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CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA - UNICARIOCA
Curso de Administração
ATIVIDADE SUPERVISIONADA
 Ana Carolina Carvalho
 Ariana Matheus Ribeiro
						 Elizabeth dos Santos Oliveira
 Leonardo Ribeiro
Rio de Janeiro
2013
Ana Carolina Carvalho
Ariana Matheus Ribeiro
Elizabeth dos Santos Oliveira
Leonardo Ribeiro
ATIVIDADE SUPERVISIONADA
Trabalho apresentado à disciplina de Conceitos Básicos de Gestão do Curso de Administração da UNICARIOCA como requisito para aprovação na mesma
Orientador: Prof. Mancildo M. Filho
Rio de Janeiro
2013
CASO: Brahma e Antarctica fazem Megafusão: a AMBEV
 Depois de uma verdadeira guerra de um século, as arqui-rivais Antarctica e Brah​ma resolveram deixar de lado sua histórica e agressiva disputa pelo consumo de cerveja e refrigerante. As duas empresas se associaram para criar a AmBev ​- Companhia de Bebidas dós Américas -, a fim de poder disputar também o consu​midor internacional no mercado globalizado. A megafusão resultará na maior empresa privada nacional, com um faturamento de R$ 10.300 bilhões, desban​cando a Volkswagen com R$6.630 bilhões e a General Motors com R$ 6.420 bi​lhões anuais.
Os recursos das sócias - que produzem 6,4 bilhões de litros de cerveja e 2,5 bilhões de litros de refrigerantes, águas, chás e isotônicos - serão reunidos na AmBev, holding resultante da fusão. A nova empresa tem 30 mil acionistas, com ativos totais correspondentes a R$8,1 bilhões e patrimônio líquido superior a R$2,8 bilhões. A AmBev deve cobrir cerca de 40% do mercado brasileiro de bebi​das e responder por 74% da produção nacional de cerveja.
	
	.
	Brahma
	Antarctica
	Faturamento: R$7 bilhões
	Faturamento: R$3,3 bilhões
	Lucro líquido: R$329, 1 milhões
	Lucro líquido: R$642,1 milhões
	Número de fóbricas: 28
	Número de fóbricas: 22
	Número de empregados: 9.700
	Número de empregados: 6.800
	Produção de cerveja: 4,3 bilhões de litros
	Produção de cerveja: 2,1 bilhões de litros
	Produção de refrigerantes: 1,2 bilhão de litros
	Produção de refrigerantes: 1,2 bilhão de litros
	Marcas
	Marcas
	Brahma, Malzbier, Miller, Skol, Caracu
	Antarctica, Bavaria, Bohemia, Budweiser,
	e Carisberg
	Kronenbier, Serramalte, Original, Polar e Niger
Um dos objetivos da AmBev é a ampliação dos mercados já explorados pe​las sócias no Mercosul. Outro objetivo é se antecipar à competição provocada pela integração de 34 países americanos na Alca (Área de Livre Comércio das Américas), abrindo filiais em toda a América Latina e nos Estados Unidos. A AmBev será a quinta maior produtora de bebidas do mundo e a quarta maior cervejaria do mundo, vindo logo atrás da americana Anheuser-Busch (fabricante da Budweiser com 14,07 bilhões de litros), da holandesa Heineken (com 8,19 bilhões de litros) e da Americana Miller (com 7,33 bilhões de litros). O importante é internacionalizar para não ser internacionalizada. A união faz a força.
Estudo de Caso: AmBev
1. Brahma e Antarctica sempre foram velhas e tradicionais concorrentes. Por que substituíram a competição agressiva pela associação e cooperação?
Por serem concorrentes, os lucros estavam variados, apresentando dificuldades em seus desempenhos. Devido este processo resolveram se associar, acabando com a competição para criar a AmBev, uma nova empresa pronta para disputar o consumidor internacional no mundo globalizado, com o objetivo de ampliar a participação e a manutenção do mercado nacional, transformar-se na maior empresa privada, aumentar o faturamento, abrir novas filiais em toda América Latina e nos Estados Unidos, sendo uma das grandes produtoras de bebidas nacionais. Esta união estabeleceu fortalecimento, evitando perder mercado diante de concorrentes internos e externos.
2. Faça um cotejo entre possíveis vantagens e desvantagens da megafusão para cada uma das empresas envolvidas.
BRAHMA
	VANTAGENS
	DESVANTAGENS
	Estrutura financeira;
	Ter de compartilhar sua tecnologia com a antiga rival;
	Aumento de faturamento;
	Ter que assumir o alto custo de reestrutura da antiga rival, que estava na decadência.
	Fortalecimento no mercado (nacional e internacional);
	
	Redução de custos;
	
	Maior produtividade.
	
ANTARCTICA
	VANTAGENS
	DESVANTAGENS
	Garantia de sobrevivência;
	Venda da marca Bavária;
	Aumento de faturamento;
	Baixo faturamento;
	Aumento de produção;
	Pouca mão de obra.
	Aumento dos lucros;
	
	Redução dos custos operacionais.
	
3. No seu ponto de vista, quais os fatores que levaram a essa megafusão?
Fatores demográficos e econômicos. Demográfico porque havia interesse em expansão, e isso ocorreu,causando uma ampliação no tamanho do mercado, mudanças na composição e nas características dos clientes, e influência nos produtos que a empresa pode oferecer. Econômicos porque as empresas precisavam garantir estrutura financeira e sobrevivência, e com a megafusão houve mudança no desempenho da empresa, influência nos custos de produção, produtos e serviços da empresa, mudanças estruturais e modificações nos alicerces de funcionamento.
4. Como ficou a administração da nova companhia em mãos de tradicionais inimigos que nunca se bicaram?
A união fez a força, se tornaram uma das empresas mais bem administradas, eficiente e com gestão moderna. Manteve um bom número de acionistas, aumentou o patrimônio líquido e envolve várias empresas de prestações de serviços, bens e serviços diversos para gerenciar unidades produtivas, administrativas, de vendas e distribuição. No futuro pode cobrir boa porcentagem do mercado brasileiro de bebidas e responder por uma grande parte da produção nacional de cerveja, resultando em uma das maiores empresas privada nacional com ótimo faturamento, desbancando outras empresas, também famosas, expandindo no território nacional e chegando ao mundial.
Estudo de Caso: Companhia Vale do Rio doce
1. A privatização da VALE foi um processo conturbado. Quais os argumentos utilizados a favor e contra a privatização dessa organização? Pesquise informações complementares.
Embora a CVRD tenha gerado novos empregos e contribuído para a economia do país expandindo a produção da VALE, com a privatização, considerou-se que o país perderia todo o poder sobre suas riquezas e estaria submisso aos interesses privados.
	
2. De que maneira as habilidades gerenciais mencionadas foram se tornando mais ou menos relevantes ao longo do percurso profissional de Roger Agnelli?
O fato de Agnelli nunca ter presidido uma empresa com o porte da CVRD se tornou menos relevantes, a partir das primeiras medidas tomadas por ele. Com a centralização das atividades na área de mineração e logística o crescimento da CRVD trouxe sucesso a empresa e tornou a Vale a mais valiosa entre as empresas privadas latino-americanas.
3. Quais os principais problemas com que Agnelli se deparou após a privatização da VALE?
As divergências entre Steinbruch e os administradores da CVRD com relação ao rumo estratégico no negócio, os processos burocráticos desenvolvidos pela gestão enquanto estatal, desmistificar a imagem criada enquanto a CVRD era uma empresa estatal influenciada pelo poder político.
4. Roger Agnelli já planejava o futuro da VALE antes mesmo de assumir sua presidência. Concorda com essa afirmação?
Sim. Pois ele sabia que se usasse sua experiência anterior adquirida no Banco Bradesco ele iria obter sucesso para reestruturar a CVRD e provavelmente alcançaria bons resultados.
5. Você consideraria Roger Agnelli um típico administrador brasileiro?Sim, ele possui algumas características de um típico administrador brasileiro, proativo, persistente, flexível, empreendedor, e um ótimo estrategista.
6. Que traços do sistema cultural brasileiro são evidentes na administração da VALE?
A clareza de objetivos, valores e princípios, a imagem de seus produtos e seus serviços, abertura a novas ideias são evidentes nesta administração.
7. Você acredita que a VALE esteja preparada para enfrentar os futuros desafios? De que forma Roger Agnelli contribuiu (ou não) para isso?
Sim, pois empresa já se encontra estruturada, possui bons administradores que com boa comunicação, uma produção mais diversificada e já é um referencial no mercado. Roger contribuiu para chegar a tal ponto com sua segurança e experiência, através de suas excelentes estratégias de empreendedorismo.
Estudo de Caso: Cosipa
1. Qual a sua opinião sobre o programa de recuperação da Cosipa?
É um programa muito inteligente, que veio para “levantar” a empresa, sem esses métodos a empresa teria falido. A redução de funcionários, cargos e financiamento das dívidas, foi a chave mágica para que o presidente da empresa Marcus Tambasco conseguisse reerguer a empresa.
2. Explique as providências para melhorar a qualidade e a produtividade.
O primeiro passo foi traçar um plano emergencial, de curto prazo, para recuperar três áreas vitais da companhia: produção, finanças e administração. Feitos alguns ajustes de recuperação de equipamentos e eliminação de pontos de estrangulamento, a Cosipa conseguiu no primeiro ano de operação um aumento de produção de aço líquido de 22,3%, com um volume de 3,7 milhões de toneladas. Além disso, a companhia passou a enfatizar uma melhoria na qualidade dos produtos como forma de obter melhores preços no competitivo mercado siderúrgico, obtendo até mesmo o reconhecimento internacional.
3. O tamanho da Cosipa atrapalhou seus programas de mudança?
Sim, pois tinha um quadro com muitos funcionários e isso implica na parte financeira, por este motivo houve a necessidade de reduzir o quadro de funcionários.
4. Que outras providências você sugeriria para a Cosipa?
Além da redução de funcionários e investimentos em novas máquinas, adicionaria um curso técnico para os funcionários, para ajudar a melhorar o desempenho dos mesmos dentro da empresa, e que sejam mais qualificados no cargo desempenhado no trabalho.
5. Como você classificaria a Cosipa em termos de atuação global e mundial?
Apesar das dificuldades enfrentadas, a Cosipa soube utilizar estratégias eficazes para solucionar as dificuldades que empresa enfrentou. Sendo merecedora de uma ótima classificação em termos global e mundial. Melhorou a qualidade de seus produtos, e como premiação obteve o Certificado de qualidade, ISO 9001, conquistou o selo de qualidade Japonês, JIS, ampliando oportunidades para atuações mundiais.
Estudo de Caso: Mcdonald’s
1. O que é o planejamento? Por que ele é tão importante para a organização?
É o processo que engloba a definição das metas da organização, o estabelecimento de uma estratégia geral para alcance dessas metas e o desenvolvimento de um conjunto abrangente de planos para integrar e coordenar atividades. É importante para a organização, pois é a maneira do gestor ou administrador organizar e definir a estrutura da empresa.
2. Como você descreveria o processo de planejamento no Mcdonald’s?
Ele se planeja com o objetivo de alcançar consistência e uniformidade, caracterizando qualidade e rapidez no serviço. Tudo é planejado e controlado, o tempo, os movimentos das tarefas executadas, a forma como são feitos os lanches, quantidade, dentre outros, com a finalidade de deixar seus clientes satisfeitos.
3. Defina o conceito de organização. Qual é a importância da estrutura organizacional?
A organização é uma unidade social conscientemente coordenada, composta por duas ou mais pessoas, que funciona de maneira relativamente contínua para atingir um objetivo comum, com o propósito de produzir um produto ou serviço para satisfazer as necessidades dos clientes. 
A estrutura organizacional é importante, porque define e delimita a forma como as tarefas no trabalho são formalmente divididas, agrupadas e coordenadas.
4. Como o Mcdonald’s se organiza?
O Mcdonald’s se organiza através de um sistema padronizado dos métodos de preparação dos lanches. Todos os procedimentos foram formalizados em um manual de operações, para descrever como os operadores devem fazer os lanches, especificando forma e tempo de preparo. Esta uniformização é uma demonstração do que foi planejado, com demonstração de rapidez e qualidade do serviço.
5. Você concorda com a afirmação de que “a direção influencia maior o desempenho organizacional do que outras funções da administração? Explique.
Sim, porque diferentemente das outras funções, a direção lida diretamente com os membros da organização. Por ser um processo interpessoal, vai requerer do administrador a demonstração de suas habilidades principalmente quando tiver que orientar, motivar, se comunicar, ter a liderança e confiança de seus colaboradores.
6. Como o Mcdonald’s atua no processo de direção?
A administração responsável pela articulação do Mcdonald’s atua de forma flexível o processo de direção em relação à ação dos indivíduos no contexto organizacional. A direção acompanha de perto todos os passos da empresa, desde o comportamento com os membros da organização até a demonstração de suas atividades e habilidades.
7. Como funciona a motivação no Mcdonald’s?
Oferece algumas práticas motivacionais como uma escala de trabalho frequentemente revezada, para aumentar a motivação e interesse pela atividade, resultando em incentivo do estudo e aprimoramento profissional; promove premiação para o funcionário do mês, aquele que se destaca é homenageado com uma foto e um bônus de 25% do salário médio da função.
8. Defina o conceito de controle. Qual é a sua relação com a função planejamento?
É o processo de monitoramento das atividades da organização para garantir que estejam sendo realizadas como planejado e a correção de quaisquer desvios significativos. 
Está relacionado ao planejamento, pois é a garantia que as tarefas planejadas sejam realizadas como deve, o administrador precisa monitorar o desempenho da organização e compará-lo com as metas previamente estabelecidas.
		
 
CASO: O ambiente organizacional da PETROBRAS
A Petrobras e sua história
 A Petrobras (Petróleo Brasileiro S.A.) é a maior em​presa brasileira. Essa gigante atua no ramo energético e tem papel preponderante na economia nacional desde os tempos de sua conturbada criação. O processo de nasci​mento da empresa remete-nos às décadas de 1940 e 1950, quando houve grandes debates sobre a questão do petró​leo no Brasil. De um lado estavam os grupos nacionalistas, que defendiam o completo monopólio do Estado brasileiro sobre a produção e refino; do outro, estavam as compa​nhias internacionais, que desejavam a abertura do merca​do. As discussões duraram sete anos, até que, em 1953, Getúlio Vargas sancionou a lei que determinava a criação da Petrobras, que monopolizaria todas as etapas produti​vas, sem controlar completamente apenas a distribuição dos combustíveis. Ainda hoje, a Petrobras permanece uma empresa estatal, ou seja, o governo brasileiro detém parti​cipação majoritária na companhia. 
O setor de petróleo sempre foi visto como estratégi​co pelos governantes brasileiros, já que essa é a principal matriz energética mundial. Além disso, por tratar-se de uma riqueza natural do país, essa commodity foi protegida dos interesses das grandes produtoras internacionais de petróleo. Isso incitou um elevado nacionalismo na popu​lação, que se orgulha da Petrobras pela sua relevância no Brasil. 
Até 1995, a organização gozou do monopólio de pros​pecção, exploração e refino do petróleo nopaís. A ausência de concorrentes permitiu que a empresa experimentasse um crescimento contínuo em suas atividades e ganhos, apesar de não incentivá-Ia a incrementar sua produtividade e eficiência. A elevação da receita e dos lucros possibilitou que a Petrobras aumentasse seus investimentos, não ape​nas na área produtiva, mas também em pesquisa e desen​volvimento de novas técnicas. 
A maior parte do petróleo brasileiro não está localiza​da em terra firme, e sim na plataforma continental brasileira, ou seja, na projeção do território brasileiro sob o Oceano Atlântico. Por isso, a empresa sempre investiu pesadamen​te 'em tecnologia para exploração e produção da riqueza energética em águas profundas (mais de 400 metros de profundidade). Com isso, a organização tornou-se a maior exploradora da commodity nessas condições no mundo. 
O contexto de atuação da Petrobras 
O mercado petrolífero da economia mundial sempre foi extremamente conturbado, em virtude de crises políticas e guerras ocorridas nas principais regiões produtoras. Por essa razão, o preço dessa commodity, cotado em bolsas internacionais, sofreu oscilações bruscas no decorrer das últimas décadas. Essa conjuntura mundial afetou direta​mente a Petrobras e a política de preços acertada com o governo brasileiro. Apesar de ter alcançado a auto-suficiên​cia na produção de petróleo em 2006, o Brasil sempre foi importador do produto, e as crises influenciaram diretamen​te os preços praticados no mercado interno. 
Na década de 1970, os preços internacionais do pe​tróleo dispararam, em decorrência da situação geopolítica no Oriente Médio, e a Petrobras foi forçada a elevar o preço dos combustíveis no mercado interno. Essa decisão preju​dicou toda a economia nacional, porém era a única solução para enfrentar a alta dos preços da importação do produto. 
Na década de 1980, a instabilidade política no Irã e sua guerra com o Iraque geraram nova elevação do pre​ço da commodity no mercado internacional. Desta vez, no entanto, o aumento da produção interna permitiu que a Pe​trobras, atendendo à política governamental de controle de preços, não repassasse integralmente aos consumidores esse incremento no valor da importação. 
A Petrobras, como empresa estatal produtora de importantes matrizes energéticas, segue uma política de preços formulada juntamente com o governo brasileiro. A empresa é vista como instrumento do desenvolvimento na​cional e, sendo os combustíveis um elemento indispensável para todas as atividades produtivas, os valores cobrados dos consumidores influenciam diretamente o crescimento econômico. Além disso, o preço dessa mercadoria nos pos​tos de combustíveis afeta largamente a inflação brasileira, visto que os valores da gasolina, do diesel e do álcool in​fluem nos custos de todos os produtos. 
Os principais stakeholders 
A organização sofre, portanto, grande influência go​vernamental, já que, por tratar-se de área estratégica, cujos preços influenciam toda a macroeconomia, é necessário certo controle por parte do governo. Não bastando a im​portância do setor energético para o país, o Estado bra​sileiro ainda é o principal acionista da Petrobras (detinha, em 2003, 55,7% do capital com direito a voto). O ministro das Minas e Energia é membro da diretoria da organização e toma decisões sobre os investimentos e a estratégia da empresa juntamente com os outros membros do conselho. 
Uma influência muito criticada do governo sobre a empresa é o uso político dos cargos administrativos da Pe​trobras. Por ser estatal, seu presidente e principais diretores são nomeados pelo presidente da República. Com isso, de quatro em quatro anos, são comuns completas reestrutura​ções do topo da companhia, prejudicando o planejamento de longo prazo. 
Além do governo, a Petrobras possui outros acionis​tas, atualmente mais de 170 mil. Inicialmente, a empresa só podia ter capital nacional; porém, ao longo do tempo, o nacionalismo exacerbado diminuiu e foi permitido que estrangeiros tivessem participação no capital da empresa. Entretanto, foi apenas em 1999 que eles puderam comprar ações com direito a voto. 
No Brasil, as ações da empresa são negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). No entanto, é no exterior que se encontram os principais acionistas pri​vados da Petrobras. As ações preferenciais da empresa vêm sendo negociadas desde 1996 no mercado de balcão. A partir de 2001, essas ações passaram a ser negociadas juntamente com as ações ordinárias na Bolsa de Nova York (Nyse), demonstrando a confiança do mercado financeiro internacional na instituição. 
Outro grande acionista da empresa é o Banco Na​cional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Essa instituição, além de deter boa parcela das ações da Petrobras, por meio da BNDES Participações SA, é finan​ciadora de vários projetos da organização, como a cons​trução de plataformas e navios, compras e construções de refinarias, além de outros investimentos produtivos. 
A Petrobras atende a diversos tipos de consumidores e vende vários produtos. Os produtos da empresa são ven​didos a muitos clientes, desde indústrias até proprietários de veículos automotores, passando por distribuidoras de combustíveis e refinarias estrangeiras. Além de petróleo, gás natural e derivados energéticos do petróleo, a petro​química da organização fornece subprodutos da commodity que são utilizados por indústrias de plástico, por exemplo. Sua forte presença em quase todos os setores produtivos tem impacto direto na economia brasileira. 
O crescimento organizacional e o grande número de empregados da companhia são usados constantemente pelo governo brasileiro como propaganda política. O au​mento da produção e das exportações, além da atuação internacional da Petrobras, é exposto como vitória do Es​tado. Em 2006, quando a organização atingiu a marca de 1,91 milhão de barris produzidos diariamente, superando a demanda nacional pela commodity, houve grande campa​nha publicitária, com a participação do presidente brasilei​ro, divulgando a auto-suficiência nacional em petróleo. Para muitos, a dificuldade em desvincular a empresa do governo brasileiro impede maiores crescimentos da produtividade e do rendimento da companhia. 
A empresa, no entanto, também é vista como patri​mônio de todos os brasileiros e como força dinamizadora da economia nacional. Suas compras no mercado interno fortaleceram a indústria naval do país. Porém, suas enco​mendas não se limitam à indústria nacional. Suas platafor​mas, petroleiros e navios de suporte vêm de várias partes do mundo, e seus principais fornecedores são grandes es​taleiros e conglomerados da indústria de navegação maríti​ma, como o Shipyard Jurong, de Cingapura. 
A Petrobras não apenas incentiva a contratação nas indústrias e firmas de serviços complementares, como tam​bém ela própria é uma grande empregadora no país e no mundo. Contando com mais de 60 mil funcionários em seus quadros, a empresa é motivo de orgulho para eles, que vêem na organização a força e o potencial da economia nacional. 
As vagas de emprego na Petrobras são muito dispu​tadas, visto que os cargos técnicos proporcionam planos de carreira atraentes. Além disso, a estabilidade da empresa estatal confere aos funcionários a possibilidade de um tra​balho para a vida toda. Esses fatos geram uma lealdade nos funcionários raramente vista em empresas brasileiras. 
Esse grande número de funcionários está filiado, con​seqüentemente, a um forte sindicato. O Sindipetro exerce grande influência sobre a organização e o governo. Depois do sindicato dos funcionários das montadoras de veículos, a associação é considerada a que detém maior poder de negociação e pressão. Sendo a Petrobras uma empresa estatal, essa influência recai sobre o governo federal, o que aumenta a força do sindicato. 
As questões político-econômicas no Brasil e nas na​ções onde a Petrobras atua, extraindo e refinando petróleo e gás natural, também são de vital importância para a empre​sa. A estabilidadepolítica é relevante para que os planos de longo prazo sejam traçados. Além disso, ela é imprescindível para a redução dos riscos dos investimentos. As questões econômicas afetam as decisões sobre contratações, aumen​to da produção e investimentos, tornando a economia local outra variável a que a Petrobras precisa estar atenta. 
A internacionalização da Petrobras 
Em 1972, foi criada a Petrobras Internacional S.A. (Braspetro) para pesquisar e explorar combustíveis fósseis fora do país. Até então, era a própria Petrobras que ne​gociava e firmava contratos no exterior. Desde a criação dessa subsidiária, a atuação internacional da Petrobras tor​nou-se cada vez mais importante. A empresa está presente em 23 países e planeja investir, de 2007 a 2011, mais de 12 bilhões de dólares nas atividades internacionais. 
Na década de 1970, a empresa firmou contratos com nações da América, da África e do Oriente Médio, chegan​do, inclusive, a realizar uma grande descoberta no Iraque. As tensões geopolíticas, no entanto, fizeram-na reduzir suas ambições naquele país. Na década de 1980, a Pe​trobras iniciou suas atividades em regiões de menor risco político, como o Golfo do México e o Mar do Norte. Essas atividades não foram tão importantes do ponto de vista pro​dutivo, porém possibilitaram à empresa desenvolver suas atividades no exterior em locais que gozavam de estabi​lidade, além de permitir o aprimoramento da exploração off-shore (em águas profundas). A estabilidade regional, porém, nem sempre é uma constante. 
A estratégia de internacionalização teve um sério re​vés em 2006, na Bolívia. Esse país possui enorme reserva de gás natural em seu subsolo e, desde 1996, a Petrobras vem trabalhando na extração dessa matriz energética. Por ser uma fonte energética mais barata e menos poluente, o gás é largamente utilizado nas indústrias brasileiras, que investiram milhões de reais convertendo fornos e máquinas para a utilização do combustível. 
Entre 1997 e 2000, foi construído o gasoduto Brasil​-Bolívia, ligando as regiões produtoras bolivianas aos mer​cados consumidores do Centro-Sul brasileiro. De acordo com o contrato assinado entre as duas partes, a Petrobras Bolívia, subsidiária da organização naquele país, exportaria até 2019 um máximo de 30 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Com isso, o Brasil pareceu ter encontra​do uma solução para os problemas energéticos nacionais que se tornaram evidentes com o 'apagão' (racionamento de energia) de 2001. Cerca de 50% do gás natural utilizado no Brasil vem do país vizinho, percentual que chega a 75% no Estado de São Paulo, o mais poderoso economicamente do país, demonstrando a dependência brasileira do combustível boliviano.
Todavia, a situação começou a se deteriorar com as eleições bolivianas de 2005. Em sua campanha política, o vencedor do pleito, Evo Morales, prometeu nacionalizar a produção e o refino de hidrocarbonetos (petróleo e gás) e aumentar os impostos sobre as multinacionais. A conjuntura política no país tornou-se instável, já que, apesar de o preço do gás ser reajustado de acordo com critérios firmados no contrato entre a Petrobras e o governo boliviano, este insistiu em elevar os tributos sobre a produção. Em maio de 2006, duas refinarias da Petrobras, uma em Cochabamba e outra em Santa Cruz de Ia Sierra, foram ocupadas pelo Exército daquele país.
Com a crise estabelecida, iniciaram-se negociações entre as duas partes para tentar solucionar o problema. O governo brasileiro participou das negociações, mas a situação era muito delicada. Até então, a Petrobras já havia investido cerca de 1 bilhão de reais na construção do gasoduto, 105 milhões de dólares na compra das duas refinarias e tinha planos de investir ainda mais na Bolívia pelos anos seguintes. Os problemas gerados pela crise, entretanto, fizeram-na cancelar os investimentos e acelerar o incremento da produção de gás natural no Brasil. A instabilidade política, portanto, afetou diretamente as atividades organizacionais.
Apesar de a situação na Bolívia ter prejudicado a empresa, a Petrobras teve lucro recorde no primeiro semestre de 2006. O aumento da produção interna de petróleo, a receita com a exportação dessa commodity, a venda de combustíveis no Brasil e o ganho com atividades de exploração e refino em outros países sustentaram esse lucro.
A alta do preço da commodity no mercado internacional, em razão da instabilidade em alguns países produtores, como o Irã, o Iraque, a Nigéria e a Venezuela, fizeram a rentabilidade da companhia disparar. Com os custos de produção quase estáveis e as receitas pela venda de seus produtos crescendo continuamente, a Petrobras teve o mais alto lucro semestral de sua história no primeiro semestre de 2006: 13, 634 bilhões de reais. Esse valor também é o maior lucro semestral de empresas latino-americanas de capital aberto dos últimos 20 anos.
A responsabilidade socioambiental da Petrobras
Além de seus consumidores e trabalhadores, outros grupos de interesse influenciam as atividades da Petrobras. Uma vez que a queima de combustíveis fósseis está intimamente relacionada ao aquecimento global e á poluição, a empresa sofre pressão de grupos ambientais, como o Greenpeace e o WWF, defensores de fontes de energia limpas e renováveis. Outro perigo ambiental são os vazamentos em oleodutos e em petroleiros. Em janeiro de 2000, houve a ruptura de uma tubulação da Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, e isso gerou um grave problema ambiental.
As águas da Baía de Guanabara foram atingidas, prejudicando a fauna e a flora de manguezais. A Petrobras foi obrigada a indenizar a comunidade de pescadores e a limpar o óleo, além de ter sofrido outras penalizações, o que representou um prejuízo da ordem de 110 milhões de reais.
Para evitar gastos como esse e a repercussão negativa divulgada pela mídia, a Petrobras investe maciçamente em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias eficientes e seguras para extrair, transportar e armazenar o petróleo e seus derivados. O Cenpes/Petrobras é o centro de pesquisa da empresa no Estado do Rio de Janeiro. Fundado em 1963, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é nele que são criados e aprimorados inventos para aumentar a produtividade e a confiabilidade da área operacional. Além disso, no centro, há pesquisas sobre novas fontes de energia limpas e renováveis. A Petrobras desenvolve ainda projetos de energia eólica e solar em diversos locais do Brasil. Essas fontes não prejudicam o meio ambiente, não poluindo nem trazendo riscos ao hábitat de diversas espécies. Além delas, o biodiesel, desenvolvido a partir de óleos vegetais, é uma importante bandeira da organização e do governo brasileiro na defesa do meio ambiente.
No entanto, esse projeto tem outro objetivo, tão nobre quanto o anterior. Um dos óleos para a produção do biodiesel é o da mamona, fruto típico do sertão nordestino, a região mais pobre do Brasil. A Petrobras investe nesse projeto também pelo poder de promoção da inclusão e desenvolvimento social que ele possui. Este é um exemplo dos projetos socioambientais criados e expandidos com capitais da organização. Além dele, a Petrobras investe em vários outros, como o Projeto Tamar, que protege as tartarugas marinhas da costa brasileira, e o Projeto Cetáceos, que estuda os mamíferos marinhos. Essa política da empresa influencia positivamente a visão que a sociedade e os consumidores têm da organização. Para eles, ela é um exemplo de que é possível conseguir alcançar os objetivos organizacionais eficientemente, respeitando a sustentabilidade ambiental e promovendo o desenvolvimento social.
Fontes: Site oficial da empresa (www.petrobras.com.br); Relatório anual de contas de 2006 da Petrobras; CPOOC-FGV, 'Petrobras: 50 anos". Disponível em: www.cpdoc.fgv.br.Acessoem: ago. 2007.
Estudo de Caso: Petrobras
1. De acordo com o caso, quais são os stakeholders internos e externos da Petrobras?
A Petrobrasé uma empresa que possui muitos parceiros que influenciam de forma decisiva, eles são chamados stakeholders, e podem ser internos e externos. Os stakeholders internos são: o Estado brasileiro, sendo o principal acionista da Petrobras, e os demais acionistas da empresa, que atualmente são mais de 170 mil. Os stakeholders externos são os consumidores de petróleo, gás natural e a mídia, com campanhas publicitárias e propagandas.
2. O fato de o governo brasileiro ser o principal acionista da empresa afeta sua posição de stakeholder? Justifique.
O fato de o governo brasileiro ser o principal acionista da Petrobras, afeta sua posição de stakeholder, porque existe uma influência do governo que é muito criticada por causa do uso político dos cargos administrativos. Por ser uma empresa estatal o presidente e seus diretores são nomeados pelo presidente da República, prejudicando planejamentos de longo prazo, e governo utiliza a empresa através da publicidade para suas propagandas políticas. A dificuldade em desvincular a empresa do governo brasileiro impede maiores crescimentos da produtividade e do rendimento da companhia.
3. Por que podemos dizer que, até 1995, os concorrentes não eram um stakeholder da organização? Como isso afetou o crescimento organizacional? Explique.
Até 1995, a Petrobras era uma organização que gozou do monopólio de prospecção, exploração e refino do Petróleo no Brasil. A empresa não possuía concorrente, permitindo que experimentasse um crescimento organizacional contínuo em suas atividades e ganhos, apesar de não incentivá-la a incrementar sua produtividade e eficiência.
4. Como a influência governamental afeta a política de preços da empresa?
A influência governamental afeta a política de preços da empresa, por causa dos altos impostos. A Petrobras é uma empresa estatal produtora de importantes matrizes energéticas, porém segue uma política uma política de preços que é formulada juntamente com o governo, sendo vista como instrumento do desenvolvimento nacional, porém os combustíveis são elementos indispensáveis para as atividades produtivas, e os valores cobrados dos consumidores influenciam diretamente o crescimento econômico. No Brasil, os preços dos combustíveis, nos postos de venda, afetam a inflação, pois têm seu preço parcialmente definido pelas cotações do petróleo no mercado internacional, mas quando esta cotação aumenta, a Petrobras atendendo à política governamental de controle de preços, não repassa aos consumidores esse incremento no valor da importação.
5. Por que, desde 2001, o número de acionistas estrangeiros da empresa cresceu muito? O que esse fato representa para a empresa? Por que ele pode prejudicar a opinião pública sobre a empresa?
O número de acionistas estrangeiros na empresa cresceu muito, porque desde 2001 as ações da Petrobras passaram a ser negociadas juntamente com as ações ordinárias na Bolsa de Nova York (Nyse), demonstrando a confiança no mercado financeiro internacional na instituição. Esta negociação foi um fato que representou um enorme crescimento da empresa. Porém este fato prejudica a empresa, por causa da opinião pública, pois a Petrobras também é vista como patrimônio de todos os brasileiros e como força dinamizadora da economia nacional, acarretando em várias opiniões, dizendo que eles querem vendê-la aos estrangeiros.
6. Como a instabilidade política na Bolívia afetou os negócios da Petrobras naquele país?
Em 2006, houve um sério revés na estratégia de internacionalização do Brasil no Bolívia. Tudo começou a se deteriorar com as eleições bolivianas de 2005, um político, em sua campanha, prometeu nacionalizar a produção e o refino de hidrocarbonetos (petróleo e gás) e aumentar os impostos sobre as multinacionais, assim, a conjuntura política no país tornou-se instável, pois o governo boliviano insistiu em elevar os tributos sobre a produção, apesar do preço do gás ter sido reajustado de acordo com os critérios firmados no contrato entre eles e a Petrobras. Com a crise estabelecida foi iniciada as negociações para tentar solucionar o problema. A Petrobras já havia investido bilhões de reais, mas com os problemas gerados pela crise, fez com que cancelasse os investimentos e acelerasse o incremento na produção do gás no Brasil. A instabilidade política afetou diretamente as atividades organizacionais, prejudicando a Petrobras.
7. Como o acidente na Baia de Guanabara afetou a Petrobras e o que ela vem realizando para evitar casos como este?
As águas da Baía de Guanabara foram atingidas, prejudicando a fauna e a flora, causando um grave problema ambiental. Com isso a Petrobras foi obrigada a indenizar a comunidade de pescadores e a limpar o óleo, e também sofreu com outras penalizações, o que representou um prejuízo da ordem de 110 milhões de reais. Para evitar casos como este a Petrobras investe maciçamente em pesquisas e desenvolvimento de tecnologias eficientes e seguras para extrair, transportar e armazenar o petróleo e seus derivados, nelas são criados e aprimorados investimentos para aumentar a produtividade e a confiabilidade da área operacional. 
8. Qual é o papel socioambiental da organização? Qual é sua importância?
A Petrobras desenvolve projetos em diversos locais no Brasil, com fontes que não prejudicam o meio ambiente, nem poluem ou tragam riscos ao habitat de diversas espécies. Esse papel socioambiental é uma importante bandeira da organização na defesa do meio ambiente. Ela investe também nestes projetos pelo poder de promoção da inclusão e desenvolvimento social que ele possui. Essa política da empresa influencia positivamente a visão que a sociedade e os consumidores têm da organização e prevê investimentos de natureza socioambiental em todo país. Estes projetos são criados e expandidos com capitais da organização. Temos como exemplo o Projeto Tamar, que protege as tartarugas marinhas da costa brasileira, e o Projeto Cetáceos, que estuda os mamíferos marinhos.

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