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Texto expositivo argumentativo reflexivo dissertativo e tipos de argumentos

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1 
 
TEXTO INFORMATIVO – EXPOSITIVO 
 O termo exposição é associado a explanar ou explicar uma temática de 
forma denotativa, procurando informar, esclarecer acerca daquela matéria. E é 
esta a essência de um texto informativo-explicativo. 
 Tal como os restantes textos, enquadra-se na estrutura canónica 
(introdução, desenvolvimento e conclusão), incluindo, geralmente, as seguintes 
fases: 
• Introdução ao tema; 
• Definição do propósito da exposição; 
• Comentário sobre os pontos de maior relevo, que devem ser 
encadeados sequencialmente e corroborados por evidências; 
• Conclusão, onde frequentemente se recapitulam as ideias principais da 
exposição. 
TEXTO EXPOSITIVO – ARGUMENTATIVO 
 Em comum com o texto informativo-expositivo há a origem semântica e 
a maioria das características. Contudo, o objectivo do texto faz com que estes 
dois textos sejam substancialmente divergentes. 
 Se a função do texto informativo-expositivo é informar, a finalidade do 
expositivo-argumentativo é mais ambiciosa: tenciona persuadir e convencer o 
público-alvo quanto a uma tese ou um juízo. 
 Para tal, expõem-se argumentos de vários tipos, recorre-se à 
exemplificação e, na melhor das hipóteses, deitar-se “por terra” qualquer teoria 
em oposição. 
 Estruturalmente, não existem diferenças de maior entre os dois tipos de 
texto, mas neste último, existe uma certa liberdade no que diz respeito à 
sequência dos argumentos: por uma questão estratégica, podem ser dispostos 
por ordem crescente ou decrescente de relevância, conseguindo assim captar 
a atenção e a credibilidade do destinatário. 
TEXTO DE OPINIÃO 
 Quem escreve propõe-se conquistar adeptos para um ponto de vista, 
investindo especialmente na clareza e na retórica. 
 Enquanto o texto arumentativo-explicativo se serve da dialética para 
fazer as suas demonstrações ( a dialética pode ser definida como a “lógica da 
aparência”), o texto de opinião, menos objectivo, emprega instrumentos de 
retórica (tais como deduções, induções, etc. que não são técnicas 
potencialmente exactas…) para convencer. 
2 
 
 Muitas vezes, o texto de opinião surge na sequência de um assunto 
controverso, sobre o qual o autor é capaz de tomar uma posição peremptória, 
recorrendo à argumentação e à exemplificação na apresentação e explicação 
dos dados que sustentam o seu modo de encarar o problema. 
TEXTO DE REFLEXÃO (ou REFLEXIVO) 
 Pretende-se somente sugerir uma análise à realidade, sob o prisma de 
um indivíduo que está a redigir o texto. 
 Por meio de juízos de valor e exemplos devidamente articulados, este 
não deseja mais do que insinuar um ideal, não se confundindo este propósito 
com o do texto de opinião. Estes dois textos de apreciação crítica terão em 
comum, porém, a obediência à forma canónica textual, e, apesar de tudo, 
comunicam ao leitor uma posição parcial face a uma matéria. 
A DISSERTAÇÃO 
Vagamente definida pelo dicionário da Priberam como exposição 
minuciosa, oral ou escrita, de um assunto doutrinário”. 
 Faltou-lhes acrescentar que a dissertação visa a defesa, a contestação 
ou meramente a discussão de um tema. 
 Por razões de alongamento e clareza, convém que o tema a explorar 
seja delimitado e equilibrado. Desta forma, poder-se-ão reunir argumentos 
apropriados e eficazes, que farão parte de uma fase de desenvolvimento do 
texto, obviamente consecutiva à introdução e à conclusão. 
 Ao plano dialético (onde a dissertação desempenha um papel de 
destaque), fazem parte três momentos fulcrais: a tese, a antítese (que nega a 
tese) e a síntese (que supera a tese e a antítese, tomando de cada uma os 
pontos mais difíceis de refutar). 
CONCLUSÃO 
Todas as tipologias textuais têm em comum: a frase declarativa, o tempo 
presente do indicativo, as expressões de caráter modal, os articuladores do 
discurso, o discurso na terceira pessoa, a estrutura canónica… 
Para além disto, o texto expositivo é quase imparcial, ao passo que o texto 
expositivo-argumentativo é totalmente partidário; o texto de opinião persuade 
para uma crença, enquanto o texto reflexivo sugere uma ideia; e a dissertação, 
o texto mais extenso dos cinco, mostra um raciocínio do seu autor, na direção 
de uma conclusão que é a síntese. 
 
 
 
 
3 
 
Tipos de argumentos 
Genericamente, consideram-se cinco tipos: 
• asserção axiomática – afirmação que considera como incontestáveis os 
aspectos desenvolvidos a partir dela. Um exemplo é o axioma cartesiano 
«Penso, logo existo». Ao ligar estas duas asserções – pensar e existir - 
Descartes criou uma verdadeira estrutura argumentativa. 
• raciocínio lógico – operação discursiva mental que nos permite determinar a 
validade ou a falsidade ou a probabilidade de uma ou várias proposições, 
tendo em vista convencer um destinatário da impossibilidade de refutar o 
encadeamento das ideias. Podemos distinguir: 
 
a) causa / efeito / consequência 
b) antecedente / consequente 
c) pressuposição / inferência / conclusão (de uma hipótese é possível 
extrair uma ilação e, desta, chegar a uma conclusão 
d) asserção / relacionação / confrontação / indução (parte-se de uma 
afirmação inicial para a relacionação dos seus termos, daqui se 
levantando semelhanças e diferenças que podem ser confrontadas, 
para se extrair uma verdade geral 
e) silogismo lógico: generalização / inferência / dedução (parte-se de 
uma premissa considerada como uma verdade geral; o segundo termo 
é um caso particular extraído do primeiro; daqui se conclui um caso 
particular. Este tipo de raciocínio difere do indicado em c), na 
medida em que a pressuposição estabelece uma conexão mental entre 
dados supostos, não estando estabelecido que qualquer deles tenha o 
valor lógico de verdadeiro ou falso). 
Obs. A argumentação por raciocínio lógico leva a que os termos se encadeiem 
gramaticalmente, 
4 
 
o que é feito por intermédio dos conectores frásicos que indicam quer a simples 
sucessão das 
proposições, quer as relações de causalidade, de consequência, de 
temporalidade, de referência, 
estabelecidas entre aquelas. 
 
• provas, exemplos, citações – as provas retiram-se dos referentes reais: 
factos históricos, acontecimentos verídicos, investigações científicas, 
estatísticas, testemunhos pessoais, etc. Os exemplos funcionam como 
provas, mas apresentam ilustrações, explicações, aplicações concretas e 
confirmações. 
 
• exemplos fictícios – são elementos com carácter de alegoria, fábula, 
parábola, que se utilizam como comparação com o que se apresenta, 
tornando-o quase incontestável. 
 
• conselhos e ordens – que podem apresentar-se na forma de: 
prescrições, utilizando o imperativo ou formas de conjuntivo; 
sugestões, recorrendo ao condicional ou ao futuro dubitativo. 
 
 Organização do discurso argumentativo 
Como vimos, a oratória estrutura o sermão, o discurso político e o discurso 
forense através de um plano em cinco fases – Exórdio, Narração ou Exposição, 
Confirmação, Refutação e Peroração. 
 
Um texto argumentativo escrito prefere o plano que apresenta: 
• Introdução – parágrafo inicial que dá conta da matéria a tratar e da tese a 
provar; 
• Desenvolvimento – que corresponde à antítese, ou seja, à prova e 
contraprova da tese através da exposição dos argumentos; análise/explicitação 
da tese; apresentação dos argumentos que provam a verdade da tese: factos, 
5 
 
exemplos, testemunhos, citações, dados estatísticos…. e os contra-
argumentos 
• Conclusão – corresponde à síntese, onde se manifesta o ponto a que se 
chegou depois da demonstração. 
Toda a arte tem as suas normas e a argumentação não foge à regra. As etapas 
para a construção do texto são: encontrar o problema, procurar os argumentos 
e os contra-argumentos, dispô-los adequadamente, usar as figuras de estiloque mais agradam, formular juízos de valor, etc. 
O encadeamento das ideias e dos argumentos deve respeitar uma progressão 
interna: levantamento e apresentação das características e dos traços 
marcantes da situação ou do problema a tratar; organização cronológica dos 
factos ou dos aspetos significativos; demonstração da validade da tese com 
argumentos pertinentes; inclusão de elementos de prova que validem as 
opiniões expressas (provas, exemplos, citações). 
 
A Lógica dos argumentos 
 Escolha e ordenação dos argumentos 
Para uma correta construção argumentativa é fundamental a escolha dos 
argumentos que suportam a demonstração da tese. Eles devem ser pertinentes 
e coerentes, apresentados de forma lógica e articulada e organizados por 
ordem crescente de importância. 
 
 Articulação e coesão do discurso 
As qualidades principais do discurso argumentativo são o rigor, a clareza, a 
objetividade, a coerência, a sequencialização e a riqueza lexical. Para tal, 
devem ter-se em conta os seguintes elementos linguísticos: 
• correta estruturação e ordenação das frases; 
• uso correto dos conectores do discurso (de causa-efeito-consequência, 
hipótese-solução, oposição, disjunção, etc.); 
• respeito pelas regras da concordância; 
• uso adequado dos deícticos (determinantes, pronomes, advérbios) que 
evitam as repetições dos nomes; 
• utilização de um vocabulário variado, com recurso a sinónimos, 
antónimos, hipónimos e hiperónimos. 
6 
 
 
Síntese da metodologia para escrever um texto argumentativo 
 
1. Preparação da argumentação: 
_ procurar argumentos (seleção, número, precisão) 
_ dispor os argumentos (plano, encadeamento) 
_ procurar de figuras de estilo 
_ encontrar respostas para as seguintes perguntas: 
_ que quero eu provar? 
_ estes argumentos são realmente válidos? 
_ de que factos disponho? serão sólidos? quais vou utilizar? 
quais devo manter em reserva? 
_ haverá pontos fracos na minha argumentação? 
_ em que ponto posso ou devo ceder? 
 
2. Etapas do texto argumentativo: 
2.1. encontrar o problema 
2.2. analisar os dados 
2.3. dispor adequadamente os argumentos e contra-argumentos 
2.4. reformular 
2.5. enunciar soluções e propostas 
2.6. usar figuras de estilo adequadas 
2.7. formular juízos de valor (concordância ou discordância final) 
3. Qualidades do texto argumentativo: 
rigor, clareza, objetividade, 
coerência, sequencialização, riqueza lexical 
4. Estrutura do texto argumentativo: 
- Introdução: um parágrafo único; afirmação polémica 
- Desenvolvimento: dois ou mais parágrafos; argumentos e contra-
argumentos, exemplos (cada parágrafo do desenvolvimento deve decompor-se 
7 
 
em três elementos: ponto de partida, argumento e exemplo; os parágrafos 
devem ser encadeados uns nos outros pelos conectores lógicos) 
- Conclusão: um parágrafo único; retoma da afirmação inicial confirmada ou 
contrariada.

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