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Lista de Exercícios sobre Filosofia da Educação

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Universidade Estadual da Paraíba - UEPB
Prática pedagógica
Prof. Breno Dutra Serafim Soares	e-mail: brenoserafim@gmail.com
01. Acerca da relação entre filosofia e pedagogia assinale a alternativa CORRETA:
A) Nos períodos antigo e medieval,a filosofia, educação e política não coincidem.
B) No início da Idade Moderna, com a ruptura entre filosofia e ciência, ética e política, os sistemas filosóficos não deixam suas marcas nos sistemas educacionais.
C) A determinação dos processos educacionais pela filosofia, nas sociedades civilizadas, se dá de modo uniforme.
D) Na contemporaneidade, a filosofia e a educação entram em descompasso e suas conexões ético-ontológicas e históricas tendem a reduzir-se ao enfoque disciplinar da filosofia da educação.
02. Com a seguinte frase: "não se aprende filosofia, aprende-se a filosofar", Kant afirma que: 
A) Para o aprendizado da filosofia, não é necessária uma análise da história da filosofia, mas se deve levar em consideração apenas a atitude crítica frente ao mundo. 
B) A forma de filosofia mais válida e que convém cultivar é a que se refere às questões humanas, em particular, às questões relativas à moral. 
C) A filosofia é um ato de amor e não requer um estudo teórico, desde que se tenha uma disposição afetiva às questões mais originais do ser. 
D) A filosofia tem, entre outras coisas, uma dimensão prática, pois ela pode contribuir para a educação do cidadão e preparar o terreno para a constituição do reino dos fins. 
E) Para a educação filosófica, pode-se dispensar o ensino das ciências, visto que a Filosofia, diferentemente das ciências, ocupa-se apenas em dotar os homens de atitude crítica face às questões não propriamente científicas.
03. Acerca dos três momentos das relações entre filosofia e educação, assinale a assertiva INCORRETA:
A) Num segundo momento, a filosofia fornece os fundamentos do projeto pedagógico e a pedagogia vira uma consequência do progresso filosófico.
B) Na sua origem, a filosofia é propriamente um projeto educativo.
C) Num terceiro momento, a filosofia passa a ser criticada pelas teorias educacionais.
D) Somente na época atual a filosofia e a pedagogia se definem como processos distintos.
E) Nem terceiro momento, a filosofia assume a tarefa crítica e reflexiva relativamente às teorias e às ações educacionais.
04. Relembrando o mote kantiano de que "não se ensina Filosofia, ensina-se a filosofar", a solução para esse aparente impasse parece ser dada pela própria natureza da atividade filosófica...
Assinale a alternativa que melhor completa a sentença. 
A) ...ou seja: para além do conteúdo abstrato a ser ensinado, está em questão, a necessidade de que o estudante tenha um modo de pensar baseado nos pressupostos daquilo que é aparente. 
B) ...isto é, sua peculiar característica reflexiva: para além do conteúdo concreto a ser ensinado, o que está em questão é, antes, a necessidade de tornar familiar ao estudante um modo de pensar que aponta, precipuamente, para os pressupostos daquilo que é aparente. 
C) ...o que está em questão é a dúvida na qual deve tornar familiar ao estudante. 
D) ...pois o que está em questão é a capacidade do estudante em pensar com radicalidade, os problemas apresentados pela cultura em que se vive. 
E) ...caracterizada pela descoberta, pela crítica ao óbvio, pela lógica formal do pensamento humano e pela radicalidade da proposta a ser assumida, enfim, pela reflexão individual ou coletiva.
05. Sobre as relações entre filosofia e educação na Antiguidade, escolha a alternativa CORRETA:
A) Na Grécia antiga, encontramos os filósofos Platão e Aristóteles como os primeiros educadores.
B) Filosofia e educação primeiramente se definem como processos distintos, separados e conscientes, e somente na atualidade se compreendem como uma unidade.
C) Uma concepção racional da realidade cede espaço para uma visão de mundo mítico-estética do mundo.
D) Na Grécia antiga, encontramos os poetas Hesíodo e Homero entre os primeiros educadores.
06. Para Marilena Chauí, em vez de perguntar "que horas são?", podemos indagar "o que é o tempo?". Em vez de dizermos "ficou maluca?" ou "está sonhando?", podemos nos perguntar "o que é o sonho", a loucura, a razão?" (Convite à Filosofia. São Paulo, Ática, 1994). Portanto, 
A) não é possível diferenciar entre senso comum e atitude filosófica. 
B) filosofar implica assumir, no plano do pensamento, os mesmos parâmetros habitualmente empregados na vida cotidiana. 
C) filosofar significa ater-se à aceitação imediata da realidade. 
D) a filosofia começa pela reafirmação necessária das crenças e preconceitos do senso comum. 
E) a atitude filosófica diferencia-se estruturalmente do senso comum.
07. Na literatura sobre ensino de filosofia, a idéia de "pensamento crítico" envolve, necessária e recorrentemente:
A) a denúncia da semiformação promovida pela sociedade do espetáculo.
B) a discussão sobre a própria presença da disciplina na escola.
C) amplo conhecimento da história da filosofia e dos problemas filosóficos.
D) relação com as experiências, demandas e interesses dos estudantes.
E) elaboração conceitual, procedimentos argumentativos e problematização.
08. O ensino da disciplina de Filosofia nos séculos XX e XXI deve ir na contramão do modelo positivista tão disseminado na cultura brasileira principalmente na década de 1960. Segundo o texto, ensinar filosofia, no final do século XX e começos do século XXI, passa a significar formação crítica e torna-se um elemento decisivo na redescoberta da educação para a cidadania [...]. Para isso, propõe-se que o ensino da filosofia deve ser realizado de forma a 
A) buscar seu sentido original de paideia e a se renovar com a pesquisa em História da Filosofia. 
B) auxiliar os alunos a entrarem para o mercado de trabalho. 
C) concorrer com as demais disciplinas do currículo escolar em termos de utilidade e tecnicidade. 
D) encaixar o aluno naquela figura do filósofo descrita por Aristóteles na Metafísica, de um indivíduo totalmente desinteressado e que estaria acima dos desejos e necessidades humanos.
09. Sobre as relações entre filosofia e educação na Antiguidade Clássica, assinale a alternativa INCORRETA:
A) Herdamos uma forma de reflexão que foi inaugurada pela filosofia, isto é, um jeito de procurar as respostas para aquelas questões “relevantes” que os gregos também consideraram importantes.
B) A filosofia de Platão é fundamentalmente pedagógica, quase da mesma maneira que é política, cosmológica, linguística, ética, estética, etc.
C) A filosofia de Platão integra dialeticamente a totalidade das manifestações culturais e institucionais, é anterior às distinções e setorizações do conhecimento e da ação humana das disciplinadas modernas
D) A filosofia grega precisou criar uma disciplina chamada filosofia da educação, pois, a coincidência entre o pensamento filosófico e o pensamento pedagógico não era algo natural.
E) Uma vez surgida a democracia e emudecidas as palavras dos aristocratas, e com elas a verdade depositada na tradição, os discursos míticos, poéticos e religiosos deixam de satisfazer as exigências pedagógicas dos gregos.
10. Difícil é lidar com os donos da verdade. Não há dúvida de que todos nós nos apoiamos em algumas certezas e temos opinião formada sobre determinados assuntos. É inevitável e necessário. Se somos, como creio que somos seres culturais, vivemos num mundo que construímos a partir de nossas experiências e conhecimentos [...] Até aí nada de mais; o problema é quando o cara se convence de que suas opiniões são as únicas verdadeiras e, portanto, incontestáveis. Se ele se defronta com outro imbuído da mesma certeza, arma-se um barraco. (GULLAR, Ferreira. O benefício da dúvida. In: Folha de São Paulo, 19/2/2006) 
O texto de Ferreira Gullar aponta um dos objetivos do ensino de Filosofia, qual seja, estimular posturas críticas frente aos preconceitos, crençase certezas estabelecidas e, ao mesmo tempo, instituir posturas interrogativas alcançadas por meio da reflexão. São estratégias docentes para a consecução desse objetivo: 
A) Simplificar conteúdos em razão da precariedade cultural dos discentes. 
B) Adequar-se aos livros didáticos estabelecendo uma sequência significativa de conteúdos. 
C) Centrar-se nos temas da história da filosofia, preferencialmente naqueles ditos tradicionais. 
D) Problematizar experiências vividas, organizando-as por meio de categorias ou conceitos gerais. 
E) Produzir discursos filosóficos originais e de linguagem especializada.
11. Acerca do papel da filosofia na produção do ser humano, assinale a alternativa INCORRETA:
A) Filosofia é o desejo pelo saber em si mesmo de uma maneira desinteressada e engloba tudo o que se refere à cultura intelectual.
B) Quem filosofa tendo o útil como objetivo perde a liberdade. A ânsia de transformar perturba o momento do conhecimento.
C) “Todas as outras ciências serão mais necessárias do que esta", diz Aristóteles, "mas nenhuma lhe será superior”.
D) As mutações que a filosofia produz não aparecem em quem a pratica, no filósofo, tendo em vista que a filosofia tem por objetivo somente a apreensão de um discurso filosófico.
E) A filosofia não possui nenhuma utilidade prática: ela é livre, pois não se submete a qualquer fim que lhe seja alheio.
12. Sobre a importância dos pré-socráticos no surgimento da ideia de formação intelectual dos cidadãos da pólis, escolha a alternativa CORRETA:
A) De acordo com os pré-socráticos, o mundo natural não tem uma ordem intrínseca, a qual é suficiente para explicar a sua estrutura, mas é um todo envolto em forças sobrenaturais que não podem ser compreendidas pelo homem.
B) Os primeiros filósofos enfatizaram o domínio da faculdade racional. A razão é a faculdade capaz de estabelecer relações lógicas, isto é, de dar conta dos fenômenos naturais e antropológicos através da busca pelas causas.
C) Os pré-socráticos não contribuíram para a formação do novo homem, nascido das cinzas da tradição, o qual repõe a fé apenas na autoridade do mito no logos, na dúplice acepção que este termo possui, isto é, de razão e de discurso.
D) Os pré-socráticos descobriram aquela maneira de olhar para o mundo que é a maneira científica ou racional. Eles não viam o mundo como algo ordenado e inteligível, cuja história obedecia a um desenvolvimento explicável, organizado, compreensível.
13. É possível fazer um paralelo entre Sócrates e a própria filosofia, de onde advém as seguintes conclusões possíveis, EXCETO: 
A) A filosofia de Sócrates não ocorre em um "gabinete" e sim na praça pública, de onde se pode deduzir que a vocação da filosofia é política, pois pública. 
B) Sócrates é "subversivo" porque "desnorteia", perturba a "ordem" do conhecer e do fazer e, portanto, deve morrer. A filosofia pode ser assim "morta" quando tornada discurso do poder. 
C) Sócrates guia-se pelo princípio de que nada sabe e, desta perplexidade primeira, inicia a interrogação e o questionamento do que é familiar retirando o caráter dogmático que destrói a filosofia. 
D) Sócrates desperta as consciências adormecidas, mas não se considera um "farol" que ilumina; o caminho novo deve ser construído pela discussão, que é intersubjetiva, e pela busca criativa das soluções em que a filosofia apresenta-se como atitude diante de situações plurais. 
E) O conhecimento de Sócrates não é livresco, mas sim vivo e em processo de se fazer; o conteúdo é a experiência cotidiana. À filosofia cabe o papel dogmático. 
14. Sobre o papel da democracia na Grécia antiga como fator importante para a formulação da ideia de pedagogia, escolha a alternativa INCORRETA:
A) Aristóteles esclarece na sua Política que o homem é essencialmente ser da cidade e isso não indica apenas um lugar físico particular mas, antes, o caráter próprio do homem: o homem se faz tal só ao participar das práticas e das experiências dos outros homens.
B) Ao afirmar que “É evidente que a polis é natural, e que o homem é por natureza um animal político e que o apolide por natureza e não por acidente é menos ou mais que um homem”, Aristóteles está sendo original em relação ao seu tempo; ele não está somente constatando e reafirmando o que aparecia como verdade ao grego do seu tempo.
C) O homem é fruto da cidade, da sua paideia, e por decorrência toda criação humana terá a cidade como origem e – é importante não esquecer – como propósito ou, pelo menos, referência.
D) A autoridade não repousa mais na tradição, mas na lei, nomos, fruto da ação do homem, regida pelo discurso elaborado, argumentado e persuasivo.
15. O objetivo da disciplina Filosofia não é apenas propiciar ao aluno um mero enriquecimento intelectual. Ela é parte de uma proposta de ensino que pretende desenvolver no aluno a capacidade para responder, lançando mão dos conhecimentos adquiridos, as questões advindas das mais variadas situações. Tendo isso em vista, assinale a opção FALSA: 
A) No ensino médio, universo de jovens e adolescentes, é imprescindível despertar o estudante para os temas clássicos da Filosofia e orientá-lo a buscar na disciplina um recurso para pensar sobre seus problemas. 
B) Participação ativa na formação do jovem e capacidade para o diálogo com outras áreas do conhecimento pressupõem, que o professor de Filosofia não perca de vista a especificidade de sua própria área. 
C) Está se abrindo para o ensino de Filosofia um novo tempo, no qual é importante reconhecer a importância da formação contínua dos docentes de Filosofia no ensino médio, bem como o esforço coletivo de reflexão e de produção de novos materiais. 
D) As propostas pedagógicas das escolas deverão, obrigatoriamente, assegurar tratamento disciplinar e contextualizado para os conhecimentos de Filosofia. 
E) O trabalho do professor é limitar-se à interpretação e à contextualização de fragmentos de alguns filósofos ou ao debate sobre temas atuais, confrontando-os com pequenos textos filosóficos. 
16. Sócrates foi um pensador extremamente importante na história da Filosofia e suas influências se fazem sentir também no campo da pedagogia. Acerca disso escolha a alternativa CORRETA:
A) A arte da maiêutica baseia-se na ideia de que o conhecimento está ausente da mente do sujeito como uma razão inata que, para se tornar consciente, precisa ser “parido” (“dado à luz”) mediante sequência lógica de perguntas.
B) No diálogo Banquete, relatado por Platão, Sócrates repete as palavras da sábia sacerdotisa Diotima de Mantinéia, que sugere que a alma dos homens está grávida e quer dar à luz.
C) Para Sócrates, o mestre é o que enche a mente do discípulo com informações, como se sua mente fosse uma caixa vazia.
D) Na maiêutica, o mestre não ajuda o discípulo a alcançar o conhecimento mediante um diálogo questionador.
E) A despeito de não haver registro de qualquer produção escrita de sua autoria, a súbita transformação que atingiu a filosofia após Sócrates não o confirma como um pensador que não tem comparação com os filósofos precedentes.
17. O fato mais marcante da vida humana é que temos valores. Pensamos em modos pelos quais as coisas poderiam ser melhores e mais perfeitas e, portanto, diferentes do que são e também em modos como nós mesmos poderíamos ser melhores, e, portanto, diferentes do que somos. Por que é assim? De onde tiramos estas ideias que vão além do mundo que experimentamos e parecem colocá-lo em questão, julgando-o, dizendo que ele não é satisfatório, que ele não é o que deveria ser? Claramente não as tiramos da experiência, pelo menos não de uma maneira simples. E é intrigante também que estas ideias de um mundo diferente do nosso nos conclamam, dizendo-nos como as coisas deveriam ser e que nós deveríamos torná-las assim. (KORSGAARD, Christine. The Sources of normativity. Cambridge University Press, 1996, p. 1) 
Tendo em vista a dificuldade dos alunos do Ensino Médio em compreenderos temas próprios da filosofia, o tema exposto no texto acima poderia ser abordado, por exemplo, por meio 
A) de um longo exercício de memorização de todas as relações e diferenças referentes ao assunto. 
B) da leitura de textos filosóficos estritamente técnicos, como artigos sobre a Crítica da Razão Pura de Kant e sobre a Fenomenologia do Espírito de Hegel. 
C) do levantamento do conhecimento prévio dos próprios alunos acerca de algum movimento social de protesto ou de lutas por alguma causa. 
D) de um rigoroso exercício de lógica, no qual os alunos aprenderiam a identificar as diferenças e relações entre uma coisa e outra analisando os termos das sentenças. 
18. É possível estabelecer uma crítica da pedagogia contemporânea com base na filosofia socrática. Acerca desse tema escolha a alternativa INCORRETA:
A) A fragmentação e a especialização contemporâneas, conduzidas por interesses econômicos e políticos, põem em estado de crise a unidade original do saber.
B) O modelo de conduta socrática, pelo ponto de vista filosófico e pedagógico, não possui contemporaneidade alguma, nem é coerente com o espírito científico de nosso tempo e com a era da internet.
C) Quem ensina o que sabe é o instrutor, o verdadeiro educador articula saberes, conecta as oposições entre ignorância e sabedoria, ultrapassa as competências cognitivas para buscar o sentido, integrar o outro.
D) A sistematização dos conhecimentos oferecidos pela disciplina filosofia da educação, na medida em que se afasta da fonte principal, do filosofar propriamente dito, dos grandes textos de cada época, já não aponta para o essencial no procedimento de Sócrates, isto é, o ensinar o que não se sabe.
19. Um dos aspectos que chama a atenção no ensino de Filosofia no nível médio é o papel peculiar da filosofia no desenvolvimento da competência geral da fala, leitura e escrita, que estão profundamente vinculadas à natureza argumentativa da disciplina e contribuem para o desenvolvimento de um pensamento autônomo e crítico. Para desenvolver essas competências de uma maneira especificamente filosófica, é preciso lembrar que o diferencial do ensino da disciplina Filosofia está em sua referência à História da Filosofia ou, em outras palavras, à tradição filosófica. 
Segundo indica este texto, a História da Filosofia seria importante no currículo do Ensino Médio porque 
A) é um elemento diferencial para se considerar a inserção dos alunos no mercado de trabalho.
B) ajuda aqueles que pretendem seguir a carreira de historiadores da filosofia. 
C) colabora na formação de futuros oradores e políticos, na medida em que está vinculada à natureza argumentativa da disciplina. 
D) contribui de maneira diferenciada para o desenvolvimento de um pensamento autônomo e crítico. 
20. Um dos desafios do professor ao ensinar filosofia política ao aluno do Ensino Médio é 
A) levar o aluno a compreender todas as teorias políticas mais importantes em seus mínimos detalhes. 
B) formar o aluno para que ele possa se tornar no futuro um político capaz de desempenhar suas funções públicas com sucesso. 
C) procurar desfazer os preconceitos do aluno em relação à política e à figura do político em geral. 
D) fazer com que o aluno se desinteresse ao máximo da política e se concentre apenas em sua formação individual. 
21. Face à multiplicidade das orientações em filosofia, não se pode tratá-la apenas como um corpo de saber já a disposição para ser transmitido. A proliferação de teorias e discursos, a diversidade e a dispersão da atividade filosofia atual, exige que se fale em filosofias, e não em filosofia. Assim, a primeira tarefa do professor de filosofia é a de se definir por uma determinada concepção de filosofia que seja adequada para cumprir com os objetivos educacionais da disciplina. Situar a filosofia como disciplina escolar no horizonte dos problemas contemporâneos - científicos, tecnológicos, ético-políticos, artísticos ou decorrentes das transformações das linguagens e das modalidades de comunicação - implica uma tomada de posição para que sua contribuição seja significativa quanto aos conteúdos e processos cognitivos. (FAVARETTO, Celso. "Filosofia, ensino e cultura". In: KOHAN, Walter (org.). Filosofia: caminhos para seu ensino. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.) 
Com base no texto acima, é correto dizer: 
A) Para que o ensino da filosofia seja significativo, o professor deve ter consciência de sua escolha dentre as inúmeras filosofias que podem ser ensinadas, adequando os objetivos da disciplina, seus conteúdos e procedimentos à concepção de filosofia escolhida. 
B) O conteúdo das aulas de filosofia deve se ater a temas filosóficos, em vez de buscar referências sistemáticas na história da filosofia. 
C) O conteúdo das aulas de filosofia deve se ater a referências sistemáticas na história da filosofia, em vez de focar temas filosóficos. 
D) É impossível falar em uma única filosofia, sendo a postura do professor a da impossibilidade de se ensinar conteúdos filosóficos no ensino médio, mas a filosofar. 
E) Para que a filosofia seja significativa, seus conteúdos devem estar alinhados com os problemas contemporâneos, de forma que seus conteúdos sejam mediados pelos meios de comunicação atuais para que sejam melhor compreendidos pelas novas gerações. 
 22. [...] O Professor com autoridade é também aquele que deixa transparecer as razões pelas quais a exerce: não por prazer, não por capricho, nem mesmo por interesses pessoais, mas por um compromisso genuíno com o processo pedagógico, ou seja, com a construção de sujeitos que, conhecendo a realidade, disponha-se a modificá-la em consonância com um projeto comum. (Vasconcellos, 1995, p. 44). Nesse sentido, a educação escolar por meio da autoridade e da disciplina deve: 
A) Apostar na liberdade e permissividade dos alunos. 
B) Despertar no aluno o senso de cidadania, de igualdade, de justiça, de direitos e deveres. 
C) Estabelecer um conjunto de regras e valores que delimitam a liberdade. 
D) Ter como base de poder disciplinar o currículo, elemento fundamental na organização pedagógica.
23. Dentre as competências e habilidades necessárias ao egresso dos cursos de Filosofia, encontram-se: 
I - capacidade para análise, interpretação e comentários textuais; 
II - capacidade de desenvolver consciência crítica sobre conhecimento, razão e realidade sócio-histórico-política; 
III - compreensão da importância das questões acerca do sentido e da significação da própria existência e das produções culturais; 
IV - percepção da integração necessária entre a filosofia e a produção científica, artística, bem como com o agir pessoal e político. 
Das alternativas dadas acima, estão corretas: 
A) apenas II e III. 
B) apenas I e IV. 
C) apenas I, III e IV. 
D) todas.
�
GABARITO
01. D
02. D
03. C
04. B
05. D
06. E
07. E 
08. A
09. D
10. D
11. D
12. B
13. E
14. B
15. E
16. B
17. C
18. B
19. D
20. C
21. A
22. B
23. D

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