsto no art. 165 da CRFB/88 e se destina a apontar de que forma serão organizadas as ações públicas destinadas, objetivando o cumprimento dos fundamentos e os objetivos de governo. Na realidade, nele é declarado o conjunto das políticas públicas do governo para um período de quatro anos, com fundamento, em princípio, nos compromissos firmados na eleição.
A LDO é feita a cada ano e deve ser enviada ao Poder Legislativo até o dia 15 de abril de cada ano, e sua finalidade é orientar a elaboração do orçamento anual e sua execução, estabelecendo diretrizes, objetivos e metas para aquele ano. A LOA é o próprio orçamento e deve ser apresentada até o dia 31 de agosto. Ela deve ser votada e aprovada até o final de cada legislatura.

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